Work Text:
— Ichigo!
— Yo, Rukia.
Ichigo estava sentado em seu escritório de casa, estudando, sorriu para a esposa.
— Por que está aí sentado com cara de idiota? Nós temos que ir pra casa do seu pai, vem me ajudar a arrumar as crianças. — Rukia passou a mão pelos cabelos, arrumando.
— Hoje é véspera de natal, eu esqueci.
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O natal chegou, casas enfeitadas e iluminadas, ruas cheias de pessoas, um clima todo especial. A residência dos Kurosaki se transformou num enorme evento que acolhia família e amigos, unindo todos.
— Tsukichi-dono, vamos ter uma conversa séria sobre se transformar e andar por aí.
Tessai vinha com um garoto de onze anos que mais parecia uma cópia de Yoruichi, exceto pelo cabelo preto.
— O trabalho que deu para te achar, cabeça de vento! — Jinta reclamou, irritado. — Tomara que ganhe um castigo.
— Jinta-kun, não seja tão duro, ele é uma criança. — Ururu tentou acalmar os ânimos.
— Tsukichi!
Ao ouvir a voz de Yoruichi o pequeno tentou se esconder, mas sua mãe foi mais rápida.
— Não vai conseguir se livrar de mim, Tsukichi.
O menino se amedronta com o olhar ameaçador dela.
— Ma-mãe…
— Kisuke, seu filho sumiu por aí como um gato. — Yoruichi chamou o homem loiro vendo que ele se aproximava.
— Quando ele faz bobagem é só meu filho. — Urahara coçou a cabeça.
— Tsukichi puxou a você no quesito de bobagens, claro que não foi a mim.
— Está bem. — Ele desistiu de discutir com a mulher — Tsukichi, não pode sair por aí usando sua transformação, o que combinamos?
— Sim, papai, mamãe, desculpa. — fez a típica expressão que usava para comover os pais.
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Duas crianças da mesma idade que Tsukichi saíram de dentro do carro, um casal de gêmeos ruivos com pares de olhos azuis. A menina puxou o irmão com mais entusiasmo.
— Vem, Kengyuu!
— Já vou, Kanae. — O menino tentou parar a irmã.
— Calma, Kanae, não puxe tanto seu irmão. — Orihime estava de mão dada com seu caçula, um menino de oito anos que diferente dos irmãos possuía o cabelo preto.
— Mamãe, estou com fome. — O menor falou.
— Já vamos entrar, Haruto. — A mulher respondeu carinhosamente.
— Estou tão animada para o natal! — Kanae girou balançando suas madeixas ruivas e o vestido florido que usava. — Vou poder mostrar meu vestido novo que o papai fez.
— Kanae, Kengyuu, ajudem o papai a levar essas coisas para dentro. — Ishida apontou para algumas caixas que estavam no carro.
— Uryuu, eu vou lá dentro com Haruto. — Orihime sorriu — Ryuuken-san vem?
— Vem sim, Hime, ele não vai perder uma festa com os netos.
Ishida abriu o porta malas do carro revelando caixas de presentes.
— Oh, quanta coisa. — Kanae bateu palmas enquanto os olhos brilhavam.
— Não peguem o que for mais pesado.
Ishida avisou aos filhos, Kanae fez um gesto de bater continência, enquanto Kengyuu acenou com a cabeça.
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— Vamos enterrar aqui nosso tesouro.
— É melhor a gente pendurar na meia como presente para o Papai Noel.
— Vocês estão errados, idiotas! Devemos fazer um lanche e colocar perto da lareira para o Papai Noel.
Os filhos de Ichigo e Rukia eram claramente misturas deles. Hideki, aos oito anos, exibia seus cabelos escuros e olhos violetas, aos quais ele compartilhava a cor com seus irmãos menores e ruivos, os gêmeos Homura e Shizuku, de sete.
— O que estão aprontando?
Hisana, a irmã mais velha em seus onze anos, era a única que herdou os orbes castanhos do pai, suas madeixas escuras ela deixou crescer como a mãe.
— Esses bobões não querem me escutar, temos que deixar um lanche para o Papai Noel. — Homura reclamou em seu típico jeito autoritário.
— Eu sou mais velho que você! — Hideki reclamou com a irmã.
— E não tem juízo. — Homura rebateu.
— Eu quero enterrar coisas! — Shizuku gritou.
— Parem com isso. — Hisana fez um "X" com as mãos para os irmãos. — Sosseguem pelo menos uma vez no ano.
— Aí estão meus netinhos. — Isshin acenou para as crianças. — Venham cá, Rukia-chan está chamando!
As crianças saíram do quintal e entraram na cozinha, onde estava Yuzu, Rukia e Orihime junto com Isshin.
— Seus amigos chegaram, façam companhia a eles lá na sala. E eu espero que não tenham sujado a roupa de terra lá fora.
— Não, mamãe. — Os pequenos responderam em uníssono e saem logo em seguida.
— Rukia-chan não seja tão dura com esses pequenos bebês. — Isshin choramingou.
— Ora, eu sou mãe de quatro, tenho que ter pulso. — Rukia lavava suas vasilhas na pia.
— Hime, precisa de ajuda aqui? — Ishida aparece na cozinha e se prepara para levar os pratos à mesa.
— Obrigada, Uryuu. — Ela responde sorridente para o marido.
— Que marido prestativo. — Isshin deu uma risadinha — E o Ichigo cadê?
— Eu me pergunto o mesmo. — Rukia disse da pia.
— Papai, não complique as coisas. — Yuzu reclamou.
— Era só uma brincadeirinha, eu chamei Ichigo lá dentro porque tenho uma missão especial para ele, e para você também. — Isshin apontou para Ishida que o observou, confuso.
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— Tenho certeza que as crianças vão ficar bem felizes.
Urahara abriu seu leque e sorriu para os homens à sua volta.
— Então por que você não vai usar nenhuma fantasia?
Ichigo indagou com sua usual carranca, apontando para a fantasia de rena ao seu lado.
— Há um número limitado, apenas para os jovens rapazes. — O shinigami de chapéu respondeu.
De repente Ichigo, Ishida, Renji e Sado estavam fantasiados de renas do Papai Noel.
— O que estou fazendo aqui se não sou pai de ninguém? — Renji cruzou os braços.
— Nem eu. — Sado concordou.
De repente Isshin adentrou o local vestido como um típico Papai Noel, apoiando uma mão na barriga falsa e outra segurando o saco nas costas.
— Rapazes, não vamos fazer pouco do natal, as crianças estão esperando por isso! Vocês querem que o natal das crianças seja infeliz? Não vou permitir! Vamos lá fazer nosso papel.
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Enquanto isso, Keigo chegava na companhia de Tatsuki e Mizuiro com sua nova namorada.
— Quem é essa? — Tatsuki perguntou a Keigo, sobre a mulher ao lado de Mizuiro.
— Nova namorada dele.
— Ah, parece que todas saíram da mesma forma.
— Tia Tatsuki-chan! — As crianças Ishida chamaram.
— Kanae, Kengyuu, Haruto! Como estão?
— Estamos bem, olhe meu vestido novo! Papai fez para mim. — A pequena girou.
— É lindo, Kanae. — Tatsuki sorriu.
— É realmente um belo vestido.
A voz de Ryuuken soou e as três crianças correram na direção do avô.
— Vovô!
— Calma, crianças, eu não tenho mais tanta energia. — As crianças o abraçaram e o homem quase caiu.
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— Yuzu?
A garota ouviu o chamado na cozinha e viu a irmã gêmea ao lado de Toushirou.
— Karin-chan, Hitsugaya-kun!
— Como está? — O rapaz de madeixas albinas perguntou educadamente a sua cunhada.
— Estou bem. — Ela secou as mãos no avental — O papai está lá dentro com onii-chan e os meninos, estão preparando alguma surpresa para as crianças.
— O que será que o pai tá inventando agora? — Karin indagou, desconfiada.
— Você quer ajuda, Yuzu-san? — Hitsugaya olhou para algumas coisas espalhadas pela cozinha.
— Claro que quer, Toushirou.
Karin falou antes de Yuzu recusar e pegou alguns pratos pesados para colocar nas mãos dele.
— Karin?
— Leva lá na mesa, noivinho.
Karin deu uns tapinhas no ombro dele.
— Estou indo.
Ele saiu com uma cara amarrada, Karin sorriu satisfeita e Yuzu deu uma risadinha.
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Todos estavam se reunindo pela sala da casa, estava prestes a ocorrer algo que ia entreter todos.
— Tio, olha como meu cabelo cresceu.
— Tio, papai falou que com você podemos ver cerejeiras o ano todo.
— Tio, por que o céu é azul?
— Tio, olha o machucado que fiz quando caí da bicicleta.
Byakuya estava perdido com seus sobrinhos falando, cada um com uma bateria infinita embutida.
— Um de cada vez, nii-sama é um só.
Logo após a fala de Rukia uma voz ganhou a sala.
— Hohoho! Feliz natal! — Isshin entrou com sua fantasia de Papai Noel e um saco vermelho pendurado nas costas.
As crianças gritaram animadas, em seguida as renas Ichigo, Ishida, Sado e Renji entraram.
— Que fofo! — Os olhos de Orihime e sua filha brilhavam olhando para Ishida o que o fez corar.
— Tio Renji tá tão fofo! — Hisana diz e seus irmãos concordam.
— Papai tá feio. — Hideki fala enquanto seus irmãos olham espantados para Ichigo.
— Isso não é justo! — ele reclamou, irritado e um pouco enciumado.
— Também com essa cara feia. — Renji provocou Ichigo.
— Hã? — Ichigo olhou feio.
— Cara de delinquente. — Ishida entendeu.
— Malditos. — Ichigo reclamou com uma veia saltada na testa.
— Papai, você está incrível, era brincadeira. — Hisana riu com seus irmãos.
— Crianças... — ele sorriu e foi até os filhos, se ajoelhando perto deles, as quatro crianças caíram em seus braços e ele os abraçou.
— Ichigo, seu bobo. — Logo sentiu os braços da esposa entrando no abraço coletivo.
— Eu amo vocês mais que tudo. — Ichigo disse envolvendo seus filhos e Rukia dentro do abraço.
Nessa noite toda essa grande família ceiou e compartilhou seus bons momentos. Juntos no espírito de natal, do jeito deles, mas sempre unidos.
