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Anko sentiu algo macio a envolver, logo estava totalmente incapaz de se mover. Com os olhos fechados e uma expressão de total frustração e impotência, a garota tentou abrir a mão e se livrar do frasco que segurava, mas o movimento de algo frio e pegajoso deslizou por seu braço, o envolvendo lentamente até tomar o pequeno objeto de vidro.
— Hummmm... Interessante! Você agora quer usar sua determinação contra mim, Anko?
Com lágrimas furiosas preenchendo suas orbes, Mitarashi tinha a terrível sensação de fracasso tomando conta de si, mas a língua de Orochimaru ainda estava se movendo em volta de sua cintura e uma de suas pernas, impedindo qualquer movimento. Ele sequer precisava chegar perto.
— Eu não vou cair nessa conversa de gênio incompreendido que você passa pra todos os que te seguem. Vou ser a sua principal "criação" e a sua ruína, Orochimaru!
— O que aconteceu com o "sensei"? Você costumava ser pelo menos mais educada.
O aperto em volta do corpo de Anko aumentou bruscamente, arrancando um gemido curto. O Sannin a encarou surpreso por um momento, mas logo um sorriso vitorioso se formou em seus lábios.
— Está excitada com meus toques! HA HA HA HA HA... Seu corpo reage contra a sua vontade, não é? Porque você me despreza com toda a sua alma!
Um arrepio percorreu o corpo da jovem ao ser descoberta pelas habilidades sensoriais de seu antigo mestre, ela virou o rosto para não encará-lo, mas era fato que o tesão a consumia em um nível inimaginável, os seios marcavam o fino tecido da blusa, enquanto o sangue ganhava mais impulso, deixando sua face ruborizada.
— Me solta — gritou com raiva, voltando a fitar os olhos felinos.
— Eu solto, querida Anko, se você me disser que não quer desfrutar de todo o resto que posso fazer com a língua.
Paralisada, a morena não foi capaz de dizer qualquer coisa em resposta, mas sentiu outro doloroso arrepio, sua respiração mais pesada e involuntariamente sua intimidade molhar. A determinação citada pelo Sannin para a missão de destruir seus experimentos começava a se dissolver.
— Vamos, diga! Você consegue, Anko — Orochimaru fazia questão de repetir o nome da jovem, da mesma forma que inúmeras vezes fizera para encorajá-la a algum novo ninjutsu.
Com uma das mãos livres, Anko alcançou o raciocínio mais lógico. Precisava apenas de uma pequena serpente com veneno potente para deixar o ninja atordoado, mesmo que por poucos minutos. Sua consciência enganou a si própria, imaginando que seria sensato criar uma distração.
— Eu quero sentir você... — ela sussurrou baixo, os olhos marejados fixos no rosto de seu adversário, que em um passado não muito distante lhe causava apenas admiração, quase uma devoção cega — Não pare...
Orochimaru se aproximava com passos lentos, mas ainda era sua língua que manipulava as vestes de Anko, retirando seu casaco e em seguida levantando sua blusa devagar, deixando pelo corpo da jovem um rastro de saliva.
— Você se tornou uma kunoichi nível jounin extremamente habilidosa e uma mulher atraente, estou orgulhoso de você, mas ainda falta uma coisa.
— O-O quê? — as palavras saíam falhas, quase como se Anko as cuspisse depois de engasgar, o momento perfeito para liberar seu jutsu na forma de uma pequena serpente.
— Você ainda não provou os dois lados!
A kunoichi se repreendia por perder o foco e pelas maravilhosas sensações que a dominavam, mas Orochimaru também tinha um certo efeito ao ver a morena com seus cabelos rebeldes soltos caindo sobre os ombros, as belas tatuagens que enfeitavam seus bíceps, os belos seios fartos que ela não fazia questão de esconder com sua blusa apertada no corpo.
Sem ter o trabalho de andar até Anko, o ninja lendário a trouxe pra perto e imediatamente cravou suas presas na jugular, arrancando dela um grito contido. Não era a primeira vez que a garota sentia as presas de seu mestre, tendo feito antes para implantar sua marca, mas dessa vez a única sensação igual era a dor, todos os outros efeitos a pegaram de surpresa, levando-a a quase um clímax instantâneo, como um sonho lúcido de prazer intenso.
"Que poder é esse? Não é possível!"
Assim que Orochimaru afastou do pescoço da morena, as sensações cessaram, mas ela ainda sentia os efeitos, a pulsação em seu íntimo, esteve tão perto de um orgasmo, que ainda tinha seus sentidos em alerta e os músculos tensos. Anko se deixou cair contra o corpo do Sannin, não estava mais sustentada por sua língua elástica, então perdeu as forças ao tocar os pés no chão. Uma das mãos agarrou na blusa do ninja e seus olhos buscavam decifrar qualquer resposta do rosto enigmático por natureza, mas ao olhar para cima, Mitarashi teve apenas um vislumbre de uma expressão perversa.
— Ah, você imaginou que eu teria prazer nisso? Tsc... Anko! Não seja ingênua! EU SOU UM DEUS! Dominei todas as técnicas conhecidas e até desconhecidas desse patético e falso mundo shinobi, cheio de regras que nem mesmo eles cumprem!
Anko se distraiu o suficiente para esquecer de sua pequena serpente, que desapareceu em meio à grama verde quando o chakra já não era mais direcionado para aquela técnica específica.