Chapter 1: Um ovo, Uma Salamandriana e Dinossauros
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Era um dia de comemoração, mestre Splinter e as tartarugas estavam celebrando o noivado de Casey e April — de música acústica: as lamúrias e choro do Mikey. Todos estavam felizes, por mais que Mikey tenha feito drama e birra ao saber sobre o noivado, ele estava feliz pelos dois amigos. A festa durou por bastante tempo, com várias variedades de pizza e sanduíches com direito a bebidas alcoólicas — o qual foram abertas após Splinter se retirar para dormir — e refrigerantes.
Mas uma tartaruga estava no cantinho com o seu copo de refrigerante, Donnie não estava muito afim de beber, por mais que hoje fosse motivo de comemoração, Donnie não se sentia no clima para comemorar. April percebeu isso e foi até o amigo para que pudessem conversar.
— Algum problema, Donnie? — Perguntou já se sentando ao lado do roxo.
— Ah, April! Desculpa, não precisa se preocupar, eu tô bem… — Explicou meio apressado, mas acabou suspirando no fim.
— Tem certeza? Porque tudo o que eu vejo aqui, é um dos meus amigos com uma carinha triste sozinho no canto da sala enquanto o meu noivo e os outros três estão virando todas em uma velocidade questionável.
Donnie riu ao ver a cena comentada.
— Olha, eu tô feliz por você e o Casey mas…
— Mas?
— Eu fico me perguntando se eu um dia poderia viver algo que nem vocês dois estão vivendo… — O roxo tirou os óculos do rosto deixando de lado. — Me pergunto se um dia eu vou conseguir encontrar uma garota tão incrível como você que vá gostar de mim pelo o que sou e aí…
— E aí?
— E aí que a minha ficha caiu e a única coisa que eu iria conseguir de uma garota seriam gritos de medo. Então eu fico pensando: e se eu tivesse injetado a gosma roxa em mim? Eu finalmente iria ter o que quero? Iria conseguir encontrar a garota dos meus sonhos?
— Você me lembrou o Mikey falando assim, sobre amor, — Brincou conseguindo tirar um riso do maior. — Mas falando sério, não pense muito nisso, deixe que o destino diga o que ele reserva para você. Só precisa ser paciente, Donnie.
— Agora você falou igual ao mestre. — Zombou, estava com o humor melhor do que antes, o que aliviou April.
— Obrigada, andei treinando um pouco sobre esses papos mais sérios, sabe?
— Você é impossível, ruiva!
— Eu sei.
Os dois começaram a rir até que o sinal de alerta começou a ressoar por todo o esconderijo, assim, parando com a folia e acordando mestre Splinter. April e Donnie se entreolharam e correram para a sala do Donnie, logo sendo seguidos pelos outros — que estavam bastante altos para a infelicidade deles.
— O que rolou, Donnie? — Perguntou um Leo que tentava recobrar os sentidos.
— Parece que tá acontecendo uma perseguição nos telhados de Manhattan. Vários sujeitos enormes com armas e uma garota. — Foi explicando o que conseguia ver pelas câmeras. Até que ele viu um dos sujeitos na perseguição. — Mas que…
— O que foi? — Questionou, Raph.
— April, pode pegar os meus óculos que eu deixei ali, por favor. — April concordou com um aceno, com pressa a ruiva pegou os óculos e entregou para Donatello que logo os colocou e olhou de novo para a tela do monitor. — Acho que ago– Não é possível. Tipo, quais as possibilidades, né?
Ele olhou para os outros e riu nervoso antes de voltar a olhar para o monitor.
— O que é? O que é? — Mikey estava eufórico querendo ver o que tanto surpreendeu o irmão. — Deixa a gente ver, Donnie!
— Meu filho, o que você está vendo?
Donnie então se virou para o mais velho, o roxo pensou mais um pouco antes de começar a digitar e começar a reproduzir o que via na tela maior da sua sala e apontou.
— Aquilo… É aquilo que me deixou abismado e surpreso. Tipo, quais as possibilidades disso ser realmente real e não algum filme novo sendo gravado!?
— Isso são… Dinossauros? — Falou Casey. — Não, espera, aquilo é uma salamandra!?
— Que louco mano, a bebida tá afetando a minha visão hehe — Mikey falou antes de cair para trás e desmaiar.
— Mikey já era, — Disse Raph. — E o que vamos fazer? Leo?
Leo estava pensativo, aquilo tudo era um absurdo! Dinossauros? Em New York? E sem falar na salamandra gigante que lutava contra os dinossauros enquanto carregava… Um ovo? Ok, isso não podia ficar mais estranho possível.
— Vamos até lá, lutar contra eles e ajudar esse novo mutante. — Se decidiu recebendo um aceno de confirmação dos outros. — Mas antes, vamos levar o Mikey para o quarto dele.
— Sério? É só deixar ele aí, depois levamos ele para o quarto.
— Raphael! Leve o seu irmão para o quarto, agora.
O vermelho resmungou em contradição, mas pegou o caçula e o levou para o quarto, apenas fazendo o jogar na cama e sair às pressas até onde Casey, April, Leo e Donnie se preparavam para entrar no Furgão das Tartaruga.
— O plano é simples, vamos até o local da luta, ajudamos aquela salamandra e iremos trazer para o esconderijo. — Leo ditava enquanto ia para o seu lugar no furgão.
— Ou, ou, ou, ou, vamos trazer um desconhecido para cá? De novo? Nas vezes da April e do Casey funcionou bem, mas aquela coisa é uma mutante e não sabemos se podemos confiar nele! — Raphael não confiava nesse plano e muito menos queria aquele "mutante" andando pelo esconderijo. — Não apoio levarmos ele para o esconderijo, pode ser qualquer outro lugar, menos o esconderijo. E não vamos lutar contra eles? Você disse que iríamos lutar, Leo!
— Não querendo ir contra você, Leo, mas o Raph tem razão. — Falou Donnie assumindo o volante e dando partida. — Não sabemos nada sobre esse mutante, precisamos deixar ele em outro lugar e de confiança e com alguém vigiando.
— Ele pode ficar na fazenda da minha família, ninguém nunca mais foi lá depois que meu pai faleceu. — April sugeriu já bem acomodada junto com Casey.
Leo pensou sobre e logo concordou, disse também que Donatello seria o encarregado de ficar de olho no novo mutante e que qualquer coisa ele poderia entrar em contato sobre qualquer coisa estranha que acontecer por lá; eles iriam na hora ajudar a resolver se for necessário. Raph não gostou muito de não poder lutar contra os dinossauros, mas levando em conta o seu estado atual, era muito mais provável acabar sendo pego pelos os inimigos do que conseguir lutar contra eles.
Enquanto as tartarugas, April e Casey iam a toda velocidade para Manhattan, a luta que acontecia acima dos prédios; começava a ficar cada vez mais agressiva e difícil. O mutante que carregava o ovo, tinha cada vez mais dificuldade em lutar usando apenas a cauda e as pernas, afinal, seu único braço intacto estava segurando o ovo enquanto o outro tinha sido arrancado — sem falar que ainda iria levar dias para se regenerar —, a situação estava mais do que complicada, estava beirando a crítica!
— NÓS DEVOLVA ESSE OVO, SUA PRISIONEIRA MALDITA! — Esbravejou um dos Triceratons. — E SUA MORTE SERÁ A MAIS DOLOROSA POSSÍVEL.
— Nem morta! — Falou com convicção acertando um triceraton no rosto com um chute. — Terão que mandar mais de vocês para conseguirem tirar esse ovo das minhas mãos… Mão… No caso, tirar esse ovo da minha mão.
— Ora sua…! ATAQUEM PARA MATAR! — Gritou começando a atirar sem parar. — NÃO DEIXE QUE ESSA SALAMANDRIANA FUJA COM VIDA DESSE LUGAR E CUIDADO COM O OVO! ELE É NECESSÁRIO PARA OS NOSSOS PLANOS!
— SIM, SENHOR COMANDANTE MOZAR! — Gritaram de volta acatando as ordens do comandante.
A salamandriana lutava e corria da forma que conseguia, era muito difícil lidar com vários triceratons enquanto tomava cuidado para o ovo não cair e quebrar, tudo isso enquanto tinha apenas uma mão que ainda estava ocupada; ela não era uma guerreira como a irmã mais velha era, não a esse nível pelo menos. Isso era demais para uma simples cuidadora e pesquisadora de criaturas planetárias e universais.
— Não foi para isso que aceitei cuidar des–
Quando ela iria terminar de falar, jogaram uma bomba na direção da garota que a mandou pelos ares, a fazendo ser jogada para a lateral do prédio ao lado, assim batendo nas escadas de incêndio com força e perdendo a consciência pelo impacto forte, por fim, caindo no chão do beco mas nunca largando o ovo. Os Triceratons foram até a borda do prédio e olharam para baixo, avistando a salamandriana caída e desmaiada.
— Peguem-na e a levem para a nave. Estarei à espera de vocês. — Disse antes de acionar o teletransporte e sair do local da luta.
— Sim, senhor.
Após a ida de Mozar, os Triceratons saíram de perto da borda e foram descer pelo o outro lado do prédio, não tinham pressa para ir buscá-la sabiam que ela não iria acordar tão cedo. No entanto, o Furgão das Tartarugas já estava na rua da luta parando na entrada do beco com os faróis iluminando todo o local, assim possibilitando a visão no local.
— Gente, ali na frente — Anunciou Donnie se virando para olhar os irmãos que logo saíram para irem pegar a salamandriana desacordada. — Isso… Isso… Isso é…
— Surreal, não tanto porque lutamos contra um cérebro alienígena de outro mundo, mas que é surreal, é. — Falou Casey, o homem estava meio alterado por conta das bebidas.
April riu do noivo deixando um beijo na bochecha do moreno antes de ir para o lado do Donnie no volante e observar Leo e Raph levantando o corpo desacordado e o trazer até o furgão.
— Uma salamandra mutante e dinossauros, quem diria… — Falou fascinada com o que via.
— Isso é tão fora do normal, tipo, dinossauros aqui e vivos! Isso não tem explicação científica e nem racional. Eles nem deviam existir, eles deveriam estar extintos a milhares de anos! Como é possível April? — Falava apressadamente apontando para os irmãos que já estavam bem mais perto do furgão.
— Vamos apenas aceitar que foi algo do acaso, Donnie. — Riu olhando o azul e vermelho entrarem no furgão e deixarem a salamandra no chão mesmo.
Por um instante todos ficaram olhando para o ser desacordado com curiosidade, até que Donnie escutou vozes vindo das janelas do prédio, sinal para irem embora.
— April, vai dando as coordenadas para a fazenda. — Falou Donnie dando a ré e logo saindo dali.
— Pode deixar.
— Ei, qualquer sinal do mutante, avisa, beleza?
— Entendido, Donnie. — Respondeu Leo, já Casey e Raph estavam ocupados rindo e apontando para o corpo estranho no chão.
Donatello respirou fundo sabendo que a viagem ia ser longa com aqueles dois bêbados, ficava aliviado que ao menos Leo estava tentando ficar sóbrio novamente, agora era seguir as instruções de April e ficar na fazenda até o mutante acordar.
Após longas horas de viagem, finalmente chegaram na fazendo da família de April. A casa aparentava estar em boas condições, já que ela não parecia está tão acabada e mal cuidada como pensavam que estaria, a casa — sem dúvidas — iria servir para eles, ao menos tinha que servir.
— Eu e os rapazes vamos voltar mais tarde trazendo mais das suas coisas e também produtos de limpeza e mantimentos. — April explicou entrando no quarto onde tinham feito uma limpeza rápida para que pudessem colocar a mutante. — Ele não largou esse ovo?
Donnie acenou em negativo.
— Eu tentei, mas não sai nem com reza brava. — Brincou rindo junto com April. — Mesmo desacordada, ela tem uma força incrível para continuar segurando esse ovo.
— Ela? — Questionou com um sorriso. — Então, é ela.
— Sim, suspeitei disso por conta das bandagens ao redor do busto e também usar uma espécie de short para esconder uma parte do ventre, que levando em consideração que ela é uma salamandra, deve ser onde fica a parte íntima dela. — Explicou enquanto não desviava o olhar dela, estava realmente fascinado por ela. Ah! Traga medicamentos e um kit de primeiros socorros, preciso enfaixar aquele braço e cuidar desses ferimentos...
— Pode deixar, Donnie.
April sorriu para o amigo, que nem notou, só notou quando a ruiva disse que estavam indo embora e que mais tarde iriam voltar com os equipamentos e os produtos que precisavam para Donnie ficar ali e cuidar da mutante ferida. Donnie ainda seguiu os outros até o furgão e os viu partir, ficando cada vez mais longe e relativamente preocupado com o bem estar do seu furgão, se Leo ousasse bater o seu bebê, não iria responder por si mesmo!
Enquanto Donnie observava eles irem embora, o comandante Mozar estava furioso pela incompetência dos seus subordinados. O Triceraton destruía tudo que via pela frente e descontava nos cientistas da nave, precisava daquela salamandra e daquele ovo!
— MEXAM-SE SEUS IMPRESTÁVEIS OU QUEREM QUE EU ARRANQUE SEUS CHIFRES!? — Esbravejou para que todos ouvissem. — NÃO DESCANSEM ATÉ ENCONTRAR ESSA MERDINHA E AQUELE OVO!!
Todos — com medo do que Mozar poderia fazer — começaram a trabalhar na localização ou paradeiro da salamandra; até mesmo tentaram usar o rastreador que implantaram na jovem, no entanto, parecia que ele tinha sido tirado. Não falaram sobre isso para não causarem ainda mais a fúria do comandante, precisavam dar um jeito, suas vidas dependiam disso mais do que nunca.
— E se usarmos o sangue dela para rastrear? — Disse um dos cientistas.
— É complicado demais, teríamos que desdobrar todos os glóbulos brancos e vermelhos até acharmos o certo, o perfeito para realizarmos o processo de busca. — Explicou, o cientista chefe. — E para isso, teríamos que coletar todos os membros daquela salamandra que arrancaram, drenar o sangue e começar o desdobramento, mas como eu disse, seria um processo complicado demais para ser realizado em um curto prazo de tempo.
— Droga… — Resmungou frustrado. — E se usarmos as digitais?
— Não é tão complicado, mas com uma amostra de tecido da fugitiva, iríamos conseguir extrair um fluido transparente que todas as raças alienígenas tem. Teríamos que passar pelo processo de limpeza do fluido, não é tão complicado como aparenta ser o do localizador com sangue. — Para o cientista, a ideia do seu subordinado parecia ótima. — Que precisaria de vários dias e até mesmo meses para encontrar o glóbulo certo, mas usando o fluído não iria levar tudo isso, talvez um mês, mas seria rápido.
— Então devo ir atrás de amostras de tecidos que estejam em ótimas condições, nesse exato momento, senhor?
— Sim, tente encontrar o que estiver mais fresco, esse será o ideal.
— Sim, senhor. — O triceraton saiu do laboratório com uma pequena equipe indo até as masmorras da nave. Lá eles torturavam seus inimigos, traidores e prisioneiros, sem dúvidas iriam conseguir encontrar o que almejavam ali, naquele lugar.
— Todos preparem mesas para quando eles chegarem não perdermos tempo com coisas fúteis. — Falava enquanto observava os colegas preparem as mesas. — Hoje vamos encontrar o raro flalocces e usá-lo para rastrear aquela maldita salamandra.
Todos os cientistas gritaram em concordância sem parar de preparar as coisas, estavam determinados a encontrar a prisioneira, custe o que custar.
Voltando para o planeta Terra, a salamandriana começava a acordar, porém se sentia enjoada e com uma forte dor de cabeça. Aos poucos ela foi conseguindo focar a visão e percebeu que não estava mais no local onde lutava, era diferente, assim como a superfície macia na qual estava deitada.
— Onde– O OVO!? — A jovem apertou a única mão existente e sentiu o ovo ali e suspirou aliviada. — Graças a minha cauda!
— Eh, oi? — Falou Donnie do batente da porta.
A tartaruga tinha acabado de voltar para o segundo andar com dois pratos de comida quando escutou uma voz feminina ressoar do quarto, o que o fez andar às pressas até o cômodo e encontrar a mutante acordada.
— Quem é você? Que lugar é esse? Você me raptou? SE ESTIVER ATRÁS DO OVO VAI TER QUE ME MATAR PARA ISSO!! — Gritou, estava começando a ficar nervosa e o enjoo que sentia ficar forte.
— Ei, calma, calma. Não sou inimigo, eu não quero esse seu ovo, apenas quero ajudar você… — Explicou, o roxo ainda estava parado, não iria entrar até que ela desse sinal para que entrasse. — Olha, eu me chamo Donatello, mas pode me chamar de Donnie ou Don e você? Como se chama?
A jovem, ainda desconfiada, se sentou na cama e puxou as pernas até perto do busto e deixando o ovo bem posicionado ali, o que não foi uma boa ideia por conta do enjoo, então resolveu ficar com as esticadas com o ovo repousado nelas.
— Me chamo T'Lathryptu… — Se apresentou em um tom audível para Donnie.
— T'La o que?
— T'Lathryptu. — Disse rindo um pouco da dificuldade do esverdeado em falar seu nome. — Todos do planeta de onde vim têm nomes difíceis de falar.
— Você disse "planeta de onde vim"? — Perguntou surpreso, então isso queria dizer que… — Você veio do espaço!?
— Sim, precisamente da galáxia SL-109547, do planeta Salamandria. — Respondeu como se fosse a coisa mais normal do universo, o que na verdade era. Ao menos para T'Lathryptu.
— Então você não é uma mutante… Caramba, resgatamos uma alienígena… Nossa! — Resmungava abismado. — Isso é incri— Espera! Você é inimiga ou amiga?
T'Lathryptu fechou os olhos e cheirou o ar, sentiu pelo cheiro que Donnie não era uma ameaça e que podia confiar nele, diferente dos Kraang e Triceratons. T'Lathryptu tem um ótimo olfato, às vezes ajudava e muito em saber quem é inimigo ou amigo; evitava sempre lutas desnecessárias e por conta desse olfato, a jovem estava segura em falar abertamente com Donatello.
— Sou amiga! Os inimigos são os triceratons, eles são uma verdadeira ameaça para o seu planeta, — Confessou esboçando preocupação. — Eu sou apenas uma pesquisadora e cuidadora de criaturas planetárias e universais que foi encarregada de cuidar e levar esse ovo até a mãe dele, apenas isso!
— Ainda não acredito na sua história, mas aqui, é comida. Pode comer, enquanto isso vou avisar meus irmãos que você acordou. — Donnie entrou no quarto entregando o prato com comida para a jovem e logo se virou saindo do quarto.
Não iria se comunicar com os seus irmãos na frente da tal T'La-sei-lá-o-que, era arriscado demais. Mais do que já parecia toda a situação, precisava ter cautela e era isso que teria enquanto dividisse o mesmo teto que aquela salamandra alienígena.
Chapter 2: Raph VS. Salamandra e Chompy
Notes:
Perdão a qualquer erro no decorrer da leitura, eu revisei, mas acho que ainda deixei algo escapar.
Enfim, tenham um boa leitura!
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Chapter Text
Ninguém falava nada naquele quarto, era um silêncio desconfortável com pitada de tensão. Já fazia um tempo que o time tartaruga tinha voltado para a fazenda e agora estavam ali, naquela situação desconfortável.
Todos naquele quarto olhavam desconfiados para a salamandriana enquanto ela os olhava de volta segurando firmemente o ovo contra o peito. Os feromônios que T'Lathryptu farejava eram do tipo intimidador e até um pouco ameaçador, ela estava se sentindo acuada; não tinha sido desse jeito quando era apenas uma tartaruga roxa. Definitivamente, não gostava daquilo.
— Tudo bem, como é certo que você não vai falar nada. Então eu começo, — Se pronunciou, Leonardo suspirando enquanto dava um passo à frente. — Eu me chamo Leonardo e sou o líder desse grupo. Poderia nos contar o que aconteceu com você antes de ter desmaiado.
T'Lathryptu olhou para Leo e depois para os outros, não estava nem um pouco confortável em falar, ainda mais pelo forte cheiro que vinha de Raphael.
— Não. — Foi tudo o que falou.
— Como é!? Ora sua–
— Raphael! Você não tá ajudando agindo assim! — Leo chamou atenção do irmão ficando a sua frente. — Claramente não tá confortável para falar.
— Confortável? CONFORTÁVEL!? ELA TA SENTADA NA CAMA APENAS SEGURANDO A MERDA DE UM OVO E MESMO ASSIM NÃO TÁ CONFORTÁVEL!? — Raphael já estava sem paciência para aquilo tudo.
— Sim, ela não tá confortável! — Repetiu, Leo olhando sério para o irmão de vermelho. — Se quisermos que ela fale alguma coisa para gente, temos que respeitar o tempo dela. Isso é o mínimo que deve ser feito.
— MÍNIMO UMA PORRA, LEO! EU VOU FAZER ELA FALAR E VAI SER AGORA!
— Galera, galera, se acalmem! — Disse Mikey se aproximando dos irmãos.
— Meninos, desse jeito não vamos a lugar algum! — Se pronunciou April enquanto se aproximava do azul e vermelho.
— Sabia que não devíamos ter trago ele… — Resmungou Casey negando com a cabeça se aproximando também.
— Dá para parar com essa briguinha? Temos coisas mais importantes para se resolver aqui! — Falou Donnie, o mesmo que estava perto da porta andou apressadamente para perto dos irmãos e amigos.
Chellini vendo a brecha, se levantou com cuidado da cama, sem fazer muito barulho e andou com cautela até a porta do quarto. Assim que conseguiu sair do cômodo, a jovem pesquisadora andou às pressas até as escadas e as descendo com igual pressa, estava se sentido sufocada naquele quarto, naquela casa, os feromônios tinham se intensificado fazendo com que ficasse enjoada e tonta; precisava de ar fresco… Também precisava de uma banho, vestir uma roupa decente, cuidar dos machucados e fazer ervas medicinais para acelerar o processo de regeneração do seu braços, em um todo? Estava em situação decadente e de sentir dó.
Ao, finalmente, chegar no piso inferior; T'Lathryptu correu até a porta e a abriu, deixando que o vento entrasse na casa e passasse por si. Isso a deixou mais calma e relaxada, sentia que seu olfato tinha sido limpo de todos aqueles feromônios; até os enjôos e tonturas tinham passado!
— Ar puro… — Sussurrou ao respirar bem fundo e sentir o ar límpido encher os seus pulmões.
Para sentir mais o fresco do vento, a salamandriana se sentou em frente a porta e fechou os olhos deixando o ovo repousado mas suas pernas dobradas, fazendo com que ele também pegasse um vento, afinal, ele também sentia o que acontecia do lado de fora.
Enquanto T'Lathryptu aproveitava o vento junto com o ovo, no quarto ainda rolava a briga. Ela só não piorou porque April sentiu falta da salamandra humanoide e brigou com todos por terem perdido ela de vista, todos pediram desculpas a O'Neil e saíram às pressas do quarto. As vozes altas podiam ser escutadas no andar de baixo, o fez T'Lathryptu suspirar em aborrecimento, seu momento de paz logo iria acabar
— COMO DEIXARAM ELA SAIR ASSIM!? — Gritou, Leo.
— AGORA A CULPA É NOSSA!? — Gritou de volta, Raph.
— EU MANDEI VOCÊS PARAREM! — April, mais uma vez, se metia na discussão dos irmãos. — A CULPA É DE TODO MUNDO AQUI! AGORA VAMOS SAIR DESSE QUARTO E IR ATRÁS DELA E EU NÃO QUERO ESCUTAR NENHUM PIU VINDO DE VOCÊS, ME ENTENDERAM?
Os cinco olharam assustados para April e concordaram com um sonoro "Sim, senhora!" antes de acompanharem em silêncio a ruiva até o andar de baixo.
— Se dermos sorte, ela não deve ter ido longe. — Falou, April, agora mais calma. — Vamos nos separar e ir procurar pela área toda. A fazenda não é tão grande assim, então vai ser fácil.
Todos escutavam e prestavam atenção no que April falava, não queriam levar o sermão dela novamente. Uma única vez era o suficiente para colocar medo nos cincos.
No entanto, não foi preciso saírem de casa para encontrar T'Lathryptu. Assim que tinham descido as escadas e caminhando em direção a porta da frente, eles avistaram a cuidadora sentada pegando um vento. Raphael — já que estava com bastante raiva — não se aguentou e avançou na jovem.
— EI, VOCÊ! — Gritou avançando para cima de T'Lathryptu.
A salamandriana teve tempo de se virar antes de sentir ser jogada para fora da casa enquanto era agarrada pela tartaruga vermelha no processo. Os dois saíram rolando por uns bons metros para da porta, no processo o ovo acabou saindo voando por cima deles, a pesquisadora viu o exato momento em que o ovo passou por cima de suas cabeças e em desespero, a jovem posicionou o pernas na barriga de Raphael e o empurrou com força para cima, o fazendo voar até um pouco acima da casa.
Com Raphael ainda voando e caindo em um baque alto, T'Lathryptu girou na grama e se levantou correndo até onde o ovo tinha caído. Se ajoelhou na frente dele, ela soltou um suspiro de alívio e quando iria o pegar com a única mão; Raphael a agarrou pela cauda e a girou, assim jogando-a longe. Raph não iria deixar aquela salamandra sair impune sem antes lutar contra ela e deixar uns hematomas.
— Se é briga que você quer, então é briga que vai ter! — Proclamou sacando os seus sais e correndo na direção da salamandriana que levantava.
— Leo, você tem que parar o Raph! — Falou April olhando para Raph e T'Lathryptu começarem a lutar, depois desviando o olhar para Leonardo.
— Não vou interferir, preste atenção, April. — Respondeu, Leo cruzando os braços. — Mesmo ferida e sem um braço, ela ta lutando melhor do que qualquer um de nós aqui.
— É, tenho que concordar com o Leo, ela tá dando um sacode no Raph, cara! — Mikey, exclamou animado com a luta que via. — Nem eu nos meus sonhos iria conseguir bater de frente com ele, mas olha ali! Tem alguém que consegue!
— Inacreditável… Quem diria que existia alguém mais forte do que o músculo do time. — Comentou Donnie, o roxo analisava a luta com os seus óculos. Estava impressionado com a capacidade de luta daquela salamandra.
Casey, que estava um pouco atrás observando a luta e amando ver Raphael levar uma surra, sentiu algo se esfregar na sua perna esquerda. Quando baixou o olhar para ver o que era, se deparou com uma "pequena" tartaruga de coloração roxa e rosa púrpura olhando-o com um sorriso, ou ao menos ele achava que era um sorriso.
— Ei, pessoal, olhem isso aqui… — Chamando atenção de Leo, Mikey, Donnie e April, o futuro detetive apontou para a tartaruga.
— Santa tartaruga… — Falou, Mikey.
— Isso é uma tartaruga!? — Perguntou, Leo, confuso.
— Acho que sim, mas não existe tartaruga com essas cores e olhem o tamanho dela! — Explicava Donnie se abaixando para analisar melhor o ser peculiar. — É de longe o tamanho adequado para um filhote de tartaruga, ela é praticamente do tamanho de uma tartaruga marinha adulta. E olhem para o casco dela, lembram vagamente o casco das tartarugas-de-couro só que bem mais avantajada e pontiaguda e sem falar na cauda longa, isso é fascinante. Vocês sabem o que isso pode significar!?
— Donnie, eu te amo, mas a gente não é dessa área. — Disse April com um sorriso sem graça. — Ou seja, a gente não faz a mínima ideia do que isso pode significar.
Donnie revirou os olhos, mas entendeu o ponto da ruiva.
— Simplificando: podemos ter acabado de descobrir uma nova espécie de tartaruga! Isso não é incrível!?
— Caramba, então ela é mesmo uma tartaruga? Nossa, quem diria hein, — Falou Casey se abaixando para olhar o pequeno ser. — Ela é até que bonitinha e fofinha, minha irmã iria gostar dela.
— Tá, mas como ela chegou aqui? — Leo tinha feito a pergunta mistério. Ninguém tinha parado para pensar de onde ela saiu ou surgiu.
— Belas calças de Darwin, você tá certo, Leo! — Exclamou Donnie. — Mas isso vai ser fácil descobrir se eu conseguir uma amostra de sangue. Com ela vamos saber se ela é de água doce ou salgada, assim vai facilitar na descoberta. Agora, vem cá tartaruguinha que o tio Donnie quer uma peque–
Donnie não conseguiu se aproximar mais da tartaruga, pois T'Lathryptu caiu logo em sua frente empatado chegar mais perto da criatura, deixando ela agitada — o que fez com que a tartaruga saísse correndo para longe por conta do susto.
— PEGUEM AQUELA TARTARUGUINHA! — Gritou Donnie apontando para a criatura que corria para longe. Todos ali começaram a correr atrás dela enquanto T'Lathryptu tentava se levantar e Raphael recuperava o fôlego, ambos estavam cansados e machucados após a longa luta. Mas principalmente a salamandriana, ela já estava mais do que ferida e cansada.
A salamandriana que ainda fazia esforço para levantar, parou de tentar até que prestou atenção na frase que Donnie tinha gritado "PEGUEM AQUELA TARTARUGUINHA!" .
— Tartaruguinha… Tartaruguinha? TARTARUGUINHA!? — T'Lathryptu se levantou rapidamente, o que causou vertigem, mas logo se recompôs passando a olhar ao redor e encontrar os irmãos e o casal correndo atrás de uma tartaruga. — Aí minha cauda… ELE NASCEU!
— ESTAMOS EM UMA LUTA! — Vociferou, Raphael correndo na direção da T'Lathryptu.
A jovem pesquisadora se virou bem a tempo de conseguir impulso para pular, assim girando no ar e acertando um chute seguido da cauda no rosto do Raphael. O que fez o vermelho ficar tonto e cair no chão, percebendo não iria mais ser perseguida pela tartaruga, T'Lathryptu respirando fundo — já que alguns dos seus ferimentos tinham aberto e começaram a sangrar novamente — começou a correr na direção do grupo que perseguia a "pequena" tartaruga assustada.
— MAS ELA É MUITO RÁPIDA PRA UM SER PEQUENO, — Gritou, Mikey. O laranja deu um pulo na direção da tartaruga, mas acabou não conseguindo pegar, dando de cara no chão. — Meleca, quase peguei ela.
— TEORICAMENTE, OS SERES DE ESTRUTURA PEQUENA SÃO MELHORES EM SE ESGUEIRAR EM QUALQUER LUGAR E POR TEREM UMA ESTRUTURA CORPÓREA MENOR, ELES SE TORNAM DIFÍCEIS DE SEREM PEGOS! — Donatello explicava em meio aos gritos e correria.
— ISSO NÃO É HORA DE CURIOSIDADES, DONNIE! — Gritou, Casey. O futuro detetive se jogou para cima do pequeno ser, mas a criatura conseguiu escapar por um triz. — PORRA! QUASE PEGUEI!
— NÃO DEIXEM ELA ESCAPAR! — Gritou, Leonardo. O azul estava bastante ofegante, mas não iria parar até pegar aquela tartaruga.
— SE VOCÊS PARAREM DE SE JOGAREM EM CIMA DELA, VOCÊS VÃO CONSEGUIR PEGAR ELA! — Brigou, April. A ruiva estava ofegante, nunca tinha corrido desse jeito, nem quando ficava em perigo durante as missões com as tartarugas. Nem iria precisar ir para academia esse fim de semana, tinha pago a dessa. — Aí… Desisto… Boa tarde… Rapazes… Ufa…
April sentou ali mesmo enquanto tirava a jaqueta que usava, toda aquela correria a tinha feito suar bastante. A repórter olhava os amigos e o noivo na luta de capturar a "pequena" criatura até que ela sentiu um vento passar por si e ver que tinha sido a tal "mutante" salamandra; April ficou surpresa com o quão rápido ela corria.
T'Lathryptu analisava o comportamento do filhote. Identificou que ela estava com medo e bastante assustada e a correria não estava ajudava, ou melhor dizendo, a perseguição não estava melhorando a situação para ela. Temia que a situação toda acabasse fazendo ela soltar fogo, em uma tentativa de afastar seus perseguidores.
"Pelo o que li nos livros na Library Million Sun sobre Tokka e seus ancestrais, eles não gostam de pessoas que demonstram serem hostis e para serem acalmados, você deve se ajoelhar na frente deles, depois deitar e levantar a mão para que eles cheirar. Tudo isso sempre mantendo contato visual, assim mostra que você quer apenas ser amigo deles e que não é uma ameaça…" — Pensava, T'Lathryptu enquanto percorria um percurso que pudesse ficar de frente para o filhote. — "Mas esses idiotas só estão dificultando as coisas, vou ter que fazer tudo isso de maneira rápida… Espero que funcione…"
— O que ela vai fazer… — Falou baixinho olhando a direção que a salamandra corria. — Ela tá correndo de frente pros rapazes!?
Casey, Leo, Mikey e Donnie que estavam logo atrás do filhote arregalaram os olhos ao ver a suposta mutante correndo na direção deles e da "pequena" tartaruga. O filhote olhava fixamente para o rosto do novo ser que surgiu a sua frente, sentia que a conhecia de algum lugar; mas ainda assim não queria arriscar, então o filhote abriu uma boca pronta para soltar o seu fogo quando T'Lathryptu parou de correr, se ajoelhou e logo se deitou erguendo a mão na direção do filhote.
A tartaruguinha reconheceu o gesto como um gesto de amizade, o pequeno ser fechou a boca e suavizou a expressão. Agora ela corria saltitante na direção da mão de T'Lathryptu e esboçava algo que lembrava um sorriso, a salamandriana tinha conseguido conquistar a confiança da tartaruguinha.
Os rapazes, ao ver que a tartaruguinha praticamente se jogou na direção da mão da "mutante" pararam de correr e ficaram observando de longe como ela agia toda feliz perto da salamandra humanoide, ela até mesmo esfregava o focinho contra o rosto da anfíbio!
— Ela domou a ferinha… — Falou, Casey ofegante.
— Santa tartaruga… — Murmurou Donnie fascinado pela interação à sua frente. — Como ela conseguiu fazer isso?
— Não sei, mas vou lá perguntar. — Falou Mikey.
— Não, Mikey, espera! — Leo tentou segurar o braço do mais novo, porém Mikey foi mais rápido e olha que ele já tinha corrido bastante.
A tartaruga laranja andava rapidamente na direção dos dois, sua curiosidade falando alto mais alto do que a miniatura de Leonardo que existia em seu subconsciente — era como se fosse a sua consciência e nada melhor do que ser representado pelo líder e irmão mais velho!
Ao sentir a presença de um dos seus perseguidores, o filhote se virou pronto para jogar uma rajada de fogo bem na fuça de Michelangelo; isso se T'Lathryptu não o tivesse agido antes.
— Para! Fica parado aí se não ele vai queimar o seu rosto! — Conseguiu avisar antes que Mikey desse mais um passo na direção deles. — Você não vai conseguir se aproximar do filhote desse jeito.
— E como eu faço para chegar perto?
— Primeiro fixa o seu olhar no dele.
— Ok… — Mikey fez o que lhe foi dito. — E agora?
— Agora você vai se ajoelhar e depois deitar, sempre mantendo o contato com ele. Você não pode desviar se não…
— Se não o que? — Perguntou preocupado enquanto se ajoelhava e deitava no chão.
— Você iria ter o seu rosto queimado… Isso porque é um filhote ainda. Se ele fosse um pouco maior, iria ser você por inteiro. — Explicou fazendo pouco caso. — Agora levanta uma das suas mãos e deixa ele se aproximar por conta própria. Quando ele reconhecer o gesto, ele vai suavizar a expressão e se aproximar de você sozinho.
— Minha mãe do céu… — Falou em um fio de voz seguindo as últimas instruções que foram dadas. — Espera, fogo? Essa tartaruga solta fogo!? Tipo: Charizard use Fireball! Tipo isso?
T'Lathryptu olhou estranho para Mikey não entendendo o que ele queria dizer com aquilo. O que era um Charizard? Era alguma espécie nova de animal e não estava sabendo? E era do tipo que tinha o fogo como sua auto-defesa? Como Tokka e o filhote? Sinceramente, queria voltar para o seu planeta o quanto antes, já tinha se cansado daquela planeta. E olha que só estava ali pouco menos do que 48 horas!
— Eu não faço a mínima ideia do que seja um Charizard, então não sei te dizer sobre isso. — Foi sincera com Mikey.
— Como assim você não sabe o que é um Charizard!? — Falou surpreso. — Melhor: Como assim você não conhece Pokémon!? Simplesmente o melhor anime barra jogo de todas as Eras!
T'Lathryptu olhou para o lado e depois para Mikey negando com um aceno de cabeça.
— I wanna be the very best… — Mikey começou a cantar. T'Lathryptu olhava para o mais novo de forma julgadora. — Like no one ever was…
De longe, o quarteto ficou para trás, apenas observando; se questionava por que diabos Mikey começou a cantar a abertura de Pokémon.
— To catch them is my real test… — Continuava a cantar sem ligar para o olhar que recebia. — To train them is my cause ooh ooh ooh!
— "Meus ancestrais…" — Pensou T'Lathryptu olhando incrédula para Mikey e sentido ficar fraca. — "Ele não… bate bem da cabeça."
— I will travel across the land… — Mikey começava a se empolgar. — Searching far and wideee!
— Ei… — Chamou, mas acabou sendo ignorada.
— Each Pokémon to understand. — Cantava animado e sem perceber que o filhote tinha o rosto deitado na palma da mão e olhava intrigado para Mikey cantando. — THE POWER THAT'S INSIDE! POKÉMON! GOTTA CATCH 'EM ALL!
— Ei… Cara… — T'Lathryptu estava com a voz por um fio e quase não conseguia escutar Mikey cantando, estava prestes a desmaiar. Tinha perdido sangue demais durante a luta contra os Triceratons, a luta contra Raphael e na correria para alcançar o filhote de Tokka. — Cara… Laranja…
— IT'S YOU AND ME! — Apontou animadamente para o filhote e depois para si. — I KNOW IT'S MY DESTINY! PO-KÉ-MON!
A jovem pesquisadora acabou desmaiando, Mikey iria continuar cantando e sem perceber o que tinha acontecido se não fosse por Raphael que apareceu por trás da salamandra humanoide e a pegou pela faixa que cobria o busto, assim a erguendo do chão. Raphael tinha um sorriso vitorioso até perceber o sangue que escorria da barriga da "mutante" e dos outros ferimentos que ela tinha pelo corpo; como não tinham percebido que ela estava tão ferida assim?
— GOTTA CATCH'EM, GOTTA CATCH'EM, GOTTA CATCH 'EM AAAALL! — Finalizou de cantar, só agora percebendo a tartaruguinha com a cabeça em sua mão. — EU CONSEGUI! CARAMBA! EU CONSEGUI MESMO!
— Parabéns gênio e ainda deixou a minha adversária semi-morta! — Brigou com o mais novo. Raphael, muito a contragosto, pegou a salamandriana no colo e andou às pressas ao quarteto maravilha que apenas observava de longe.
Os quatro se espantaram quando perceberam que a "mutante" estava coberta de sangue nos braços de Raphael.
— LEVA ELA PARA O QUARTO! — Gritou Donnie correndo em direção da casa. — Merda, merda, merda, merda.
Todos seguiram rapidamente Donnie e Raph até a casa, Mikey levava consigo o seu novo amigo que tinha feito com ajuda da pesquisadora. Ao passar pela porta, Mikey observou Casey e April andarem apressadamente até a cozinha para ferverem água, Leo subia as escadas logo atrás de Raph que era liderado por Donatello, o qual ditava o que Leo precisava pegar para ajudar com os ferimentos.
— É amiguinho, acho que as coisas vão ficar feias agora… — Falava a tartaruguinha. O laranja virou o filhote para si e ficou o olhando enquanto levava o seu dedo para fazer carinho abaixo da cabeça, mas acabou sendo mordido por ele. — Aí carinha!! Isso doeu, sabia!? Só por causa disso vou te chamar de Chompy.
Chompy abriu uma espécie de sorriso, como se dissesse que tinha gostado do nome. Enquanto Mikey ia se sentar no sofá, sabendo que por enquanto não iria ser útil já que tinha pessoas demais ajudando Donnie, o mais novo do grupo resolveu sentar e esperar até que todos terminassem de cuidar dos ferimentos da "mutante".
— Espero que ela fique bem… — Comentou, Mikey. — Ela parece ser bem legal, não é Chompy?
Chompy emitiu um barulho que fez Mikey rir. Enquanto todos daquela casa estavam ocupados, no espaço, a 100 anos luz de distância da Terra, uma nave recebia um pedido de socorro e logo ajustava as coordenadas para o salto espacial em direção ao planeta Terra.
— Estou indo… — Falou após arrumar a coordenadas e ativar os propulsores da nave. — Aguente firme, T'Lathryptu.
Notes:
Espero que tenham gostado! Até o próximo cap!
Chimarruts on Chapter 1 Mon 25 Jul 2022 12:39AM UTC
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D0n on Chapter 1 Tue 26 Jul 2022 11:41PM UTC
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