Actions

Work Header

Rating:
Archive Warnings:
Fandom:
Relationships:
Characters:
Additional Tags:
Language:
Português brasileiro
Stats:
Published:
2024-12-09
Updated:
2025-09-14
Words:
145,078
Chapters:
39/?
Comments:
20
Kudos:
60
Bookmarks:
3
Hits:
2,534

O Espelho das Sombras

Summary:

Esta é uma fanfic sombria onde teremos 3 POVs diferentes:
_Neil Josten

_ Andrew Minyard

_ Aaron minyard

Não nesta ordem, mas aqui temos vários tipos de violência, então se você não gosta recomendo que não leia.

As coisas são meio diferentes do cânone, mas relaxem Andrew e Neil ainda tem suas personalidades.

E se Tilda fosse mais doída que o cânone? E se ela vendesse Aaron?
E se ela acabasse se arrependendo de suas ações?
E se ela confundisse Andrew com Aaron?

Notes:

N.A: Olá leitores bom dia, boa tarde, boa noite. Teremos o POV do nosso amado Andrew, aqui se passa antes do original livro. E talvez ele pareça um pouco diferente...

T.W: Drogas
Violência física e verbal
Menção a violência sexual
Pânico
Automutilação

(See the end of the work for more notes.)

Chapter 1: Um erro? Ou um acerto?

Chapter Text

Andrew nunca pediu nada,pois uma vez ele pediu uma família nenhuma delas era boa. Outra vez ele pediu que parasse mas ninguém nunca parou. Então sim ele não pedirá mais nada, talvez exija, ou não.

Entre idas e vindas de lares adotivos, Andrew tinha alguns conhecidos com o oficial Phil Higgins, Andrew havia acabado de voltar da casa dos Spears, cansado tanto psicologicamente quanto física, Andrew apenas se trancou no banheiro até se sentir menos nojento, ele estava familiarizado com a dor e o sangue, as lâminas de barbear faziam seu trabalho em aliviar a sensação.

Algum tempo depois, ele sai do banheiro após seu banho, ele não sentia nada... O porco Higgins estava na sala quando Andrew atravessou ela, o homem o chamou.

― Andrew? Que irmos para um jogo de beisebol?. Disse o homem presunçosamente

Andrew pensou em dizer não, mas talvez fosse interessante sair por aí, dar uma volta de carro é algo que ele nunca recusaria. Ele queria tirar sua cabeça daquele inferno, daquele maldito quarto, ele queria Cass.

― Onde? Pergunta Andrew entediado.

― Não muito longe. Disse Higgins

Andrew deu de ombros, e seguiu o homem para fora, com cuidado se sentou no banco do passageiro. Ele fez de tudo para não estremecer, logo Andrew seria livre de tudo isso, logo seria só ele Cass e Richard na casa e ela poderia assar biscoitos para ele. Era um pequeno preço a se pagar. Ele realmente queria ter ela com ele. O passeio não durou muito, as árvores passavam com uma velocidade interessante, eles chegou ao estádio de beisebol, Andrew fez de tudo para não bufar, mas sério beisebol, ele seguiu o homem até às arquibancadas, o porco Higgins disse alguma coisa ao fato de vim encontrar alguém, o que Andrew por sua vez não se interessava nem um pouco, ele se sentou e assistiu a partida, havia alguém olhando para ele, pois o loiro sentiu o peso do olhar, ele se virou e viu uma mulher sentada a alguns assentos acima. Quando a partida acabou, uma mulher veio correndo em sua direção, e o puxou em um abraço apertado, ele ficou tenso.

― Aar-Aaron meu filho. Disse a mulher.― Eu sinto muito. Muito mesmo.

A mulher olhou nos olhos dele, ela tinha olhos claros, era loira o mesmo tom que o de Andrew, ela parecia culpada.Arrependida pensou Andrew.

― Aaron. Meu filho. Mamãe sente muito. Disse ela amargurada

Andrew decidiu que não gostava dela, seja lá quem fosse Aaron, ela não dever ter feito algo de bom disse Andrew em sua cabeça, ele não gostou de ser tocado, fez o possível para não reagir, o bile de seu estômago ameaçava subir queimando sua garganta. Ele viu de canto de olho o porco Higgins chocado, ele não esperava isso também.

― Quem é Aaron?. Pergunta ele.― Este é um dos meus aprendizes Andrew Doe.

A confusão tomou a conta do rosto da mulher, ela se afastou como se tivesse sido queimada, interessante, Andrew pensou. Ele se sentiu aliviado do afastamento da desconhecida.

― Andrew esta é Tilda. Apresentou Higgins, depois se voltou para a mulher. ― E Tilda este é Andrew.

A loira ainda parecia atordoada, mas havia certo reconhecimento naqueles olhos.

― Andrew. Ela disse arrastado como se testasse as palavras, ou como se não acreditasse no que estava ouvindo.

Andrew olhou para ela com indiferença, não respondeu pois ela parecia está mais ocupada encaixando as peças em sua cabeça, era tão alto que ele poderia até mesmo ouvi as engrenagens se movendo na cabeça da mulher, ela pareceu amarga com qualquer conclusão que estivesse chegado.

― Andrew. Meu filho. Murmurou ela.

Andrew fez o que pode para não reagir, aquela mulher afirmava ser a mãe dele... Andrew não gostava dela, e ela não era sua mãe.

― Andrew vamos para casa? Disse ela simplesmente assim do nada.

Até o porco Higgins parecia chocado com essa frase.

― Não. Disse Andrew firme, ele não confia nela e não cederá tão facilmente.

― Eu sinto muito. Ela diz muito culpada, ela parecia estar cada vez mais fundo no poço de sua mente.

― Eu não sou esse tal do Aaron que você procura. Disse Andrew friamente e com ênfase nas palavras.

― Eu sei. Diz ela parecendo aborrecida.

Andrew se virou sinalizando que a conversa havia terminado, ele não queria está ali, ele queria tirar a sensação de toque de sua pele, não era um bom dia, nunca foi um bom dia , o loiro caminhava até o carro onde ele poderia ver o porco Higgins falando algo para Tilda, a mulher entregou a ele um pedaço de papel. Não muito depois Andrew e o oficial voltaram até onde o garoto estava, cada dia que passava aquele local era cada vez mais insuportável, California se ele podesse sumiria, ele nunca teve nada a perder, ele poderia agora mesmo tirar sua vida, e ninguém se importaria, talvez Cass. Pensa nela fazia o garoto se sentir mal, ela era a única pessoa que mostrou a ele o que era o carinho. Sem machucar-lo.

Alguns dias depois, Andrew voltou para casa de Cass, a mulher o recebeu com biscoitos, aparentemente Drake não estava em casa, o que Andrew estava agradecido, afinal era sempre assim, ele o quebrava e depois desaparecia, para depois quebrar-lo novamente. De tarde Cass recebeu um ligação, a supresa passou pelo rosto, ela olhou para Andrew, seja o que for a mulher parecia triste, quando a ligação terminou Cass se sentou em frente ao garoto.

― Sua mãe ligou. Disse ela, com tristeza.

― Ela não é minha mãe. Disse Andrew com indiferença.

― Ela disse que queria você de volta. Disse ela lutando contra as lágrimas.

Andrew queria rir, Que ironia..., pensou ele, A mesma mulher que me abandonou, agora do nada resolveu que me queria, o garoto não deixou isso transparecer em sua expressão. Andrew não sabia como reagir com relação ele não queria aquela mulher, ele queria Cass, mas ela havia um preço, esse preço era Drake. Havia uma outra mulher que dizer sua mãe, ela tinha um preço, pois tudo na vida de Andrew tinha um preço. Talvez um maior do que ele poderia pagar.

― Ela disse que iria lutar para ter você de novo se fosse necessário. Disse Cass tristemente.― Mas eu vou lutar por você também Andrew.

Isso chamou atenção do garoto, Cass não era novidade, mas Tilda alguém que ele mal conhecia fazer isso, mas ele tinha uma ideia do que estava na cabeça da mulher. Ela queria Aaron... Pensou Andrew. Ele não disse uma palavra sobre isso, e ela não exigiu, ele sabia que Cass tinha como conseguir ter ele com ela, mas ele não fazia a menor ideia de como a outra mulher faria. No fim ele seria o troféu.

Nos dias que se seguiram Andrew percebeu, que não se importava mais com o que aconteceria, ele se encontrava novamente no banheiro com uma lâmina de barbear, nos pulsos, quem sabe ninguém venceria essa competição se ele não tivesse vivo. Andrew estava cansado, ele não queria mais nada, ele não queria sentir mais nada. A sensação de queimação e dor era anestesiante para ele, era as únicas coisas que ele ainda podia controlar.

Tilda Minyard se apresentou com bons advogados para o caso, conseguindo se tornar guardiã dele. Ele se mudou de Oakland para San José, em uma casa arrumada, alguns móveis eram chiques, Andrew tinha um quarto, que ele tem quase certeza que pertencia ao outro garoto. Ao chegar ao segundo andar, a porta estava trancada com cadeado, estranho, pensou Andrew, a loira destrancou e empurrou a porta apressando para sair, e descer as escadas, o garoto entrou no quarto havia alguns pôsteres meio rasgados, alguém havia tentado arrancar a força mas não obteve muito sucesso. Uma cama de solteiro, um armário, uma penteadeira,e uma escrivaninha, o suficiente para viver. Andrew arrumou suas coisas ao sair percebeu que a porta não tinha tranca, o que ele anotou para fazer uma barricada ali com algo, ou comprar um tranca. Ele desceu, a mulher estava fumando um cigarro sentada na sala.

A mulher olhou para ele, com se tivesse esquecido de sua presença, sombras dançaram em seu olhar, ele sabia que a fachada de boa mãe era apenas temporária, ele só estava esperando o momento em que ela escorregaria. Andrew com facilidade achou a cozinha, havia macarrão com queijo para esquentar, e algumas comidas e frutas, nada de doces, o que o garoto não apreciava nem um pouco.

Algumas semanas depois Tilda realmente escorregou, a máscara de boa mãe caiu, ela chegou chapada, Andrew se encontrava na sala, assistindo algo que estava passando. A mulher furiosa caminhou até ele.

― Vá para o seu quarto. Disse ela

Andrew apenas olhou para ela, nem um pouco impressionado, a encarou por um tempo, mas começou a se mover, ele não foi rápido o suficiente pois segundos depois, sua bochecha estava ardendo.

― Eu disse para você ir pro quarto não me encarar, você é sempre assim lerdo. Disse ela furiosa.

Aparentemente esse era o preço de Tilda, as suas surras, pelo menos os dias que ela dava festas, ela se dava ao trabalho de mandar Andrew se trancar. Sua rotina agora era escola, ele entrou para Exy e ficou como goleiro pois era a única vaga que eles precisavam, assim ele não precisava ficar tanto tempo em casa, dividir a casa com Tilda era um inferno, era sempre surras e xingamentos, e as vezes ela confundia seu nome. Foi quando Andrew perguntou.

― Quem diabos é Aaron?

Ela estava fumando na varanda, ela olhou para ele encredula.

― Ele era seu gêmeo. Respondeu ela sem mais explicações, e se levantou.

Era, essa palavra já tinha muito significado , falar nele no passado, dizia que o garoto estava morto. Algo nisso estava errado para Andrew

Eu sinto muito...

Muito mesmo...

Mamãe sente muito...

Se o garoto estava mesmo morto, ela nunca o teria confundido com ele em primeiro lugar, nada fazia sentido, ele tinha um irmão, e a mulher nunca havia nem mesmo mencionado para ele. Talvez ela não quisesse que soubesse... Pensou o garoto, ele correu para seu quarto, olhou para os pôsteres como se eles fossem a resposta, eles estavam todos meio rasgados, no entanto tava para perceber que eram infantis. O que poderia significa que Aaron não estava ali a muito tempo. Ele tinha quinze anos agora, e nunca havia se perguntado sobre isso.

Ele era o seu gêmeo...

Ele olhou para o espelho, olhos âmbar o encaravam de volta, ele não tinha expressão nenhuma, ele era neutro, ele perdeu sua capacidade de se expressar fisicamente.

Alguns meses depois perto de seu aniversário Tilda e Andrew se mudaram para Columbia, ele resolveu fazer uma faxina em seu quarto, mudando algumas coisas de lugar. Enquanto mexia na cama um caderno caiu de baixo do colchão. O nome nele era o que chamou a atenção de Andrew.

Aaron

Ele o ajuntou, ele se sentia violando suas próprias regras quando abriu o caderno.

02/21/1991

Eu sei que garoto não deveriam ter diário, meu tio me disse, mas Nicky disse que não problema então estou escrevendo, hoje a mamãe me abraçou de verdade, ela nunca havia feito isso.
Eu estou feliz, foi uma abraço de desculpas, porque ela sem querer apagou um cigarro em mim, mas tá tudo bem eu já a perdoei.

Andrew não gostou nem um pouco, do que leu e continou a lê, algumas páginas falavam sobre o seu dia sempre mencionava sua mãe estar jogada no sofá, e de como eles estava com fome.

09/18/1991

Hoje a mamãe me abraçou de novo, ela ficou furiosa, e tentou jogar uma garrafa de whisky em mim, mas tudo bem não acertou em mim, mas o barulho me assustou muito. Ela me acalmou. Mamãe me ama muito eu sei. Eu que às vezes sou um mal menino.

Andrew podia ouvi o seu sangue fervendo em suas veias. Ele seguiu para as próximas páginas.

03/30/1991

Minha cabeça está doendo muito, mamãe sem querer me empurrou, cair e minha cabeça bateu na privada. Ela não deve ter percebido, se não ela teria me ajudado né?

A raiva de Andrew só aumentava cada vez mais.

01/12/1992

Sei que não é certo, mas por favor cara daí de cima. Por favor me mande uma mãe boazinha, nunca quis ser um mal menino. Eu prometo me comportar. Prometo não reclamar das vezes que ela me deixou sem comer. Nem vou contar a ninguém que ela já me bateu até eu desmaiar. Por isso, por favor, faça minha mãe mudar.

Mesmo estando só lendo aquelas palavras ainda o afetavam, ele sabia que não importava o quanto você a dissesse nada mudaria, as coisas continuariam sendo as mesmas. A caligrafia estava trêmula, o que pode indicar que Aaron estava chorando, Andrew podia até mesmo ouvir o garoto soluçando.

05/23/1993

Hoje é aniversário do Nicky, ele está fazendo dez anos, eu gosto de brincar com ele. Meu primo me ligou disse que queria me ver. Estou com saudades dele, acho que o meu tio e minha mãe não se dão bem. Ele vai ter uma festa de aniversário, eu nunca tive um festa de aniversário, estou esperando a data chegar para mim pedi a mamãe.

05/24/1993

Meu corpo dói, acho que a mamãe pegou pesado afinal. Ela disse que não tinha essa intenção. É que bom eu sou muito lerdo, talvez eu deva corrigir isso. Minhas costas tão doem, acho que tinha vidro no chão.

11/04/1993

Acho que aniversário não são para mim.... Mamãe não gostou quando comentei sobre isso, agora estou com muita dor.

11/18/1993

Mãe disse que amanhã vamos ter visita. Ela me disse para ser bom garoto, me comportar, e ser corajoso. Mamãe disse que me amava hoje. Mas eu sempre soube.

As próximas páginas estava em branco.

Alguma coisa aconteceu....

Tilda entregou seu filho pra adoção?...

Aaron estava vivo?

Muitas perguntas surgiram na cabeça de Andrew, mas nenhuma tinha uma resposta clara, eram apenas suposição. Era mais fácil para eles pensarem no pior, mas o loiro odiou Tilda mais ainda, ela machucava Aaron, sem piedade, o garoto tinha sete anos a última vez que escreveu, ou a última vez que alguém teve notícias dele. Tilda praticamente matou seu próprio filho. Nada disso fazia sentido, por que ela iria atrás de Andrew? Por que ela parecia tão culpada? Por que ela dizia que Aaron estava morto? E se ele realmente tivesse?

A mulher que morava vinha a surtando dia após dia. Certa tarde quando Andrew chegou na sua casa, ele encontrou a mulher deitada na cozinha afogada em seu próprio vômito. Andrew não sentiu nada, ele sabia que ela tinha seus problemas com drogas, ele sabia que uma hora ou outra isso ia acontecer, mas mesmo assim ele ligou para ambulância. Que chegou minutos depois, ele não sentiu nada quando as pessoas lhe fizeram perguntas. Andrew odiava aquela mulher, ela era sua agressora, ela era quem estava machucando Aaron, ela que se livrou de seu irmão.

No funeral de Tilda, ele não derramou uma se quer lágrima, ela não sentia nada por aquela mulher. Seus tios Luther e Maria vieram ao velório, até seu primo, Nicholas veio para presta sua homenagem, mas seu pai não o permitiu entra na igreja, aquilo chamou a atenção de Andrew, era filho deles, sumbrinho de Tilda, e Luther não o permitiu entrar. O loiro saiu da igreja, e caminhou até o garoto que estava sentado a meio-fio. O mais alto olhou para ele, abriu a pouco pra falar, mas fechou inéditamente.

― Andrew? Disse o garoto.

O loiro olhou para ele, não disse nada apenas o observou. E Nicholas começou a chorar, Andrew não entendeu o motivo, talvez Tilda realmente fizesse falta para alguém, pensou ele.

― Você é o Andrew o gêmeo de Aaron, não é?

― Sim Nicholas eu era. Respondeu o loiro com indiferença.

― Eu sinto falta dele. Disse Nicky com a mão no rosto.

― Por que eles não te deixaram entrar? Perguntou Andrew.

― Eles não aceitam pecadores. Retrucou o moreno.

O loiro acenou, parecia que não era algo de agora.

O funeral acabou, nenhum deles parecia realmente afetados. Luther e Maria seguiram para casa de Tilda.

― Suponho que você vá morar com a gente? Ou você quer voltar a morar com Cass? Ela parecia amar muito você ao ponto de ir para a justiça contra sua mãe. Comenta o homem.

Andrew pensou nessa possibilidade, mas o verdadeiro problema era quando Drake voltasse para os feriados. Seria um verdadeiro inferno só de pensar os braços de Andrew começam a coçar.

― Não posso voltar para Cass. Responde o loiro indiferente.

― Por quê? Pergunta o Luther.

― Drake. Diz Andrew sem mais explicações.

― Seu irmão? Fala o homem.

Andrew queria gritar com ele dizendo que não tinha irmão, mas mesmo assim respondeu.

― Sim.

― O que tem ele? Pergunta o Luther.

― Ele me tocava. E eu não gostava de como ele fazia. Responde Andrew.

Todo mundo que tivesse pelo mesmo dois neurônios processaria o que Andrew quis dizer com aquilo.

― Ele só te tocava por que ele, era seu irmão e te amava. Isso é apenas um mal-entendido. Diz o homem

Aquele momento dois coisas aconteceram, foi uma mistura de confusão, e também foi o mais perto que Andrew teve de pular no pescoço de alguém.

É claro que ele não ia acreditar...

Andrew apenas se levantou e saiu, se ele ficasse seria pior, ele se trancou no banheiro, e ele começou a lembrar, um baú que estava fechado e empurrado no fundo se abriu, a única coisa cada de trazer ele de volta para o seu corpo era as lâminas de barbear, que estavam pressionandas contra seu pulso, com força o suficiente para machucar, e para fazer ele sentir.

Alguns minutos depois Andrew toma seu banho e sair do banheiro e recebido com uma discussão acalorada na cozinha.

― Essa casa não é sua para você me expulsar. Disse uma voz que Andrew reconheceu como sendo de Nicky.

― Você não deveria nem estar aqui. Disse Luther.

― Isso não é algo que você decide. Disse Nicky escondendo o medo de sua voz.

Assim que os homens perceberam a presença de Andrew se calaram. Luther foi o primeiro a quebrar o silêncio.

― Andrew vai morar com a gente. Disse ele convencido.

― Não. Respondeu Andrew

― Você prefere Cass então? Fala o homem.

― Ele pode morar comigo. Afirmar Nicky.

― Você mal cuida de você. Onde você acha que vai poder sustentar você e ele. Luther cospe as palavras em Nicky.

― Eu vou morar com Nicky. Disse Andrew convicto.

Todos olhavam para ele, e seu primo parecia lisonjeado. De todas as opções que o loiro tinha, Nicky era a que mais parecia segura, pelo diário de seu gêmeo valia a pena dar uma oportunidade para o garoto. Ninguém mais discutiu talvez, Luther não quisesse mesmo ficar com Andrew de qualquer forma. E assim Andrew e Nicholas foram mora juntos, se mudaram e começaram a trabalhar o Éden Twilight. Depois do incidente com os bêbados, Andrew começou a tomar os remédios, ele não era mais o mesmo, ele estava nas nuvens. Ele terminou o ensino médio e foi recrutado para as Raposas após recusar a oferta da Edgar Allen nos corvos.

______________________________________

Espero que tenham gostado do capítulo. Dê sua estrelinha e comentem.

Onde será que estar Aaron? 👀👀

E no próximo capítulo de Andrew vamos ver os capítulos do livro pelo seu POV.

Vou escrever um capítulo sobre o por que dessa atitude da Tilda com Andrew. Vou lançar o capítulo de Aaron junto com este.

N.A: Olá leitores bom dia, boa tarde, boa noite. Teremos o POV do nosso amado Andrew, aqui se passa antes do original livro. E talvez ele pareça um pouco diferente...

T.W: Drogas
Violência física e verbal
Menção a violência sexual
Pânico
Automutilação

Andrew nunca pediu nada,pois uma vez ele pediu uma família nenhuma delas era boa. Outra vez ele pediu que parasse mas ninguém nunca parou. Então sim ele não pedirá mais nada, talvez exija, ou não.

Entre idas e vindas de lares adotivos, Andrew tinha alguns conhecidos com o oficial Phil Higgins, Andrew havia acabado de voltar da casa dos Spears, cansado tanto psicologicamente quanto física, Andrew apenas se trancou no banheiro até se sentir menos nojento, ele estava familiarizado com a dor e o sangue, as lâminas de barbear faziam seu trabalho em aliviar a sensação.

Algum tempo depois, ele sai do banheiro após seu banho, ele não sentia nada... O porco Higgins estava na sala quando Andrew atravessou ela, o homem o chamou.

― Andrew? Que irmos para um jogo de beisebol?. Disse o homem presunçosamente

Andrew pensou em dizer não, mas talvez fosse interessante sair por aí, dar uma volta de carro é algo que ele nunca recusaria. Ele queria tirar sua cabeça daquele inferno, daquele maldito quarto, ele queria Cass.

― Onde? Pergunta Andrew entediado.

― Não muito longe. Disse Higgins

Andrew deu de ombros, e seguiu o homem para fora, com cuidado se sentou no banco do passageiro. Ele fez de tudo para não estremecer, logo Andrew seria livre de tudo isso, logo seria só ele Cass e Richard na casa e ela poderia assar biscoitos para ele. Era um pequeno preço a se pagar. Ele realmente queria ter ela com ele. O passeio não durou muito, as árvores passavam com uma velocidade interessante, eles chegou ao estádio de beisebol, Andrew fez de tudo para não bufar, mas sério beisebol, ele seguiu o homem até às arquibancadas, o porco Higgins disse alguma coisa ao fato de vim encontrar alguém, o que Andrew por sua vez não se interessava nem um pouco, ele se sentou e assistiu a partida, havia alguém olhando para ele, pois o loiro sentiu o peso do olhar, ele se virou e viu uma mulher sentada a alguns assentos acima. Quando a partida acabou, uma mulher veio correndo em sua direção, e o puxou em um abraço apertado, ele ficou tenso.

― Aar-Aaron meu filho. Disse a mulher.― Eu sinto muito. Muito mesmo.

A mulher olhou nos olhos dele, ela tinha olhos claros, era loira o mesmo tom que o de Andrew, ela parecia culpada.Arrependida pensou Andrew.

― Aaron. Meu filho. Mamãe sente muito. Disse ela amargurada

Andrew decidiu que não gostava dela, seja lá quem fosse Aaron, ela não dever ter feito algo de bom disse Andrew em sua cabeça, ele não gostou de ser tocado, fez o possível para não reagir, o bile de seu estômago ameaçava subir queimando sua garganta. Ele viu de canto de olho o porco Higgins chocado, ele não esperava isso também.

― Quem é Aaron?. Pergunta ele.― Este é um dos meus aprendizes Andrew Doe.

A confusão tomou a conta do rosto da mulher, ela se afastou como se tivesse sido queimada, interessante, Andrew pensou. Ele se sentiu aliviado do afastamento da desconhecida.

― Andrew esta é Tilda. Apresentou Higgins, depois se voltou para a mulher. ― E Tilda este é Andrew.

A loira ainda parecia atordoada, mas havia certo reconhecimento naqueles olhos.

― Andrew. Ela disse arrastado como se testasse as palavras, ou como se não acreditasse no que estava ouvindo.

Andrew olhou para ela com indiferença, não respondeu pois ela parecia está mais ocupada encaixando as peças em sua cabeça, era tão alto que ele poderia até mesmo ouvi as engrenagens se movendo na cabeça da mulher, ela pareceu amarga com qualquer conclusão que estivesse chegado.

― Andrew. Meu filho. Murmurou ela.

Andrew fez o que pode para não reagir, aquela mulher afirmava ser a mãe dele... Andrew não gostava dela, e ela não era sua mãe.

― Andrew vamos para casa? Disse ela simplesmente assim do nada.

Até o porco Higgins parecia chocado com essa frase.

― Não. Disse Andrew firme, ele não confia nela e não cederá tão facilmente.

― Eu sinto muito. Ela diz muito culpada, ela parecia estar cada vez mais fundo no poço de sua mente.

― Eu não sou esse tal do Aaron que você procura. Disse Andrew friamente e com ênfase nas palavras.

― Eu sei. Diz ela parecendo aborrecida.

Andrew se virou sinalizando que a conversa havia terminado, ele não queria está ali, ele queria tirar a sensação de toque de sua pele, não era um bom dia, nunca foi um bom dia , o loiro caminhava até o carro onde ele poderia ver o porco Higgins falando algo para Tilda, a mulher entregou a ele um pedaço de papel. Não muito depois Andrew e o oficial voltaram até onde o garoto estava, cada dia que passava aquele local era cada vez mais insuportável, California se ele podesse sumiria, ele nunca teve nada a perder, ele poderia agora mesmo tirar sua vida, e ninguém se importaria, talvez Cass. Pensa nela fazia o garoto se sentir mal, ela era a única pessoa que mostrou a ele o que era o carinho. Sem machucar-lo.

Alguns dias depois, Andrew voltou para casa de Cass, a mulher o recebeu com biscoitos, aparentemente Drake não estava em casa, o que Andrew estava agradecido, afinal era sempre assim, ele o quebrava e depois desaparecia, para depois quebrar-lo novamente. De tarde Cass recebeu um ligação, a supresa passou pelo rosto, ela olhou para Andrew, seja o que for a mulher parecia triste, quando a ligação terminou Cass se sentou em frente ao garoto.

― Sua mãe ligou. Disse ela, com tristeza.

― Ela não é minha mãe. Disse Andrew com indiferença.

― Ela disse que queria você de volta. Disse ela lutando contra as lágrimas.

Andrew queria rir, Que ironia..., pensou ele, A mesma mulher que me abandonou, agora do nada resolveu que me queria, o garoto não deixou isso transparecer em sua expressão. Andrew não sabia como reagir com relação ele não queria aquela mulher, ele queria Cass, mas ela havia um preço, esse preço era Drake. Havia uma outra mulher que dizer sua mãe, ela tinha um preço, pois tudo na vida de Andrew tinha um preço. Talvez um maior do que ele poderia pagar.

― Ela disse que iria lutar para ter você de novo se fosse necessário. Disse Cass tristemente.― Mas eu vou lutar por você também Andrew.

Isso chamou atenção do garoto, Cass não era novidade, mas Tilda alguém que ele mal conhecia fazer isso, mas ele tinha uma ideia do que estava na cabeça da mulher. Ela queria Aaron... Pensou Andrew. Ele não disse uma palavra sobre isso, e ela não exigiu, ele sabia que Cass tinha como conseguir ter ele com ela, mas ele não fazia a menor ideia de como a outra mulher faria. No fim ele seria o troféu.

Nos dias que se seguiram Andrew percebeu, que não se importava mais com o que aconteceria, ele se encontrava novamente no banheiro com uma lâmina de barbear, nos pulsos, quem sabe ninguém venceria essa competição se ele não tivesse vivo. Andrew estava cansado, ele não queria mais nada, ele não queria sentir mais nada. A sensação de queimação e dor era anestesiante para ele, era as únicas coisas que ele ainda podia controlar.

Tilda Minyard se apresentou com bons advogados para o caso, conseguindo se tornar guardiã dele. Ele se mudou de Oakland para San José, em uma casa arrumada, alguns móveis eram chiques, Andrew tinha um quarto, que ele tem quase certeza que pertencia ao outro garoto. Ao chegar ao segundo andar, a porta estava trancada com cadeado, estranho, pensou Andrew, a loira destrancou e empurrou a porta apressando para sair, e descer as escadas, o garoto entrou no quarto havia alguns pôsteres meio rasgados, alguém havia tentado arrancar a força mas não obteve muito sucesso. Uma cama de solteiro, um armário, uma penteadeira,e uma escrivaninha, o suficiente para viver. Andrew arrumou suas coisas ao sair percebeu que a porta não tinha tranca, o que ele anotou para fazer uma barricada ali com algo, ou comprar um tranca. Ele desceu, a mulher estava fumando um cigarro sentada na sala.

A mulher olhou para ele, com se tivesse esquecido de sua presença, sombras dançaram em seu olhar, ele sabia que a fachada de boa mãe era apenas temporária, ele só estava esperando o momento em que ela escorregaria. Andrew com facilidade achou a cozinha, havia macarrão com queijo para esquentar, e algumas comidas e frutas, nada de doces, o que o garoto não apreciava nem um pouco.

Algumas semanas depois Tilda realmente escorregou, a máscara de boa mãe caiu, ela chegou chapada, Andrew se encontrava na sala, assistindo algo que estava passando. A mulher furiosa caminhou até ele.

― Vá para o seu quarto. Disse ela

Andrew apenas olhou para ela, nem um pouco impressionado, a encarou por um tempo, mas começou a se mover, ele não foi rápido o suficiente pois segundos depois, sua bochecha estava ardendo.

― Eu disse para você ir pro quarto não me encarar, você é sempre assim lerdo. Disse ela furiosa.

Aparentemente esse era o preço de Tilda, as suas surras, pelo menos os dias que ela dava festas, ela se dava ao trabalho de mandar Andrew se trancar. Sua rotina agora era escola, ele entrou para Exy e ficou como goleiro pois era a única vaga que eles precisavam, assim ele não precisava ficar tanto tempo em casa, dividir a casa com Tilda era um inferno, era sempre surras e xingamentos, e as vezes ela confundia seu nome. Foi quando Andrew perguntou.

― Quem diabos é Aaron?

Ela estava fumando na varanda, ela olhou para ele encredula.

― Ele era seu gêmeo. Respondeu ela sem mais explicações, e se levantou.

Era, essa palavra já tinha muito significado , falar nele no passado, dizia que o garoto estava morto. Algo nisso estava errado para Andrew

Eu sinto muito...

Muito mesmo...

Mamãe sente muito...

Se o garoto estava mesmo morto, ela nunca o teria confundido com ele em primeiro lugar, nada fazia sentido, ele tinha um irmão, e a mulher nunca havia nem mesmo mencionado para ele. Talvez ela não quisesse que soubesse... Pensou o garoto, ele correu para seu quarto, olhou para os pôsteres como se eles fossem a resposta, eles estavam todos meio rasgados, no entanto tava para perceber que eram infantis. O que poderia significa que Aaron não estava ali a muito tempo. Ele tinha quinze anos agora, e nunca havia se perguntado sobre isso.

Ele era o seu gêmeo...

Ele olhou para o espelho, olhos âmbar o encaravam de volta, ele não tinha expressão nenhuma, ele era neutro, ele perdeu sua capacidade de se expressar fisicamente.

Alguns meses depois perto de seu aniversário Tilda e Andrew se mudaram para Columbia, ele resolveu fazer uma faxina em seu quarto, mudando algumas coisas de lugar. Enquanto mexia na cama um caderno caiu de baixo do colchão. O nome nele era o que chamou a atenção de Andrew.

Aaron

Ele o ajuntou, ele se sentia violando suas próprias regras quando abriu o caderno.

02/21/1991

Eu sei que garoto não deveriam ter diário, meu tio me disse, mas Nicky disse que não problema então estou escrevendo, hoje a mamãe me abraçou de verdade, ela nunca havia feito isso.
Eu estou feliz, foi uma abraço de desculpas, porque ela sem querer apagou um cigarro em mim, mas tá tudo bem eu já a perdoei.

Andrew não gostou nem um pouco, do que leu e continou a lê, algumas páginas falavam sobre o seu dia sempre mencionava sua mãe estar jogada no sofá, e de como eles estava com fome.

09/18/1991

Hoje a mamãe me abraçou de novo, ela ficou furiosa, e tentou jogar uma garrafa de whisky em mim, mas tudo bem não acertou em mim, mas o barulho me assustou muito. Ela me acalmou. Mamãe me ama muito eu sei. Eu que às vezes sou um mal menino.

Andrew podia ouvi o seu sangue fervendo em suas veias. Ele seguiu para as próximas páginas.

03/30/1991

Minha cabeça está doendo muito, mamãe sem querer me empurrou, cair e minha cabeça bateu na privada. Ela não deve ter percebido, se não ela teria me ajudado né?

A raiva de Andrew só aumentava cada vez mais.

01/12/1992

Sei que não é certo, mas por favor cara daí de cima. Por favor me mande uma mãe boazinha, nunca quis ser um mal menino. Eu prometo me comportar. Prometo não reclamar das vezes que ela me deixou sem comer. Nem vou contar a ninguém que ela já me bateu até eu desmaiar. Por isso, por favor, faça minha mãe mudar.

Mesmo estando só lendo aquelas palavras ainda o afetavam, ele sabia que não importava o quanto você a dissesse nada mudaria, as coisas continuariam sendo as mesmas. A caligrafia estava trêmula, o que pode indicar que Aaron estava chorando, Andrew podia até mesmo ouvir o garoto soluçando.

05/23/1993

Hoje é aniversário do Nicky, ele está fazendo dez anos, eu gosto de brincar com ele. Meu primo me ligou disse que queria me ver. Estou com saudades dele, acho que o meu tio e minha mãe não se dão bem. Ele vai ter uma festa de aniversário, eu nunca tive um festa de aniversário, estou esperando a data chegar para mim pedi a mamãe.

05/24/1993

Meu corpo dói, acho que a mamãe pegou pesado afinal. Ela disse que não tinha essa intenção. É que bom eu sou muito lerdo, talvez eu deva corrigir isso. Minhas costas tão doem, acho que tinha vidro no chão.

11/04/1993

Acho que aniversário não são para mim.... Mamãe não gostou quando comentei sobre isso, agora estou com muita dor.

11/18/1993

Mãe disse que amanhã vamos ter visita. Ela me disse para ser bom garoto, me comportar, e ser corajoso. Mamãe disse que me amava hoje. Mas eu sempre soube.

As próximas páginas estava em branco.

Alguma coisa aconteceu....

Tilda entregou seu filho pra adoção?...

Aaron estava vivo?

Muitas perguntas surgiram na cabeça de Andrew, mas nenhuma tinha uma resposta clara, eram apenas suposição. Era mais fácil para eles pensarem no pior, mas o loiro odiou Tilda mais ainda, ela machucava Aaron, sem piedade, o garoto tinha sete anos a última vez que escreveu, ou a última vez que alguém teve notícias dele. Tilda praticamente matou seu próprio filho. Nada disso fazia sentido, por que ela iria atrás de Andrew? Por que ela parecia tão culpada? Por que ela dizia que Aaron estava morto? E se ele realmente tivesse?

A mulher que morava vinha a surtando dia após dia. Certa tarde quando Andrew chegou na sua casa, ele encontrou a mulher deitada na cozinha afogada em seu próprio vômito. Andrew não sentiu nada, ele sabia que ela tinha seus problemas com drogas, ele sabia que uma hora ou outra isso ia acontecer, mas mesmo assim ele ligou para ambulância. Que chegou minutos depois, ele não sentiu nada quando as pessoas lhe fizeram perguntas. Andrew odiava aquela mulher, ela era sua agressora, ela era quem estava machucando Aaron, ela que se livrou de seu irmão.

No funeral de Tilda, ele não derramou uma se quer lágrima, ela não sentia nada por aquela mulher. Seus tios Luther e Maria vieram ao velório, até seu primo, Nicholas veio para presta sua homenagem, mas seu pai não o permitiu entra na igreja, aquilo chamou a atenção de Andrew, era filho deles, sumbrinho de Tilda, e Luther não o permitiu entrar. O loiro saiu da igreja, e caminhou até o garoto que estava sentado a meio-fio. O mais alto olhou para ele, abriu a pouco pra falar, mas fechou inéditamente.

― Andrew? Disse o garoto.

O loiro olhou para ele, não disse nada apenas o observou. E Nicholas começou a chorar, Andrew não entendeu o motivo, talvez Tilda realmente fizesse falta para alguém, pensou ele.

― Você é o Andrew o gêmeo de Aaron, não é?

― Sim Nicholas eu era. Respondeu o loiro com indiferença.

― Eu sinto falta dele. Disse Nicky com a mão no rosto.

― Por que eles não te deixaram entrar? Perguntou Andrew.

― Eles não aceitam pecadores. Retrucou o moreno.

O loiro acenou, parecia que não era algo de agora.

O funeral acabou, nenhum deles parecia realmente afetados. Luther e Maria seguiram para casa de Tilda.

― Suponho que você vá morar com a gente? Ou você quer voltar a morar com Cass? Ela parecia amar muito você ao ponto de ir para a justiça contra sua mãe. Comenta o homem.

Andrew pensou nessa possibilidade, mas o verdadeiro problema era quando Drake voltasse para os feriados. Seria um verdadeiro inferno só de pensar os braços de Andrew começam a coçar.

― Não posso voltar para Cass. Responde o loiro indiferente.

― Por quê? Pergunta o Luther.

― Drake. Diz Andrew sem mais explicações.

― Seu irmão? Fala o homem.

Andrew queria gritar com ele dizendo que não tinha irmão, mas mesmo assim respondeu.

― Sim.

― O que tem ele? Pergunta o Luther.

― Ele me tocava. E eu não gostava de como ele fazia. Responde Andrew.

Todo mundo que tivesse pelo mesmo dois neurônios processaria o que Andrew quis dizer com aquilo.

― Ele só te tocava por que ele, era seu irmão e te amava. Isso é apenas um mal-entendido. Diz o homem

Aquele momento dois coisas aconteceram, foi uma mistura de confusão, e também foi o mais perto que Andrew teve de pular no pescoço de alguém.

É claro que ele não ia acreditar...

Andrew apenas se levantou e saiu, se ele ficasse seria pior, ele se trancou no banheiro, e ele começou a lembrar, um baú que estava fechado e empurrado no fundo se abriu, a única coisa cada de trazer ele de volta para o seu corpo era as lâminas de barbear, que estavam pressionandas contra seu pulso, com força o suficiente para machucar, e para fazer ele sentir.

Alguns minutos depois Andrew toma seu banho e sair do banheiro e recebido com uma discussão acalorada na cozinha.

― Essa casa não é sua para você me expulsar. Disse uma voz que Andrew reconheceu como sendo de Nicky.

― Você não deveria nem estar aqui. Disse Luther.

― Isso não é algo que você decide. Disse Nicky escondendo o medo de sua voz.

Assim que os homens perceberam a presença de Andrew se calaram. Luther foi o primeiro a quebrar o silêncio.

― Andrew vai morar com a gente. Disse ele convencido.

― Não. Respondeu Andrew

― Você prefere Cass então? Fala o homem.

― Ele pode morar comigo. Afirmar Nicky.

― Você mal cuida de você. Onde você acha que vai poder sustentar você e ele. Luther cospe as palavras em Nicky.

― Eu vou morar com Nicky. Disse Andrew convicto.

Todos olhavam para ele, e seu primo parecia lisonjeado. De todas as opções que o loiro tinha, Nicky era a que mais parecia segura, pelo diário de seu gêmeo valia a pena dar uma oportunidade para o garoto. Ninguém mais discutiu talvez, Luther não quisesse mesmo ficar com Andrew de qualquer forma. E assim Andrew e Nicholas foram mora juntos, se mudaram e começaram a trabalhar o Éden Twilight. Depois do incidente com os bêbados, Andrew começou a tomar os remédios, ele não era mais o mesmo, ele estava nas nuvens. Ele terminou o ensino médio e foi recrutado para as Raposas após recusar a oferta da Edgar Allen nos corvos.

Chapter 2: Um curtelo nas minhas costas pt.1

Summary:

Foi uma curta viagem até a saída do estacionamento, Andrew deu dinheiro para a senhora do guichê. Pisou no acelerador assim que a cancela levantou para deixa eles saírem. Uma buzina de carro soou para eles, em advertência, enquanto cortavam diretamente no trânsito, Neil discretamente afivelou seu cito de segurança. Aaron não notou ou não se importou. Quando estavam na estrada, ele lançou um olhar no canto do olho para Neil.

― Você não se deu muito bem com Kevin no mês passado. Disse Andrew, algo assim vindo dele parecia ser uma acusação.

― Ninguém me disse que ele estaria lá. Talvez você me entenda por não ter reagido bem. Respondeu Neil olhando a paisagem pela janela.

―Talvez não. Não acredito em perdão, e não fui eu quem você ofendeu. É a segunda vez que um recruta toca o foda-se para ele. Se fosse possível fazê-lo morder essa arrogância, o orgulho dele se destruiria. Em vez disso, ele vem perdendo a fé na inteligência dos atletas do ensino médio.

― Eu tenho certeza de que você teve motivos para recusar.

Notes:

N.A: Olá leitores bom dia, boa tarde, e boa noite. Hoje teremos o POV do nosso querido Neil se passa igual ao livro original mais eu vou mudar umas coisas aqui e ali. Outra coisa é que eu resolvi pular a parte que o Wymarck recruta o Neil pois eu escrevi e percebi que tava muito grande, então vai começar com a parte do aeroporto, ok?

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

N.A: Olá leitores bom dia, boa tarde, e boa noite. Hoje teremos o POV do nosso querido Neil se passa igual ao livro original mais eu vou mudar umas coisas aqui e ali. Outra coisa é que eu resolvi pular a parte que o Wymarck recruta o Neil pois eu escrevi e percebi que tava muito grande, então vai começar com a parte do aeroporto, ok?

Fazia tempo que Neil havia perdido a conta de quantos aeroportos tinha visto. Seja qual for o número, era insano e ele nunca ficara confortável neles. Havia muitas pessoas o vigiando e voar com passaporte falso era sempre arriscado. Ele herdara as conexões de sua mãe, depois de sua morte, então sabia que o trabalho era bem feito, mas seu coração batia mais rápido cada vez que alguém pedia para verificar seus documentos.
Ele nunca havia estado no aeroporto Sky Harbor ou da Carolina do Sul, mas havia algo familiar em seu ritmo frenético. Ele ficou ao lado do portão norte, por quase um minuto, depois que todos os outros passageiros do seu voo saíram para seus destinos. A multidão em torno parecia à mistura habitual: turistas, empresários e estudantes voltando para casa no final do semestre. Esperava não encontrar alguém que o reconheceria, uma vez que nunca hávia estado na Carolina do Sul, mas não custava checar antes. Finalmente, ele seguiu em frente por um corredor até as escadas de desembarque. À tarde de sexta-feira significava que o pequeno corredor estava lotado, encontrar a carona que o treinador Wymack o prometera foi mais fácil do que Neil esperava. Foi o olhar certeiro de seu companheiro de equipe que captou o olhar de Neil quase certo para ele. A julgar pelo olhar calmo em seu rosto, bom ele parecia com Andrew, mas todos sabiam Andrew parecia um maníaco com aquele sorriso no rosto, o homem que estava a sua frente, parecia entediado. Sim era Andrew só que estava diferente. Neil sabia que ele estava violando os termos de sua liberdade condicional.

Neil atravessou a sala para encontrá-lo. Neil era o jogador mais baixo no time dos Cães Selvagens de Millport, mas agora ele era um pouco mais alto que Andrew. O conjunto todo preto que Andrew usava não o fez parecer mais alto, e Neil se perguntava como ele conseguia vestir mangas compridas em maio. Neil sentiu calor só de olha-lo.

―Neil. Disse Andrew em vez de oi, e apontou.― Me dê sua bagagem.

― É só isso.

Neil pegou a alça de sua bolsa edependurou-a sobre o ombro. A bolsa era pequena o suficiente para ser uma bagagem de mão, e grande o suficiente para carregar tudo que Neil tinha.
Andrew aceitou sem nenhum comentário e partiu. Neil o seguiu através do portão de vidro deslizante em uma quente tarde de verão. Uma pequena multidão esperava no semáforo, na faixa de pedestre, mas Andrew os empurrou e seguiu em frente. Um barulho de freios grunhiu quando um táxi freou a um centímetro do corpo de Andrew, que pareceu não notar, mais interessado em acender um cigarro entre seus lábios. Ele prestou ainda menos atenção nos xingamentos que o motorista gritou. Neil gesticulou em desculpa ao taxista e correu para alcançá-lo.
Um elegante carro preto esperava no estacionamento. Neil não sabia muito sobre carros, em geral, mas sabia que aquele deveria valer uma fortuna. Pensou por um momento que deveria haver um carro menor fora de vista, atrás dele, mas Andrew destrancou o carrão com um botão em seu chaveiro.

― Bagagem no porta-malas. Disse ele abrindo a porta do motorista e sentado-se de lado para fumar.

Neil, obedientemente, colocou a mochila no porta-malas antes de subir no assento do passageiro. Andrew não foi a nenhum lugar até fumar seu cigarro pela metade. Entrou no carro e fechou a porta. Um girar da chave na ignição fez o motor zumbir, e Andrew olhou para Neil novamente. A sombra de um sorriso puxando o canto de sua boca foi uma expressão decididamente hostil.

― Neil Josten. Disse novamente soando como se testasse o som. ― Aqui para o verão, hein?

― sim.

Andrew ligou o ar-condicionado no máximo e manobrou o carro no sentido inverso.

― Então somos quatro. Mas você fica com o treinador.

Treinador avisou a Neil sobre o primo de Andrew, que Nicholas ainda estaria na cidade,mas a conta ainda não batia. Neil sabia quem era aquela quinta pessoa. Ele não queria acreditar, mesmo sabendo que esperava por isso. Kevin havia sido colado com super cola ao lado de Andrew desde sua transferência. Ainda assim, Neil tinha que ter certeza.

― Kevin fica no campus? Perguntou Neil.

― Onde a quadra tiver Kevin também estará. Ele não vive sem essa coisa. Respondeu Andrew com ironia.

― Não acho que Kevin esteja aqui por causa do estádio. Supôs Neil.

Andrew não respondeu.

Foi uma curta viagem até a saída do estacionamento, Andrew deu dinheiro para a senhora do guichê. Pisou no acelerador assim que a cancela levantou para deixa eles saírem. Uma buzina de carro soou para eles, em advertência, enquanto cortavam diretamente no trânsito, Neil discretamente afivelou seu cito de segurança. Aaron não notou ou não se importou. Quando estavam na estrada, ele lançou um olhar no canto do olho para Neil.

― Você não se deu muito bem com Kevin no mês passado. Disse Andrew, algo assim vindo dele parecia ser uma acusação.

― Ninguém me disse que ele estaria lá. Talvez você me entenda por não ter reagido bem. Respondeu Neil olhando a paisagem pela janela.

―Talvez não. Não acredito em perdão, e não fui eu quem você ofendeu. É a segunda vez que um recruta toca o foda-se para ele. Se fosse possível fazê-lo morder essa arrogância, o orgulho dele se destruiria. Em vez disso, ele vem perdendo a fé na inteligência dos atletas do ensino médio.

― Eu tenho certeza de que você teve motivos para recusar.

―Você disse que não era bom o suficiente, mas está aqui, de qualquer maneira. Acha que um verão de treinos vai fazer muita diferença?

― Não. Foi difícil dizer não. Responde Neil.

―Treinador sempre sabe o que dizer, hein? Torna as coisas mais difíceis para o resto de nós. Nem Millport deveria ter dado uma chance a você.

― Millport é pequena demais para se preocupar com experiência. Eu não tinha nada a perder tentando, e eles nada a ganhar me rejeitando. Era uma questão de estar no lugar certo no momento certo, eu acho.

― Você acredita em destino?

Neil sentiu o leve desprezo na voz de Andrew.

― Não. E você?

― Boa sorte então. Desejou Andrew, ignorando a pergunta de retorno.

― Somente má sorte.

― Estamos lisonjeado com sua opinião sobre nós, é claro.

Andrew girou o volante, deslizando o carro em zig-zag de uma pista para a outra sem se preocupar em verificar o tráfego em torno. Buzinas ecoaram atrás deles. Neil espiou no espelho retrovisor enquanto os carros desviavam, evitando colidir contra eles.

― E um caro muito bom para ser destruído. Disse Neil intencionalmente.

Não tenha medo de morrer -, replicou Aaron enquanto o carro seguia em zig-zag pela estrada de quatro pistas até uma rampa de saída. - Se você for medroso, não vai servir para nossa equipe.

― Estamos falando de um esporte, não de lutar até a morte.

― Da no mesmo. Você vai jogar numa equipe da Primeira Divisão, com Kevin no seu time, as pessoas estão sempre dispostas a sangrar por isso. Suponho que você deva ter visto nos noticiários. Disse Andrew.

― Já vi. Assentiu Neil.

Andrew gesticulou com os dedos, como se tivesse provassem seu ponto de vista. Neil deveria dizer que ele estava errado, mas deixou passa.

Kevin Day e seu irmão adotivo, Riko Moriyama, foram aclamados como os filhos do Exy. A mãe de Kevin, Kayleigh Day, e o tio de Riko, Tetsuji Moriyama, criaram o esporte há trinta anos, enquanto Kayleigh estudava no exterior, em Fukui no Japão. O que começou como uma experiência se espalhou do campus para as equipes de ruas locais e, em seguida, atravessou o oceano para o resto do mundo. Kayleigh trouxera para casa com ela, na Irlanda, depois de concluir a sua licenciatura. Os Estados Unidos aderiram ao esperte logo depois.

Kevin e Riko foram criados no Exy. Ambos tinham suas raquetes personalizadas, embora o gigantesco estádio, Castelo Evermore, em Edgar Allen, o primeiro estádio NCAA de Exy nos Estados Unidos, fosse um pouco fora dos planos. Após o acidente de carro fatal de Kayleigh, Tetsuji adotou Kevin, mas o novo treinador dos Corvos não tinha tempo para cuidar dos filhos. Riko e Kevin passaram todos seus anos letivos em Evermore, com os Corvos, e foram considerados mascotes não oficiais da equipe.

Ambos foram criados para serem estrelas, em frente das câmeras, alguns se preocuparam com o estado psicológico deles, mas por outro lado as pessoas criaram uma obsessão pela dupla. Riko e Kevin eram o rosto público dos corvos, e considerados o futuro do Exy.

Em dezembro passado ambos desapareceram dos olhares público por semanas. Mesmo com o começo da temporada de primavera, nenhum dos dois estavam na escalação do corvos. No fim de janeiro, o assunto foi abordado pela imprensa, e Tetsuji Moriyama deu um golpe cruel aos fãs de Exy de todos os lugares: Kevin havia lesionado a mão esquerda em um acidente de esqui, em uma viagem. Segundo Tetsuji, Riko e Kevin estavam devastado demais para encarar os fãs.

No dia seguinte o treinador Wymarck anúnciou que Kevin estava se recuperando na Carolina do Sul. Ouvi que Kevin nunca mais jogaria era ruim, mas dizer que Kevin deixaria os corvos foi ainda pior para os fãs obsessivos. Kevin foi colocado com treinador assistente, onde prestou seu conhecimento ao time local. Os fãs tomaram isso com uma ofensa a sua amada equipe, os corvo, a maioria acreditava que o jogador voltaria para seu time, assim que sua mão estivesse curada. Exceto por Kevin que resolveu assinar com as Raposas como atacante. O que os fãs tomaram como coração partido sentido a traição. Palmetto States suportou o peso do ódio deles, desde então. Com vandalismo e brigas surgiram no campos. E às coisas pioraram quando os fãs dos corvos vissem Kevin vestindo as cores das Raposas. Neil não estava empolgado com esse caos.

O apartamento de Wymarck ficava a vinte minutos do aeroporto. O estacionamento estava quase vazio ao meio-dia em um dia de trabalho, mas haviam duas pessoas esperando na calçada.

Andrew foi o primeiro a sair e abriu o porta-malas, e se juntou aos outros no meio-fio, enquanto Neil pegava suas coisas na traseira do carro. Ele pendurou a bolsa no ombro, aliviado com o peso familiar, e ajeitou a postura. Quando viu que era o centro das atenções.

Andrew e Nicholas estavam um em cada lado de Kevin, Andrew estava sorrindo igual um maníaco, e seu primo parecia genuinamente feliz em ver ele, o mais alto se aproximou, Neil ficou feliz de não ter que olhar diretamente para Kevin, e aceitou a mão oferecida do garoto.

― Ei. Bem vindo à Carolina do Sul. Teve um bom vôo? Disse o mais alto, aproveitando o aperto para puxar Neil para o meio-fio.

― Sim, tive.

― Eu sou Nicky. Sou o primo de Andrew, e um defensor maravilhoso. Nicky deu um último aperto na mão de Neil antes de soltar.

Neil olhou de Nicky para Andrew. Andrew era claro, Nicky era escuro, cabelos negros, olhos castanhos escuros e pele dois tons mais escuros para ser bronzeamento, ele também era mais alto que ele.

― De sangue?

Nicky riu.

― Não parecemos né? Eu puxei a minha mãe. Meu pai a resgatou em uma viagem missionária pelo México enquanto ele fazia os paranauê. Disse ele revirando os olhos, então aponta para os outros. ― Você já os conhece, não é? Andrew e Kevin? O treinador já deveria estar aqui mas ele deve que resolver um problema com CRE provavelmente, deve ser a razão pela qual não anunciamos nosso novo atacante. Enquanto isso, você estará conosco, temos a chave do treinador. Suas coisas ainda estão no porta-malas?

― Não. É só isso?

― Ele só tem uma bolsa. Eu gostaria de não ser tão materialista. Disse o garoto para os outros.

Nicky sorriu e agarrou o ombro de Neil, o guiando em direção ao portão da frente.

― É aqui que o treinador mora. Ele ganha muito dinheiro então pode morar em lugar com este, enquanto nós, os pobres, dormimos em sofás.

― Você tem um carro muito caro, para pessoas que se acham pobres. Disse Neil.

― É por causa dele que nós somos pobres. Respondeu Nicky secamente.

― A mãe de Aaron comprou para gente com um seguro de vida dela. Não foi nenhuma supresa que ela tenha válido alguma coisa após a morte. Explica Andrew.

Neil franziu a testa ao ouvi o nome, afinal não ouviu ninguém no time que tivesse o nome de Aaron, mas a história de Andrew era um mistério, quem quer que fosse, foi o suficiente para azeda Nicky.

― Calma. Disse Nicky olhando ao redor com se a pessoa fosse materializar do nada.

― Estou calminho. Por que se preocupar? O mundo é cruel, não é, Neil? Você não estaria aqui se não fosse.

― Não. O mundo não é cruel. São as pessoas que vivem nele. Respondeu Neil.

― Ah, é verdade.

Eles entram no elevador e vão até o sétimo andar em silêncio. Neil observou os números do elevador, para não olhar para Kevin. Neil odiava estar longe do chão, pois, isso dificultaria a fuga de Neil caso necessário, ele fez uma nota mental para buscar saída de emergências.

O apartamento de Wymarck era o 724. Todos se agruparam ao redor da porta enquanto Kevin tentava lembrar em qual bolso estava. Levou duas tentativas para achar, e ele destrancou a porta.

― Aqui Neil. Disse Nicky, e Neil se forçou a olha para a porta aberta.

Nicky gesticulou para que ele entrasse.

― Lar doce lar. Se é que alguma coisa envolvendo o treinador possa ser chamada de doce.

Neil sabia desde abril que ficaria na casa do treinador durante algumas semanas. Soube nos dias depois da visita de Wymack que seria desconfortável. Ele ainda não estava preparado para o modo como seu estômago se agitava dentro de si agora. Ele estava sozinho desde que sua mãe morrera e o último homem com quem morou fora seu pai. Como deixaria Wymack trancar a porta todas as noites com os dois sob o mesmo teto?

Ele não poderia dormir ali; A cada respiro de Wymack, Neil acordaria se perguntando quem estaria atrás dele. Talvez ele devesse ficar em um hotel, mas seria trabalhoso explicar a Wymarck. O homem achava que seus pais eram abusivos, talvez ele entendesse.

Ele não esperava trava assim, ele percebeu pelo olhar que Nicky deu a Kevin que ele havia contido um erro. Ele estava imóvel até Andrew se aproximar, esperando Neil se mover. O loiro sorria e seu olhar pálido era intenso. Seus olhos cruzaram por um momento e Neil soube que era melhor não cruzar essa linha.

Então Neil atravessou a porta, havia um corredor a primeira porta era da sala de estar, onde Neil ficaria, ele atravessou a sala e já estava do outro lado da sala, pronto para olhar pela janela quando Nicky falou atrás dele.

― O que foi aquilo?

O idioma que Nicky usou fez o seu sangue gelar.

O alemão era a segunda língua de Neil, graças há três anos vividos na Áustria, Alemanha e Suíça. Aquele anos na Europa foram intensos, Neil podia até sentir o gosto de sangue sua boca, ou talvez fosse sua imaginação. Seu coração partia rápido, parte dele acreditava que eles estavam falando com ele até se virar para trás e perceber que na verdade o mais alto estava se dirigindo a outra pessoa.

Neil tenta disfarçar abrindo as cortinas e colocou as mãos no vidro.

― Aquilo parecia choque. Andrew o que diabos você disse a ele? Disse Nicky

Nicky não estava olhando para Andrew, talvez já sabendo que não receberia uma resposta, porém ambos observavam Neil do outro lado da sala. Neil se virou, Nicky deu a ele um sorriso brilhante.

― Que tal explorar?

O que Neil aceitou, não havia muita coisas ali, somente um cozinha, um banheiro, havia dois quartos, mas um deles era um escritório improvisado. Eles entraram lá onde Nicky pegou um frasco com se fosse um triunfo.

― Isso não é seu? Comenta Neil.

― Analgésicos. O treinador machucou seu quadril alguns anos atrás, foi assim que ele conheceu Abby, ela era sua terapeuta, ele conseguiu um emprego para ela na equipe. Metade da equipe acredita que eles estão juntos a outra não. Como Andrew se recusa a votar, você vai ter que desempatar, a muito dinheiro envolvido. Disse Nicky

Ele pegou algumas pílulas do frasco, depois fechou e colocou novamente no local. Neil olhou em volta para ver se alguém mais impediria, e percebeu que estava somente ele e Nicky.

Tempos depois Andrew e Kevin aparecem com uma garrafa de whisky na mão.

― Sucesso.

― Pronto Neil? Temos que te batizar antes que o treinador chegue. Disse Nicky.

― Para quê? Isso é um assalto em andamento? Perguntou Neil apontando para a garrafa.

― Talvez. Por que vai nos dedurar? Tudo isso pra jogar na equipe. Ache que você fosse uma Raposa. Indagou Andrew.

― Não. Mas me pergunto, por que você não estar medicado? Fala Neil.

Andrew não reagiu, até Kevin parecia chocado com a afirmação.

Andrew passou o dedo nos lábios apagando o sorriso.

― Isso soou uma acusação, mas até onde sei não mentir pra você.

― Eu não disse isso. Retruca Neil.

― Pense como quiser. Disse Andrew que deu de ombros.

― Já o fiz. Disse Neil imitando a saudação de Andrew de seu primeiro encontro.

―Ah, você realmente mostrou-se relevante. Por um minuto, pelo menos. Acho que a diversão acabou. Isso nunca aconteceu. Disse Andrew

― Não mexa comigo.

― Ou o quê?

O estalar da marceneta interrompeu a cena, a porta revelava Wymarck. Neil olhou ao redor e percebeu que a garrafa de whisky desapareceu na mão de um dos homens.

― Olá treinador. Cumprimentou Andrew.

― Tem ideia de como eu odeio chegar aqui, e encontrar vocês no meu apartamento?

Andrew ergue as mãos vazias fingindo inocência, e segui para o corredor, Kevin o seguiu de bom grado, deixando Neil e Nicky no escritório.

― Não quebrei nada dessa vez. Disse Andrew

― Vou acreditar quando verificar tudo.

A porta bateu no corredor, e não demorou muito para o treinador aparecer no escritório. Wymarck avaliou Neil e assentiu.

― Que bom que estar bem. Achei que a direção de Nicky te mataria.

Neil sentiu Nicky o observando.

― Já sobrevivi a coisas piores.

O mais irônico era, que sim ele já tinha passado por coisas piores.

― Não há nada pior que o senso de direção de Nicky. Sua única escolha é se quer um caixão aberto ou fechado. Disse Wymarck.

― Ei, isso não é justo.

― Vida não é justa, seu palerma. Agora o que você ainda está fazendo aqui?

― Vazando. Adeus. Neil vem também? Diz Andrew.

― Vão pra onde? Perguntou Wymarck desconfiado.

― Misericórdia treinador, acha que somos que tipo de pessoas? Diz Nicky.

― Quer mesmo que eu responda?

― Vamos levar ele pro estádio. E depois para Abby, não vai precisar dele, né? Fala Kevin

― Pegue isso. Fala Wymarck jogando um molho de chaves para Neil.

Após uma breve explicação, eles saem do apartamento do homem. Mas Neil se lembra da bolsa, é claro que ele não confia no treinador, mas confia ainda menos em Andrew.

― Tem um lugar seguro pra isso?

― Quão seguro deve ser? Pergunta Wymarck.

― É tudo que tenho.

Dito isso Wymarck desocupa sua última gaveta, aquela que possui um chave. Neil coloca sua bolsa lá, e Wymarck dar a ele a chave da gaveta.

― É apenas temporário, quando for aos dormitório terá que arranjar outro lugar para ela. Diz o homem. ― É melhor você ir, antes que Andrew mande alguém para te buscar.

― Obrigado, sabe pela chave. Disse Neil.

Assim Neil deixa o apartamento, indo ao encontro dos outros, eles estavam amontados envolta do elevador, os garotos entraram, assim que fizeram o sorriso de Andrew desapareceu, os músculos de Neil se preparavam pra uma briga. No quinto andar o loiro se aproximou de Neil e tentou pegar seu chaveiro, que Neil afastou sem muito esforço, o garoto percebeu tardiamente que o loiro não se importava com chaveiro, então Neil o enterrou fundo no bolso.

― Foi bom te conhecer Neil. Vai demorar até nos vermos novamente. Disse Andrew.

― Não sei porque, mas acho que não vou ter tanta sorte assim. Disse Neil.

― Ah Neil, agora não podemos fazer nada com você, Abby disse que iria revindicar nosso local no estádio se fizéssemos. E não podemos fazer isso, Kevin iria chorar.Mas em agosto, te daremos uma festa de boas-vindas. Disse Andrew.

―Você precisa rever suas técnicas de persuasão, elas são uma bosta.

― Não preciso ser persuasivo, logo você aprenderá a fazer as coisas do meu jeito. Disse Andrew que havia colocado a mão no peito de Neil assim que elevador parou.

______________________________________

N.A: Espero que vocês gostem. Decidi dividir esse capítulo, pois eu estava muito cansada para escrever ele todo.

Como vocês já devem ter percebido Aaron não estar aqui. O que será que aconteceu? Onde estar Aaron?

Obrigado por lerem, deixe sua estrelinha e seu comentário 😊😊

Até o próximo capítulo.

Notes:

N.A: Espero que vocês gostem. Decidi dividir esse capítulo, pois eu estava muito cansada para escrever ele todo.

Como vocês já devem ter percebido Aaron não estar aqui. O que será que aconteceu? Onde estar Aaron?

Obrigado por lerem, deixe seu kudos e seu comentário 😊😊

Esqueci de mencionar, mas eu escrevo pelo celular então sejam paciência, e me avisem se tiver alguma coisa errada.

Está fanfic também se encontra no Wattpad
https://www.wattpad.com/story/385163858?utm_source=android&utm_medium=whatsapp&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Starminyard

Chapter 3

Summary:

Após alguns dias, seu irmão, Luther ligou pra ela.

― Olá Tilda. Quanto tempo?

― Olá Luther. Tudo bem? O que devo a sua honra?

Anos após cortar contato, aqui estava ele ligando para ela como se fossem próximos.

― Está tudo bem sim. Fiquei sabendo que você deu a luz. Disse Luther

Nesse momento Tilda parou de respirar, ela não fazia a mínima ideia de como o seu irmão soube dessa notícia, mas a loira estava a beira de uma explosão de raiva.

Quem ele pensa que é, para se meter na sua vida?

― Ah Luther. Eu não dei a luz. Eu estou em casa, vivendo a minha vida. Disse a loira escondendo o veneno de suas palavras.

― Não minta pra mim Tilda. Eu conheço você muito bem. Falou Luther com convicto.

Notes:

N.A: como prometido vou dar um capítulo no POV de Tilda, para mostrar para vocês o por que dela ter reagido daquela maneira com Andrew.

T.W: Drogas
Abuso de álcool
Agressão física
Tráfico de crianças
Alucinações
Menção a abuso sexual

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Tilda temia Deus, aquela mulher cresceu, e seus pais queriam que ela se casasse com um bom homem. Infelizmente a moça tinha outros planos, Tilda deixou de ser obediente quando se envolveu com camaradagem, seus pais a expulsaram de casa quando souberam que ela estava se envolvendo com drogas.

Tilda se arriscou ao mundo, vivendo loucuras por aí, agora ela estava se pagando por seus erros. Após se deitar com uns outros, aqui em frente a ela, os dois traços do teste de gravidez zombavam dela. Tilda não se importava, e não queria ter esse filho, ela não tinha estrutura para ser mãe, disso ela tinha total consciência. Ela não podia contatar sua família depois que eles a expulsaram. Tilda estava grávida e sozinha no mundo, no dia seguinte a descoberta, ela estava em frente a uma clínica de aborto, infelizmente suas pernas se recusavam a se mover, medo ela reconheceu.

Assim Tilda voltou para casa, ela ainda temia à Deus, a loira não iria se livrar da criança que esperava. Ao perceber que sua barriga estava crescendo mais que o normal para a quantidade de meses que tinha ,o pensamento novamente voltou a sua cabeça.

Não posso...

Deus nunca me perdoaria...

Mesmo em toda a gestação, Tilda não parou de fumar e beber, sete meses depois, Tilda odiou ter mantido a gestação, aquelas pequenas criaturas em seus braços era a prova viva de que ela era descuidada. Sério? Gêmeos? Pensou ela. A loira não ficaria com os pequenos, mas a mulher insistiu para que desse nome. Os nomes escolhidos foram.

Aaron Michael e Andrew Joseph

Não que ela se importasse com os nomes. Afinal ela deu os recém nascido para a adoção, a mulher disse que ela poderia mudar de ideia, mas Tilda não tinha muita certeza disso. A mulher foi para casa, sentou naquele sofá, e olhou para bagunça a seu redor.

Eu não pedi nada disso...

Após alguns dias, seu irmão, Luther ligou pra ela.

― Olá Tilda. Quanto tempo?

― Olá Luther. Tudo bem? O que devo a sua honra?

Anos após cortar contato, aqui estava ele ligando para ela como se fossem próximos.

― Está tudo bem sim. Fiquei sabendo que você deu a luz. Disse Luther

Nesse momento Tilda parou de respirar, ela não fazia a mínima ideia de como o seu irmão soube dessa notícia, mas a loira estava a beira de uma explosão de raiva.

Quem ele pensa que é, para se meter na sua vida?

― Ah Luther. Eu não dei a luz. Eu estou em casa, vivendo a minha vida. Disse a loira escondendo o veneno de suas palavras.

― Não minta pra mim Tilda. Eu conheço você muito bem. Falou Luther com convicto.

Tilda sabia que ela não podia esconder para sempre, mas a loira também não esperava que sua família descobrisse tão rápido, ela nem teve tempo para mandar os gêmeos para longe. Ela podia até ouvi Luther dizendo que Deus não a perdoaria, mas ela já havia decidido. Não tinha como voltar atrás, certo?

Tilda desligou o telefone, se apoiou na porta e deslizou até o chão, ela ainda tinha como consertar só precisava voltar lá e pegar um dos gêmeos, ninguém precisaria sabe que eram dois, um deles seria o suficiente, ela não seria culpada pelo seu irmão.

Tilda passou a tarde procurando as pulseiras, a primeira que ela achou estava perto do sofá, satisfeita ela foi ao hospital, entregou a pulseira a mulher.

Aaron Michael

Ela saiu com o garoto nos braços, a mulher se recusou a levar o seu gêmeo, Tilda não tinha condições para criar eles, nem para criar um deles quem dirá os dois. Ela nunca mais quis saber as notícias dele, assim ela foi embora.

Tilda se arrependeu de ter ficado com a criança, Aaron crescia devagar, e corria pela casa, ficava no canto quando ela voltava chapada. O que Tilda mais odiava no seu filho era os olhos. Sim os olhos dele, era um âmbar, que lembrava um de seus exs. O homem que agrediu, e que ela puxou uma faca, sim ela odiava como aqueles olhos o encarava.

Seus vícios aumentaram com o tempo, a ponto de ela fazer qualquer coisa para ter esse "antedepressivos". Vender seus corpo por algumas dose de heróina e cocaína, já não estava dando certo. Uma das festas que ela foi, Tilda encontrou  um homem com uma boa aparência, e com isso quis dizer rico. Após uma noite de sexo com ele, o homem parecia estar um tanto interessado em Aaron, ela o pegou observando o garoto.

― Quer ele para você? Tilda pergunta ao homem.

― Meu chefe precisa de um aprendiz. Posso te dar muito dinheiro por ele, o que você achar? Falou o homem.

A loira pensou por um tempo, e olhou de Aaron para o homem.

― Claro, por que não? Responde ela.

― Me dê os dados dele. Vou falar com meu chefe para ver o que ele acha. Disse o homem.

― Claro. Respondeu Tilda.

Algumas semanas depois, ele retornou com uma mulher e outro homem. Eles lhe deram mais de cem mil dólares para que ela ficasse de bico calado. E disseram que se alguém perguntasse Aaron havia morrido. Seu filho tinha sete anos a última vez que o viu. Os dias que se seguiram era uma beleza.

Um ano depois as drogas estavam em dose muito alto em seus corpo, Tilda passava pela antigo porta de Aaron, um vislumbre de cabelos loiros no quarto. Tilda entrou no quarto, o garoto estava sentado na cama a observando.

Mamãe... Eu senti sua falta.

Tilda não queria estar lá, aquele não era Aaron, a loira sabia disso,mas aquela figura se parecia com ele.

Foi culpa sua... Poderíamos estar feliz, mas você me deixou...

Aaron falava muito triste, ele chorava, mas não da forma que ele chorava, ele era silencioso, mas aquele que estava a sua frente soluçava, doía ver aquilo, isso a irritava muito ela jogou a garrafa que estava na sua mão em direção a figura, que logo desapareceu. Ela odiava o quanto ainda pensava naquele garoto. Alguns dias depois, ela sonhou com o garoto.

Ela caminhava no corredor, subia as escadas em rumo ao seu quarto, a casa estava silenciosa como vinha sido nos últimos meses, um leve rangido chamou a sua atenção. Ela se viu caminhando para o seu quarto, deveria estar exausta ou muito bêbada. Uma batida no fundo fez a mulher mudar de rumo, ela caminhava agora para o quarto de seu filho. Ao chegar havia um  sangue saindo da porta, foi preciso apenas um empurrão para a porta abrir.

Em cima da cama estava Aaron ensanguentado, seus olhos estavam opacos, mas ainda vivo. Um piscar de olhos sua localização muda, ela ainda estava no quarto de Aaron mas preferia não estar.

* O choro abafado sobre a os lenços, seguidos de gemidos fortes da segunda figura acima da criança. Havia muito sangue na cama. A figura em cima de Aaron era o homem o qual ela o havia entregado, cujo o nome ela nem lembrava mais.

Tilda acordou do pesadelo, foi aquela a primeira vez que ela chorou por ter feito aquela escolha, no dia seguinte suas doses aumentaram DMT era sua preferida ela lhe anestesiava de tudo que ela sentia, Cetamina já estava acabando o que ela fez uma nota mental para comprar mais tarde. Ela estava louca.

Aquele bastardo continua atrapalhando minha vida...

Como se não bastasse meus problemas...

Para todos da sua família ele estava morto, o que até Tilda preferia acreditar. Ela resolveu experimentar um droga diferente, Ibogaína o que ela se arrependeu profundamente de ter feito, isso piorou suas miragens. O loiro agora estava sentado no balcão a observando, seus olhos vidrados a figura de sua mãe sentada no chão.

― Como você se senti? Depois de destruir minha vida? Disse o garoto friamente.

― Vá se fuder. Retrucou ela.

― Você já fez isso por mim. Assim como fez com Andrew quando o abandonou. A criança cuspiu o veneno na loira.

Ah, é mesmo... Esse não é Aaron. Ele estar morto.

― Você sabia que eu amava você? Disse ele de repente.

― Eu nunca quis você. A frieza nela fez a figura se encolher.

― Desculpe. Disse o garoto.

Alguns momentos depois Tilda adormeceu, os pesadelos novamente o encontraram. Algumas semanas depois ela quase não tinha dormido, ela normalmente estava muito bêbada até desmaiar, ou não dormia em casa. Certo dia, ela arranjo um cara para se divertir, eles fizeram os mesmos caminho de sempre, como todos os outros. Na manhã seguinte, Tilda acordou e não encontrou o seu parceiro, ela saiu da cama para se arrumar, porém a mulher congelou ao encontrar o seu parceiro na frente do quarto de Aaron.

― Você tem uma criança Tilda? Perguntou o homem.

― Não. Respondeu ela com a voz áspera.

― Então o que é isso? Gesticula o seu parceiro para o quarto.

― Ele está morto. Respondeu ela fria.

O que estivesse na mente do homem, ele parecia satisfeito ao assentir, ele não perguntou mas nada.

Anos se passaram mas os pesadelos e alucinações ainda a perseguiam pela casa. A figura que aparecia para ela estava se tornando cada vez mais fria com ela. Após noites dormindo fora Tilda voltou para casa era tarde da noite, as sombras pareciam mais reais agora. Ela estava acorda ou era o que ela achava, talvez muito chapada ela não sabia. A mulher ouvia um som incoerente de longe conforme se aproximava do quarto, ela podia ouvir o choro e os gemidos. Era a porra do pesadelo. Só mudava que agora ela estava acordada, seu corpo parecia querer ceder e se deitar, mas Tilda se forçou a se mover, temendo que tudo aquilo fosse realidade. A loira entrou no quarto, ela via as figuras, não exatamente, pois pareciam como sombras na escuridão, mas ela podia ver o momento em que Aaron virou o rosto cheio de lágrimas para ela.

― Mamãe. Disse ele em um sussurro tão quebrado. ― Viu mãe, eu fui um bom menino. Eu fui corajoso, como você me pediu.

― CALE A BOCA!!! CALE A BOCA!!! APENAS CALE A PORRA DA BOCA!!! Gritou ela.

Ela jogou os armários no chão, rasgou os pôsteres, alguns momentos depois ela estava no chão, completamente derrotada enquanto chorava, seu estômago cedeu também.

Eu fiz isso...

Eu o matei...

Repetia ela em sua cabeça, ela havia o entregado para aquelas pessoas, ele poderia estar em qualquer local. Ele poderia estar morto. Após aquele dia Tilda trancou aquele quarto e nunca mais entrou nele.

Um pouco após o aniversário de treze anos de seu filho "morto", ela achou que o havia encontrado, mas suas esperanças foram pro ralo, quando achou Andrew, ela decidiu que o queria, Aaron nunca deixou de assombra ela, talvez a culpa diminuisse se ela fizesse o certo dessa vez, talvez Deus estava dando a ela um segunda chance. Ela lutou pela guarda de Andrew, mesmo que ele não gostasse dela, mas ela não era uma boa mãe, mais uma vez ela mostrou que não servia para isso, mas ela evitava deixa os seus ficantes perto de Andrew, ela ainda via Aaron, mesmo depois que se mudou.

A última vez que Tilda viu seu filho, foi no dia de sua morte, uma figura estava sentada no balcão, cabelos loiros e bagunçados, os olhos do garoto estavam escuro. Aquele era Aaron, a mulher sabia pois a única pessoa que estaria com ela na casa. Aquelas malditas alucinações não a deixaram.

― Olá Tilda. O garoto cumprimentou ela.

A mulher estava usando injetáveis neste momento, os olhos dela se arregalaram diante as palavras do loiro.

Aquele não era Aaron, certo?

Ele nunca nas suas alucinações havia chamado ela pelo seu nome, era sempre mãe. Por um momento a loira achou que aquele era Andrew.

O garoto se levantou da bancada, e caminhou até a mesa, parando na quina, ele deu exatamente três batidas na madeira.

― Me diga, como é viver com a culpa de ter matado seu próprio filho? Pergunta o loiro.

O arrepio se estalou no corpo da mulher, percorrendo sua espinha, talvez o efeito da droga já estava fazendo seu trabalho a final.

― Cale a boca! Ordena Tilda.

― Não sou eu que deveria calar a boca, mas sim você. Você é repugnante, ninguém sentiria sua falta. Nem seu irmão, você fez isso consigo mesma. Você se livrou da única pessoa que te amava. Mas agora não há ninguém para lamentar a sua morte. Não há ninguém chorar por você no seu túmulo. Você é uma vadia, drogada. Que foi capaz de me vender. Eu amava você. Diz a alucinação com um rosto indiferente, aquele era Andrew? ― Foi essa casa que você comprou com o dinheiro que conseguiu comigo? Ah, veja o quão miserável você está? Parece ter uma muito mais idade do que tem. Você estar acabada, parecendo aquelas putas que foram rodadas mais do que não sei o quê.

Aquele sorriso, foi o suficiente para ela reconhecer quem era, era Aaron. Mas ele não parecia com aquele garoto que ela conhecia, não parecia com o pequeno Aaron. Aquele tinha diversos hematomas, no seu pescoço pareciam marcas de sufocamento. Agora ela tinha certeza que era uma alucinação. Aaron estava morto a anos, deveria está pelo menos seria impossível ninguém perceber se o garoto tivesse tão perto assim dela. Tilda resolveu ignorar a figura, tirando uma, duas, três pílulas do frasco e fechando em seguida, a mulher engoliu os comprimidos uma sombra surgiu em sua visão.

― Você destruiu a minha vida. Eu sou apenas uma boneca, como você. Sou um objeto, não uma pessoa. Eu sou um monstro. Você é um monstro. Sabe que eu percebi? Você nunca me amou. Você tentou matar, me espancou, puxou uma faca para mim, e depois para se livrar de mim, você me vendeu. Diz ele a raiva tomando a sua voz. ― Mas sabe eu sou o seu pesadelo. Você tentou me matar então, por que não devolver o favor?

O garoto agarrou a garganta da mulher, ele era real, apertou até que Tilda abrisse a boca, ela ouviu o barulho de algo chacoalhando, o frasco estava aberto.

― Você quer se livrar de mim? Nunca mais me ver, não é mesmo? Fala ele o seu sorriso se contorce em algo assustador.

Era verdade ela não queria mais vê ele. Tilda odiava aquela imagem. Aquele rosto, mas a culpa sempre a consumia. A mulher não conseguia respirar. Um frasco foi virado em sua boca, eram dez comprimidos. O garoto tampou a boca dela, a loira percebeu tardiamente que ele estava de luvas. Não demorou muito para que ela começasse a engasgar, o garoto a soltou, a mulher caiu no chão, o loiro saiu da casa. Tilda engasgava e vomitava, a mulher arranhava seu pescoço tentando se livrar daquele aperto, aos poucos ela foi enfraquecendo, a loira não conseguia respirar. Ela perdeu a consciência.

Tilda tinha trinta e cinco anos , e morreu de overdose, após ingerir 13 pílulas DMT, e duas doses de heróina. Foi encontrada afogada em seu próprio vômito.

Notes:

N.A: Vocês gostaram? Sim eu odeio Tilda e não há nada que me faça mudar de ideia. Todas as drogas que apareceram neste capítulo, eu dei uma breve pesquisada antes de escrever sobre elas, e sim elas são todas ilusogenas.

_ Cetamina

_ LDS

_ DMT

_ Ibogaína

Já estou trabalhando em novos capítulos. Provavelmente eu já vou ter terminado até alguém começar a ler está fanfic.

Deixe seu kudos, e comentem.

Obrigada por ler este capítulo ☺️.
Até o próximo capítulo.

Escrevo pelo celular então paciência...
Está fanfic também se encontra no Wattpad
https://www.wattpad.com/story/385163858?utm_source=android&utm_medium=whatsapp&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Starminyard

Chapter 4: Mamãe nunca me quis?

Summary:

Aaron pode contar nos dedos o tanto de vezes que sua mãe o abraçou. Foram três vezes. A primeira que Tilda o abraçou foi quando ele tinha quatro anos a primeira vez que ela apagou um cigarro em sua pele; a segunda foi quando ele tinha cinco anos e ela jogou uma garrafa em sua direção, não o acertou mais o assustou muito; e a terceira e última vez foi quando ele tinha sete anos e foi quando a sua mãe estava querendo sustentar o seu vício e o vendeu. Após isso ela deu a ele um comprimido para dormir.

Notes:

N.A: Olá leitores bom dia, boa tarde,e boa noite. Veremos o POV de Aaron e sim a algumas coisas diferentes aqui.

T.W: violência física e verbal
Drogas
Tráfico de pessoas
Sangue.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Aaron pode contar nos dedos o tanto de vezes que sua mãe o abraçou. Foram três vezes. A primeira que Tilda o abraçou foi quando ele tinha quatro anos a primeira vez que ela apagou um cigarro em sua pele; a segunda foi quando ele tinha cinco anos e ela jogou uma garrafa em sua direção, não o acertou mais o assustou muito; e a terceira e última vez foi quando ele tinha sete anos e foi quando a sua mãe estava querendo sustentar o seu vício e o vendeu. Após isso ela deu a ele um comprimido para dormir.

Sua vida nunca mais foi a mesma, ele era uma propriedade, ele não era uma pessoa,ele nunca mais seria como as crianças normais, afinal ele nunca foi normal. No outro dia sua cabeça zumbia, acordou e encontrou um teto que não era o seu, um colchão duro que não era seu, ele não sabia onde estava. O garoto se levantou rapidamente, e logo se arrependeu, pois ele vomitou, não era como se tivesse muita coisa no seu estômago. Ele levantou e limpou a boca, o gosto era ruim, ele percebeu que era um quartinho havia uma lâmpada que estava desligada, não estava muito escuro graças as luzes lá de fora do outro lado daquela porta de metal. O ar ali era meio escasso de certa forma difícil de respirar.

Aaron andou um pouco e percebeu que havia uma pia e um chuveiro, parece uma prisão, pensou o garoto não que ele soubesse com era uma prisão, mas sim como ele achava que era. Logo podia se ouvi passos descendo escada, eram altos, Aaron então apressou para achar um esconderijo, não haviam muitos locais para se esconder além da cama, o que só deixou essa opção para ele. Os trincos da porta fizeram barulho, quanto alguém do lado de fora destrancou o que poderiam ser cadeados, além de uma tranca pra chave. Aaron viu sapatos masculinos, tampou a boca,e tentou respirar silenciosamente.

― Vamos pequeno apareça. Uma voz masculina parecia divertida a atitude de Aaron.

O homem caminho do lado da cama e se abaixou, e puxou Aaron pelo tornozelo que gritou ao perceber a ação. O homem riu ao ver a reação do garoto que tentou chutar ele, mas seu aperto continuava firme em seu tornozelo, poderia até mesmo deixar uma marca na pele pálida do garoto.

― Calma aí, pequeno. Disse o adulto. ― Eu trouxe algo pra você comer.

Ele apontou para a tigela em cima da cama, que Aaron não estava nem um pouco interessado, ele agora segurava o menino pela nuca para que ele ficasse em pé. O homem era alto, pele bronzeada e olhos azuis, se vestia de forma chique, com um guarda-costas. Ele apontou para tigela.

― Quero que você coma antes de eu voltar novamente. Ordenou o homem.

Ele se moveu para sair da sala e trancou a porta atrás dele, Aaron foi deixado sozinho no pequeno quarto, o garoto puxou os joelhos para o peito, abraçou as pernas e enterrou o rosto neles. Ele estava sozinho, sua mãe havia o deixado. O menino então chorou. Algumas horas se passaram pois em algum momento Aaron adormeceu, ou cochilou e caiu porque acordou com algo molhando sua camisa, ele demorou um pouco para associar o que havia acontecido. Quando processou a comida estava derramada na cama e molhou sua camisa, o garoto entrou em pânico, ele não sabia o que aconteceria se ele não comesse, muito menos se ele derramasse. Ele apressou para sair da cama e ir até a pia tirou a camisa, molhou, ele foi até a cama e arrancou o lençol fino dela junto com a tigela, e começou a limpar a bagunça. Após limpar a cama ele levou o lençol a pia, a única coisa que tinha era um sabão líquido, o que ele acha que poderia ser o suficiente para lava aquela área suja do lençol, ele podia sentir seu coro arder, sua mente foi em sua mãe, o quanto será que ela me bateria se visse isso?, pensou o garoto com os olhos cheios de lágrimas. Ele lembra de quando ele ainda era muito pequeno e tinha medo de dormir sozinho, tinha medo de algum monstro no quarto, no dia em que ele teve um pesadelo e urinou na cama, ele lembra de como ficou dolorido.

Agora o fato da mancha ainda persistir deixava Aaron ainda mais desesperado. Ao longe ele ouviu passos, porra, xingou ele mentalmente. O garoto podia ver a sinueta na porta, enquanto destrancavam a porta, Aaron apressou para usar a camisa molhada que estava no chão. O homem entrou no quarto, encontrando o menino perto da pia com um lençol meio enfiado nela e uma tigela no chão.

― Ora pequeno estragando comida? Pergunto o adulto com um tom divertido.

Aaron sabia o que vinha depois, ele já viu sua mãe usar esse tom com ele, era sempre seguindo de xingamentos e surras. Ele também sabia o que aconteceria se ele não respondesse.

― Não. Disse o garoto trêmulo.
― Não? Então o que é isso? Questionou o homem se aproximando e trancando a porta.

Aaron recuou um passo e tropeçou na tigela assim caindo no chão. O cara não parecia nada surpreso com a reação do garoto, parecia até mesmo estar se divertindo com o desespero da criança. Aaron se levantou, sua camisa estava começando a molha o seu shorts, ele tinha certeza que ficaria doente, o garoto levantou os olhos para encarar o homem na sala. O homem se aproximou mais dele estando a apenas um braço de distância, e se abaixou ao nível para ficar ao nível de altura que o garoto, segurou o rosto do garoto com força.

― Ainda estou esperando a resposta da minha pergunta. Disse o homem com raiva mal disfarçada.
― Eu derrubei sem querer a tigela. Disse a criança segurando as lágrimas.
― Sem querer? Você se acha muito esperto né? Disse o homem de novo com um tom de diversão.
― Não. Eu-

Antes que Aaron terminasse recebeu um tapa, sua bochecha queimava, era muito mais forte que o da sua mãe, o garoto caiu no chão, e colocou a mão contra a área.

― Aprenda a nunca mais desperdiçar comida, seu filho da puta. Disse o homem com raiva.

O adulto chutou o garoto nas costelas, que lutava para puxar o ar aos pulmões. O homem pega Aaron pelos cabelos para levantar-lo.

― Você me ouviu seu porrinha? Disse o homem furioso.

Aaron ainda estava se esforçando para trazer ar, não respondeu, simplesmente não conseguiu. O homem vendo que Aaron não iria responder, o soltou e o garoto caiu no chão, ele o chutou de novo. De novo. E de novo até o garoto mal respirar. Talvez Aaron tivesse desmaiado,pois quando acordou com um chuveiro ligado e molhando ele, o garoto tossia com ar machucando seu pulmões. Ele olhou para cima e viu a figura que estava pairando sobre ele uma mulher bonita, alta e magra.

― Olá querido. Aaron não é? Disse a mulher como se a poucos momentos não estivesse quase afogando ele.

Aaron acenou com a cabeça, quando sua tosse amenizou. Ele estava dolorido cada movimento parecia que uma agulha estava sendo apertada contra sua pele, e ele não gosta de agulhas, com muito esforço o menino se levantou.

― Aaron. Disse ela em um sotaque espanhol que lembrava muito sua tia e Nicky. ― Que tal você troca de roupa temos algumas atividades pra você fazer.

A mulher deu a ele algumas mudas de roupas. E se virou para sair, quando chegou a porta se virou.

― Ah... E não ligue para o meu irmão, ele só estava de mal humor. Disse a mulher e então saiu trancando tudo lá fora.

Aaron tomou seu banho na velocidade de uma tartaruga, se trocou, ele ainda não fazia ideia de onde estava.

― Atividade... Murmurou para ninguém exatamente.

O que quer que fosse não deveria ser coisa boa. Aaron olhou para todos os lados tentando encontrar uma forma de sair, não existiam aberturas além de uma que pertencia a porta. O que por sua vez era ruim, ele ouvi o que estava do lado de fora, mas ele não sabia o que esperava lá. O medo tomava as entranha do garoto, seu corpo dolorido não iria permitir dormir então ele apenas se deitou.

Notes:

N.A: espero que tenham gostado do capítulo!!
Pobre Aaron baby.

Então onde será que Aaron estar?👀👀

Deixem kudos e comentem, queridos.
Obrigada por ler este capítulo 😊

Escrevo pelo celular então paciência...

Esta fanfic também se encontra no Wattpad
https://www.wattpad.com/story/385163858?utm_source=android&utm_medium=whatsapp&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Starminyard

Chapter 5: Um curtelo nas minhas costas pt.2

Notes:

N.A: Olá sou de novo, e novamente temos o POV do nosso bebê Neil, ainda seguindo o cânone, apesar de que fiquei pensando em alguém para substituir Aaron como backliner.

Contém agressão verbal.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Assim que as portas abriram Andrew empurrou Neil que tropeçou no saguão, Andrew passou por ele esbarrando dos ombros até os quadris, com Kevin e Nicky o seguindo, o primo mais velho ficou por tempo o suficiente para sorrir para o garoto.

― Preparado para isso? Perguntou ele e seguiu em frente.

Neil percebeu meio tarde que Kevin não seria o seu único problema ali Palmetto, era um estranho alívio, Neil não podia perguntar o quanto o moreno se lembrava dele, mas sabia que uma hora ele iria perceber. Andrew era apenas um pequeno psicótico, e Neil cresceu rodeiado de violência. Manipular ele seria fácil, o garoto só precisava ser cauteloso.

― Preparado. Disse para si mesmo em um sussurro, e segui seus companheiros de equipe.

Neil avistou o estádio das Raposas, ele era grande que poderia ser visto de longe,sua capacidade era de sessenta e cinco torcedores lá dentro. Sem contar sua pintura que era o que mais o destacava, paredes brancas ofuscantes e um laranja brilhante, com uma pata gigantesca de raposa ilustrada em cada uma das quatro paredes. Neil se perguntava quanto haviam gastado para construi-lo e o quanto eles estavam decepcionado sabendo que as Raposas era uma equipe miserável.

Os garotos estacionaram na quinta vaga do estacionamento, haviam alguns carros lá, talvez da galera da manutenção ou estudante do curso de verão, mas nenhum estacionado na calçada mais próxima ao estádio. O estádio estava cercado por uma cerca de arame. Portões foram colocados ao longo da cerca para controlar a multidão em noite de jogo, e todos estavam acorrentados e trancados.

Neil se aproximou das grades e olhou para a quadra prendendo o fôlego, enquanto olhava fixamente imaginando como seria quando estivesse lotado nos jogos, isso foi o suficiente para os pelo de Neil se arrepiarem, e seus batimentos cardíacos acelerarem ecoando em seus ouvidos como uma bola de Exy quicando pelas paredes da quadra.

Nicky se aproximou e colocou a mão no ombro de Neil.

― A equipe vai adorar você. Prometeu o mais alto.

Neil desejava muito entrar ao ponto de entrelaçar os dedos na grade, com intuito de arrancar ela do lugar.

― Eu quero entrar.

― Vamos. Nicky O guiou até a porta onde eles entrariam.

Os outros esperavam os dois na porta estreita com teclado eletrônico. E Kevin trouxe com ele o whisky.

― Essa é a nossa entrada, o código mudar de dois em dois meses, mas o treinador sempre nos avisa quando acontece, agora é 0508. Maio e agosto os meses de aniversário de Abby e do treinador. Eu disse que eles estavam se pegando. E o seu quanto é? Perguntou Nicky

― Foi em março. Mentiu Neil.

― Puxa vida, já passou, nós te recrutamos em abril, o que teve contar como maior presente de todo mundo. E sua namorada o que ela te deu de presente?

Neil olhou confuso.

― O quê?

― Fala sério, você é um gato deve ter uma namorada, ao menos que você goste de homens igual a mim, então me faça o favor de me contar e poupe do trabalho de ter que descobrir.

Neil olhou para ele indignado, afinal como ele poderia está pensado nisso, se estádio estava logo a sua frente. Eles sabiam a senha de entrada, mas estavam ao redor da porta como se não soubessem. Neil olhou de Nicky para o teclado novamente.

― Qual o problema?

― Estou curioso. Respondeu Nicky.

― Você é muito intrometido. Disse Kevin emburrado.

― Eu não balanço. Agora podemos entrar? Fala Neil.

― Mentiroso. Disse Nicky

― Não é. Vamos ou não? Falou Neil com impaciência na voz.

Em reposta Kevin digitou o código e abriu a porta.

― Vá. Disse ele.

Neil não pensou pois já estava entrando, indo até o fundo do corredor na porta escrita RAPOSAS. Elw mostrou o chaveiro a Kevin que mostrou a chave que destrancaria a porta. Foi estranho usar uma chave para abrir uma porta, afinal nem mesmo Hernandez tinha confiança o suficiente para dar a ele uma chave. Isso fez Neil se sentir bem-vindo ali.

O primeiro compartimento era uma sala de reunião, três cadeiras e dois sofás que formavam um semi-circulo no espaço de interação. A TV era grande Neil estava ansioso para assistir uma partida nela e o resto da parede haviam fotos das Raposas, recortes de jornais, e táticas de jogos. A maioria tiradas por conta própria, uma no canto estava um grupo de três garotas.

Exy era um esporte misto, mas poucas universidades queriam mulheres em seus times. Wymarck tentou colocar garotas no seu primeiro ano como treinador mas Palmetto recusou a sua oferta. Após a primeira temporada das Raposas eles estavam mais propícios a ouvi ele, então assinaram com três. E o treinador fez de Danielle Wilds a primeira capitã mulher de primeira divisão de Exy da NCAA.

Os fãs de Exy não gostavam das Raposas, mas foram piores com a chegada de Dan. Até seus antigos parceiros de campo estavam dispostos a destruir ela. Apesar das reclamações, Wymarck não voltou atrás mantendo Dan e a apoiando em sua posição. A imagem mental dela era uma mulher forte e cheia de confiança. Nicky deve ter percebido sua distração, que se aproximou de Neil.

― Essa são Dan a nossa capitã ela é gente boa e vai te fazer suar. Temos Allison ela é uma pessoa que você tem que evitar a todo custo. E Renee ela é um doce, seja gentil com ela. Disse Nicky apontando para cada uma delas.

― Se não? Perguntou Neil.

Nicky apenas sorriu e deu de ombros.

― Vamos. Chamou Nicky.

O corredor os levou a duas portas escritório de ABBY WINFIELD e DAVID WYMARCK, uma porta com cruz vermelha, e duas portas em direção opostas uma escrito DAMAS e a outra CAVALHEIROS. E Neil teve um breve vislumbre de laranja dos armários, bancos e azulejos brilhante branco. E o último era um salão que tava para a quadra, o único lugar onde a imprensa podia entrar para entrevista as Raposas.

― Bem-vindo ao saguão. Seja lá o porquê, é assim que nós o chamamos. Com "Nós" eu me refiro: qualquer espertinho que veio antes. Disse Nicky.

Andrew se sentou no banco e retirou seu frasco de comprimidos do bolso e Kevin lhe entregou a garrafa de whisky, após o loiro colocar a pílula na boca. O frasco desapareceu em um dos bolsos de Kevin. O mais alto gesticulou para porta simples.

― Armário de equipamentos.

― Nós podemos? Perguntou Neil.

Kevin não deixou Neil terminar a frase.

― Traga sua chave aqui.

Neil foi até a porta laranja, e Kevin lhe mostrou a chave certa. Estava escuro, mas tava pra ver as paredes ao redor. Neil seguiu Kevin pela escuridão, o garoto percebeu que estavam indo para a quadra.

― Você está tendo a oportunidade de ver o estádio, em seu melhor estado. Graças a Kevin, ganhamos muito dinheiro e conseguimos reformar, as paredes e o piso. Esse local estar mais limpo do que seu primeiro ano. Disse Nicky atrás dele.

A luz do vestiário iluminava o caminho para o pátio interno. Neil fechou os olhos e imaginou como seria quando ali estivesse cheio, com os torcedores, tudo iluminado e o placar funcionando.

― Luzes. Gritou Nicky atrás de Neil.

Neil ouviu o zumbido de eletricidade, e as luzes se acenderam, e a quadra ganhou vida, deixando Neil sem fôlego. O garoto sentiu seu corpo queimar de empolgação, no momento eram apenas os quatro, mas daqui à algumas semanas todas as raposas retornariam,para o treino de verão, e em agosto a temporada começaria. Neil sentiu que havia feito a escolha certa. As consequências valeriam a pena, se ele podesse jogar pelo menos uma vez naquela quadra. Nicky deve ter percebido sua empolgação.

― Ah, posso ver porque Kevin escolheu você.

Neil olhou para ele sem entender, pois sua cabeça ainda estava imaginando o funcionamento daquela quadra. A frente de Nicky estava Kevin. Quem assistira seu pai esquartejar um homem no estádio da seleção nacional. Kevin estava o fitando, um segundo e seus olhares se cruzaram, então apontou para o caminho de onde vieram.

― Dê a ele os equipamentos.

Nicky levou Neil ao vestiário, Andrew não estava na quadra e nem no saguão, Neil não se importava ao ponto de perguntar, então seguiu o primo para o vestiário. A sala estava organizada com armário, estampados com números e nomes dos jogadores. Neil enxergou as pias ao fundo, onde ele supôs que era os chuveiros. Ele estava mais interessado no armário com seu nome. Seus equipamentos eram laranja em bem vibrante nele estava escrito " Josten" e " Raposas" seu número era o dez.

― Dar de ver isso até do espaço. Disse ele.

Nicky riu de seu comentário.

― Dan estava cansada dos babacas nos ignorarem. Que encomendou em seu primeiro ano como capitã. Sabe, as pessoas gostam de ignorar que pessoas como nós existem. Não gostam de nos dar uma chance, e desistem na primeira tentativa. Disse o mais velho.

Nicky afastou a tristeza, que logo foi substituída pela alegria.

― Você sabia que doamos parte do dinheiro de nossos ingressos para a caridade? Por isso eles custam mais que os outros, isso foi ideia de Renee. Agora venha vamos transformar você em uma raposa.

Neil pegou suas coisas, e foi para o banheiro se trocar, era desconfortável e estranho, mas o garoto já havia se acostumado com isso. Após vestir as partes superiores, ele saiu da cabine e trocou os jeans por seu short de treino. E testou suas caneleiras, e suas meias, calçando os sapatos. Terminou colocando suas luvas, e as braçadeiras. Deixou para usar as proteções da luva e o capacete para a quadra, ele escondeu sua franja com a bandana laranja, e sua proteção de pescoço que apesar de ser desconfortável impedia ser atingido por uma bola na garganta. De volta ao vestiário, Nicky usou Neil para abrir o equipamento de treino que Kevin havia indicado. Havia um garoto que Neil não havia visto antes, que estava com o balde de bolas enquanto Nicky pegava os bastões. As raquetes eram organizadas em ordem numérica, um par para cada jogador, Neil por último. Neil destravou uma e a girou na mão, para experimentar, seu peso e a sensação. Era laranja escura, com listras brancas com cordas na cabeça brancas. Ela era nova dava para perceber pelo cheiro, isso só fez Neil ficar mais empolgado.

Kevin estava onde haviam o deixado, esperando por eles no pátio interno, ele os observou silenciosamente enquanto eles apanhavam seus capacetes e luvas, e não disse nada quando Nicky o conduziu para a quadra. Neil usou a última chave para destrancar a porta da quadra, e guarda a chave em suas luvas.

Depois que o portão se fechou atrás deles, Neil olhou para Nicky curioso e perguntou:

― Kevin não vem jogar?

Nicky pareceu surpreso com a pergunta.

― Kevin só jogar com duas condições: ou sozinho ou com Andrew. Ele vai ter que superar isso, quando Renee estiver no gol, no início da temporada.

― Onde está Andrew?

― Ele acabou de se medicar, deve estar por aí. Ele vai desligar e reiniciar no modo louco.

― Ele já não é louco?

― Maluco, não. Talvez idiota. Disse Nicky.

Neil olhou para o lado e o garoto que anteriormente estava com eles no vestiário estava quadra também, mas fingia não saber do que eles estavam falando. Assim eles começaram a treinar, sabendo que Kevin os observando.

― Kevin não pode jogar? Eles disseram que seria o milagre, se algum dia ele pegasse em uma raquete novamente.

― Ele vai jogar destro. Nicky explica.

― O que? Pergunta Neil.

Nicky parecia satisfeito em jogar aquela bomba em Neil, pois ele estava sorrindo.

― Não é atoa que chama ele de gênio do Exy, sabia?

― Não é talento. É teimosia. Disse o garoto do vestiário que falava pela primeira vez, sua voz era rouca.

― Isso também. Mal posso esperar para ver a cara de Riko quando estiver assistindo o nosso jogo de estreia. Maldito rato. Assentiu Nicky.

Kevin socou a parede impaciente, exigindo que eles se movessem. Nicky acenou para ele em despedida.

― Estamos fazendo isso, em nosso tempo livre, sabia!. Gritou Nicky para Kevin.

― Obrigado. Disse Neil tardiamente.

― Não se preocupe, você pode me recompensar quando os outros não estiverem olhando.

― Foda-se. Disse o outro backliner.

― Você pode ir embora. E deixar eu e Neil nos resolvermos. Disse Nicky.

― E o que Erik vai achar?

― Intrometido. Você nunca o viu. Disse Nicky.

Neil não se lembrava de ninguém no time com esse nome.

― Quem é Erik?

― Ele é meu noivo. Ou vai ser, ele era meu host brother por um ano em Berlim, ficamos juntos e nos mudamos depois da formatura.

O coração de Neil quase pulou pra fora.

― Você morou na Alemanha?

Ele tentou calcular, a idade de Nicky na época, para saber a quanto tempo estava no ensino médio, as probabilidades de Neil estar na Suiça e Nicky na Alemanha era muito alta. Neil se forçou a respirar.

― Sim, você lembra do idioma que falei mais cedo, era alemão. O idiota estudou ele porque sabia que eu poderia ajudar a eles a passar. Se você escolher estudar alemão, me avise, e eu te ajudo. Eu sou bom com a língua. Respondeu Nicky.

― Chega, vamos jogar. Disse o rapaz calado, colocando o balde de bolas no chão.

Nicky suspirou exageradamente.

― Enfim, me lembre de lhe mostrar uma foto mais tarde. Nossos bebês serão muito lindos.

Neil franziu a testa.

― Ele não mora aqui?

― Ah não, ele está em Stuttgart. Ele conseguiu um emprego, e ama sua carreira, então não pôde me acompanhar até aqui. Eu ficaria aqui até Andrew se formar no ensino médio, porém quando o treinador ofereceu uma bolsa, Erik disse que eu deveria aceitar. Mas ele vem me visitar às vezes.

Nicky lançou um olhar significativo em direção a parede onde Kevin estava. Os homens passaram a última meia hora fazendo exercícios, alguns desse movimento Neil conseguia acompanhar, e outros ele não conhecia, era empolgante aprender algo novo. Eles terminaram seus curto jogo, afinal era um atacante e dois defensores, e um gol livre. Nicky e outro rapaz não eram os melhores defensores da NCAA, no entanto eram melhores que qualquer jogador de seu time do ensino médio.

Nicky chamou por um tempo, enquanto Neil pegava uma bola de um rebote. Depois que acertou a bola dentro dos baldes, os outros tiraram o capacete. Neil ficou um pouco decepcionado por terem terminado tão cedo, mas Neil não iria força eles, quando faziam de boa vontade. Nicky esfregou a bochecha contra o ombro, tentando enxugar o suor em sua camisa. E sorriu para Neil.

― O que foi isso?

― Foi divertido, vocês são muito bons. Disse Neil.

Nicky sorriu, e outro defensor bufou.

― Kevin cortaria os pulsos, se te ouvisse dizendo isso.

― Kevin acha que somos perda de oxigênio. Explica Nicky dando de ombros.

― Pelo menos você não será perda de tempo. Você conseguirá a chegar ao nível que queremos rapidinho, posso ver porque Kevin o escolheu. Disse o garoto de cabelos pretos e mexas azuis.

― Falando nisso... Alguém estar pronto para colocar as garas em você agora. Disse Nicky indicando a parede.

Neil olhou para onde foi indicado, em direção ao banco das Raposas. Andrew tinha reaperecido, e estava deitado no banco, brincando com uma bola de reposição, e Kevin havia pegado a raquete e girava enquanto os observava. Mesmo com a metade da quadra, e um grossa parede, Neil podia sentir o olhar de Kevin sobre ele.

― Tema pela sua vida. Ele é um péssimo professor, irrita qualquer um na quadra até mesmo Andrew dopado. Exceto Renee mas ela não humana, então não conta. Disse Nicky.

Neil olhou para Andrew.

― Pensei que os remédios, tornavam isso impossível.

― A primavera foi uma aprendizagem, você deveria ter visto, Andrew queria arrancar a cabeça de Kevin se ele não tivesse jogado a raquete no meio da quadra. Mal posso esperar para ver como você vai lidar com isso. Explica Nicky apoiando sua raquete no ombro indo em direção a porta.

― Fantástico. Arfou Neil, e pegou o balde de bolas enquanto seguia Nicky.

Andrew sentou assim que a porta se fechou, e jogou sua bola para Nicky. Ele trouxe o whisky que estava ao seus pés. Ele o pegou e abriu a tampa.

― Já passou da hora. Nicky é tão chato esperar por você. Murmurou ele.

― Já terminamos, e já passou da hora de parar com isso, não acha? Abby vai acabar comigo, quando perceber que deixei você beber. Disse Nicky apontando para a garrafa.

― Não parece ser um problema meu. Disse Andrew com um sorriso brilhante.

Nicky suspirou em derrota, indo ao vestiário e Neil o seguiu, mas não antes de dar uma olhada em Kevin, que logo percebeu que era um erro, pois uma vez encontrando olhar dele, era difícil desviar.

A expressão de Kevin era indecifrável, o quer que fosse, ele não está nada contente.

― Essa temporada vai ser longa.

― Eu disse que eu não estava preparado.

― Você também disse que não iria jogar comigo, e aqui estar. Disse ele.

Neil não respondeu essa acusação. Kevin ficou perto do rosto de Neil, e agarrou as cordas de sua raquete, a puxando, o garoto se recusava a ceder, e mantia seu aperto firme.

Kevin poderia arrancar ela se quisesse mas parecia satisfeito em apenas o segura.

― Se não vai jogar comigo, então jogue para mim. Você nunca vai chegar lá sozinho, então eu irei de dar um treinamento.

― Onde é lá? Perguntou Neil.

― Se você não sabe onde é, então não vale nem a pena tentar. Disse Kevin.

Neil se perguntava onde era, o lá em que Kevin via nele, mas antes que pudesse completar seus pensamentos, uma mão cobriu seus olhos.

― Esqueça estádio. Esqueça às Raposas. A sua antiga equipe de Exy inútil e sua família. Veja apenas Exy, é o único caminho a tomar.

Neil teve que se Forçar a não rir desse pensamento simplistas.

― Foco. Disse Kevin irritado.

Neil pensou como seria se ele fosse Neil Josten, o garoto que não estar fugindo de seus pais e de seus capangas. Uma vida onde apenas Exy foi o suficiente para caminhar. Pelas memórias do garoto Exy foi uma alto na sua infância fudida, lembrando da sua mãe levando-o para liga infantil, onde ninguém sabia quem era os seus pais e torcendo por ele como se não houvesse um guarda-costas armado. As memória fragmentadas distorcidas pela cruel realidade de sua vida. O jovem se apegava a essa boas memórias, pois nelas eram as únicas vezes que via sua mãe sorrir.

Neil não sabia quando tempo ficou naquela equipe, mas se lembrava do peso de uma raquete tão bem quando de uma arma. Esse pensamento fez Neil voltar a estaca zero para sua vida de fuga. Era cruel um desejo que não alcançaria, mas Kevin havia conseguido, de algum modo abandonou aquele quarto sangrento em Edgar Allen e se tornou independente. Neil desejava o mesmo não importava quão ruim fossem as consequências.

― Você. Respondeu Neil

Kevin puxou novamente a raquete e desta vez Neil a soltou.

― Diga que vou ter seu consentimento. Fala o mais alto

Não ia fazer nenhum bem, mas Neil não prologaria.

― Tá bom.

― Neil, entende. Disse Kevin deixando sua mão cair e enviando o olhar a Andrew.

― Parabéns, tudo no lugar, suponho! Já que não tenho a oferecer, vou dizer aos outros para responder adequadamente. Disse o loiro

Andrew levantou-se dando algumas goladas no whisky.

― Oh, Neil! Nos encontramos novamente. Disse Andrew

― Já saquei a sua, se isso for um truque, esqueça. Diz Neil

Andrew enviou um sorriso com a garrafa nos lábios.

― Não seja tão desconfiado. Você me viu tomar o remédio. Se não estaria vomitando em abstinência. Mas agora eu vomitaria com todo esse fanatismo. Diz o loiro

― Ele está medicado. Ele me diz quando está sóbrio. Confirma Kevin

― Vamos Kevin estou com fome. Diz Andrew

Kevin entregou a raquete para Neil, eles foram para o vestiário. Os dois backliners já estavam no chuveiro quando chegaram. Neil ouviu água cair, e sentou no vestiário para esperar.

― Nós não podemos te levar para Abby assim. Vá se lavar. Reclama Kevin

― Não vou tomar banho com a equipe. Vou esperar eles terminarem, se não quiserem esperar, então vão. Eu encontro o caminho até lá. Diz Neil

― Nicky vai ser um problema? Pergunta Andrew

Neil odiou o sorriso maníaco e ainda mais advertência velada de Andrew.

― Não é sobre Nicky, é sobre minha privacidade. Respondeu Neil

― Supere isso. Não será uma estrela se você for tímido. Diz Kevin

Andrew inclinou para Kevin colocando uma mão sobre a boca, mas não se preocupou em abaixar o sei tom de voz.

― Ele precisa se esconder, Kevin. Invadir o armário do treinador e li os arquivos dele. Machucados ou cicatrizes? Eu acho que são cicatrizes também, já que seus pais nunca estão perto para o espancar. Disse Andrew

― O quê? Disse Neil com calafrios

― Não ligo. Disse Kevin ignorando Neil

Andrew ingnorou Kevin e gesticulou para Neil.

― Os chuveiros aqui, tem cabines separadas. Cortesia do treinador, já que a reitoria se recusou a pagar. Vá em frente e veja você mesmo se não acredita em mim. Você não acredita né? Claro que não acredita, talvez seja melhor assim. Disse o loiro

― Você não tinha o direito de ler meus arquivos! Diz Neil irritado

Ele se arrependeu de não abrir a pasta de Wymarck quando o entregou. Neil não conseguia acreditar que Hernandez tivesse escrito tão coisa em suas cartas para o treinador. Ele sabia que Hernandez tinha que explicar a situação, ou como ele entendia, para prova que Neil era uma opção para as Raposas. Neil ainda sentiu a traição e a raiva por Andrew ter fuçado os papéis sobre ele logo depois.

Andrew riu parecendo satisfeito por ter tocado em um ponto sensível.

― Calma, calma relaxa. Não fiz isso. Ficamos presos no escritório do treinador do Arizona para assistir seu jogo. Ele disse que seria fácil nós o alcançamos, já que você é o último a tomar banho. Ele disse que não tinha conseguido contato com seus pais, pois eles sempre estam muito ocupados em seus empregos em Phoenix. Mas eu estou certo, não é? Provoca o loiro

Neil abriu a boca e fechou em seguida engolindo a resposta que daria ao loiro. Neil respirou fundo e tentou contar até dez reprimindo a raiva. Quando chegou ao cinco o sorriso de Andrew era insuportável.

Neil não acreditou em Andrew sobre os chuveiros, então foi se certificar da verdade antes que fizesse "besteira". Levantou-se do banco e foi para o banheiro, o que o loiro dissera era verdade, as cabines eram altas o suficiente para darem privacidade e tinham fechaduras nas portas.

― Estranho, né? Sussurrou Andrew no ouvido de Neil

Neil não tinha percebido sua presença por conta do som dos chuveiros, uma cotovelada foi instintiva, mas o loiro segurou o golpe. Andrew riu e recuou alguns passos.

― O treinador nunca explicou, talvez tenha pensado que tivessemos necessidade de lamentar nossas derrotas. Só pensando o melhor para as suas estrelas em ascensão, certo? Fala Andrew

― Wymarck não recrutou estrelas em ascensão. Disse Neil, empurrando Andrew contra o armário

― Não. As Raposas nunca serão importantes. Tente dizer isso a Dan e ela tapará os ouvidos. Concordou Andrew e pegou seu whisky. ― Kevin, carro!

Neil os viu sair antes de pegar suas roupas e foi para o chuveiro. Ele toma banho o mais rápido possível, com uma carranca se vestia novamente. Neil se sentiu pegajoso enquanto se vestia passou a mão pelos cabelos, e foi se encontrar com os outros. Eles mostraram-lhe ficavam as armaduras, para secar, e seu uniforme para ser lavado. Ethan o outro backliner apagou as luzes em seu caminho, Neil trancou as portas, e eles encontram os outros dois esperando no carro.

Nicky pegou as Chaves de Andrew e as sacudiu para Neil.

― É seu primeiro dia, então você pode sentar na frente. Aproveite enquanto pode. Kevin odeia sentar no banco de trás. Fala o moreno

― Não preciso sentar na frente. Protestou Neil, mas Kevin e Andrew já estavam acomodados no banco de trás, e Ethan já havia partido em sua moto. Andrew estava posicionado atrás do assento de Neil.

Abigail Winfield morava a uma quadra de distância do campus, Nicky estacionou a meio-fio, já que a entrada estava ocupada com dois carros e uma moto. A porta estava destrancada e eles entraram sem se preocupar em bater, foram recebidos de alho e molho de tomate.

Treinador e Abby estavam na cozinha. Wymarck procurava algo na gaveta de talheres, e Abby mexia alguma coisa no fogão. O treinador avistou as Raposas primeiro e apontou para Nicky.

― Hemmick, venha aqui e seja útil pelo menos uma vez na sua vida miserável. Arrume a mesa. Ordena o treinador

― Aahhh, treinador, por que você tem que sempre implicar comigo? Você já começou. Por que não pode terminar? Reclama Nicky

― Cale a boca e trabalhe. Diz Wymarck

― Vocês dois não sabem se comportar na frente de um convidado? Pergunta Abby largando a colher

Wymarck examina o grupo apena com um olhar.

― Não temos convidado. Neil é uma Raposa. Ele não será mimado só porque é o primeiro dia. Não quero que ele pense que essa equipe não disfuncional, ou em junho será um inferno. Disse o treinador

― David? Cale a boca e veja os legumes. Kevin, verifique o pão no forno. Nicky mesa. Onde está o Ethan? Ethan venha ajudar o Nicky. Andrew Joseph Minyard, é melhor que isso não seja o que eu estou pensando. Diz Abby

Ela tentou agarrar o whisky, mas Andrew riu e desapareceu pela porta. Abby parecia querer seguir-lo, mas Neil estava no caminho. O jovem se afasta para ela passar, mas ela envia um olhar assassino a Nicky.

― O que você queria que eu fizesse? Perguntou focando em sua tarefa. ― Tira isso dele? Tenho amor ao meus pulmões.

― Neil, certo? Eu sou Abby, a enfermeira da equipe. Eles não te incomodaram tanto, não é? Fala a mulher

― Não se preocupe. Na verdade vai demorar um pouco para resolvermos ele. Me dê até agosto, talvez. Diz o loiro

― Andrew... Diz Abby em tom de advertência

― Bee estará lá para ajuntar os seus pedaços./ O loiro reaparece de mãos vazias.― Ela vai se sair bem com Neil. Você a convidou, não é? Pergunta Andrew

― Convidei, mas ela recusou. Ela achou que isso tornaria as coisas estranhas. Respondeu Abby

― Não há nada de estranho, exceto quando Andrew e Nicky estão por perto. Disse o treinador

― Bee é a psiquiatra, ela trabalhava no centro juvenil, e agora estar aqui. Você vai conhecer ela em agosto. Explica Andrew

― Eu tenho? Pergunta Neil

― É obrigatório, uma vez a cada semestre, uma sendo apenas casual. Diz Abby

― Betsy é ótimo, você vai adorar ela. Disse Nicky

Neil tinha sua vida, mas deixou do lado agora.

― Vamos comer. Propôs Abby

Neil estava sem apetite, mas se sentou a mesa a mais longe que pode de Kevin e Andrew. Neil fez o melhor que pôde para ficar de fora, mais interessado na forma que os outros interagiam. Passava das dez quando Wymarck resolveu ir, e Neil com ele.

Fica no carro sozinho com Wymarck foi a coisa mais difícil que Neil tinha feito durante o dia inteiro, Andrew poderia ser louco, mas Neil tinha mais medo de homens com idade pode ser seu pai.

Ele ficou quero a viagem inteira até o apartamento, o treinador deve ter percebido pois não comentou.

― Eles serão um problema? Perguntou Wymarck ao fechar a porta da frente

Neil sacudiu a cabeça, e deu espaço entre eles.

― Vou descobrir. Responde Neil

― Eles não sabem o que são limites. Se eles ultrapassarem e você não conseguir parar ele, venha até mim. Entendido? Não posso controlar Andrew, mas Kevin me deve muito e posso consegui alcançar Andrew por ele.

Neil assentiu e foi pegar sua bolsa, ela ficou trancada o dia todo, no entanto o garoto se certificou do conteúdo. No fundo da bolsa o seu fichário fez seu coração acelera, ele verificar se estava tudo lá, mas Wymarck observava-o.

― Planeja usar essa mesma seis peças de roupas esse ano? Pergunta Wymarck

― Oito. E sim. Respondeu Neil

Wymarck deu ao jovem um olhar questionador, mas não comentou.

― Lavandeira é no porão. Detergente no armário do banheiro embaixo da pia. Use o que precisar e pegue o que quiser na cozinha. Vou me irritar mais se você agir com um gato arisco do que se você acabar com cereal. Fala o mais velho

― Sim, treinador. Responde Neil

― Eu tenho uma papelada para rever. Está bem? Fala Wymarck

― Vou dar uma corrida. Avisou Neil

Wymarck assentiu e saiu. Neil preparou sua roupa de corrida, e separou sua roupa de dormir no sofá. Se trocou no banheiro, e trancou com sua bolsa no escritório de Wymarck. O homem se quer olhou para ele, continou a examinar sua papelada, talvez tenha dito um "adeus", quando Neil saiu. O jovem trancou a porta, enfiou a chave no bolso e desceu as escadas. Ele não sabia para onde estava indo, mas tudo ok. Pois se corresse os seus pensamentos se acalmariam.

Nicholas Hemmick ele conhecia esse nome de algum lugar... Ele havia ouvido falar.

Notes:

N.A: espero que tenham gostado do capítulo, nosso novo amiguinho é o Ethan. Estou trabalhando no novo capítulo de Andrew, tenho dúvidas mais não tenho com quem discutir.

Essa é a aparência mais ou menos de Ethan.

Obrigada por ler, não esqueça de deixar seus kudos e seus comentários 😊

Até o próximo capítulo!!!

Chapter 6: Alguns monstros tem rostos e nomes humanos

Summary:

Aaron chorou não silenciosamente, ele soluçava parecia que o ar havia sido arrancado de seus pulmões, era cruel, ele vomitou. Quando o cachorro finalmente morreu, o garoto teve que juntar todas as suas forças para enterrar o animal.

Notes:

N.A: Hoje estamos no POV de Aaron, e vamos continuar de onde havia parado, sendo assim ainda estamos no passado.

Por favor não me matem depois desse capítulo, eu realmente me sinto mal depois disso.

T.W: Agressão física e verbal
Abuso animal
Uso de facas
Sangue
Assédio sexual.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Na manhã seguinte, Aaron só pode perceber pois ele ouviu passos ecoando no corredor, o garoto queria se esconder mas sabia que não valeria a pena, seu corpo estava uma bagunça dolorida de hematomas. A porta se abriu revelando o seu agressor do dia anterior, o homem parecia impertubavel e carregava uma tigela consigo.

― Comida. Anunciou o homem.

Aaron contra sua vontade, se moveu para se sentar na cama, o mais alto deixou a vasilha ao lado do garoto. Que a pegou sem hesitar, e começou a comer. Não tinha gosto ruim, mas não se sabia de onde vinha. O homem puxou um caixote e se sentou em frente ao loiro, observando a ação do menor. Assim que Aaron terminou sua refeição, o homem colocou a mão em sua coxa.

― Viu só, você tem mais benefícios quando é um bom menino. Disse o homem sem mover sua mão do local.

Aaron tentou não estremecer com o toque do mais velho, o garoto não gostou nem um pouco disso. O homem se moveu para ficar de pé, pegando a tigela do garoto no processo, e ele foi embora. Aaron respirou aliviado quando aconteceu, mas não durou muito tempo pois a mulher apareceu, com um sorriso brilhante.

― Vamos. Não temos o dia todo. Disse a mulher, saindo para o corredor.

Aaron não via outras opções a não ser seguir ela, ele caminhava para fora de "seu quarto", logo percebeu que havia um corredor, um lado tinha uma escadas que levava para o andar de cima, no outro lado haviam outras portas, onde a mulher seguiu. Ela para na terceira porta após a do garoto, e gesticulou para que ele entrasse, o que ele obedientemente fez, naquele local parecia ser um arsenal de armas, na mesa haviam facas de diversos tipos.

Vamos cozinhar?  Pensa o garoto.

A mulher de repente se vira para ele, e pergunta.

― Você sabe espanhol?

O garoto franze a testa, Aaron entendia mais ou menos graças à Nicky e sua tia Maria, mas balançou a cabeça em negação.

― Bem, vou ensinar você enquanto te ensino sobre essas belezuras. Disse ela apontado para as facas na mesa.

Ele assente mesmo sem entender, a mulher pega uma das faca, uma peixeira o que Aaron identificou facilmente.

― Você sabe qual o nome desta? Pergunta ela.

― Peixeira. Responde o garoto rapidamente.

―Pescadero. Responde ela em espanhol.

Ela pega outra lâmina, um canivete.

― E esta?

― Canivete.  Responde ele.

―  Navaja de bolsillo estilo mariposa, para ser más precisos. Disse ela.

Ela faz esse processo novamente, dizendo nomes daquela que o garoto não sabia.

― Eres muy inteligente pequeña. Elogia ela em espanhol.

― Gracias. Assim que responde ele percebe o erro.

O garoto se vira para olhar ela, a mulher estar sorrindo, só que dessa vez era um sorriso perverso.

― Achei que não soubesse espanhol?. Mentindo para mim, Aaron? Fala ela em uma voz zombeteira.

O loiro tenta engolir a náusea que se instaurar em seu corpo, ele sabia como isso aí terminar, ele estaria no chão com o corpo mais dolorido ainda.

― Eu entendo poucas coisas. Confessa ele e olha para baixo.

― Oh pequeno, você estar com medo de mim?

Ele não sabia como responder, então o garoto fez a melhor coisas que poderia no momento, ficou em silêncio. O que só pareceu aumentar a fúria da mulher, que se posicionou em frente a ele, que pegou o seu queixo e levantou com agressividade, o forçando a olhar para ela, seus olhos brilhavam de pura fúria.

― Nunca mais minta para mim. Está me ouvindo?

Aaron assentiu forçando-se a não chorar, ela gesticulou para que o garoto voltasse ao seu " dever". Após aprender os nomes, elas explica para o que cada uma servia, o garoto ainda não entendia o porque dela estar ensinando isso à ele, mas ele não seria a pessoa a questionar-la.

No fim do que Aaron supôs que era a tarde, ele voltou para sua cela, e o homem reapareceu trazendo mais comida, o garoto tentou não se encolher quando percebeu sua presença ali. Assim que a tigela foi colocada a sua frente, Aaron começou a devorar a comida, não porque estava com fome, e sim porque queria que aquele indivíduo fosse embora logo.

― Ei, calma pequeno, não queremos que você se engasgue. Comenta o mais alto em tom de zombaria.

Aaron contra sua vontade, desacelou o seu processo de mastigação, assim que terminou o homem foi embora, o que o garoto agradeceu internamente.

Após um mês de sua estadia no sub-solo tendo aulas com aquela mulher, que ele ainda havia descoberto o seu nome, o garoto já sabia de cor o nome das armas e para o que elas serviam, seu espanhol havia melhorado um pouco também, em uma noite a sua professora de voltou para ele.

― Amanhã será um dia importante. Disse ela sorridente. ― Amanhã você irá conhecer o nosso chefe, então trate de impressionar ele, caso contrário, ele dará um jeito de se livrar de você e  da sua mãe.

O coração do garoto deu um pulo.

Ele o machucaria?

Machucariam a sua mãe?

Ok. Dará tudo certo. Pensou ele.

Após isso ela saiu e o deixou sozinho no quarto, óbvio que ele não conseguiu dormir, ele estava pensando demais no que poderia acontecer se ele falhasse. No momento em que caiu no sono.

Aaron estava em sua antiga casa, sua mãe estava sentada no sofá bêbada. Ela sorria gentilmente para ele, de uma forma que a mulher só fazia quando estava neste estado.

O garoto pisca os olhos, e sua mãe não está mais na sala. Aaron procurou a loira no andar de cima, mas a mulher não estava em lugar nenhum do segundo andar. O garoto desceu novamente indo em direção a cozinha, e lá estava Tilda, no chão ensanguentado, perto do seu corpo havia uma figura masculina, mas o homem não tinha rosto. Segurava uma faca,uma faca AX SKELETON, o garoto identificou. Aaron pisca novamente, e sua mãe está estendendo a mão para ele, com uma expressão de raiva e ao mesmo tempo com o rosto cheio de lágrimas.

― Culpa sua... É tudo culpa sua, seu bastardo...

Aaron acorda com rosto molhado de lágrimas, o garoto não conseguiu dormir novamente, as imagens de seus pesadelos estavam pregando em suas pálpebras, e fincadas no seu cérebro. Quando o menino se deu conta, passos ecoavam no corredor, ele podia contar, eram cinco pessoas, cinco pares de pernas no corredor. Aaron se levantou, alguns segundos depois as tranças estavam sendo abertas, e a maçaneta se moveu, a sua professora entrou.

― Pronto pequeno? Perguntou ela.

O garoto assentiu e a seguiu para fora, poderia ser um dia " normal", mas do lado de fora no corredor haviam mais quatro adultos, um deles o garoto reconheceu como seu agressor/alimentador, os outros eram: Uma mulher baixa de cabelos castanhos até a cintura de roupas elegantes; ao seu lado estava um homem moreno alto, mas não tão alto quando o agressor de Aaron; e o outro era um homem elegante, seus cabelos ruivos e seus olhos azuis frios eram um contraste a todos ao redor.

― Olá. Cumprimentou o ruivo.

― Olá, bom dia. Disse Aaron com um nervosismo mal disfarçado.

― Vamos avaliar logo você. Disse sua professora.

A mulher os guiou a sala de armas as facas já estavam sobre a mesa. O homem ruivo se sentou em sua cadeira, e gesticulou.

― Comece. Exigiu ele.

O garoto começou sua performance, falando corretamente os nomes das lâminas e suas funções. Ao terminar o homem pareceu satisfeito com a apresentação do garoto.

― Qual seu nome? Perguntou o ruivo.

― Aar-Aaron, senhor. Respondeu o loiro surpreso.

― Aaron,a partir de agora você me pertence. Eu sou Nathan weniskin, e você será treinado para trabalhar para mim. Disse o homem. ― Lola, Jackson, e Romero. Vocês estão responsáveis por treinar ele.

A sua professora assentiu, e sua parede alimentador (o homem) sorriu de um modo que não agradou nem um pouco o garoto, já o outro homem não pareceu nem ter escutado.

― Pode deixar Nathan, que ensinar ele direitinho. Disse Lola em uma voz sedutora.

Nathan d a mulher baixa saíram, deixando apenas Lola, Jackson, e Romero na sala, Aaron permaneceu imóvel até que seu agressor/alimentador se aproximou, o que fez o garoto querer se encolher, o novo homem parece ter percebido, pois interveio.

― Jackson. Disse ele em tom de aviso.

O homem ( Jackson) bufou e se afastou de menino, ele saiu da sala, seguido de Romero o que Aaron havia acabado de descobrir quem era, a última era Lola que gesticulou para que ele saísse. O garoto andou até o seu quarto, no entanto, sua passagem foi bloqueada pelo mais alto.

― Parabéns agora você é um de nós. Disse ele.

Aaron pegou a bainha de sua camisa e torceu levemente. Ele não sabia o que aquelas palavras significavam, mas sabia que descobriria em breve. O homem se moveu para o lado o suficiente para o garoto passar sem esbarrar, o loiro estava com medo.

A partir de agora você me pertence...

O que ele quis dizer com aquilo? Ele se perguntava.

No dia seguinte, o garoto acordou havia duas coisas diferentes:

1. Tinha um calendário.
2. Havia um papel com uma programação. ( Que era dividido em estudos e treinos)

Ok?

Aaron teve aulas particulares naquele dia, um homem de meia-idade o ensinava sobre as matérias. Seguindo seu cronograma ele foi ao encontro de Lola, que o esperava em frente ao seu quarto. Assim que ele estava perto o suficiente, a mulher começa a andar, onde ela para na segunda porta após a de Aaron, ela abre a porta.

― Vamos começar seu treinamento. Anunciou ela.

― O que nós vamos treinar? Pergunta ele torcendo a barra da camisa.

― Facas. Vou lhe ensinar como usar aquelas facas. Explica ela como se fosse a coisas mais normal do mundo.

Aaron tinha sete anos quando começou a aprender a usar uma faca para algo que não fosse cozinhar...

― Aquir estar. Disse ela.

Lola entregou a ele uma faca, não uma qualquer, era uma de caça, ele logo reconheceu pela lâmina meio curvada. A faca parecia grande em suas pequenas mãos, o garoto olhou da lâmina para a mulher, e depois vice-versa.

― Você vai começar com essa, vou te ensinar como usar ela para se defender. Fala ela entediada.

Algumas horas depois de alguns erros do garoto, a mulher estava furiosa, e usava seu sorriso perverso para dar a ele instruções. A arma era pesada e grande para ele manuseiar com apenas uma mão, mas a mulher não parecia se importa esse fato.

No fim desse dia, o couro cabeludo de Aaron estava dolorido de tantos puxões que a mulher lhe dera, ele caminhava para seu quarto, se despiu para tomar banho, a água fria castigava sua cabeça fazendo ela arder ainda mais, e de repente Aaron não estava no banheiro do sub-solo ele estava em sua casa, sua mãe gritava com ele, enquanto lhe batia e afogava ele na banheira quando o garoto gritava. Aaron não sabia quanto tempo havia ficado ali, mas foi tirado do transe quanto avistou uma sombra no canto da porta, o garoto apressou para se vestir, ele não precisava olhar para ver quem era, afinal somente duas pessoas entravam no seu quarto, Lola e Jackson.

Aaron vestiu seus shorts e encarou o homem que estava parado na porta, o observando. Jackson se moveu em direção ao garoto, que pegou a tigela e obedientemente comeu.

― Nossa você está tão molhado. Diz Jackson

O homem se move em direção Aaron, colocando a mão em seu cabelo encharcado, o garoto estremeceu, seu couro cabeludo estava doendo tanto, mas Aaron percebeu que a água de seu cabelo pingava no chão e na sua nuca, o comprimento de seus fios haviam crescido bastante ao pontos de sua franja cair em seus olhos. A mão do homem desceu até a nuca do garoto, que novamente estremeceu ao toque repentino, ele se afastou, correndo para longe do alcance do homem. Jackson riu da reação do garoto.

― Oh Aaron, não tenha medo. Eu não vou te machucar. Disse ele.

Quando Aaron terminou sua comida, ele se aproximou do homem parando alguns passos de distância, colocou a sua tigela no chão, e correu para o canto da sala. O homem entendeu a sua mensagem pegando a tigela, e saindo. O garoto ficou encolhido no canto, e em algum momento adormeceu. Foi acordado por um estrondo, o som de uma porta batendo, onde ali estava Romero de braços cruzados contra o peito, encarando-o. Aaron rapidamente se levantou, e o frio subiu em seu corpo, ele percebeu tardiamente que estava sem camisa ainda.

― Vista-se nós vamos sair. Disse o homem.

Aaron obedientemente o fez, eles saíram do quarto e subiram as escadas, onde na porta tinha um teclado para digitar, Romero destrancou a porta com a senha, e Aaron se perguntou se homem não se importava dele ter visto, mas o homem indicou para que ele fosse na frente, o local uma fábrica abandonada, meio vazia e com janelas quebradas, Romero o guiou para fora, mas não antes de ameaçar o garoto.

― Se você correr ou grita, saiba que você está morto. Sua voz era calma, mas havia um tom de aviso nela.

O loiro assim que saíram percebeu que era de noite, estava escuro, não dava para enxergar praticamente nada. Uma lanterna se acendeu dando a eles um pouco mais de visão. Os dois caminharam até o carro, era uma caminhonete preta, a altura do automóvel zombava do garoto. O loiro tentou subir naquela coisa várias vezes, mas sem sucesso, ele podia perceber que o homem a suas costas se esforçava para não rir. O garoto estava prestes a desistir quando sentiu mãos embaixo de seus braços, o carregando, sentando ele no banco do passageiro, e fechando a porta. Romero caminhou até a porta do motorista e abriu, sentando no banco. Ao ligar o carro, o homem percebe que Aaron estar sem cinto de segurança.

― Coloque o cinto. Exige ele ao garoto.

Aaron procura o cinto, quando o acha na hora de colocar ele percebe que não faz a mínima ideia de como colocar, afinal sua mãe não saía com ele usando cinto de segurança. O garoto se atrapalha ao tentar colocar-lo, o homem então se move em direção a ele, e o loiro prende a respiração, Romero pega o cinto de segurança do garoto e prende ele corretamente, fazendo o mesmo com o seu logo em seguida. E o carro começa a se mover, o embalo do automóvel é o suficiente para fazer Aaron adormecer.

Quando acorda se depara com um teto diferente, olhando ao redor ele percebe que estar em outro lugar, o quarto era um pouco maior que o anterior. Ali havia uma mesinha, uma cama, uma pequena cômoda, um baú e na parede oposta poderia perceber uma porta. Onde o garoto curioso se dirigiu, lá era um pequeno banheiro, na pia havia uma escova de dentes ainda na embalagem, Aaron supôs que pertencia a ele agora, o garoto também percebeu que não havia fechadura apena uma maçaneta, ou seja, não havia como trancar o banheiro. Assim que saiu se deparou com três adultos no seu quarto, Lola, Jackson, e seu professor.

― Bem-vindo ao seu novo lar. Cumprimentou Lola

― Obrigado. Disse ele timidamente

― Sua aula vai começar em breve. Anuncia o Sr. Smith

Aaron assentiu, os adultos sairam da sala deixando o garoto sozinho ali, o garoto abriu o armário haviam algumas roupas nele, que alguém se arrumou, pois Aaron não se lembrava de ter preparado se que uma mala para trazer, mas identificou aquelas roupas sendo suas. O loiro então pegou uma roupa e foi para o banheiro tomar um banho gelado. Quando terminou saiu pela porta que mais cedo os adultos haviam se retirado, assim que girou a maçaneta percebeu que a porta estava destrancada, ele então foi recebido do lado de fora com uma discussão acalorada entre Lola e Jackson.

Estranho eu não ouvi nada lá de dentro. Pensou o garoto.

Os dois pararam de falar, e olharam para a criança. O cronograma dele seguiu ele teve sua aulas e foi treinar com Lola que continuava lhe ensinando. Claro que hoje ele também não chegou a alcançar as expectativas da mulher, e seu pescoço estava com marcas de lua minguante, algumas mais fundas ao ponto de sangra e outras superficiais só ardendo, mas todas ardiam por conta do suor que escorria de sua pele.

Chegando ao seu quarto, ele repetiu o processo de sempre, ainda preferindo a água gelada ao invés de quente, com um total de pescoço e cabeça machucada só nesta semana o garoto se moveu para sair do box, e depois de vestir seus shorts e sua camiseta, Aaron tremia ao sair dali, as suas roupas não eram apropriadas para o tempo de inverno que já havia chegado, já era quase natal observou ele e sua mente vagou para a sua família, parte dele queria acreditar que eles estavam o procurando, e que sua mãe chegaria para tirar ele dali, abraçaria ele e diria que o amava. Sua fantasia foi cortada quando a porta se abriu, revelando Jackson. Eles repetiram o processo de alimentação.

Na manhã seguinte o processo entre estudar e treinar se repetiu, só que dessa vez a pessoa que estava o esperando era Jackson.

― Lola não pôde vir hoje, então cuidarei do seu treinamento, espero que possamos nos divertir. Disse ele

Homem se moveu para a outra sala, essa parecia uma academia, tinha pesos, um saco de pancadas , e outras coisas para treino que o garoto não conseguiu identificar.

― Vou ensinar você a autodefesa. Anunciou ele.

Jackson faz uma breve explicação sobre, e passa para a prática, mostrando com seu próprio corpo e depois pedindo para o garoto repetir os momentos, apesar de sua postura errada ele conseguiu alguns, outros Jackson corrige, posicionando os pés e braços do garoto corretamente. O treino termina após algumas horas. A água gelada do chuveiro era a única coisa que o lembrava de sua casa, ele lembrava de sua mãe, não era uma memória boa, mas ele queria se apegar a ela, o garoto não queria se esquecer dela.

Dois dias depois Lola reaparece para treinar, Aaron já prévia que seu dia seria um dia ruim pela expressão da mulher, ali estava o seu sorriso perverso.

― Oh Ari estava com saudades. Disse ela com tom deboche

Se Aaron tivesse coragem de dizer o que pensava, ele tinha certeza de que não sobreviveria a Lola com uma faca, o que era mais engraçado é que ele já havia passado por algo parecido.

* Tilda estava na cozinha cheirava heróina, quando Aaron apareceu.

― Mãe tem algo pra comer? Pergunta o garoto

Pela expressão da mulher ele poderia dizer que ela estava muito puta com ele.

― Claro que você iria me perguntar isso, não é? Seu merdinha. Escute aqui seu parasita, você só pensa em comer. Você não se contenta comogo te deixando vivo, mas ainda quer exigir. Você seu bastardo, você destruiu a minha vida. Eu era uma mulher muito feliz antes de você nasce, estou arruinada graças à você. Seria bem melhor se você desaparecesse, quer saber eu mesma vou me livrar de você.

Com isso a mulher se levantar e pega uma faca do balcão, o garoto sabe o que vem a seguir e corre, assim se trancando no banheiro, a mulher grita do outro lado da porta.

― Abra a porta seu filho da puta! Maldito! Queria que você tivesse morrido assim que nasceu! *

No entanto aqui ele não havia onde se esconder, o garoto obedientemente seguiu a mulher. Lola dessa vez escolheu um canivete butterfly, e começou a instruir ele, esta faça era mais fácil de manuseiar, por seu tamanho e peso, no entanto Aaron não havia nenhuma prática sobre ela e acabou errando sub os comandos dela. A mulher pegou o canivete da mão do garoto e começou a mostrar a ele manobras, eram todas impressionantemente rápidas, Aaron não nem a precisão e nem a rapidez dela, o garoto engoliu em seco quando a mulher andou em direção a ele.

― Agora é sua vez. Disse Lola

― Eu não consigo. Sussurrou Aaron arrastando seu olhar para baixo

― Não consegue? Pergunta ela e começa a gargalhar

Lola em um movimento rápido pega o rosto do garoto, com um aperto de ferro e colocando seus olhos a nível dos dela, a fúria dançava em seu olhar.

― Eu perguntei se você conseguia? Não, porra! Eu disse para você fazer seu merdinha! Lola cuspia as palavras com veneno.

As unhas dela cravaram na bochecha do loiro, as lágrimas queimavam os olhos dele, engolindo tudo Aaron pegou a faca oferecida por ela, assim a mulher se moveu se afastando dando espaço para o garoto treinar. Aaron tentou copiar os movimentos de Lola ao máximo, mas sua postura estava provavelmente toda errada, pela expressão de Lola que parecia querer arrancar os membros do garoto a cada passo errado que ele dava. Em algum momento a mulher ficou tão furiosa que arrancou a faca da mão de Aaron, empurrando-o no chão.

― Diga Ari, a quanto tempo estamos treinando isso?

― Algumas semanas. Responde ele

― Algumas semanas? E você não aprendeu caralho nenhum! Gritou ela.

A mulher levantou o garoto do chão pelos cabelos.

― Sabe Ari? Quanto mais rápido você aprender isso, mais rápido você voltará para sua casa. Voltará para sua mãe. Ela deve estar morrendo de saudades. Disse ela docemente

Aaron tinha sete anos, óbvio que ele acreditou naquela mentira, e assentiu.

― Vou me esforçar, eu juro. Disse ele

― Ah Ari, somente palavras não valem, talvez eu deva te dar uma lição? O que você me diz? Disse ela seu sorriso perverso estava de volta.

― Não, não, não, não. Disse o menino que a essa altura já estava chorando.

A mulher colocou a ponta da faca no interior da boca do garoto, Aaron sentiu a ardência e gosto metálico na língua.

― Cale a boca. Se você falar alguma coisa só vai piorar a situação para você. Agora tire a camisa. Ordena ela

Aaron obedeceu silenciosamente, a mulher removeu a lâmina de sua boca, para que ele conseguisse retirar a peça. Lola se moveu para as costas do garoto, agarrando sua nuca e se abaixando assim ficando de joelhos, o que o garoto percebeu por uma visão periférica. Poucos segundos depois Aaron sentiu a faca deslizar contra a sua pele, rasgando-a, o garoto tapou a boca com as duas mãos, para evitar que algum som escapasse, já que suas lágrimas haviam retornado ao seu rosto. Para Aaron aquilo parecia horas, mas o relógio marcava apenas quarenta e cinco minutos dessa tortura.

― Retire-se. Já estou satisfeita. Disse Lola friamente

Não foi preciso dizer duas vezes para que o garoto se levantasse, ele vestiu sua camisa, dava pra perceber o qual ruim estava a camiseta grudava em suas costas. Cada movimento fazia o loiro estremecer, foi uma lutar apenas para chegar ao quarto, se despir para o banho era horrível, a sua camisa estava manchada com seu sangue, e no chuveiro Aaron se permitiu chorar e soluçar. O loiro terminou o seu banho e se vestiu, seu sofrimento voltando ao se mexer. Jackson como esperado já estava com a comida quando o garoto saiu do banheiro, Aaron ainda sentia o gosto de sangue na boca, mas se forçou a se mover para pegar sua refeição, aquela comida tinha gosto de gosto de sangue.

Alguns meses depois, Aaron estava familiarizado com a dor, suas habilidades com facas tinha melhorado bastante, não o suficiente para satisfazer Lola, mas estava melhor, o peso de uma faca em sua mão já era comum. Nos treinos com Jackson o loiro estava praticando golpes com uma performance muito melhor.

― Agora vamos simular uma luta, única coisasl que você terá que fazer é se esquivar. Explica o homem

Aaron assente timidamente, não era como se ele outra escolha , a diferença de altura era quase icônica, o loiro tinha apenas um metro de altura e o homem tinha um pouco mais de dois metros.

Jackson se move para atacar Aaron, o garoto tem a vantagem em tamanho e rapidez, mas também sabia que se homem o atingisse com força ele teria algo quebrado, afinal o garoto já havia  experimentado este momento. O homem era lento se fosse comparar o Lola, aquela mulher parecia uma aranha, o garoto conseguiu desviar por um tempo, no entanto seu corpo não estava acostumado a tantos movimentos e estava ficando cansado, assim o homem conseguiu o pegar em um chute nas costelas do garoto, o loiro podia a sentir a suas costelas cedendo ao golpe, Aaron caiu no chão ofegante, e Jackson não parou, repetiu os golpes chutando a criança até esse perdesse a consciência. Aaron acordou algumas horas depois, o corpo gritava em protesto quando ele tentou se levantar, sua boca estava seca. O garoto assim percebeu que estava em quarto, levantou indo para o banheiro tomar água da pia, não era muito higiênico mas era confiável do que qualquer coisa que eles lhe dessem ali. Após isso o banho, Aaron podia sentir as suas costelas que haviam quebrado, ele caminhava rangendo os dentes de tanta dor, os hematomas o faziam mais colorido do que jamais sonhou em ser.

Após seu aniversário de oito anos, Aaron havia melhorado com faca completando essa fase, o treino corpo-a-corpo ele estava se saindo bem. Lola disse que ele ainda tinha algumas fases de treino para completar e então o garoto voltaria para sua família. Era para essa nova parte do treinamento que Lola estava levando Aaron neste momento. A sala de armas era a mesma só que as facas que ficavam na mesa estavam trancadas em vidraça, e naquela mesa haviam três facas e dois coelhos. Dois coelhos mortos, o sangue manchava sua pelugem, o loiro se virou para mulher com olhos arregalados, Lola por sua vez sorriu para o garoto.

― Sua próxima lição é dissecar essas criaturas. Dizer a mulher

O garoto olhou confuso para ela, que suspirou.

― Bem. Vamos tirar os órgãos dessas coisas, separar o couro da carne, e a carne do osso. Explica ela

O loiro conseguia assimilar a imagens em sua cabeça, mas também não perguntou sobre, ele apenas seguiu Lola até a mesa, a mulher pegou um faca e testou o fio no dedo, Lola satisfeita começa a cortar o coelho, começando com a pele, seguiu abrindo a barriga revelando órgãos. O estômago de Aaron começou a revirar, o garoto suprime o enjôo tentando mandar o bile de volta para o lugar de onde veio Lola continou a processo cuidadoso, separando a carne do osso assim finalizando, a sua mão, a faca e a mesa estavam cheias de sangue.

― Você sabia? Que acontece quase o mesmo processo, quando dissecamos humanos. Falou ela como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

Aaron nega com a cabeça porque realmente não sabia, a mulher lava as mãos na pia do canto e se aproxima do garoto.

― Agora tente você. Disse ela oferecendo a faca

Aaron tinha oito anos quando dissecou um cadáver animal pela primeira vez...

― Eu-eu...

― Qual o problema Ari? Eu já não te mostrei como fazer? Pergunta ela sádica

O loiro não queria, não havia sentido nisso, seu corpo tremia só com a idéia de fazer isso.

― Eu não posso. Murmura ele

― O que te impede? Pergunta ela sorrindo e inclinando a cabeça para o lado

― Eu não sei. Eu não quero. Eu não gosto disso. Fala ele

― Ari. Ari. Ari. Crianças que não obedecem, não voltam para a mãe. Sabe o que acontece com elas? Elas ficam presas aqui. Diz ela balançando a cabeça. ― Triste, não é? E você quer voltar para sua mãe, certo?

Aaron assentiu, e desvia o olhar, procurando qualquer canto da sala algo que não fosse Lola e coelhos mortos.

― Então seja obediente. Faça o que te mandei fazer. Exige a mulher

Aaron pega a faca, porém hesita quando olha aquela pobre criatura, ele sente as mãos de Lola embaixo de sua camisa nas região das costas, ela crava as unhas nos ferimento mal cicatrizados do garoto, o loiro aperta a faca na mão se concentrando no coelho a sua frente.

― Comece pela barriga. Instruiu ela.

Quando terminar, Aaron atravessa a sala em tempo recorde, chegando no banheiro de seu quarto e se debruçando na privada enquanto vomitava assim que esvaziou seu estômago, ele levanta e caminhando até a pia, suas costas estavam sangrando o garoto sentiu líquido escorrendo, mas no momento o loiro lava sua boca, escova os dentes, vai tomar banho, o loiro lava o seu corpo na água fria, no entanto quando chega no braço suas mãos estam cheias de sangue, o garoto esfregou suas mãos e seus braços com força. Não há mais nada ali, é apenas sua mente estar criando essas imagens para ele. O sangue não saía, um soluço escapa dos lábios do loiro, ele se encolhe debaixo do jato de água do chuveiro, sentado enquanto abraçava os joelhos, encaixando seu rosto entre os joelhos e os braços, a água batia em sua nuca escorrendo pela suas costas. Aaron não sabia ao certo quanto tempo havia ficado ali, seu corpo estava tremendo ele não sabia se era de frio ou de tanto chorar. O garoto se levantou e  nu atravessou o quarto para se vestir, assim  que terminou ele percebeu uma figura feminina observando-o, não era Lola, era a esposa de Nathan, o loiro não sabia seu nome. A sua comida estava na mesinha, ele se sentou no chão e começou a comer.

― Quem é você? Pergunta ele antes que percebesse o que estava fazendo

― Mary Hartford. Mas você pode me chamar apenas de Mary. Responde ela com sua voz firme

― Sou Aaron. Falou ele meio incerto, não sabendo se poderia ou não se dirigir a ela dessa forma

― Fiz oito. Disse o garoto orgulhosamente

A mulher assente satisfeita, ela parecia meio triste? O garoto não comentou nada sobre isso.

― Sinto falta da mamãe. Aaron solta sem querer

― Você estar muito longe de casa? Pergunta ela

O garoto dar de ombros, porque ele não sabia onde estava.

― Onde você morava? Pergunta a mulher apoiando o queixo na mão

― San José, na Califórnia. Responde Aaron, era uma das coisas que aprendeu ouvindo sua mãe dizendo.

A mulher arregala os olhos, supresa com esta informação talvez, ou pelo fato dele saber.

― Você estar muito longe de casa. Você está em Baltimore, Maryland. Informa a mulher

O garoto franze a testa confuso.

Não ser tão longe assim, não é? Afinal cheguei aqui em um dia. Pensa o loiro.

Mary suspira cansada.

― Califórnia fica do outro lado do país. Responde ela

Aaron fica boquiaberto, afinal ele se lembra de ver o mapa, o país era grande. Após isso nada foi falado. O garoto ficou meio triste ao perceber que estava muito longe de casa. De sua mãe. O loiro acabou seu jantar e entregou a tigela a Mary.

O garoto adormeceu e sonhou com coelho

* Aaron estava no parquinho de sua antiga cidade brincando com as crianças, Nicky estava com ele, e sua mãe Tilda os observava de longe.

Aaron brincava felizmente, e as crianças decidiram brincar de pique-pega, e o loiro era a "mãe", ele corria atrás das crianças. No piscar de olhos, não haviam mais crianças somente coelhos, ao piscar novamente eles estavam mortos e as mãos de Aaron estavam manchadas de sangue, o garoto olhou para o lado e seu primo olhava para ele horrorizado, sua mãe o chamava de parasita, enquanto Lola que apareceu ao seu lado o parabenizava *

O menino acordou, e correu para o banheiro, e se debruçou novamente sobre a privada levando seu jantar consigo. Aaron se odiava. Odiava aquele lugar. Odiava Lola e Jackson. Ele só queria voltar para casa. Para sua mãe. Para sua família.

Depois de um tempo não eram apenas coelhos...

Eram raposas...

Lobos...

Cachorros...

Gatos...

O garoto não conseguia nem comer, muito menos dormir. Em uma manhã seguinte aos seus pesadelos Jackson entrou no quarto, com a comida. Aaron sew recusou a comer, nada que ele ingerisse ficaria em seu estômago por muito tempo. E claro que o homem o forçou, empurrando as colheres em sua boca tão fundo, fazendo a criança engasgar, como Aaron queria ter morrido ali, mas sua sorte era horrível e o loiro continuava vivo, sua garganta estava inflamada devido ao tratamento do mais velho.

Aaron tinha oito anos quando desejou a morte pela primeira vez...

Seu treinamento continuava indo dia após dia, era 12 janeiro Nathan veio visitar ele. O loiro odiava o quer que isso significasse.

― Vou ter mostrar como fazer algo, e você terá que repetir. Fala ele. ― Isso não é um pedido, é uma ordem.

O loiro estremece com o tom de voz do homem, o garoto não assente apenas tenta não reagir.

Um dos capangas de Nathan (talvez DiMarcio) trazia com ele um cachorro na coleira, era um mestiço. A náusea se instalou no estômago de Aaron, quando o ruivo pegou uma faca e entregou ao garoto.

― Corte o pescoço, de modo diagonal assim ele iria sofrer menos. Instrui o homem

Aaron queria chorar, o cachorro abanava o rabo feliz, ele não queria fazer isso, Aaron não queria matar-lo. O cachorro era tão inocente, o loiro queria grita para ele fugir dali, para que ele fosse para longe.

― Se você quer fazer isso do jeito difícil, Então... Fala Nathan arrancando a faca da mão do loiro

Nathan ficou da frente para o cão e o golpeou, na região do tronco, a ferida era fundo porém o cachorro demoraria algumas horas para morrer, o cachorro gritava de dor e choramingava, parte da alma de Aaron foi sugado ali.

― Não! O grito estrangulado de Aaron enquanto ele desmoronava em lágrimas

― Você vai ficar aqui fora, e espera até ele morrer, quando isso acontece você vai enterrar o corpo dele. Ordena o homem. ― Você fez isso com o cãozinho. Você tinha a escolha de dar a ele uma morte rápida a ele, mas não fez.

Assim eles saíram deixando apenas apenas Aaron e cachorro machucado grave ali.

Demorou o dia inteiro para o cachorro morrer, os choramingos cortavam a alma de Aaron como nenhuma faca havia feito.

Aaron chorou não silenciosamente, ele soluçava parecia que o ar havia sido arrancado de seus pulmões, era cruel, ele vomitou. Quando o cachorro finalmente morreu, o garoto teve que juntar todas as suas forças para enterrar o animal.

O garoto se forçou a entrar, caminhou para o seu quarto, o sangue do cãozinho ainda estava em suas roupas e debaixo de suas unhas. O banho foi o mais longo de sua vida, o eco dos gritos do cachorro ainda soava em seus ouvidos, se ele fechasse os olhos o garoto estaria de novo no jardim, na frente daquele pobre animal.

Me desculpe... Disse o garoto sua voz estava rouca, tão baixa que quase não poderia ser ouvida.

Seus dentes batiam de frios, e seus pequenos dedos enjilhados de tanto tempo no água, Aaron decidiu que era hora de sair dali. Ao sair o garoto se deparou com Jackson, o loiro não estava com o mínimo vontade de comer, ele não poderia dizer isso ao homem. O moreno se aproximou de Aaron que queria se enconlher. Sumir.

― Oh pequeno... Por que você está assim? Disse Jackson

O garoto engoliu em seco, o cara se aproxima ainda mais do espaço de Aaron, levantando o queixo do mais novo.

― Como eles são cruéis, não é? Fala o homem com um sorriso perverso

― Vai embora. Sussurrou Aaron se arrependendo assim que o fez

Um erro ou melhor um deslize, Jackson apertou seu pescoço, sufocando o garoto. Aaron não lutou, ele não lutaria estava sem forças, mesmo se tivesse ele não lutaria. O cara o espancou,Aaron não comeu... O que para ele foi uma vitória, afinal garoto não queria comer.

Aaron acordou no outro dia dolorido, os hematomas estavam de volta, cheio de sangue e inchado. O garoto passou pelos treinamento de Lola e de Jackson. Duas semanas depois Nathan voltou e fez o mesmo pedido, Aaron seguiu aquelas instruções para não ver o cachorro sofrer. Não novamente. Ele se odiou por fazer aquilo. Ele odiou viver com àquilo. Os pesadelos deles nunca sairam de sua mente.

Notes:

N.A: Olá a todos que chegaram até aqui obrigado, confesso que foi um capítulo difícil de escrever. Tive algumas inspirações em outras fanfics do ao3.

Como The new hatchlings of the ravens da Eva_blu

Vale a pena ressaltar que Aaron e Neil estão tendo os mesmos treinamento ao mesmo tempo. E sim é cruel com os dois.

Lola tinha vinte e cinco anos quando Aaron chegou, Romero é dois anos mais novo, Jackson tem um pouco mais de trinta, Mary tens uns vinte e oitos, e Nathan tem mais trinta também.

 

Lola tinha vinte e cinco anos quando Aaron chegou, Romero é dois anos mais novo, Jackson tem um pouco mais de trinta, Mary tens uns vinte e oitos, e Nathan tem mais trinta também.

 

 

Essas são as aparências que escolhi para os personagens.

O próximo capítulo vamos ter aparições de Mary e Romero, para o treinamento de arma de fogo

Canivete butterfly para vocês...

Obrigado por lerem até aqui, não esqueça de deixar sua estrela e seus comentários. Até o próximo capítulo!!

Chapter 7: Uma faca sob minha pele

Summary:

Andrew esperava uma oportunidade para invadir o quarto da loira. Dan e Renee haviam saído, o loiro aproveitou a brecha, caminhou até o dormitório, para arrombar a porta não seria uma tarefa difícil, afinal era uma fechadura barata e cedeu sem muita pressão, Andrew entrou se direcionado ao quarto, não foi difícil saber qual era o armário de Walker, havia uma mensagem da bíblia, uma bandeira colorida e um pôster de Jesus com cores pastéis. Andrew abriu cuidadosamente, ele estava certo, Walker era uma mulher de que tinha grandes segredos, as facas escondidas no fundo de seu guarda-roupa dizia muito. Andrew decidiu que iria testá-la, se ela fosse um perigo, o loiro faria o possível para deixar a mulher longe de seu primo.

Notes:

N.A: Este capítulo é do POV de nosso bebezinho Andrew. Vai se passar no primeiro ano dele em Palmetto States, e chegaremos até onde ele faz o acordo com Kevin.

T.W: menção a automutilação
Menção a assassinato
Sangue não explicitamente
Menção a Drake

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Em seu primeiro ano em Palmetto States foi uma loucura, a euforia de seus remédios faziam Andrew se senti desconfortável em sua própria pele, aquela alegria fudida causada pela Clozapina, seus antipsicótico alteravam seu humor que drenando grande parte de sua energia. Andrew odiava isso. As Raposas eram todos atletas problemáticos, o loiro não se importava nem um pouco com aqueles idiotas. Alisson Reynolds e Seth Gordon eram verdadeiros babacas, Matthew Boyd parecia um cachorrinho, Danielle Wilds era uma mulher respeitável sua forma de liderança era uma força a ser reconhecida, Renee walker era a pessoa que mais interessante, algo nela não encaixava direito, seus sorrisos e atitudes gentis eram um contraste as outros, parecia muito mais uma personagem do que uma pessoa real, ele sabia que não havia como confiar nela, e os institos de Andrew gritavam.Outros veteranos não o intereressavam ao loiro.

Andrew esperava uma oportunidade para invadir o quarto da loira. Dan e Renee haviam saído, o loiro aproveitou a brecha, caminhou até o dormitório, para arrombar a porta não seria uma tarefa difícil, afinal era uma fechadura barata e cedeu sem muita pressão, Andrew entrou se direcionado ao quarto, não foi difícil saber qual era o armário de Walker, havia uma mensagem da bíblia, uma bandeira colorida e um pôster de Jesus com cores pastéis. Andrew abriu cuidadosamente, ele estava certo, Walker era uma mulher de que tinha grandes segredos, as facas escondidas no fundo de seu guarda-roupa dizia muito. Andrew decidiu que iria testá-la, se ela fosse um perigo, o loiro faria o possível para deixar a mulher longe de seu primo.

Andrew voltou para o seu dormitório, sua descoberta só excitava mais ainda, o loiro sempre foi um homem fascinados por mistério, ele gostava de enigmas. No dia seguinte, no treino Andrew convidou Renee para Columbia na sexta-feira, a mulher aceitou com um sorriso doce. Andrew não gostava de mentiras, afinal sua vida inteira foi repleta de mentiras, e aquela mulher era uma farsa por inteira. Era intrigante como isso inquietava o loiro, ele não deixaria isso transparecer.

Os anos de trabalho em Eden's Twilight realmente tinham suas vantagens, era uma sexta-feira. Nicky, Andrew e Renee se encontravambna boate. Andrew estava sóbrio, não tão sóbrio por conta do pó de biscoito, é claro que estava sóbrio o suficiente para resolver o que queria hoje. Caso contrário o homem não faria.

― Andrew, o que te traz aqui? Pergunta Roland ao ver a acompanhante do loiro

― Apenas me divertir. Diz Andrew.― O de sempre para mim e Nicky. E para você querida Renee?

― Refrigerante ou água está de bom tamanho. Responde Renee

Assim que os pedidos foram entregues  os dois se dirgiram a mesa onde Nicky os esperava. Após alguns shots o seu primo foi para a pista de dança, deixando apenas Andrew e Renee ali na mesa.

― Suponho que você não me trouxe aqui, apenas para bebermos e nos divertirmos não é mesmo? Fala Renee quebrando o silêncio

― Vejo que você gosta de ir direto ao assunto. Diz Andrew com indiferença

― É melhor acabarmos logo com isso. Eu não sou uma ameaça a você, Andrew. Diz ela calmamente

O loiro arqueia a sombrancelha em questionamento.

― O que quer, que você queira perguntar, faça. Diz Renee pacificamente

― Como posso confiar que você dirá a verdade? Questiona Andrew entediado

― Eu lhe direi os fatos. Mas depende de você acreditar ou não. Diz Renee com uma voz doce

― Pare com isso. Isso não combina com você. Diz Andrew a ela com um olhar penetrante

Renee sabia o que ele estava se referindo, a sua máscara de doce e gentil.

― Você tem razão. No fim, eu e você somos iguais, Andrew. Diz ela com um olhar vazio e uma expressão de indiferença

― Um pingo de sinceridade pelo que vejo. Zomba o loiro

― Enfim, pergunte. Diz ela com um suspiro

― Por que a doce e gentil Renee tem facas em seu armário? Pergunta ele afiado

― E por que razão você invadiria meu dormitório, e mexeria nas minhas coisas? Pergunta ela no mesmo tom

― Simples. Não confio em você. Responde Andrew friamente. ― E você não respondeu a minha pergunta.

― A Renee de agora é diferente daquela no passado. Como eu disse somos iguais. Responde Renee

― Sem enigmas. O que quer dizer com isso? Indaga o loiro

― Nós dois temos modo de lidar com nossos problemas. As facas pra mim são um sinal de uma vitória. Responde ela

Andrew a observa e gesticula  para que a mulher prosseguisse.

― Minha mãe se envolvia com homens de gangue, digo a minha verdadeira, um de seus namorados ficou interessado em mim e me machucou. Então resolvi aprender a me defender, agora ele estar a sete palmos abaixo da terra. Foi pela inegligencia dela, que virei órfã, e foi adotada pela Sthefany Walker. Explica ela, seu olhar tinha escurecido em meio a explicação

― Me diga Renee. Se suas facas fossem um sinal de vitória para você, não as manteria no fundo do armário escondidas. Diz Andrew sem interesse

Renee pareceu refletir um pouco sobre, dando de ombros logo em seguida. A noite passou agitada, no outro dia eles estavam de volta ao campus, com Renee ao reboque. Os três foram recebidos por uma Dan levemente irritada e um Matt preocupado.

― Olá gente. Cumprimentou Renee

― Olá Renee, você está bem? Pergunta Dan

― Muito bem. Disse a loira

Após uma semana Andrew invadiu novamente o dormitório das garotas, dessa vez reivindicando as facas de Renee para si, essas que se encaixavam perfeitamente com seu novo par de braçadeira pretas. Não foi preciso nem dois dias para que mulher viesse até ele, Renee atravessou a quadra com um comportamento impertubavel de sempre.

― Normalmente pedimos permissão quando queremos algo. Fala ela

― Você não precisava mais delas, então resolvi que farei delas um bom uso. Disse Andrew com sua fala perigoso e seu sorriso induzindo pelas pílulas

― Eu não me importo. Se você precisa delas pode ficar. Posso até mesmo te ensinar como usar-las para autodefesa. Propõe Renee

O loiro reflete um pouco e seu sorriso aumenta.

― Claro. Se a querida e tal gentil Renee estiver disposta a isso. Diz Andrew

― Nunca me ofereço a fazer algo que eu não quero Andrew. Diz ela cautelosamente

Apartir daquele dia Andrew e Renee começaram a prática o treino de luta com facas e também boxe. Mais tarde naquele mesmo ano ambos perceberam que que tinham algumas aulas juntos por conta de seus cursos. Todos tinham medo de Andrew exceto é claro Renee, talvez porque ela fosse tão perigosa quanto ele.

As Raposas não estavam indo bem neste campeonato, e o CRE estava em cima do treinador por causa dos resultados negativos, então Wymarck teve que dar um jeito, isso significava colocar Andrew na quadra e não importava como, em uma manhã após o treino Andrew foi chamado ao escritório de Wymarck.

― Preciso de você no próximo jogo. Anuncia o treinador assim que o loiro entra.

― Oh treinador não é assim que as coisas funcionam, não para mim. Diz Andrew em zombaria

― Diga. Do que precisa Minyard? Pergunta Wymarck

Andrew não precisou pensar muito para responder.

― Sem medicamentos enquanto estiver no gol, e uma garrafa de whisky. Diz ele com a felicidade dos remédios em suas veias

― Ok. Farei isso. Diz Wymarck convicto

Wymarck cumpriu sua promessa de deixar ele entrar sem os remédios durante todo o momento que esteve no gol, foi algo insano, seus companheiros de equipe pareciam olhar-lo com uma mistura de administração e supresa. Nicky sorria orgulhosamente para Andrew.

Como uma mãe coruja... Pensou Andrew

No fim apenas quatro gols passaram por Andrew na partida inteira. Muito repórteres queriam saber quem era esse novo goleiro prodígio das Raposas, mas o treinador os dispensou, Andrew não estava em condições para ser entrevistado mesmo se estivesse, com certeza mandaria todos eles se fuderem.

O corpo do loiro tremia com a abstinência, no vestiário Andrew se esforçava para não vomitar, a dependência dele sobre aqueles malditos remédios era de arrancar os ossos. Era horrível seu corpo querer algo que só fazia fuder com seu organismo. A garrafa de álcool e uma dose de pílulas foram o suficiente para acalmar, como ele odiava isso. A sua vida tinha virado drasticamente deste seu encontro com Tilda anos atrás, onde ela o confundiu com seu gêmeo, aquele que talvez estivesse morto.

Andrew não iria carregar seus time inteiro nas costas por toda aquela temporada, as Raposas eram disfuncional e não sabiam trabalhar em equipe, colocando o loiro em uma situação ruim já que com suas faltas de união muitas vezes fazia com que a tarefa de proteger o gol fosse apenas dele e não também de seus defensores, e seus atacantes pareciam muitas vezes estarem focandos em superar uns aos outros, acabando por não marca gols necessário para a vitória. Com as Raposas sendo desclassificadas nas quartas de finais por conta do mata-mata, eles teriam tempo para o treino.

O aniversário de Andrew este ano caia em uma sexta-feira o que por si só já era bom, Nicky e Renee o convidaram para um sorvete, o que o loiro aceitou de bom grado. Naquela noite Andrew e seu primo foram para o Eden's Twilight para se divertir, e comemorar o aniversário de dezenove anos do loiro, Roland até fez uma das pausa dele, para ambos terem uma diversão a mais.

O sábado logo veio com ele muito boletos que Nicky trazia com ele naquela manhã, Andrew apreciava seu café quando uma carta repouso em cima da mesa em sua frente, o loiro levantou uma sombrancelha em questionamento.

― É pra você. Disse seu primo.

Andrew por sua vez pegou a carta em sua mão e avaliou carta era realmente pra ele. O loiro saiu da mesa dirigindo-se ao andar de cima, em seu quarto. Após trancar a porta, olhou novamente para carta em suas mãos.

Minyard, Andrew

O remetente que era um grande mistério ali dizia Maryland. Não havia mais nenhuma outra informação além dessa. Andrew então abriu o envelope que tinha um volume para ser apenas uma carta, verificando o conteúdo havia primeiro uma carta. Que dizia.

FELIZ ANIVERSÁRIO, ANDREW ◉⁠‿⁠◉

A caligrafia era legível e razoável, mas haviam alguns traços que indicavam que ela foi escrita as pressas, e um leve amassado que algo indicava que não a pessoa que havia lhe mandado, tinha mudado de ideia em algum momento entre mandar ou não ela.

Outra coisa que havia no envelope era um celular, as siglas ( AM ) escritas nele, o telefone estava desligado. Andrew sem muitas opções ligou o aparelho, a foto de tela era uma foto de um hotel, entre a porta e o teto, e uma mensagem saltou na mesma tela.

Isso é um celular descartável.
Pode se livrar dele se quiser,
ele só é válido até hoje!!!

Você acredita em telepatia
de gêmeos???

A mensagem dizia Andrew se pegou na dúvida entre responde ou não.

não...
AHA... Eu sabia.

qm é você?

Você é ganhou um
celular ouija.

Isso não responde
a minha pergunta

Não diga isso a ninguém,ok?
Nem mesmo ao Nicky.

A menção ao nome de seu primo fez Andrew ficar alerta, era uma armadilha? Talvez fosse Drake? Faria sentido considerando que ele sabia que Andrew tinha um irmão gêmeo. Se fosse realmente ele, o que ele queria dizer com telepatia de gêmeos? Andrew tentou suprimir a náusea que se instalou em seu corpo, até mesmo parecia ter passado. Telepatia de gêmeos. Se fosse Drake isso significaria que ele poderia estar com Aaron? Não. Isso não seria possível. A pessoa que estava do outro lado só queria fazer o loiro reagir, mas Andrew não iria dar esta pessoa o prazer de preocupar-lo. A idéia não saía de sua cabeça, a náusea que se estalara ali, as cicatrizes coçavam, as facas agora era uma oferta tentadora. O loiro retirou as braçadeiras as facas cairam no chão, Andrew passou os dedos nos antigos feridas. As mais recentes eram de um mês atrás, após o loiro acordar de um de seus pesadelos, ele tentou tirar a sensação ruim de seu corpo. Andrew foi acordado de seu transe quando o celular em sua mão vibrou.

Morreu?
Acho que agora somos
gêmeos fantasmas.

― Mas que porra é essa. Murmurou Andrew para si mesmo

5.
4.
3.

Foda-se

◉⁠‿⁠◉ Não curto essas
coisas, não.

Quem?

Tilda não te contou?
Você tem um irmão!

Sim?

Ao menos que você tenha
esquecido o nome de seu
gêmeos, Andrew Joseph
Minyard!!

Aaron?

Não. É um cosplay da
Britney Spears

Andrew revirou os olhos com força, para essa atitude de infantilidade, seja lá quem fosse não havia nenhuma provas de quem era essa pessoa.

Prove

Ligação?

Antes que Andrew podesse responder, celular estava chamando, o número era confidencial, não mostrava localidade, era de se esperar de um celular descartável. Andrew atende o celular no terceiro toque.

― Não posso atender no momento, ligue mais tarde...

Aquela voz do outro lado da linha era quase idêntica a sua, a de Andrew era mais grossa e alta, aquela era meio rouca e baixa, parecia que estava tentando não chamar atenção.

― Tá de brincadeira? Responde Andrew sem emoção

― Porra! Exclama o garoto

O som do outro lado da linha indicava que o garoto havia derrubado o aparelho, Andrew quase teve vontade de rir disso, se não fosse o que se passou pela sua mente a seguir. Isso não poderia ser possível, Aaron estar realmente vivo estar além das capacidades de imaginação. Não na verdade Andrew não queria ter esperança, mais se isso fosse realmente verdade, um pensamento teimoso cruzou a mente do loiro.

Se Aaron ainda estivesse na Califórnia seria um problema. Um grande problema....

― Onde? Onde você está? Pergunta Andrew firmemente

O loiro ouviu um estalo de língua através da língua, o que quer que fosse não era isso que estava na mente do outro garoto, aquela ação foi seguido por barulho de um farfalhar e passos ao fundo, talvez um barulho de fechadura sendo movida é percebida, aquilo fez Andrew ficar tenso.

― Não posso te dar essa resposta. Diz o garoto finalmente

― Como descobriu meu endereço? Pergunta Andrew

―  Foi fácil, Nicky. A casa estar no nome dele, assim foi fácil, e você jogam Exy, foi assim que eu descobrir a sua existência. Responde "Aaron"

― Que irônico. Pensei que estivesse morto. Diz Andrew em zombaria

― E eu achei que, eu era filho único. Retruca o garoto. ― Todos acham que estou morto, isso é bom eu acho?

― Cansou de estar morto? Pergunta Andrew rispidamente. ― Vocês estar com problemas?

A última parte sua voz estava calma, levando tudo bem a sério.

― Eu queria que você soubesse que eu estou vivo, mas já estou me arrependendo disso. Andrew... Eu sinto muito. Diz o garoto

A ligação é encerrada, Andrew tentou retorna a ligação, mas o dispositivo do  outro lado parecia ter sido desligado, se Andrew sentisse alguma emoção seria uma mistura de raiva, curiosidade e decepção. O loiro olhou para o seu reflexo no espelho algo pesou ali; talvez algo estivesse errado. Andrew se apressou a descer as escadas. O loiro percebeu pela sua visão periférica Nicky lhe dando um olhar de curioso e preocupado ao que sem esforço algum, o mais novo ignorou a fim de assistir algo na Tv.

Mais tarde naquele mesmo ano, Kevin aconteceu. Kevin era um homem extremamente encantador, no entanto era um covarde abaixava a cabeça tão facilmente que era um desperdício, o homem não reconhecia o sei próprio valor, Kevin não tinha outras ambições além daquelas que ditavam para ele, estava sempre atrás de Riko com medo de ofuscar, aquele rato não tava tudo de si. Andrew podia imaginar o que Kevin passava, mas o modo como sempre abaixava a cabeça e obedecia era extremamente ridículo.

Andrew estava com Wymarck quando Kevin apareceu com a mão quebrada em dezembro, o loiro nem precisou pensar muito para chegar a conclusão de quem havia feito aquilo. Aquele que aparecera ali era o verdadeiro Kevin Day, aquele que nenhuma mídia sabia como era, ele era um homem; desperado e medroso.

Andrew não se importava com a  transferência de Kevin para as Raposas como técnico-assistente, o loiro por si só era uma força inabalável. Kevin um cara que ousava criticar e humilhar todos sendo tão miserável quanto os outros ali na quadra. Suas palavras não eram medidas de modo algum, o pior era que o homem só criticava e não tinha moral para fazer isso sendo ele o homem que havia desistido do que mais venerava, o Exy. Certo dia Andrew não aguento mais as provocações por que Kevin queria as coisas do jeito dele, ou pior por assim dizer, para homem ali tudo no seu antigo time, os Corvos era perfeito, e as Raposas não eram os pássaros que ficavam presas ao ninho, eles eram astutas que não obedeciam ninguém. Andrew largou sua raquete, jogando-a no chão com força que estalou, o loiro atravessou a quadra em direção a porta de saída.

― Minyard, o que você está fazendo? O treino ainda não acabou. Grita o treinador Wymarck

― Indo embora. Responde Andrew

― Você não pode fazer isso. Diz Kevin intrometendo-se

― Não posso? Diz Andrew rindo em seguida. ― Me diga Kevin que autoridade você tem sobre mim? O que vai fazer se eu não obedecer?

O rosto de Kevin cora de raiva, e fuzila ele com os olhos. Mas antes que o moreno podesse dizer alguma coisa Andrew continuou.

― Vai me bater? Talvez agora eu deva trazer uma bengala pra você. Ou talvez eu deva dar o meu braço pra você quebrar também.

Kevin ficou pálido com as palavras de do loiro. Andrew sabia onde jogar as palavras para machucar, o veneno que continha nelas. O loiro sabia do que Kevin tinha medo e Andrew não sairia perdendo dessa discussão.

― Minyard. Diz o treinador

― Não treinador. Se você me colocar nessa quadra de novo com Kevin como técnico, eu quebro meus dedos e mando todo pelos ares, esta me entendendo. Diz Andrew sorrindo

Kevin solta um grito estrangulado, e Andrew deixa a quadra sem mais reclamações, ninguém se atreveria a impedir-lo, nem mesmo Dan ou Renee, o que o loiro achou ótimo. Andrew foi para o apartamento de Wymarck naquele dia, já que os dormitório seriam barulhentos demais para lidar, e a casa de Abby era onde Kevin estava hospedado. É claro que Andrew poderia simplesmente ir para sua casa em Columbia mas ele não iria deixar o seu primo sozinho, não com toda a bagunça dos fãs obsessivos dos corvos atacando o Campus dia sim e dia não. Andrew não dava a mínima para as ações idiotas dessa gente por tanto que não afetasse sua família ou ele.

O loiro se encontrava do lado de fora do apartamento de Wymarck, apapalva os bolsos para encontrar os grampos para arrombar aquela porta. Andrew nota que no fundo do bolso de seu moletom, um telefone. Não o seu, mas aquele que ele havia ganhado de aniversário, o loiro respirou fundo. Ele odiava sentir algo. Odiava aquela fargulha de esperança que se estalou na sua alma. Odiava Nicky por ter plantado isso nele. Odiava tudo ao seu redor, e até ele mesmo.

Andrew voltou ao foco, não foi preciso muito para a porta do apartamento ceder, o loiro entrou sem se importar, porque ele não se importava com nada. Foi preciso duas tentativas para achar uma garrafa de alguma coisa para beber, whisky. Estava apenas algumas prateleiras acima, porém fora de alcance. Sorte do treinador que Andrew não estava afim de matar-lo.

Durante um mês ninguém conseguiu fazer ele voltar a quadra, somente Dan e Renee tentaram em meio a esse período, no entanto sem sucesso. Ninguém poderia obrigar o Minyard, eles sabiam disso, então era inútil tentar. Em uma noite Kevin apareceu, o homem parecia brabo e levemente corado.

Talvez esteja bêbado... Pensou Andrew

― O que eu posso fazer para você voltar? Disse Kevin em voz baixa

― Kevin Day veio pessoalmente até mim, me pedir para voltar. Estou emocionado. Diz Andrew alegremente

Kevin fica ainda mais corado, sim ele estava engolindo seu orgulho para chegar até Andrew.

― Nós não somos os Corvos. Respondeu Andrew lentamente

A forma com Kevin se encolheu mostrou a Andrew que eles estava certo, Kevin e sua obsessão por ele era realmente irritante.

― Eu sei... Responde Kevin

― Não você não sabe. Somos Raposas Kevin, não obedecemos ninguém, muito menos alguém que respira os Corvos. Quer ser útil para nós, deixa dessa atitude. Responde Andrew secamente

― Eu não posso. Eu não consigo. Disse Kevin

― Você pode, só não quer. Respondeu Andrew lentamente. ― Você tem medo, Kevin. Fica se prendendo a essas farsas de sua cabeça. Aqui não é o ninho.

O homem a sua frente se encolheu, querendo desaparecer dali, sendo engolindo pelos seus próprios medos.

― Eu quero ficar. Diz Kevin de repente. ― Eu não quero voltar, eu quero jogar.

― Então faça. Diz Andrew

― Não! Não! Eu não posso. Disse Kevin

O loiro o encarou nada surpreso, logo Kevin se apressou para explicar.

― Eu não posso. O mestre viria me buscar se eu voltasse para a quadra, Riko não permitiria.

― Riko não é o dono da quadra. Diz Andrew. ― Vamos fazer um acordo, eu protejo você e você terá que me dar algo.

Andrew não precisava de nada, ele só queria proteger aquele pobre homem, era apenas uma desculpa para fazer-lo.

― Vou fazer você gostar de Exy. Diz Kevin

Andrew bufa já esperando por isso.

― Eu não gosto de nada. Não me importo com nada. Fala Andrew

― É a única coisa que posso te dar por agora. No próximo ano você sairá dos remédios, e eu vou mostrar que Exy e algo interessante, você irá se divertir. Disse Kevin

― Ok, mas digo que não me interesso por isso.

E assim o acordo entre Andrew e Kevin foi consolidado.

______________________________________

Notes:

N.A: Minha ideia inicial não era essa, no entanto achei que seria legal escrever sobre isso. Estou um pouco apreensiva com relação a essa fanfic. Primeiro porque eu não sei se ela está ficando boa ou não. Segundo algumas coisas que eu estava planejando fazer podem acabar não acontecendo.

Obrigada por lerem esse capítulo 😊

Não esqueça de comentar e deixar seu kudos.

Até o próximo capítulo!! 😀

Chapter 8: Uma fargulha mal colocada

Summary:

Nicky conseguiu tirar o bebê da mãe dele, eles brincaram no parquinho na caixa de areia. Aaron enfiou a mão areia e depois na boca.

― Não! Aaron! Você não pode comer areia faz mal! Diz Nicky tentando carregar o bebê para longe da caixa de areia

― Nini. Disse o pequeno Aaron

Nicky deu o grito de felicidade, pulando com seu primo nos braços. Correu em direção a casa de sua tia.

Notes:

N.A: Eu quis escrever um capítulo no POV de Nicky sobre a morte de Aaron ele provavelmente vai ser meio curto.

T.W: menção a automutilação
Homofobia
Morte de personagem
Agressão física.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Nicholas Hemmick era uma criança animada, amava tudo e todos. Era um garoto extremamente obediente, seu pai quase não passava tempo em casa estando ou trabalhando, ou na igreja. Nicky era apegado a sua mãe, ela era uma mulher doce e adorável. O moreno tinha orgulho de se parecer com ela.

Nicky tinha apenas três anos quando descobriu que tinha um primo, Aaron ele ficou empolgado, não que ele pudesse sair para brincar mais seus pais meio que tinham uma "obsessão" com a igreja. Aos seus seis anos, ele conheceu Aaron pela primeira vez, foi um verdadeiro choque o ver, um menino loiro, pálido de olhos âmbar, pequenininho para sua idade.

― Meu bebê! Gritou Nicky ao ver a criança.

O pequeno se escondeu atrás da mãe, enterrando seu rosto nas pernas da mulher, a tia Tilda, uma mulher muito atraente, seus cabelos loiros e olhos azuis, um corpo perfeito. Ela poderia ser atriz...

Nicky conseguiu tirar o bebê da mãe dele, eles brincaram no parquinho na caixa de areia. Aaron enfiou a mão areia e depois na boca.

― Não! Aaron! Você não pode comer areia faz mal! Diz Nicky tentando carregar o bebê para longe da caixa de areia

― Nini. Disse o pequeno Aaron

Nicky deu o grito de felicidade, pulando com seu primo nos braços. Correu em direção a casa de sua tia.

― Mãe! Tia! Pai! Aaron falou meu nome! Ele disse Nini! Fala o garoto saltitante

Maria sorriu para seu filho, e acariciou o menino.

― Que legal meu amor. Disse a sua mãe

― Criança nessa fase de aprender palavras é um horror. Comenta Tilda chateada

― Bora! Bora continuar brincando. Disse Nicky

Eles voltaram para o parque, Nicky carregou Aaron para o escorregador. Os dois brincaram o dia inteiro. No dia de embora tanto Aaron quanto Nicky choram ao se despedir, eles iam demorar a se ver.

Os dois se falavam por telefone quando Aaron tinha idade o suficiente para falar frase inteira. Eles passavam horas conversando ao telefone, sobre sonhos, o que fariam quando se vissem.

Quando Nicky tinha nove anos, ele e seus pais viajaram novamente para Califórnia. O garoto adorava viajar de avião, ver as coisas lá de cima tudo parecia pequeno, e um pouco verde. Chegaram de manhã no hotel, seus pais e Tilda combinaram para Nicholas e Aaron passarem dessa vez dois dias juntos. O que os dois garoto estavam muito empolgados, apesar de seu primo estar meio apreensivo, e tímido.

Quando chegaram a casa de Tilda, Aaron dava um sorriso tímido e doce. A mulher parecia aborrecida, Nicky tinha quase certeza que Tilda não gostava de crianças.

Os dois garotos foram para o parque perto da casa do seu primo, brincaram bastante eles estavam todo sujo então resolveram tomar um banho. O primo mais velho percebeu umas cicatrizes no loiro.

― O quê? Quem fez isso? Pergunta Nicky seriamente

― Eu cair. Sou um pouco desastrado demais. Disse Aaron nervoso.

― Isso não parece, uma cicatriz causada por queda. Nicky aponta para a cicatriz de queimadura em formato circular

― Foi um acidente. Diz o loiro que deu de ombros

Nicky ficou em dúvida sobre acreditar naquilo ou questionar até que o mais novo dissesse a verdade. Como ele não queria pressionar o garoto, por agora o mais velho acreditou.

Na manhã seguinte Nicky e Aaron foram comer panquecas.

― Panquecas são minha comida preferida. Disse Aaron

― Panquecas não são comida. Retruca Nicky

― Puxa vida. Disse o mais novo decepcionado

Nicky riu da reação de seu primo, eles estavam felizes, algumas pessoas diziam que o loiro não saía muito de casa. Apenas para escola e voltava para casa, os mesmos disseram que Tilda às vezes saía deixando Aaron sozinho, Nicky sabiam como as pessoas poderiam ser fofoqueiras, então ele imaginou que essa parte poderia ser mentira.

Os primos se despediram tristemente, cada um indo para um lado. Nicky passou a viagem inteira perguntando quando voltariam para ver Aaron novamente. Seus pais o ignoraram pois Nicky normalmente era uma criança barulhenta, e muitas vezes quando começava era difícil para silenciar ele.

Um anos após isso eles estavam viajando novamente para Califórnia, mas dessa vez era para o velório de Aaron, todos estavam reunidos em uma igreja pequena para presta as homenagens ao garoto, Tilda não parecia triste, Nicky não sabia como nomear aquela expressão mas não era tristeza, parecua alívio.  Aquilo parecia errado, tudo ali estava errado. Nicky estava em prantos quando se aproximou do caixão para se despedir de seu primo, mas aquela criança se parecia com Aaron, era pálido de cabelos loiros, porém seu primo tinha uma cicatriz aparente de queimadura no braço, e aquela criança não tinha nenhuma. Aquele não era Aaron...

Se aquele não era seu primo então, onde ele estava?

Nicky puxou a bainha da blusa de sua mãe.

― Mãe, esse não é o Aaron. Disse ele

― O meu filho eu sei como é difícil para você, aceitar que seu primo morreu mas aquele é ele. Disse Maria

― Não, mãe aquele não é o Aaron, ele tem uma cicatriz aqui. Disse Nicky apontando para o seu próprio braço. ― Esse não tem. Esse não é o meu primo.

Nenhum dos adultos acreditou nele é claro, todos associavam aquele seu comportamento com não aceita a sua perda, depois de algum temp Nicky passou a acreditar nisso que foi apenas um delírio, que seu primo estava realmente morto. Aquilo foi uma das coisas que acabaram com Nicky, logo depois foi a rejeição de seus pais por causa de sua sexualidade. Foi o ápice quando seus pais queriam o mandar para um acampamento de conversão, mas seu professor deu um jeito para que ele se afastasse de seus pais.

Sua felicidade foi ter encontrado Erik, os cortes em seus pulsos agora eram apenas cicatrizes que mal podiam ser vistas, ele poderia viver uma vida feliz sem precisar enfrentar seus pais novamente, mas a morte de Tilda aconteceu, e outra informação um filho, não Aaron, outra pessoa um gêmeo dele. Nicky estava voltando para os Estados Unidos para o enterro de sua tia, estava programado para o sábado ele foi o mais rápido possível.

Na sexta-feira Nicky se estalou em um hotel em Columbia na Carolina do Sul, ele mandou uma mensagem para Erik avisando que havia pousado e se estalado em um quarto. No sábado o moreno se  arrumou para ir ao enterro. Seus pais estavam lá na igreja, mas assim que Luther o avistou se aproximou dele.

― Você já é um homem novamente? Já desistiu dessa bobagem toda? Fala o homem mais velho

― Não pai. Eu vi pela tia Tilda. Eu fiquei sabendo. Disse Nicky tristemente

― Você não é meu filho. E você não é bem-vindo aqui. Vá embora e evite problemas a nós. Disse Luther

― Mas eu vim pela tia Tilda, você não pode me expulsar. Disse ele a beira das lágrimas

― Vá embora Nicholas ninguém quer um pecador nojento igual a você. Luther cuspiu as palavras com veneno em seu filho.

Nicky se afastou da igreja, a essa altura ele estava chorando sentado na calçada,seus pais expulsaram, seus pais o odiavam, uma figura de cabelos loiros pálido com olhos âmbar apareceu em sua visão periférica. Aquele era o irmão gêmeo de Aaron, aquele era o seu outro primo.

― Andrew? Pergunta ele incerto.

O loiro não disse nada apenas observou, ele era praticamente idêntico, que irônico gêmeo idêntico de Aaron, seu primo morto estaria assim agora. Aquilo doeu as lágrimas vagavam livremente pelo seu rosto.

― Você é o gêmeo de Aaron, não é? Perguntou ele

― Sim Nicholas, eu era. Disse ele frio

Oh Deus ele é um anjo...  Pensou Nicky

― Eu sinto tanta falta dele. Disse o mais velho era verdade

― Por que não te deixaram entrar? Perguntou o seu primo

Aquilo o atingiu como um tapa, o fazendo voltar a estaca zero.

― Eles não aceitam pecadores. Responde Nicky

Ele não sabia como chegou a isso, mas Nicholas esperava que algum dia seus pais enxergassem que ele como uma pessoa normal. Mas era apenas uma fantasia.

Quando o funeral acabou todos saíram da igreja, Nicky seguiu seus pais e Andrew para a casa de Tilda. Luther e Andrew pareciam estar em meio a uma conversa, Nicholas esperou o momento certo para bater na porta, ele assistiu pela janela uma conversa acalorada, Andrew teve uma pequena reação o que fosse Nicholas esperava que não fosse grave. Quando o loiro foi ao banheiro, Nicky criou coragem para bater na porta. Ele ouviu a porta sendo destrancada, mas como era de se esperar Luther foi a pessoa a abrir a porta.

― Vá embora. Disse o homem

Luther tentou uma porta fechar a porta, mas Nicky segurou a porta e entrando em seguida.

― Essa casa não é sua para você me expulsar. Disse Nicky

― Você não deveria nem estar aqui. Disse Luther.

― Isso não é algo que você decide. Disse Nicky escondendo o medo de sua voz.

Assim que os homens perceberam a presença de Andrew se calaram. Luther foi o primeiro a quebrar o silêncio.

― Andrew vai morar com a gente. Disse ele convencido.

Nicky sabia que Luther era um fanático, ele crescerá com ele e queria dar a ele uma vida normal, no entanto não era algo para ele decidir, era algo que seu primo iria decidir.

― Não. Respondeu Andrew

― Você prefere Cass então? Fala o homem.

― Ele pode morar comigo. Afirmar Nicky.

― Você mal cuida de você. Onde você acha que vai poder sustentar você e ele. Luther cospe as palavras em Nicky.

― Eu vou morar com Nicky. Disse Andrew convicto.

Nicky poderia chorar de felicidade, é claro que isso significaria ficar longe de Erik, mas ele suportaria para dar ao seu pequeno primo um lugar seguro para ele ficar. Ele faria por Andrew o que ele não conseguiu fazer por Aaron.

Alguns tempos depois eles se mudaram para uma nova casa, uma casa só deles. Andrew tinha seu próprio quarto com tranca, era extremamente limpo ali. Andrew era um cara quieto, sua máscara de indiferença era algo que tava um pouco de nervosismo em Nicky, mas ele amava seu priminho.

― Sabe eu queria que você e seu irmão tivessem a chance de se conhecer. Soltou Nicky uma vez

― Talvez... Ele estar morto, não é? Fala Andrew com um tom de incerteza

― Sabe eu vou te contar uma coisa, pode ser apenas coisa da minha cabeça. Mas eu lembro que no dia do funeral, aquela pessoa que eu vi... Pode não ser Aaron. Disse Nicky nervoso

― Você acha que ele não estar morto? Pergunta Andrew

― Não sei dizer. Eu percebi por conta de um cicatriz que seu irmão tinha, mas o cadáver a minha frente, não tinha aquela queimadura no braço. Fala o homem

― Uma queimadura de cigarro? Fala Andrew

― Oi? O quê? Pergunta Nicky confuso

Andrew se levanta deixando Nicky processando o que foi dito. Após um tempo o loiro desce com um caderno e o joga sobre a mesa. O nome na capa chamou atenção de Nicky que começou a folhear o diário. Suas emoções alternavam entre raiva pelo que Tilda estava fazendo ao seu primo, e felicidades por ver o quanto Aaron o amava também. Mas na última página Nicky deixou o caderno cair incrédulo, a raiva fervia em seu sangue. Era uma mistura de horror, seu primo era apenas uma pequena criança.

― Como ela pôde? Por que ela fez isso? Ela o entregou? Como? Seu irmão, ela fez isso?. Nicky tinha muitas perguntas das quais ele não teria a resposta

No fim seu primo não estava morto, pelo menos aquele cadáver não era realmente de Aaron. Uma esperança brilhou no fundo de Nicky.

― Talvez seu irmão ainda esteja vivo? Não acho que ele esteja por perto, mas também não acho que ele esteja na Califórnia porque se não já saberíamos sobre ele. Nicky se empolgou com as esperanças

É claro que no início, eles foram atrás de alguns arquivos mas não haviam nenhum registro sobre ninguém parecido com Aaron nos anos que se seguiram ao seu desaparecimento.

Quando a oferta de Wymarck veio a tona, eles pensaram em recusar, mas um ideia surgiu.

― Talvez podessemos usar Exy para encontrar ele, sabe os jogos universitários passam na tevê pelas redondezas, com sua imagem talvez fosse mais fácil alguém confundi ele com você, e talvez ele possa entrar em contato com a gente? Ele vai saber onde nós estamos? Fala o mais alto empolgado

Nicky sabia que as possibilidades de isso acontece era baixa, mas ele preferia ter esperança do que desistir de seu outro primo, ele sabia que Andrew seria contraditório a ele, mas Nicholas era muito otimista e não perderia esperança não enquanto estivesse respirando. Por muito Nicky ignorou suas opiniões sobre este assunto, e não seria agora que ele desistiria.

No fim Nicky e Andrew foram para Palmetto States, foi uma confusão inteira no início por conta dos remédios de seu primo, algumas coisas inesperadas aconteceram, coisas como a amizade entre Andrew e Renee que surpreendeu a todos inclusive Nicky. Ele estava orgulhoso de seu primo, foi um passo maior do que eles jamais pensaria em pensar em acontecer.

A coisa mais estranha que aconteceu, foi um sábado após o aniversário de dezenove anos de seu primo Andrew, Nicholas acordou e foi verificar o correio, ali tinha as mesmas coisas de sempre boletos, e cartãos postais, no entanto havia uma carta destinada a seu primo, o remetente era de Maryland. Nicky teve que se segurar para não abrir ali mesmo, afinal seria falta de respeito ler as coisas dos outros, quando o moreno voltou para dentro Andrew já estava a mesa, tomando seu café silenciosamente, Nicky colocou as coisas no balcão, e deixou a carta de seu primo em frente ao loiro. Andrew levantou a sombrancelha em questionamento.

― É pra você. Explica o mais velho

O loiro pega a carta da mesa, saindo da cozinha. Nicky sentia que iria morrer de curiosidade, mas se conteve pois se fosse algo de seu interesse, seu primo iria contar a ele, pelo menos era isso que ele esperava.

Nicky se ocupou com as tarefas de casa, aproveitou para ligar para Erik pois a saudades estava  matando. Mais tarde Andrew desceu as escadas, seus remédios estava em seu sistema, pois o sorriso partia em seu rosto.

Aqueles remédios era uma verdadeira merda... Pensou Nicky

A carta já havia desaparecido, provavelmente já foi guardada, o que quer que fosse, Nicky esperava que fosse bom.

______________________________________

Notes:

N.A: eu espero que tenham gostado dele, sei que foi meio curto e não abrange muita coisa. Obrigada por ler este capítulo 😊

Eu preciso de um leitor beta, e provavelmente alguém pra discutir a ideias que tenho.

Não esqueça de deixar seus comentários e seus kudos.

Até o próximo capítulo!!!

Chapter 9: Um Pequeno Demônio Ruivo

Summary:

Aaron e Nathaniel se conhecem....

Notes:

N.A: Bom dia, boa tarde e boa noite à todos que chegaram aqui. Hoje estamos no POV de Aaron sei que disse que seria um capítulo de Neil anteriormente, mas ainda não está pronto. Então resolvi postar esse e espero que gostem. E este capítulo está dividido em duas partes só vou lançar. Esta é a primeira parte!!!

🎄🎁☃️Feliz Natal atrasado!!! 🎄🎁☃️

🎆🎇🎆Feliz Ano Novo!!! 🎆🎇🎆

T.W: Uso de armas
Menção a violência com facas
Palavrões
Menção a tráfico de crianças/
implícito

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Aaron estava com dez anos, o garoto havia contado que estava morando a três anos no porão de seu "dono" Nathan, Aaron não tinha permissão para sair quando quisesse já que a porta que dava acesso a casa principal ou ao jardim, ambas estavam trancadas. Outro fato que o garoto também notou era que seu pequeno quarto era o único cômodo ali que não tinha uma tranca, isso causava um certo desconforto.

No início de dezembro Aaron recebeu permissão para sair do porão e acessar a casa.

O loiro dormia calmamente quando alguém lhe chamou, batendo com força a porta. Isso deixou o garoto atordoado.

― Acorde não tenho o dia todo. Diz Romero logo de manhã cedo

Aaron não iria protestar contra um homem que só viu duas vezes na vida, e considerando que está era a segunda. O loiro apressou-se para se espertar e segue o homem que subia as escadas, Romero gesticulou para que o garoto fosse na frente, isso lembrou da última vez que esteve na companhia do mais velho. Outro lado da porta revelava uma sala de estar extremamente limpa, organizada e luxuosa. Na sala Mary encontrava-se no sofá, com um belo vestido vermelho, seus cabelos estavam ondulados, a mulher estava lendo um livro. Aaron não percebeu que havia parado até senti uma mão agarrar sua cabeça, e movendo-a para a direção em que ele deveria seguir. O loiro se moveu para direção indicada sem questionar, ambos pararam em frente a uma porta que dava acesso a uma sala de armas de fogo ao invés de brancas.

Nossa para que tanta arma? Pensou o garoto

Romero para diante de uma mesa que Aaron não conseguia ver o que estava em cima por ser alta demais, e o garoto ser muito baixo para sua idade, o homem deve ter percebido a dificuldade do loiro pois puxou um banco debaixo da mesa para que o garoto subisse, Aaron interpretou aquilo como uma ofensa pessoal, e culpou seu pai pela genética baixa, mas contrapartida o garoto subiu no banco. Na mesa haviam peças de alguma coisa.

Armas... Adivinhou ele

O homem sem dizer uma palavra começou a montar o objeto, Aaron observou cada movimento sem questionar, uma cicatriz no dedo de Romero chamou sua atenção, pareciam muito com cortes, quem apenas olhasse não perceberia ao menos que prestasse bastante atenção. Após terminar de montar ela, o homem testou o gatilho seu barulho não foi tão eficiente pois não haviam balas ali, o mais velho começou a desmontar, aquela ação fez Aaron querer rir, mas ele segurou. Aprendeu a não fazer isso depois que ficou dolorido devido a surra que havia levado de Jackson em uma das ocasiões no treinamento.

Qual a lógica de montar e depois desmontar? Oh leseira... Pensou o garoto

Após a arma ser desmontada, Romero gesticulou para Aaron, que começou a tentar montar-la se atrapalhando no início pois não sabia como encaixar as peças, mas depois conseguindo e finalizando montada.

― Aperte o gatilho. Se não tiver nenhum efeito é porque você montou errado. Diz o homem calmamente

Aaron obedientemente o fez, só não esperava que ela desse um coice, o garoto arregalou os olhos em surpresa.

Cara e se isso tivesse na altura no meu rosto? Eu teria um nariz quebrado. Pensou o loiro

Olhando para Romero com um rosto chocado, o homem que por sua vez não reagiu mas parecia satisfeito com a façanha do menor.

― Esta arma é um revólver touro de calibre 38'. Fala o homem

Logo depois pega outra para desmontar e colocando em frente ao garoto para ele as montar, Aaron achou divertido fazer aquilo.

Uma semana depois Sr. Smith que estava doente veio a falecer de parada cardíaca, e tiveram que contratar outra pessoa para ensinar Aaron as matérias escolares, Nina Robert era sua nova professora, uma mulher elegante e doce.

― Olá você deve ser Aaron não é mesmo? Pergunta a mulher sua voz gentil e fina

― Hum, sim. Responde o garoto

― Eu sou Nina Robert, sua nova professora. Espero que nos demos muito bem. Diz ela

― Bem, talvez. Diz Aaron com ar entediado

― Ah você acreditaria se eu te dissesse que sei sete idiomas. Fala Sra. Robert

― Sério? Pergunta o loiro interessado

― Sim, eu sei. Falo espanhol, francês, alemão, italiano, mandarim, japonês e claro inglês. Responde ela

― Uau... Como isso é possível? Diz Aaron boquiaberto

― Bem muitos anos de estudos, eu posso assim dizer. Fala a mulher

― Você pode me ensinar? Por favor. Implora o garoto

― Claro. Esse será nosso segredinho, ok? Diz Sra. Robert

― Ok. Diz o loiro empolgado.

Aaron gostava dela, e sentia que havia ganhado seu dia. Uma vez terminando suas tarefas Aaron tinha então que ir treinar, ele subiu as escadas e saiu porta a fora, encontrando Mary weninskin no caminho.

― Ei Aaron! Chamou ela

― Olá senhora weninskin. Respondeu ele

― Hoje seu treino será comigo. Avisou a mulher

Aaron ficou chocado, tentou não demonstrar no entanto ele não teve sucesso, pela risada da mulher era amarga.

― Está tudo bem, você não saber. Diz finalmente

Mary o levou para a sala de tiros, haviam algumas armas e alguns alvos de treino de tiro. A mulher testou o peso de algumas armas, pegando três armas diferentes eram quase o mesmo modelo. Uma sendo revólver touro de calibre 38', outras duas pistolas 75BZ ST e G17C.

― Vou te ensinar a atirar, em outras palavras vamos melhorar sua pontaria. Explica a mulher sua entonação é firme. ― Vamos começar com armas leves como revólveres, e pistolas. Como você deve sabe elas são práticas e rápidas de sacar, além de serem melhores para carregar.

Mary entrega a ele uma arma, um revólver, o garoto analisou a arma o peso era familiar a ele.

― Abra o tambor de balas. Diz ela

Aaron abre e a mulher entrega a ele, uma caixa com várias balas de borracha, o garoto as coloca fechando o tambor.

― Mire e mantenha a sua mão firme. Não! Não! Não deixe muito perto do rosto, a arma dar coice e se sua mão não tiver firme o suficiente, você terá um hematoma na cara! Grita ela para ele

O loiro olha para a mulher que havia gritado. Mary, era loira de olhos verdes, um pensamento surgiu involuntariamente em sua cabeça.

Mamãe...

Aaron tirou o pensamento assim que percebeu, obedecendo as ordens gritadas por ela, no fim daquele treinamento garoto descobriu duas coisas.

Primeiro sua pontaria era uma bosta...

Segundo Mary tinha um temperamento igual ao da sua mãe...

Aquilo de certa forma o reconfortou, não era algo que deveria estar ali mas estava.

Seus cabelos estavam muito grandes devido a falta de corte, foi algo que a mulher notou.

― Quer que eu corte seu cabelo? Pergunta Mary casualmente

― Hum... Sim. Responde ele timidamente

Ela cortou os cabelos dele curto, deixando apenas a franja acima dos olhos dele, ele estava feliz  mas o garoto não deixaria transparecer em sua feição. Logo a primavera chegou, Aaron descobriu isso devido ao calendário que estava pendurado sua no quarto, sua pontaria ainda era ruim, os barulhos o assustavam já que eles não colocaram para usar abafadores nos treinos. Mais ou menos nessa época Aaron ganhou dois gorros e algumas máscaras, o garoto de início não entendeu o motivo franzindo a testa ao receber-los, na manhã seguinte Lola apareceu.

― Coloque o gorro e a sua máscara. Ordenou ela

Aaron obedeceu e a seguiu, seus movimentos o levavam para fora, ou seja o quintal haviam duas traves e algumas raquetes encostadas na parede. O sol não brilhava brilhava tão intensamente então o garoto presumiu que era meio cedo. Assim que deu um passo para fora da casa, um figura saltou em sua frente, um garoto de cabelos ruivos e olhos azuis, o menino vibrava intensamente de empolgação, mas logo se conteve quando seus olhos pousaram em Lola, o ruivo encolheu instintivamente.

Ok... Pensou Aaron

― Júnior. Cumprimentou a mulher

― Olá Lola. Diz ele com indiferença

Lola se retirou logo a seguir, sem dizer mais nada. Aaron se encontrou na dúvida de seguir ela ou ficar. Sua dúvida logo foi quebrada com as palavras do outro garoto.

― Você que vai me ajudar a treinar, não é mesmo?

― Oi? Pergunta Aaron confuso

― Você vai ser a pessoa que vai brincar de Exy comigo. Responde o garoto

― Bem. Sim, eu acho. Diz o loiro incerto

Talvez por isso eu esteja todo empacotado...  Concluiu ele mentalmente

― Primeiro, qual é o seu nome? Pergunta Aaron

― Bem... Eu não gosto do meu primeiro nome, então você pode me chamar de pelo meu nome do meio, Abram. Disse o menino ruivo

― Abram? Ok. Eu sou Aaron. Responde o loiro. ― Mas você também pode me chamar pelo meu nome do meio Michael, ou simplesmente Mickey.

― Seu nome é Aaron Michael? Seus nomes nem combinam. Comenta Abram

― Bem reclame isso com a minha mãe, foi ela que me deu esse nome. Disse Aaron

― Ok. Cadê ela ? Fala abram convencido

― Boa sorte com isso, ela está do outro lado do país. Responde o loiro

O ruivo fica chocado com a informação talvez procurasse algum resquício de mentira naquela afirmação, seus olhos pareciam atentos, foi aí que Aaron percebeu que aquele era o filho de Nathan. Nathaniel haviam algumas semelhança, o fato dele ser ruivo mas o tom de seu cabelo era diferente mais  voltado para o laranja do que para o vermelho, como de seu pai, os olhos dele eram um oceano azul, enquanto os de seu pai eram um azul azul bebê apagado. O loiro também notou que Abram tinha algumas sardas.

Ele é bonito...

Assim que o pensamento surgiu o garoto se deu um tapa mental.

― Então. Vamos jogar? Pergunta abram pegando sua raquete

― Somente uma pergunta. O que é Exy? Questiona Aaron

O rosto de Abram se contorce em descrença, ele reagiu como se o loiro tivesse acabado de xingar a linhagem de sua família, mas acalmou-se e suspirou.

― Bem você tem que proteger o gol, ou seja me impedir de marcar. Você terá uma bola e uma raquete a idéia é você marcar um gol, arremessando a bola dentro da trave, enquanto impede o adversário de fazer gol em você. E você só pode dar dez passos quando estiver com a posse da bola. Explica Abram

― Pera, mas como eu vou sair do lugar, tipo jogar a bola mais pra frente e tentar alcançar? Pois não tem como chegar perto do gol com apenas dez passos. Responde Aaron após uma reflexão

― Tipo isso. Seu amigo ruivo

― Ok vamos jogar.

Assim que jogo começou, Abram estava na vantagem por saber como se movimentar e sua rapidez era no mínimo surpreendente, acabaram as três primeiras rodadas com o ruivo vencendo, as duas últimas Aaron já estava mais familiarizado e terminaram e empate. Os dois garotos estavam se preparando para jogar a sexta quando Romero apareceu.

― Júnior, seu pai estar esperando por você. Aaron, vamos você tem treino. Anuncia o homem

Assim que homem terminar de falar Abram se para dentro da casa com uma velocidade incrível, deixando apenas Aaron e Romero, o garoto suspirou e se moveu retirou a máscara, respirando fundo.

Sentir que iria morrer... Pensa o garoto

O loiro correu até sala de treinamento, o homem seguiu-o impertubavelmente impassível, seu rosto havia uma expressão neutra.

Invejável... Pensa o menor

Aaron não confiava em Romero, na verdade ele não confiava em nenhum deles, mas Romero era o único que o garoto não conseguia ler ou prever o que iria fazer.

Jackson, Lola e Nathan tinham um sorriso quando iriam fazer algumas coisas cruel...

Mary o seu se contorcia em raiva, então o garoto já sabia o que esperar. Cortesia de sua mãe...

Agora Romero era sempre impassível. Nada revelava o que se passava na cabeça dele.

Como se tivesse invocado seus dois piores pesadelos, Lola e Jackson surgem na sala, Aaron aperta as mãos na arma.

― O que fazem aqui? Pergunta Romero sem rodeios

― Nossa que bela recepção. Não espera isso do meu próprio irmão. Diz Lola sarcasticamente

Jackson rir com as palavras da mulher, Aaron por sua vez não tem a mesma reação. O loiro já havia percebido as semelhanças, os cabelos e olhos, mas nunca havia passado pela cabeça do garoto tal hipótese. Aquela informação só fez Aaron ficar mais atento, afinal ele duvidava que alguém que compartilhasse da genética de Lola não fosse sádica. Os três adultos devem ter percebido sua atenção, pois Romero se virou para olhar o garoto que essa altura já havia perdido o foco do treinamento.

― Não lembro de ter dito para você parar. Fala o homem

Como vou para algo que nem comecei?  O garoto pensou em retrucar mas não fez.

Ao invés disso mirou no alvo à alguns metros a sua frente, e atirou o loiro não havia visto onde tinha acertado pois o impulso da arma foi o seu maior foco, se preocupando em não se deixando se machucar ou escorregar.

Quando olhou para o alvo, se surpreendeu ao ver onde havia acertado, bem no meio do alvo, Aaron arregalou os olhos em surpresa, mas ele não sabia se era pelo fato conseguido acertar, ou se foi pelo fato de ter percebido que a arma estava carregada com balas de verdade, onde normalmente deveria ter balas de borracha. O loiro então verificou o tambor da arma, e sua teoria foi provada estar certa.

― Porra! Silabou Aaron

Lola começa a rir, a reação do garoto era com certeza a que ela esperava.

― Saiam, hoje não é dia de vocês. E eu não fico atrapalhando o treinamento dele com vocês. Diz Romero calmamente porém com certa autoridade

Aaron reconheceu que era verdade, seus dia de treino com facas de Lola era segunda e quarta; com Romero e Mary era dias de terça e quinta na artilharia; e Jackson treinava ele nas sextas e sábados. Quando era domingo era dia de limpeza, isso incluia limpar o quarto, o banheiro e suas roupas. Sua vida era mínima diversão e máximo sofrimento.

Os dois adultos se retiram deixando apenas Aaron e Romero na sala.

― Continue treinar a sua mira. Disse o homem

― Mas tem bala de verdade aqui. Retruca Aaron

O homem deu um olhar nada impressionado a ele. Aaron interpretou aquilo como um ' cala a bola e continua '

― Você sabe que àquilo foi pura sorte, né? Comenta Aaron

― Todos nós sabemos. Afirma Romero

As duas horas que se seguiram foram divididas em erros e acertos, o que até mesmo o loiro se surpreendeu com sua própria façanha. Aaron estava voltando para seu quartinho, quando percebeu uma cabeça cheia de cachos meio ruivo acastanhados se esguichando por baixo da mesa, o loiro sem muitas opções seguiu Abram, que se encolheu ao perceber alguém se aproximar, Aaron abaixou-se e rastejou até onde o ruivo se encontrava, ele sentou em frente do garoto. Aaron percebeu tardiamente que estava sem o gorro e a máscara.

― Tá se escon...

O pequeno garoto não o deixou terminar tapando a boca dele, sinalizando para que ele fizesse silêncio. Logo depois ouvia-se passos de alguém se aproximando do cômodo.

― Júnior... Não se esconda, vai ser pior para você. Disse Lola

Os dois garotos ficaram tensos com percepção de qual perto ela estava, o loiro se moveu para sair debaixo da mesa.

― Olá Lola. Disse timidamente. ― Eu estava procurando minha máscara, eu não consigo achar acabei de procurar ver tinha voado para debaixo da mesa, porém nada. Você acha que eu vou ter problema com Sr. Weninskin, se acabar não achando?

― Não me importo com isso, estou muito ocupada. Você viu o Jr. por aí? Questiona a mulher

― Não. Por quê? Pergunta Aaron arregalando os olhos. ― Lola. Não me diga que você perdeu ele?

― Vai procurar o que fazer moleque. Diz ela se movendo para longe irritada

Aaron esperou até que a mulher desapareceu, para chamar o ruivo.

― Abram é melhor você sair daí. Avisa Aaron

O ruivo sai debaixo da mesa, e olha para Aaron surpreso.

― Você me ajudou. Diz ele. ― Quem é você?

Aaron revirou os olhos mas respondeu.

― Eu sou o garoto que brincou com você mais cedo. Disse ele mudado de assunto depois. ― Você não deveria ser esconder debaixo de uma mesa, é um péssimo esconderijo, e ainda por cima te impede de crescer.

― O quê? Mickey, mas quem te disse isso? Pergunta Abram

― Quem me disse o quê? Pergunta o loiro

― Que ficar debaixo da mesa impede de crescer. Explica Abram

― Nicky. Responde Aaron

― Quem é Nicky? Pergunta o ruivo

― Meu primo, o nome dele é Nicholas Hemmick, mas ele prefere ser chamado de Nicky. Explica o loiro. ― Ah você iria adorar ele se o conhecesse.

― Talvez... Disse o Abram incerto. ― Você mora aqui?

― Sim. Mais especificadamente no seu porão. Responde Aaron. ― Mas não vou fica por muito tempo, quando terminar os treinamentos eu vou voltar pra casa.

― Treinamento? Há quanto.... Quanto tempo você estar aqui? Pergunta Abram engolindo em seco

― Três anos. Responde o loiro

― Mickey. Eu... Eu acho que você não vai voltar pra casa. Disse o ruivo tristemente

― Eu sei. Eu sei que não vou voltar pra casa. Responde Aaron porque ele realmente sabia. ― Mas não custa nada ter esperança, não é?

― Eles não vão te deixar ir embora. Eles não vão te devolver para sua mãe. Disse Abram amargamente

― Não. Eu nunca vou sair daqui. Pra falar a verdade minha mãe tá pouco se fudendo pra mim, mas sou uma criança tola, que tem uma merda de esperança, de algo que não vai acontecer. Diz Aaron a raiva surge em seu semblante. ― Eu tenho que volta para meu quarto. Tchau Abram.

Aaron dispara escada abaixo, chegou no seu quarto em tempo recorde, indo tomar banho.

Minha mãe nunca me amou...

Ela me entregou, e pelo quê? Por dinheiro...

Uma risada escapa pelos lábios do garoto, forçando o loiro a se dobrar.

Eu já sabia que não voltaria...

Mas dói. Dói admitir. Dói perceber que ela não se importava...

As lágrimas começaram a escorrer em suas bochechas, Aaron estava tentando enxugar-las com as costas da mãe.

Por que você me odeia tanto?

O que eu fiz pra você?

Sua mente foi para Nicky, seu primo estava sempre sorriso, Aaron sentia tanta falta dele.

Nicky eu espero que você esteja bem...

Alguns tempos mais tarde o garoto se acalmou, tomou seu banho gelado, saindo dali Mary o esperava  do lado de fora do banheiro.

― Olá Sra. Weninskin. Cumprimentou Aaron

― Você esqueceu isso na sala de treinamento. Disse ela entrando a ele o seu gorro e sua máscara.

― Ah, obrigado. Falou o loiro

A mulher foi embora logo após isso. Era terça-feira o que significava que amanhã Lola  iria o machucar, seja tanto fisicamente quanto psicologicamente.

Na manhã seguinte a Sra. Robert estava ensinando francês era uma língua nova para ele e muito fascinante, tinha um som muito lindo.  Suas aulas acabaram o garoto foi treinar com Lola, que o esperava com um sorriso cruel, aparentemente ela estava irritada com a recepção de seu irmão no dia anterior, e resolveu descontar sua raiva no menor. Após a tontura diária o loiro subiu as escadas para treinar o pequeno Weninskin o esporte Exy. Como resultado Aaron foi ao encontro de Abram com novos ferimentos abertos, mas para sua sorte ou azar, ele vestia uma camisa preta e não dava para perceber o estrago tanto assim.

Abram o esperava com uma empolgação que não cabia dentro dele, o garoto parecia que iria explodir.

Talvez. Só talvez Abram seja igual a mim. E não tenha nada além de adultos maldosos em sua volta... Pensa Aaron

Nathan e seus capangas já haviam traumatizado o ruivo, Aaron via que nos olhos de Abram tinham as mesmas sombras de medo que os dele, mas a diferença é que aqui seu maior medo era o seu pai, só de ouvir a menção ao seu pai já fazia o garoto estremecer.

― Abram! Chamou Aaron

― Você está usando isso de novo? Fala Abram gesticulando para a máscara e o gorro que o loiro usava

― Eles não me dão muita escolha. Responde o Aaron

O loiro sabia que Abram entendia quais pessoas ele se referia ao dizer
"eles", os seus pesadelos. Os monstros que não viviam debaixo da cama, mas sim onde eles iriam.

― Vamos começar a jogar. Diz Aaron quebrando o silêncio

― Vamos! Disse Abram empolgado

Após duas rodadas o loiro sentiu-se tonto.

― Vamos parar por um tempo, acho que estou morrendo. Disse Aaron

― Nossa essa máscara deve tá de sufocando. Tire ela ninguém vai ver, estamos só nós dois. Sugere Abram

― Você parece um diabinho falando no meu ouvido " Faça. Faça." Aaron diz isso em tom de sorriso

Com ar entrando em seus pulmões após a retirada da máscara, ele se sentiu melhor, a sua visão deixou de estar turva, mas suas feridas queimavam com o suor que escorria em seu corpo.

― Me diga Abram, se você tivesse a chance de ir embora. Você iria? Você sairia daqui? Pergunta Aaron de repente

― Acho que sim. Disse o ruivo após uma breve reflexão. ― Mas tenho medo.

― Eu entendo. Respondeu o loiro porque era realmente verdade. ― Eu não gosto daqui, eu quero ir embora, mas não posso, eu tenho medo. Tenho medo do que eles podem fazer com a minha família. Eu não quero que eles sofrão porque eu sou egoísta e medroso.

As palavras da sua mãe ecoaram em sua mente.

Aaron seja corajoso e um bom menino...

― Você é forte. Diz Abram

― Você também. Você é tão forte quanto eu. Diz Aaron

― Você acha? Questiona o ruivo

― Sim, eu tenho certeza que você, Abram é o menino mais forte e corajoso que eu conheço. Diz o loiro

― Outra pergunta. Você acha que eu me pareço com meu pai? Pergunta Abram hesitante

Aaron se pegou observando novamente o ruivo, e comparando ao seu pai, as palavras escaparam de seus lábios antes que ele percebesse.

― Não. Você não é. Olha eu não entendo muito sobre cores ou tons de cabelo, mas vocês dois tem coloração diferentes. Veja seu cabelo é voltado pra o laranja. Disse Aaron pegando uma mecha dos cabelos do amigo. ― Bem, você não pode ver direito, mas posso garantir isso.

O loiro recolheu a mão, deixando-as cair ao lado do corpo, e recuperou as palavras.

― Seus olhos são um azul intenso, me lembra água ou chamas azuis e eu acho elas muito bonitas, assim como seus olhos. Diz ele sentindo suas bochechas esquentarem. ― Outra coisa que os diferenciam muito são suas sardas. Elas são lindas, resumindo você e Nathan são diferentes, mesmo quando você crescer, vocês serão diferentes.

― Oh... Obrigado. Disse Abram feliz. ― E você se parece com quem? Com sua mãe ou com seu pai?

― Bem... Eu sou parecido com a minha mãe, exceto isso. Disse Aaron gesticulando para os olhos. ― Nunca conheci meu pai, mas me disseram que meus olhos são iguais ao dele.

Sua mãe havia dito isso, mas essa parte ele não contaria...

― Seus olhos são bonitos, às vezes eles tem tom amarelado, ou castanho, ou meio alaranjado. Comenta Abram. ― Seus cabelos são um loiro muito bonito, são um dourado claro eu acho. Parece uma auréola.

Aaron sentiu suas bochechas esquentarem, e  enterrou o rosto nos joelhos contra o peito.

― Por que você tá vermelho? Pergunta Abram

Aaron queria abrir uma cova e se enterrar.

― Estou com vergonha. Responde o loiro

― Por quê? Questiona o ruivo

― Porque as pessoas não costumam me elogiar assim. Diz Aaron

― Você tá parecendo um tomate, não adianta se esconder posso ver seu pescoço e suas orelhas coradas. Retruca Abram

Aaron amaldiçoou sua genética de pele pálida.

― PARA! Você é muito pequeno para ficar me zuando. Diz o loiro enterrando o seu rosto ainda mais

― Em minha defesa... Eu só tenho nove anos, e ainda vou crescer. Responde o ruivo

― Aha. Eu sou mais velho tenho dez, farei onze daqui a alguns meses. Retruca Aaron levantando a cabeça

― Você vai vir brincar comigo amanhã? Diz Abram mudando de assunto

― Não sei, não depende de mim. Responde o loiro

Não era algo que Aaron poderia prever, mas queria voltar sempre para brincar com Abram.

E daí se ele filho do açougueiro... Ele é meu primeiro amigo. Pensa Aaron

― Abram, você quer ser meu amigo? Pergunta o loiro

― Amigo? Pergunta Abram. ― Eu nunca tive um amigo.

― Nem eu. Então você será o meu primeiro, e eu serei o seu. Diz Aaron. ― Bom... Para um amigo você pode contar tudo, claro que quiser contar. Você tem que proteger ele, e seu amigo também tem que te proteger, mas essa parte a gente descarta porque é impossível fazer isso aqui. Seu amigo tem que entender seu espaço, e você entender o dele. E o mais importante ser fiel a ele, e ele a você não importa as circunstâncias.

Aaron estava apenas repetindo as palavras que Nicky havia lhe dito, quando ele perguntou o que era um amigo.

― Então Abram você quer se meu amigo? Pergunta novamente Aaron com expectativa

― Sim! Responde Abram empolgado

― Se é assim, então está feito. Nos veremos novamente Abram. Disse o loiro

Aaron voltou para o seu quarto feliz da vida, se sentia inabalável, pois agora ele tinha um amigo. Abram.

Notes:

N.A: espero que tenham gostado, vou passar avisando que apartir de agora vou lançar apenas um capítulo por semana por causa das aulas. Estou trabalhando no capítulo de Neil e Andrew.

Confesso que inicialmente não ia fazer Neil e Aaron se conhecerem, mas aí eu percebi que será necessário no futuro.

Não esqueça de deixar seus comentários e seus kudos!!!

Vejo vocês na próxima semana e obrigada por ler este capítulo 😊

Está história também se encontra no Wattpad

https://www.wattpad.com/story/385163858?utm_source=android&utm_medium=whatsapp&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Starminyard

Chapter 10: Uma Coincidência inexplicável

Summary:

Neil voltou para o apartamento de Wymarck, exausto. Trocou suas roupas jantou e foi dormir.

* Um quintal no entardecer, Neil conhecia aquele local, como esqueceria? Se viveu praticamente sua infância toda ali, sua antiga casa em Baltimore.

Seu pequeno eu estava jogando Exy, outra figura surgiu em alta velocidade, tentando defender o gol, mas não teve sucesso.

Olhos âmbar o encaravam...

A figura se move o jogo continua.

No piscar de olhos, ele não conseguia enxergar nada, mas sentia braços envolta de seu tórax.

― Algum dia vamos sair daqui. Disse uma voz infantil. ― Quando esse dia chegar, vamos poder jogar Exy livremente. Eu vou te proteger. Isso é uma promessa, algum dia vamos sair daqui, pode não ser juntos, mas vamos sair. *

 

Neil acorda jogar os lençóis para o lado e sair do apartamento. Estava escuro, provavelmente de madrugada, estava frio o suficiente para que Neil ter mudado de calça.

Uma promessa infantil...

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde/ boa noite pra você que chegou aqui. Hoje temos o POV do nosso amado Neil.

Se tiver erros ortográficos. Eu sinto muito!!!

T.W: Palavras de baixo escalão
Violência passada
Menção a máfia
Menção a assassinato passado.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Na manhã seguinte Neil explorou o Campus, até o momento que os outros chegaram, ele observou Kevin empurrar Andrew para o gol. Andrew ria de algo que o atacante falou, mas Neil não conseguiu ouvir devido a distância. Ethan e Nicky espalharam bolas pelo chão, no linha do quarto da quadra até o meio dela. Eles começaram os exercícios, alguns Neil já havia praticado no dia anterior, com os mesmos aumentando gradualmente. Neil fazia cara feia a cada arremesso seu defendido por Andrew. Ele estava aliviado por não ser o único a não marcar, nem Ethan e muito menos Nicky marcaram, somente Kevin acertou um terço de suas jogadas.

Kevin os expulsou da quadra para uma pausa para água, depois de uma hora e meia de treino, mas ao invés de seguir os outros, ele ficou com Andrew, continuando o treino. Neil observou sobre os ombros.

― Eu vi primeiro. Disse Nicky

― Pensei que tivesse Erik. Retruca

― Eu tenho, mas Kevin tá na lista. Responde Nicky, mas logo explica ao perceber a confusão do outro garoto. ― É uma lista de celebridades com quem queremos pegar. Kevin é o número três.

Neil finge entender, mas logo muda de assunto.

― Como ninguém perde contra as Raposas tendo Andrew no gol?

― Ele é bom, no entanto ficou fora maior parte do tempo do campeonato no ano passado, como o treinador não precisava de um terceiro goleiro quando assinou conosco, então Andrew ficou no banco reserva até o CRE ameaça o treinador sobre o que aconteceria se não começássemos a ganhar. O treinador subornou Andrew com álcool para salvar nossa pele. Disse Nicky dando de ombros

― Subornou? Repetiu Neil

― Andrew tem talento, mas não se importa se ganhamos ou perdemos. Se quiser que ele se importe precisa dar a ele um incentivo. Responde Nicky novamente

― Como ele pode jogar, sem se importar. Disse Neil.

― Agora você parece Kevin. Você vai descobrir da forma mais difícil, igual Kevin. Ele deu a Andrew muita dor de cabeça nesta primavera. Nicky dizia

Os três caminhavam para o vestiário, com Ethan à frente deles, para o bebedouro, e Nicky se apoiou contra a parede, olhando para Neil.

― Andrew ficou um mês inteiro sem jogar, e disse que quebraria os seus dedos se o treinador o fizesse jogar com Kevin de novo. Continua Nicky

― Mas ele tá jogando agora. Conclui Neil

― Só por causa de Kevin. Kevin voltou a jogar, e Andrew logo atrás. Até então, ele brigavam como gato e rato. Agora só faltam trocarem pulseirinhas de amizade. Disse Nicky

― Mas, por quê? Andrew odeia a obsessão de Kevin por Exy. Fala Neil

― O dia que ele fizerem sentido para você me avise, deixe de tentar entender-los semanas atrás. Você pode perguntar, mas duvido que qualquer um dos dois vá responder. Quer um conselho? Pare de olhar quanto para Kevin. Você está me fazendo temer pela sua vida. Disse Nicky

― O que quer dizer? Pergunta Neil

― Andrew é... Um tanto possessivo. Ele me socou quando eu disse a Kevin que ser hétero era um verdadeiro desperdício. E agora vou paquerar alvos mais seguros até que Andrew se cansar dele. Matt já namora e não me odeio o suficiente para querer Seth. Então parabéns. Diz Nicky

― É incrível como você consegui ir daquilo para isso em segundos. Fala Ethan

― Que? Ele negou, então precisa de um empurrãozinho. Retruca Nicky

― Não preciso disso, estou bem sozinho. Corta Neil

― sério, você não estar entediado só com a sua mão? Questiona Nicky

― Estou cheio dessa conversa. Dessa e de qualquer outra futura. Nicky não tenho problemas com a sua sexualidade, mas estou aqui para jogar. Fala Neil

A porta da quadra se abriu, revelando Andrew. Ele analisou a sala com olhos arregalados, como se tivesse surpreso em ver todos ali.

― Kevin quer saber por que vocês estão demorando tanto. Se perderam? Fala o loiro

― Diga para ele enfiar a raquete dele na bunda, e parar de reclamar. Disse Ethan

O loiro arqueou a sombrancelha em questionamento, Nicky riu, e Seu a ele um olhar enojado. Os três se moveram para ir embora. Neil olhou Andrew até Kevin que estava no centro na quadra. Ethan estava na porta esperando por Nicky e Neil para os três entrarem juntos.

Kevin mal esperou eles entrarem para dividir-los em dois grupos com um movimento de dedos.

― Ethan fica comigo, Nicky e Andrew ficam com a criança. Disputa entre dois times com um dos gols livre.

― Eu não sou criança. Você é apenas um ano mais velho que eu. Refuta Neil

Dois na verdade, mas Neil não iria contrariar sua falsa identidade. Kevin ignorou isso, mas Nicky falou.

― Mas Neil não deveria praticar tiros no gol?

― Se eu achasse que ele chegaria ao gol, eu teria dito. Responde ele rispidamente

― Grosso. Vamos garoto. Disse Nicky para Neil

Haviam apenas cinco, mas montaram com se estivesse em duas equipes completas. Após algumas tentativas frustradas de pegar a bola e lançar no gol, Kevin marcou pois Andrew não estava nem um pouco interessado no jogo.

― Você poderia ao menos tentar. Disse Kevin

― Poderia, não é? Talvez outro dia. Disse ele depois de pensar

Andrew se recusou a defender o gol, e isso deixou Neil irritado, sua falta de familiaridade com aquela jogabilidade, fazia o garoto se frustrar e Kevin se irritar pela sua incompetência. Após quarenta e cinco minutos Kevin chamou eles para um parada e recolheu as raquetes dos defensores.

― Caiam fora. Os dois, agora. Fala Kevin

― Graças a Deus. Disse Nicky correndo em direção à porta

Kevin esperou a porta se fechar, para agarrar Neil puxando-o para colocar em frente ao gol de Andrew. O loiro que dessa vez parecia interessado no que aconteceria. Kevin soltou Neil onde era marcado o pênalti.

― Bola. Ordena Kevin, Andrew a jogou. ― Fique aqui e arremesse em Andrew até ele cansar. Quem sabe você marca.

Kevin saiu batendo a porta, Neil recolheu o balde de bolas para poder arremessar, Andrew que até então não havia se movido para impedir Kevin de marcar, não deve a mesma consideração por Neil. Defendendo todas as bolas de Neil, e as mandando de volta com força bruta. Neil perdeu a noção do tempo depois disso, seus braços queimavam mas ele não sabia como parar. Após um tempo a dormência tomou conta, ele pensou que Andrew também estaria cansado, porém ele nem sequer perdeu o ritmo.

Ele soube que havia excedido seu tempo, quando perdeu o controle de sua raquete. Andrew riu da situação, rebatendo uma bola em Neil que não tinha como se defender sem sua raquete. Ele protegeu seu rosto, mesmo com os protetores ele recuou um passo com impacto, e deu a Andrew um olhar ameaçador.

― Vamos. Tic-tac. Não vou te esperar para sempre. Disse Andrew

Neil sabia que deveria desistir, mas pegou a raquete mesmo assim o que doeu no processo, sua tentativa de levantar-la foi sem sucesso.

― Ah não! Acho que Neil está com problemas. Disse Andrew em zombaria

Neil tentou novamente, mas a dor era sufocante. Andrew se moveu em posição de defesa, esperando e observando Neil estupidamente dar o seu tiro. Neil mal conseguiu levantar a raquete na altura dos ombros antes que ela caísse, a bola rolou para longe.

― Consegue ou não? Pergunta Andrew

Ele teve ter percebido que era um não.

― Já terminamos. Disse Andrew

Andrew sai do gol para encontrar Neil, mas parou com o pé na raquete do garoto, que tentou puxar ela, mas não tinha forças, sua tentativa de empurrar Andrew para longe foi ainda mais dolorosa fazendo sua visão escurecer.

― Sai de cima da minha raquete. Fala Neil entre dentes

― Me tire. Provocou Andrew. ― Quero ver você tentar.

― Não me provoque. Avisa Neil

― Palavras ferozes para alguém tão insignificante. Você não é muito inteligente. Tipico de um atleta. Comenta o loiro

― Hipócrita.

Andrew se afastou de Neil, o deixando na miséria, Neil tentou se levantar mas seus braços não aguentaram o seu peso fazendo o corpo do garoto ceder. Ele ficou ali por um tempo até se recuperar um pouco. Quando conseguiu levantar-se todos já haviam indo embora, deixando-o para limpar a bagunça. Assim que terminou tomou um banho e foi para o apartamento de Wymarck em uma corrida lenta, chegando ali o treinador o esperava no corredor com uma lata de café em grão na mão.

― Kevin me ligou para dizer que você não vai treinar amanhã, e que eu deveria entreter-lo com vídeos antigos. Disse que você estourou seus braços tentando marcar um gol em Andrew. Eu disse que você não seria tão estúpido. Quem de nós estar certo? Pergunta Wymarck

― Talvez eu tenha me empolgado. Responde Neil

Wymarck joga a lata de café para Neil, que por instinto tentou agarrar-la, porém seus braços se recusaram a ajuda, e a lata se espatifou no chão espalhando o seu conteúdo. Wymarck se levantou rapidamente, Neil por conta de sua experiência com seu pai, se encolheu instintivamente, percebendo tardiamente sua ação. Wymarck que congelou ao perceber a ação do garoto, suavizou.

― Venha aqui. Não, deixa isso aí. Diz ele quando Neil se movimenta para tentar limpar a bagunça

Neil obedeceu, arrastando-se para frente do homem, deixando um braço de distância para proteção.

― Olhe para mim. Diz Wymarck

Neil arrastou seu olhar do peito do mais velho para o rosto.

― Olha sou um homem ranzinza e rabugento gosto de gritar e jogar coisas, mas eu nunca bato em ninguém sem que a pessoa começasse uma briga comigo. Diz o treinador que parecia cansado. ― E eu com certeza não vou começar a fazer com você. Entendeu?

― Sim, treinador. Respondeu Neil mesmo que não acreditasse

― Não tem jantar, mas tem macarrão e queijo na geladeira, você pode esquentar e comer. Diz o treinador

Neil comeu ao som de aspirador de pó.

Duas semanas após esse incidente, Neil finalmente percebeu que nunca alcançaria os parâmetros de exigência de Kevin por Exy, não importava o quanto o garoto se esforçasse Kevin ainda o olhava com desprezo. Quando finalmente cedeu e pediu um conselho para Nicky para lidar com Kevin, o mais velho sorriu e disse.

― Eu avisei.

Duas semanas de rejeição desdenhosa e grosseria de Kevin fizeram a paciência de Neil chegar ao limite, não se importava mais em sacrificar-se se isso significasse podesse fazer Kevin parar de tratar-lo como inútil.

Neil voltou para o apartamento de Wymarck, exausto. Trocou suas roupas jantou e foi dormir.

* Um quintal no entardecer, Neil conhecia aquele local, como esqueceria? Se viveu praticamente sua infância toda ali, sua antiga casa em Baltimore.

Seu pequeno eu estava jogando Exy, outra figura surgiu em alta velocidade, tentando defender o gol, mas não teve sucesso.

Olhos âmbar o encaravam...

A figura se move o jogo continua.

No piscar de olhos, ele não conseguia enxergar nada, mas sentia braços envolta de seu tórax.

― Algum dia vamos sair daqui. Disse uma voz infantil. ― Quando esse dia chegar, vamos poder jogar Exy livremente. Eu vou te proteger. Isso é uma promessa, algum dia vamos sair daqui, pode não ser juntos, mas vamos sair. *

 

Neil acorda jogar os lençóis para o lado e sair do apartamento. Estava escuro, provavelmente de madrugada, estava frio o suficiente para que Neil ter mudado de calça.

Uma promessa infantil...

Neil correu para esquecer aquilo, pois era algo inalcançável, seus pés o levaram para o estádio. Neil entrou achou estar sozinho quando o fez até se dar conta que o carro dos primos estava ali quando passou. Ele estava tão acostumado com a presença deles no treino que não tinha pensado nisso do lado de fora do estádio.

Após se trocar alongou-se no saguão, antes que atravessasse a porta dos fundos ouviu um som de bolas quicando contra parede. Quando estava no pátio interno avistou Kevin. Levou uma dúzia de arremesso para Neil perceber que Kevin estava aperfeiçoando sua mira com a mão direita, tentando arremessar as bolas em um único ponto. Kevin era mais exigente consigo mesmo do que com qualquer outra pessoa.

Neil observava Kevin, maz não demorou muito para perceber a presença de outra pessoa. Nem era preciso olhar para saber quem era, olhar era tão penetrante que deixava Neil arrepiado.

― Não vai jogar com ele? Pergunta Neil

― Não. Responde Andrew em algum lugar a esquerda do garoto

Neil esperou, mas Andrew não deu mais detalhes.

― Acho que seria bom se você fosse. Comenta Neil

― É?

Andrew estava sentado na primeira fileira da arquibancada, a cerca de dez passo de distância, a expressão em seu rosto era surpreendente. Passaram semanas desde que Neil tinha o visto sóbrio e já havia se acostumado com Andrew dopada.

Aqueles olhos âmbar e cabelos loiro, seria coincidência?

De repente a lembrança o atingiu. Como se um lembrete de como ele era estava girando em círculos.

Nicholas Hemmick? Primo de Andrew... As semelhanças como ele pode esquecer? A menção do nome Aaron semanas atrás. De repente era difícil olhar para Andrew...

Neil ficou em outros pontos, as braçadeiras eram as coisas que agora se tornaram importantes, pois o garoto nunca havia visto elas antes. Talvez Andrew tenha percebido sua atenção pois tirou uma faca debaixo dela examinando-a. Neil fez de tudo para não ficar tenso.

Definitivamente não era seu amigo... Ele odiava facas, também cortesia dos capangas de seu pai...

― Tem alguma proteção aí embaixo ou é uma tentativa de suicídio lento? Pergunta Neil intrigado

― Sim. Disse o loiro

Neil não entendeu sobre o que ele se referia mas não iria perguntar.

― Com quantas facas você anda? Pergunta Neil com curiosidade

― O suficiente. Respondeu Andrew

― Por que você odeia Exy? Disse Neil mudando de assunto

― Não me importo o suficiente para odiar. Responde Andrew lentamente

― Mas você tem talento. Retruca Neil

― Seu elogio irrelevante e não vai nos levar em lugar algum. Responde Andrew

― Estou apenas dizendo a verdade. Você poderia ser alguma coisa se quisesse. Diz Neil

― Kevin acha que você vai ser um campeão. Depois da faculdade estará na seleção nacional do país. Ele prometeu ao treinador. Afirma Andrew

― Mentira. Diz Neil pois ele precisava que fosse

― Ou você não quer acreditar. Fala o loiro. ― Ainda tem algumas coisas pra serem resolvidas em você, pois não soma.

― Eu não sou um problema de matemática. Diz Neil confuso

― Você é um enigma. Então posso te resolver. Diz Andrew

― Obrigado. Diz Neil

― Não agradeça. Fala Andrew

Os dois observam Kevin vindo na direção deles, aparentemente havia terminado seu treino. Kevin e Andrew passaram por Neil, mas loiro não perdeu a oportunidade de provocar-lo.

― Preciso de um novo brinquedo para me divertir. Responde Andrew

― Eu não sou brinquedo. Diz Neil

― O que estar fazendo aqui? Pergunta Kevin

― Vim treinar. Responde Neil

― Como se isso fosse te ajudar. Zomba Kevin

Neil teve que segurar a língua para não rebater. Em vez disso olhou para quadra, e pensou que tudo que o treinador, Kevin e Andrew suas palavras e esperança era tudo vazio, pois ele estaria longe daqui alguns meses. Quando os dois foram embora Neil focou em treinar, tentando esquecer tudo ao seu redor. Após treino ele limpou e já era de manhã. Quando o garoto acordou era meio-dia, ele correu até o apartamento de Wymarck, foi recebido com uma discussão, Neil colocou a orelha para escutar o que era e prendeu a respiração.

― Kevin eu disse para sentar! Diz Wymarck

― Eu não vou! Exclamou Kevin

Logo depois Kevin voltou a falar, sua voz tomada pelo medo.

― Como você pode deixar eles fazer isso.

― Você sabe que não posso fazer nada contra isso. Ei! Olhe para mim. Exige Wymarck. ― Olhe para mim e respire.

― Eu disse a Andrew que eles viram. Fala Kevin

― Não importa, você assinou comigo. Disse Wymarck

― Você sabe que ele faria qualquer coisa para me levar de volta. Talvez seja melhor. Sim eu tenho que ir. Diz Kevin em desespero

― Cale a boca. Você não vai a lugar algum. Diz Wymarck

― Eu não posso recusar Riko! Retruca Kevin

― Só não diga nada ok. Diz Wymarck. ― Mantenha sua boca deixe que eu e Andrew resolvemos. Sim Andrew seu psicopata de estimação, não me diga que esqueceu dele.

― Eu não vou deixar você voltar para lá. Diz Wymarck mais calmo e preocupado. ― Seu contrato diz que você me pertence, não importa quanto dinheiro eles mandem, não permitirei que você volte. Eu e Andrew nos preocupamos com o merdinha do Riko. O seu foco é com time e nos levar as finais.

― Andrew vai descobrir ele não é burro. Diz Kevin

― Então você vai ter que mentir melhor. Você sabe o quanto eles querem tirar ele do time. Então, o que você pretende fazer? Sugere Wymarck

― Me dê o celular, vou ligar para Jean. Diz Kevin. ― Preciso saber da boca dele.

Houve um silêncio, quando Kevin voltou a falar foi em um francês sombrio.

― Me diga que não é verdade.

Qualquer que fosse a resposta, não era a que Kevin esperava. O sofá rangeu com o som de Kevin cedendo ao desespero.

― Fique aqui. Disse Wymarck

O treinador apareceu no corredor avistando Neil, mas foi para a cozinha. Quando voltou trouxe uma garrafa de vodka, a deixou com Kevin e retornou ao corredor.

Neil gesticulou para a saída, os dois saíram do apartamento com Wymarck fechado a porta atrás dele.

― Não te contar até junho. Quanto você ouviu? Pergunta Wymarck

― Kevin estar surtando por algum motivo. Replica Neil

― Edgar Allen está vindo para o nosso distrito apartir do dia 1° de junho. Responde Wymarck

Tinha sido difícil enfrentar Kevin no Arizona, como Neil poderia arriscar encontrar Riko. Neil não queria descobrir da maneira mais difícil que Riko se lembrava dele.

― Impossível, não podemos jogar contra os corvos. Quem colocaria o melhor e o pior time frente a frente? Pergunta Neil tentando esconder seus verdadeiros motivos

― Talvez ganhamos algo neste circo. A transferência de Kevin gerou revolta, mas também um novo interesse em Exy. O CRE vai acompanhar até a conclusão final: reunir Kevin e Riko na quadra, dessa vez como rivais. Não importa quem ganha mas sim a publicidade e o dinheiro que vem com isso para eles.

― Não posso jogar contra Riko. Não estou preparada. Você não pode protestar contra isso? Estamos nos preparando pra algo que não podemos ganhar. Diz Neil

― Eu poderia, mas o CRE não faria nada pois temos um Moriyama, eles não podem recusar. Há algo que você precisa saber sobre eles, mas não iria te contar até que você esteve no estabelecido no campus seguro. Diz Wymarck suspirando. ― Ninguém fora do time pode saber sobre isso,ok? Pois pessoas podem se machucar. Ou até mesmo morrer se isso vazar.

Wymarck cruzou os braços sobre o peito e olhou para Neil.

― Você sabe o motivo de Kevin ter vindo parar em Palmetto? Pergunta Wymarck

― Ele quebrou a mão. Responde Neil

― Riko fez isso, após uma fofoca criada. Que dizia que Kevin segurava seu talento para não ofuscar Riko. Os dois jogaram competindo, Riko venceu mas não honestamente. Após serem dispensados Riko quebrou a mão de Kevin. Explica Wymarck sem rodeios

Neil ficou incrédulo, e Wymarck traçou como a lesão de Kevin era.

― Kevin não fala muito sobre, mas todos nós sabemos que essa não foi a primeira vez que o machucaram, só foi a primeira vez que ele foi esperto o suficiente para ir embora. Continua Wymarck

― Por que ninguém sabe sobre isso? Pergunta Neil

― Por que ele é um Moriyama, e essa é parte complicada. Wymarck levantar os dedos indicadores e continua. ― A família é dividida em principal onde permanecem os primogênitos, e secundária onde ficam todos os outros filhos. Tetsuji é líder da secundária, e seu irmão mais velho Kengo é chefe da principal, como ele teve dois filhos, Ichirou que nasceu primeiro e pertence a principal, e Riko que nasceu depois e foi mandado para a secundária para Tetsuji. Entendeu?

― Talvez. Responde Neil

― Existe a história de conhecimento público, e existe a verdade. Diz Wymarck calmamente

― E a verdade? Pergunta Neil sua mente voltando para Kevin

― O verdadeiro negócio dos Moriyamas é assassinato. Responde Wymarck. ― Os Moriyamas são imigrantes da Yakuza, a máfia japonesa. Não sabemos muito sobre o que fazem, mas sabemos que a família principal usa o jogos do Kevin como disfarce para suas reuniões. Eles tem salões VIPs nos andares superior onde fazem negócios.

― Eles são uma gangue. Diz Neil lentamente

Wymarck assentiu observando-o para ver sua reação. Neil mal notou estava tentando suprimir a lembrança de quando esteve naquele local, com uma lona estendida no chão para que evitasse que sangue manchasse o chão. Naquela época Neil havia entendido, porém agora tudo fazia sentido. O pai de Neil trabalhava em Baltimore como punho de ferro que segurava as pontas. O território de seu pai terminava na Virgínia ocidental, ou seja, seu pai e o pai de Riko eram sócios, por isso Neil podia treinar em Edgar Allen.

Wymarck interpretou o seu silêncio como medo.

― Só te contei isso porque todos nós do time sabemos. No entanto Kengo e Ichirou não dão a mínima para que a família secundária faz, por isso eles são desprezíveis. E nós temos algo deles. Diz Wymarck

― Kevin. Completa Neil

― Eles não vão o deixar em paz agora que Kevin voltou a jogar. Achei que tivessem o liderado quando o colocaram como inútil. Mas Kevin é muito valioso para eles. Qualquer lucro de Kevin pertence aos Moriyamas. Diz Wymarck

― Mas Kevin estar machucado. Diz Neil

― Ele ainda tem nome. Retruca Wymarck

― Kevin não vai voltar, não depois do que Riko fez. Diz Neil

― Tetsuji nunca quis Kevin para nada além de lucro, ele deu Kevin para Riko literalmente. Kevin não é humano para eles. Ele é só um projeto. Um bichinho de estimação, e nome de Riko como dono. Foi um milagre ele ter fugido. Se Tetsuji dissesse para ele voltar, ele faria pois tem medo de dizer não. Fala Wymarck

Neil estava atordoado. Ele se lembrava de seu pai, de como ele se referia ao seu antigo amigo.

Mickey era uma propriedade

Neil queria correr até esquecer tudo isso.

― Então, por que mudar de distrito? Pergunta Neil confuso

― Por que é questão de tempo até que Tetsuji perdesse seu investimento, então colocar como golpe publicitário é muito mais lucrativo, colocar os Corvos para nos massacrar na quadra. Colocando Riko como jogador supremo e Kevin na sarjeta. Explica Wymarck

― E se eles dissessem para ele parar de jogar? Pergunta Neil engolindo em seco

― Kevin faria, ele nunca mais pegaria uma raquete na vida, e por isso que não podemos perder para os Corvos esse ano. Fala Wymarck

― Não temos como vencer, somos o pior time. Neil insistiu

― Então devemos parar de ser os piores. É hora de voar. Replicou Wymarck

― Raposas não voam. Refuta Neil

― Voam, se colocarmos elas no avião par decolar. Diz Wymarck

― Podemos ganhar? Pergunta Neil

― Se acha que não, então você está no lugar errado. Diz Wymarck, dando meia volta. ― Agora vou ver se Kevin não estar cortando os pulsos. Posso chamar Abby se você quiser, mas preciso que você mantenha isso em segredo até junho, ok?

― Não vou dizer nada. E não precisa se preocupar, vou correr ou algo assim. Promete Neil dando alguns passos para trás

― Kevin vai embora às quatro. Avisa Wymarck

Neil assentiu e saiu descendo as escadas. Neil achou que Kevin seria maior de seus problemas, no entanto os Moriyamas agora eram sua grande preocupação devido a ligação deles com seu pai: o açougueiro de Baltimore era memorável afinal.

O CRE estava colocando os Moriyamas no caminho de Neil. Ele teria que fugir assim que a partida com os Corvos acontecesse.

Neil sabia que era estupidez ficar agora que sabia sobre isso. E Neil que achou que Riko e Kevin tinham escapado de seu mundo sangrento, até mesmo invejava eles. Neil abriu a porta da escadaria, e saiu correndo chegando a velocidade máxima antes de chegar na rua, quase tropeçou de tão rápido, mesmo assim seus pensamentos nunca o deixaram.

Notes:

N.A: Vocês perceberam que Neil só reconheceu, isso só aconteceu porque não estava no meu plano Neil e Aaron se conhecerem anteriormente, mas aí pensei melhor e resolvi fazer eles se conhecerem.

Obrigada pela sua leitura. Não esqueça de deixar seus comentários e seus kudos ☺️

Até o próximo capítulo!!!

Chapter 11: Uma raposa verdadeira

Summary:

Neil Josten um atacante de uma cidade do Arizona chamou atenção do príncipe do Exy, Andrew que desconfiava de sua própria sombra achou o garoto muito suspeito, quem estava fora de ciclo diria que era possessivo ou ciúmes, no entanto era apenas proteção.

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite pra você que chegou até aqui, obrigada por isso. Hoje é um capítulo do POV do Andrew, espero que gostem.

T.W: violência verbal e físico
Consumo de álcool

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Andrew sempre cumpri suas promessas...

Andrew percebeu a nova obsessão de Kevin pelo recruta em potencial das Raposas. O problema era que Kevin também tinha certa obsessão, pois os Corvos gravadas em sua pele, assim como aquele maldito dois, não que Andrew podesse culpar ele, pois Kevin praticamente nasceu no ninho.

Neil Josten um atacante de uma cidade do Arizona chamou atenção do príncipe do Exy, Andrew que desconfiava de sua própria sombra achou o garoto muito suspeito, quem estava fora de ciclo diria que era possessivo ou ciúmes, no entanto era apenas proteção.

Kevin sugeriu que o recrutassem e aparentemente Wymarck apoiou a idéia de bom grado.

Idiotas... Pensou Andrew

Era por isso que agora os três homens se encontravam em Millport no Arizona, assistindo uma partida, ou melhor assim dizer a última partida do time da High school Millport resultado de sua perda.

Quando o show de horrores acabou era hora de encontrar a pequena Raposa em potencial.

― Esperem aqui. Avisa o treinador deixando o lugar

Os dois obedientemente ficaram no vestiário, Kevin procurou um lugar para se sentar então o homem arredou a TV de um hack, enquanto Andrew explorou o local em busca de algo interessante que poderia usar. Uma raquete amarela brilhante chamou sua atenção, o loiro a pegou e inspecionou o estado, testando o peso era leve considerado a sua, parecia desgastado.

― Dar pro gasto. Comenta Andrew

O garoto caminhou até a porta de saída parando ali, estava meio escuro mas ele podia sentir o olhar questionador de Kevin.

― Só pra garantir que teremos nosso atacante. Diz Andrew sorridente

― Você não faria? Retruca Kevin lentamente

― Não me teste, Day. Refuta o loiro

Kevin abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido por uma porta sendo aberta, onde " Neil " corria a toda velocidade em direção a saída.

Bingo...

Andrew moveu a raquete não com força o suficiente para quebrar algo, mas o suficiente para derrubar o garoto, um segundo depois a Josten estava dobrando tossindo com o falta de ar, com treinador Wymarck entrando logo em seguida.

― Mas que merda Minyard. É por isso que não temos coisas boas. Fala o treinador

― Ah treinador, se ele fosse bonzinho, não prestaria para nós, né? Retruca Andrew

― Ele será inútil se você quebrar-lo. Refuta Wymarck

― Preferia ele fugisse? É só colocar um band-aid e ele estará novinho em folha. Brincou Andrew

Andrew sorriu para Neil que ainda estava se recuperando do golpe, e bateu os dois dedos na têmpora em saudação.

― Mais sorte da próxima vez.

― Vá se foder. De onde você roubou a raquete? Falou irritado

Quanta discriminação...

― Peguei emprestada. Aqui está. Responde Andrew jogando a raquete ao lado do garoto

― Neil. Você está bem? Pergunta o treinador de Millport

― Andrew é um pouco mal-criado. Diz Wymarck se colocando entre os dois rapazes

Andrew se afastou fingindo inocência, mas seus olhos nunca deixaram o pequeno Fox.

― Quebrou alguma coisa? Pergunta Wymarck

Andrew diria que não bateu com tanta força se importar-se com isso, no entanto se contentou em revirar os olhos.

― Estou bem, agora. Vou embora tchau. Responde Neil

― Não terminamos. Retruca Wymarck

Hernandez ia dizer alguma coisa, mas o treinador das Raposas o silêncio.

― Nos dê alguns segundos? Pede Wymarck

O outro homem sair, os demais o observam ir exceto Andrew que não havia desviado os olhos do novato. Assim que a porta se fechou o garoto se virou.

― Já dei minha resposta, não assinarei. Responde o little fox

― Você nem me ouviu. Paguei três passagens aéreas só para vê você. O mínimo que você pode fazer é escutar minha proposta, não é? Disse Wymarck

Andrew observou enquanto Neil parecia a beira de um colapso, mal parecendo respirar.

Fã ou hater? Todos os fãs de Kevin são obsecado pelos Corvos... Pensou Andrew

O reação de Neil foi o suficiente para Andrew ficar alerta.

― Você não fez. Falou o garoto

― É um problema? Disse Wymarck lentamente

Andrew observou o novato, ele poderia ouvir as engrenagens na cabeça do mais novo de tão rápido que ele estava pensando, ou se esforçando para pensar.

― Não sou bom o suficiente para jogar com ele. Responde Neil

― Uma verdade irrelevante. Diz Kevin que até então estava quieto, observando a trama.

Andrew viu o exato momento em que o pânico apareceu nos olhos de Neil, o garoto se virou para olhar Kevin, Neil parecia com uma mistura de admiração e medo em sua postura.

― O que está fazendo aqui? Pergunta ele paralisado

Interessante... Pensou Andrew batendo os dois dedos nos lábios

― Por que estava fugindo? Pergunta Kevin

Uma boa pergunta...

― Perguntei primeiro. Diz Neil como uma criança

― O treinador já respondeu. Agora pare de desperdiçar nosso tempo, e assine. Diz Kevin irritado

― Não. Há tantos atacantes querendo jogar com você. Por que não ir atrás deles? Retruca Neil teimoso

― Por que escolhemos você. Diz Wymarck pacientemente

Tic-tac. Pensou Andrew

― Não jogarei com Kevin. Neil responde

― Ah, você vai. Retruca Kevin

Que irritante... Convencido... Pensou Andrew divertido e irritado

― Não vamos cair até você dizer sim. Kevin disse que quer você, e nós precisamos disso. Fala o treinador

― Confesso que teria te descartado se não fosse suas estatísticas e seu jogo em fita. Afinal não queremos alguém inexperiente. E você joga com se sua vida dependesse disso. Diz Kevin

Por um momento Andrew viu a confusão no rosto do garoto, mas ele foi rápido em esconder.

― É por isso. Diz Neil calmamente

― É único tipo de atacante que vale a pena. Diz Kevin

Andrew observou o garoto relaxar, o loiro colocou a mão no queixo pensativo.

― Que bom que você estar aqui longe. Ninguém fora do time sabe que estamos aqui. Não queremos você nas notícias até o verão. Temos muito que resolver e não vamos arrastar-lo pro caos, até você esta seguro no Campus. Não revelamos você até agosto. Explica Wymarck

― Não é um boa ideia. Responde Neil

― Anotado e descartado com sucesso. Algo mais, ou vai assinar? Diz Wymarck

Andrew podia ouvi novamente as engrenagens girava em alta velocidade na cabeça do recruta, seu olhar alternava entre Kevin e Wymarck.

― Então? Pergunta Wymarck

O garoto parecia na dúvida entre fugir e ficar.

― Tenho que falar com minha mãe. Diz Neil

Uma desculpa? Até Kevin é mais criativo... Pensa Andrew drogado

― Por quê? Aqui diz que você tem dezenove anos. Indagou Wymarck

― Ainda preciso fazer. Diz Neil

― Ele ficará feliz. Retruca Wymarck

― Talvez. Diz a mais novo sem saída

― Vou fala com ela hoje. Diz Neil

― Podemos levá-lo em casa. Sugere Wymarck

― Estou bem. Responde Neil

Wymarck olha para as Raposas.

― Vão e esperem no carro. Ordena ele

Andrew esperou Kevin o alcançar para saírem, os dois foram até o carro.

― Precisa de uma garrafa. Choramingou o homem

― Você é um miserável. Eu preciso de um pote de sorvete. Diz Andrew

Kevin olhou para ele incrédulo, Andrew riu contra vontade.

― Você me trouxe para isso. Fala o loiro lentamente

― Eu disse que você não precisava vim. Diz Kevin

Andrew deu a ele um olhar perigoso que fez o maior se encolher.

Idiota... Pensou Andrew

― O efeito do remédio estar quase passando. Comenta Andrew

― Você não precisa de outra dose já estamos voltando para o hotel, e amanhã estaremos na casa de Abby com Nicky. Diz Kevin

Andrew sabia disso mas mesmo assim assentiu, logo Neil saia dali, o loiro abriu a porta do carro, o recruta passava e Andrew não perdeu a oportunidade de provocar-lo.

― Muito bom para jogar ou muito bom para andar com a gente?

O garoto lhe deu um olhar de indiferença acelerando os passos, e assim o little fox se foi. Wymarck não demorou a aparecer, e entrou no carro.

― E então? Perguntou Kevin com expectativa

― Ele vai assinar. Responde Wymarck. ― Mas peço que vocês se comportem, ele estará conosco neste verão. Falarei com Nicky e Abby também.

― Ok, treinador. Dizem eles em uníssono

― Vamos passar em uma loja por aqui. Diz Andrew

― Podemos pedi comida no quarto de hotel. Diz Wymarck

― Preciso de cigarro e sorvete. Retruca Andrew divertido

― Não, Andrew. Isso não é bom para você. Fala Kevin

― Bastante sorvete. Acrescenta Andrew

Andrew viu Wymarck sorrir pelo retrovisor, sabendo que o loiro só estava provocando Kevin. Kevin por sua vez engasgou.

― Por quê? Geme o mais alto com mãos no rosto

― Você sabe que quanto mais você diz para ele não fazer, aí que ele faz. Responde Wymarck

― Ele não me respeita. Diz Kevin

― Por que eu faria? Pergunta Andrew arqueando a sombrancelha e rindo

Kevin parecia que ia chorar.

Kevin é um bebê grande... Pensa Andrew

Os três homens foram a loja e compram as coisas que Andrew queria, os efeitos estavam passando, fazendo o loiro ficar com baixa energia. Andrew e Kevin tiveram que dividido o quarto. Andrew tomou seu banho primeiro em favor de deixar os pensamentos vagarem.

Neil Josten atacante... 1,60m de altura... Comportamento suspeito.

Era mais uma bagunça para o loiro resolver, parecia um bagunça grande.

Quando Andrew saiu Kevin estava assistindo TV à procura de algum canal de esportes interessante, ou seja Exy. O homem gemeu ao perceber que não tinha nenhum ali, desistindo.

― Esse hotel é uma porcaria. Diz Kevin

― Já vi piores. Responde Andrew

O moreno levantou a cabeça, as suas bochechas coradas dizia que ele tinha bebido.

― Te odeio. Diz o moreno não estava bêbado ainda

― Vou sobreviver. Diz Andrew indiferente

Kevin se levanta parando alguns centímetros de distância de Andrew e aponta para o pé do sofá, onde havia uma garrafa de vodka. O loiro se moveu para pegá-la, enquanto o moreno foi tomar banho. Andrew bebeu alguns goles de seu conteúdo direto do gargalho, primeiro o porque ele não tinha achado nenhum copo, segundo porque foda-se como se ele já tivesse feito isso antes.

Kevin terminar seu banho, e encontra Andrew no mesmo lugar que estava quando saiu. Andrew olha para um Kevin recém-banhado.

Maldito seja Kevin sem camisa...

Por fora Andrew parecia impassível, mas por dentro seu coração deu uma cambalhota.

Não como se ele não tivesse o visto sem camisa no vestiário? Pensa ele tentando se acalmar

Mas aqui estar apenas vocês dois. Pensa ele nervosamente

O treinador estar no quarto ao lado. Pensa o loiro suavemente não que isso importasse

Maldito seja Kevin, tinha que ser um cara gostoso. Pensa ele

Porra, eu sou muito gay...

― Andrew. Diz Kevin se aproximando

Porra! Pensou Andrew

Andrew olhou para os olhos de Kevin, olhar calmo e frio enquanto nos dê Kevin vibração calor.

Maldito olhos verdes e rosto bonito. Pensou Andrew

Kevin aproximou-se mais ficando alguns centímetros de distância do rosto de Andrew.

― Posso? Pergunta o moreno

Andrew nao respondeu apenas o puxou para mais perto, para um beijo. Essa não era a primeira vez que isso acontecia, já fazia alguns meses desde que isso começou, mesmo assim ainda era meio imprevisível.

― Sim. Responde Andrew só para puxar o maior para um beijo ainda mais faminto

Kevin era alguém dominavel, se derretia ao toque de Andrew, e se deixava ser guiado até o mais profundo inferno até o mais alto céu. Ninguém sabia sobre eles, ou que acontecia era um segredo que somente os dois compartilhavam.

Notes:

N.A: Sim Kevin e Andrew tem "nada", eu vou colocar na tag aqui.

Não esqueça de deixar seus comentários e seus kudos.

Obrigada por ler esse capítulo ☺️

Até o próximo capítulo!!!

Chapter 12: Uma promessa amiga

Summary:

― Cara... Eu acabei de assinar minha sentença. Diz ele assim que consegui recuperar-se

― Ué por quê? Pergunta o ruivo

― Interrompi uma competição. Responde Aaron

― Lola e Romero? Diz o ruivo

― Sim, eu sem querer entrei lá. Explica o loiro. ― Eu fiquei impressionado com a precisão do tiro de Romero, e xinguei.

― Você chamou a atenção deles. Isso é ruim, você poderia ter se machucado. Diz Abram com seu olhar ficando escuro

― Nossa... Sua sinceridade me assusta. Retruca Aaron

― Desculpe... Diz o ruivo olhando para baixo

― Eu gosto de pessoas sinceras. Afinal todos estiveram ao meu redor só mentiram. Diz o loiro

― Todos? Questiona Abram

― Menos você e Nicky. Responde Aaron

― Você deve adorar o seu primo, você sempre fala dele. Diz o ruivo

― Sabe é que eu tenho medo de esquecer-lo. Diz o loiro. ― De esquecer como ele é. De esquecer o tom de sua voz, e de como ele sorria.

― Imagino como deve ser. Diz Abram.― Estar longe de casa.

― Não é muito diferente. Responde Aaron

― Oi? Indaga o ruivo

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite pra vocês que chegaram até aqui. Estamos no POV de nosso baby Aaron, está é a parte 2 da amizade de Abram e o nosso loiro.

T.W: assassinato
Sangue
Violência
Menção a tortura animal
Afogamento
Tortura
Palavras de baixo escalão

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Dez anos...

O corpo de Aaron doía tanto, era algo tão familiar agora acordar com um ferimento que poderia muito bem levar-lo a morte se fizesse esforço. Todas as manhãs era isso que Aaron fazia se forçava a levantar daquela maldita cama, ele fazia isso desde quando? Cinco? Seis?. Ele não sabia, agora o garoto encarava o teto. Era tão familiar.

Quando foi que tudo isso se tornou familiar? Pensou ele

Uma risada escapa de seus lábios.

― Agora pronto o moleque enlouqueceu. Diz Jackson

Aquela voz, Aaron odiava aquele timbre.

― Já deveria ter enlouquecido a muito tempo. Retruca Aaron

O loiro sai de sua cama, ele tem aulas com a senhora Robert daqui a pouco, e não poderia estar sujo, a final ele não tinha pausas depois que seu dia começava. Então foi caminhando para o banheiro, o garoto podia sentir os olhos do mais velho nele enquanto caminhava, aquilo sempre fazia o menor sentir arrepios. Antes que percebesse Aaron havia se virado para encara o homem.

― Pare de ficar me olhando. Diz o mais novo rapidamente

― Por quê? Diz Jackson com um sorriso tonto e arrastando seu olhar para as pernas do garoto

Aaron teve uma enorme vontade de socar a cara do homem, até que aquele sorriso sumisse de seu rosto.

― Apenas pare. Diz o loiro entre dentes

Assim o garoto entrou no banheiro e tomou seu banho rapidamente, vestindo-se em uma velocidade impressionante. Quando saiu como esperado Jackson ainda estava lá, só que dessa vez sentado na cama, o homem gesticulou para que o garoto se aproximasse, contra vontade o loiro se moveu, não se aproximando tanto, pegou seu café e sentou no chão. Sua refeição foi um sucesso mas Jackson ainda o observou durante todo o processo, foi um verdadeiro alívio quando ele foi embora e a professora chegou.

― Hoje vamos estudar biologia, matemática, gramática e claro francês. Anuncia Sra Robert

Maldita biologia... Não consigo estudar isso sem me lembrar das instruções de Lola para dissecar animais... Pensou ele

― Sim senhor. Respondeu Aaron

O garoto aprendeu sobre estatísticas em matemática, sistema solar com os nove planetas em biologia, substantivo e adjetivo em gramática, a mesma coisa também  em francês, o loiro ainda encontrava dificuldades nas pronúncia das palavras.

Nina Robert era uma mulher muito gentil, o que era estranho considerando os demais, ela assim como Romero era uma pessoa imprevisível, Aaron começou a desconfiar da mulher primeiro motivo era porque ela trabalhava para Nathan que era ligado com assassinato e tráfico de crianças, segundo a mulher sempre carregava uma arma e uma faca na sua bolsa, talvez seja o método dela aplicar as provas dela nos alunos. A paranóia de Aaron  era justificável se considerassem como ele vinha sendo tratado.

Chegando a hora de treinar Aaron queria desaparece, ser engolido pelo chão. Seu treino de artilharia foi cancelado por um motivo que ele desconhecia. Com sua vida nunca foi moleza então o garoto caminhava para encontrar Jackson, este estava fumando um cigarro quando o loiro chegou. Cigarros lembravam sua mãe.

― Olá Aaron. Diz o homem. ― Bom ver você novamente.

Pena que não posso dizer o mesmo... Pensou Aaron

― Olá Jackson. Cumprimentou o loiro a contra gosto

Logo se movendo para colocar as bandagens na mão, era apenas uma proteção para não machucar tanto os dedos, ou melhor dizer suas juntas. Quando Aaron terminou de se preparar o mais velho já havia terminado de fumar, desta maneira eles momento o treinamento, o loiro estava melhor em prever os ataques do homem, porém os anos de experiência de luta suja de Jackson sempre se superava inventando artimanhas.

― Vamos Aaron, até quando você vai ficar desviando? Diz Jackson sem uma pausa do golpes. ― Você não vai ganhar uma luta se não revidar.

O homem estava apenas provocando o menor, claro que Aaron sabia que deveria revidar, mas sempre que fazia Jackson aproveitava para contra-atacar. Aaron continuar desviando até achar uma abertura, quando conseguiu revidar com chute atrás do joelho Jackson fazendo-o ceder mesmo que um pouco, aproveitou para subir nas costas do maior e dar um mata-leão, Jackson não cedeu empurrando as costas contra a parede na tentativa de se livrar de aperto do loiro. Aaron não afrouxou o aperto até a segunda invertida do homem contra parede fazendo o menor bater a cabeça. Um segundo após quem estava sendo sufocado era Aaron, o loiro sabia que Jackson bateria nele até que perdesse a consciência.

O garoto foi acordado algumas horas depois por um balde de água fria, como esperado era Jackson.

― Você tem um compromisso, não é? Falou ele

Aaron levantou-se rapidamente, colocou sua máscara e o gorro, subindo logo em seguida atravessou a casa correndo, parando ao ouvir risadas.

― Duvido que consiga fazer melhor. Diz uma voz feminina, Lola o loiro reconhece

Aaron colocou a cabeça para expiar o cômodo, parecia uma sala de jogos, tinha uma mesa de sinuca, outra mesa de baralho, e uma roleta-russa na parede onde Lola e seu irmão Romero se encontravam. Uma faca foi arremessada bem no meio do alvo.

― Porra! Exclamou Aaron

Contrapartida os irmãos se viraram para ele, Lola vestiu seu sorriso cruel pegando uma faca e girando-a na mão, era impressionante como a mulher fazia aquilo sem medo de se cortar. Aaron se moveu saindo do cômodo, e correndo para fora da casa, Abram o esperava sentado no canto, assim que avistou a figura do loiro, o mais novo se levantou correndo em sua direção. Assim que estavam perto Aaron se dobrou recuperando o fôlego, sua camisa estava molhada devido ao método de Jackson ao acordar-lo.

― Cara... Eu acabei de assinar minha sentença. Diz ele assim que consegui recuperar-se

― Ué por quê? Pergunta o ruivo

― Interrompi uma competição. Responde Aaron

― Lola e Romero? Diz o ruivo

― Sim, eu sem querer entrei lá. Explica o loiro. ― Eu fiquei impressionado com a precisão do tiro de Romero, e xinguei.

― Você chamou a atenção deles. Isso é ruim, você poderia ter se machucado. Diz Abram com seu olhar ficando escuro

― Nossa... Sua sinceridade me assusta. Retruca Aaron

― Desculpe... Diz o ruivo olhando para baixo

― Eu gosto de pessoas sinceras. Afinal todos estiveram ao meu redor só mentiram. Diz o loiro

― Todos? Questiona Abram

― Menos você e Nicky. Responde Aaron

― Você deve adorar o seu primo, você sempre fala dele. Diz o ruivo

― Sabe é que eu tenho medo de esquecer-lo. Diz o loiro. ― De esquecer como ele é. De esquecer o tom de sua voz, e de como ele sorria.

― Imagino como deve ser. Diz Abram.― Estar longe de casa.

― Não é muito diferente. Responde Aaron

― Oi? Indaga o ruivo

― Sabe ainda continuo sendo espancado todo dia, só muda que aqui eles também usam facas, e a outra coisa que diferencia é que aqui eu tenho refeições todo dia, já na minha antiga casa as vezes eu ficava dias sem comer nada. Diz o loiro

― Que horror, deve ter sido ruim. Eu... Eu não gosto de facas. Revela Abram

― Nem eu. Diz Aaron em tom de compreensão. ― Vamos jogar?

O ruivo assente, e o jogo começa. Exy se tornou uma válvula de escape daquele inferno vivido pelos dois garotos,era uma forma de fugir daquela realidade cruel, uma forma de ser mais ou menos normal, era algo somente deles, nem Nathan e seus capangas poderiam arrancar isso deles.

Em uma noite de julho o calor se fazia presente, mesmo assim o loiro caminhava para a sala de Nathan, seu sangue parecia gelo em suas veias, das poucas vezes que foi ao encontro de seu " dono " nada de bom acontecia. Agora Aaron estava em frente a porta do escritório de Nathan tentando se preocupar para que o que quer, que acontecesse ali, três batidas na porta.

TOC TOC TOC

Di Marcio foi quem atendeu a porta, Aaron não esperou o convite e entro, ali estava Nathan em sua belíssima camisa social branca e calça preta. Havia um homem amarrado na cadeira, o cara parecia importante pelas roupas que usava e as jóias que continha. Na sala em cima de uma mesa havia facas e uma machadinha, Aaron sabia o que iria acontecer naquele local e lutava contra a náusea em seu estômago.

― Olá Sr. Weninskin, mandou me chamar? Fala Aaron educadamente

― Ah olha quem chegou... Meu pequeno investimento. Diz o homem. ― Vejo que meus homens tem feito um ótimo trabalho com você, não é mesmo?

É realmente agora eu não sou pálido. Sou colorido amarelo, roxo e vermelho e verde como um palhaço. Pensa Aaron

― Talvez. Responde Aaron

― Quero que você apenas observe, não pode desviar o olhar ou fechar os olhos. Ordena Nathan

― Sim senhor.

Aaron sentou-se em uma cadeira, Lola se moveu, que até então o garoto não havia notado sua presença, atravessou a sala para ficar atrás de onde o loiro estava. Aaron voltou seu olhar para Nathan e Di Marcio que era assistente do homem.

O homem que estava amarrado se chamava Arthur Sloker um dos sócios, e chefe de um tráfico da Virgínia, ele começou a sair dos trilhos com o chefe de Nathan, e o ruivo foi se livrar do peso morto no investimento da máfia. Nathan deu ao homem uma morte demorada, optando por esquartejar o traidor. Arthur foi cortado em pedaços, lentamente começou com os dedos, e por último as partes realmente letais. Aaron só desviou o olhar apenas uma vez durante todo o processo, Lola fez o trabalho de crava sua unhas no pescoço do loiro.

― O que foi? Não foi você que matou animais? Eles eram tão inofensivos. Sussurrou ela com malícia

Aaron iria vomitar, a coisa que ele mais se odiava de ter feito foi isso, ter destroçado aqueles animais. As lágrimas queimavam em seus olhos. Aquilo foi o suficiente para que ele não desviasse mais o olhar daquele circo de horrores.

A tortura durou até o amanhecer, os gritos do homem implorando pela sua vida ou para que o matassem logo estavam gravados na mente de Aaron, assim como o sorriso cruel daquele ruivo.

Aaron queria chorar...

Aaron queria ir embora...

Aaron queria fechar os olhos para não ver aquela crueldade...

Quando acabou Lola se despediu dele, como doce que ela era.

― Viu só Ari, é isso que acontece com traidores ou com aqueles que tentam fugir. Diz Lola antes de partir. ― Você gostou?

Aaron se perguntou.

Qual o nível de dor que aquele homem sentiu?

Na verdade ele não estava interessado na resposta, na realidade foi sua mente querendo saber se o loiro teria tanta resistência assim, algo dizia que a ele que não. Sair daquela sala foi um verdadeiro alívio, não havia sangue por toda parte pelo menos. Aaron estava exausto e com dor de cabeça, mas sabia que não poderia dormir porque ele tinha as tarefas do dia para fazer.

Aaron tinha dez anos quando assistiu um homem ser morto e esquartejado na sua frente pela primeira vez...

Aquele manhã estava quente, Aaron desceu para tomar um banho gelado aquilo limpou até sua alma.

E se aquele homem não fosse um traidor?

E se ele fosse apenas uma vítima?  Pensou Aaron

Aaron se deixou levar pelos seus pensamentos, afinal não havia nenhuma confirmação sobre aqueles fatos que haviam lhe contado, nenhum deles era confiável, exceto Abram.

Mais tarde naquele dia os dois se encontraram.

― Você parece péssimo. Comenta Abram

― Já tive dias piores. Retruca Aaron com uma verdade

― Podemos dar uma pausa do treino se você quiser. Sugere o ruivo

― Não. Tudo bem, vamos jogar. Diz o loiro pegando uma raquete

Aaron havia melhorado bastante seu jogo desde que começou a praticar, conseguindo vencer algumas vezes o ruivinho. Após duas partidas os dois garotos se sentaram no chão, Mary saiu da casa para dar o ar de sua graça. Aaron moveu sua máscara para o lugar, afinal ele não tinha permissão para tirar ela, não quando estava na presença do herdeiro do açougueiro de Baltimore, não na presença de um Weninskin. Seus olhos não encontraram os de Mary pois ele manteve a cabeça baixa, seria ruim olhar para a mulher agora.

― Mamãe. Diz Abram mais baixo que o normal

― Abram, não demore vamos sair daqui a pouco. Avisa Mary

Abram neste exato momento era um reflexo do pequeno Aaron, de como ele agia na presença de Tilda. A mulher foi embora após dar este breve aviso.

Talvez elas sejam mais parecidas do que imaginei...

― Abram. Chamou o loiro. ― Venha aqui.

O ruivo se move para perto, Aaron o envolve seus braços no tórax do mais novo, puxando-o para um abraço. Abram era quente ou talvez fosse apenas por causa da adrenalina do jogo e sua temperatura subiu.

― Algum dia vamos sair daqui. Diz Aaron acariciando os cachos ruivos. ― Quando esse dia chegar vamos poder jogar Exy livremente. Eu vou te proteger. Isso é uma promessa, algum dia vamos sair daqui, pode não ser juntos, mas vamos sair.

Era algo infantil, uma promessa inocente, Aaron soltou Abram e olhou nos olhos dele.

― Se você conseguir sair primeiro, não volte. Não importa o que aconteça, siga em frente, eu te encontrarei. Eu juro, juro que te encontrarei. Continua o loiro

― Mas e se você sair primeiro? Pergunta Abram

― Se eu for, eu vou criar um plano para te tirar daqui, eu voltarei para te buscar. Responde Aaron

― Por quê? Por que você vai voltar? Questiona o ruivo

Aaron levantou os dedos formulando.

― Primeiro se eu sair daqui, eu sei para onde ir. Segundo tenho uma família fora, minha mãe fez isso mas isso não significa que meus tios sabem, eles podem nos ajudar. Terceiro eu sei que você não pode voltar, seria demais pra você voltar para cá. Diz o loiro

― Algum dia vamos sair daqui. Repete Abram

― Sim, agora é melhor você ir lá com a sua mãe, a gente se ver amanhã. Fala Aaron

Na manhã seguinte era domingo, dia de limpeza no seu quarto. Aaron pegou a sacola de lixo e a vassoura. Começou levando suas roupas à máquina, retornando ao quarto para varrer, porém seu foco foi por ralo abaixo quando pegou uma sacola de lixo para brincar, o garoto entrou no saco e começou a pular pelo quarto. Sua ação foi interrompida quando a porta do cômodo se abriu, o loiro se escondeu dentro da sacola.

Não deveria vim ninguém aqui a essa hora...

Deve ser Jackson... Mas por que ele viria aqui agora? Ele só deveria aparecer aqui à noite.  Pensava Aaron naquela escuridão

Seus pensamentos foram dispensados quando alguém abriu a sacola de lixo, não era Jackson.

― AH! Grita o loiro encolhido

Aaron levanta os seu olhos. Cabelos pretos e olhos castanhos escuros.

― Romero? Questiona o mais novo erguendo uma sobrancelha em questionamento

― Você não deveria está limpando aqui? Fala o homem

― Eu estava. Responde Aaron.

Olha que o mais velho lhe deu dizia ao loiro que ele não acreditava nele.

O garoto saiu da sacola, quase tropeçando no processo, seria uma tarefa fácil se Romero não tivesse segurando as bordas, acima das coxas do loiro.

Pera o que ele estaria fazendo aqui? Pensou Aaron espantado

Aaron retirou a sacola da mão de Romero, e percebeu que o homem carregava uma sacola de loja escrito  'MARSHALLS'. O mais velho empurrou o pacote para o loiro.

― É pra você hoje terá um evento e você não tem nada apropriado para usar. Diz op moreno

O loiro obedientemente olhou o conteúdo era um traje, havia uma camisa azul que parecia muito pequena ao olhos dele, calça com suspensório preta que pelo menos parecia no tamanho certo.

― Acho que essa camisa não vai dar. Comenta o menor

― Apenas experimente. Diz Romero de braços cruzados

Você acha que eu não sei meu tamanho?  Grita Aaron irritado em sua mente

Contrapartida, Aaron experimentou que surpreendentemente lhe servia muito bem, isso foi o suficiente para deixar o mais novo emburrado, e as calças como ele preveu lhe caiam perfeitamente.

― Certo. Diz Romero. ― Agora tire e guarde onde não possa sujar, você vai vestir isso hoje à noite.

Após este anúncio, o moreno foi embora. Aaron guardou a roupa no armário, e continou a sua limpeza. Terminou de arrumar e lavar quase de tarde. Aaron tomou um banho bem demorado, se vestiu o que restava era esperar o anoitecer, enquanto isso ele mergulha em seus livros didático e atividades.

Amanhã é segunda-feira novamente...

Seus olhos pesavam e o garoto adormeceu.

* Escadas de metal davam acesso ao antigo apartamento de sua mãe. Em que época eles moravam ali? Ah sim quatro, Aaron tinha quatro anos, foi depois deles serem expulsos da antiga casa depois de sua mãe não ter pago dois meses de aluguel.

Tilda estava arrumando as coisas no apartamento "novo", estressada.

― Vamos moleque seja útil e ajude. Diz a mulher furiosa

O pequeno Aaron carregava uma caixa, e estava quase caindo devido ao peso. Num piscar de olhos tudo estava arrumado, Aaron se esguichava pelos cantos da casa, o garoto estava sujo, Tilda por sua vez estava impertubavel no sofá da sala sobre o efeito de alguma coisa. O loiro comenteu o erro de aparecer na visão da mulher.

― O que você quer? Pergunta ela. ― Não venha perturbar meu juízo.

O garoto se moveu para a cozinha em busca de água na geladeira, a garrafa de água estava meio alta, os dedos do loiro tentavam trazer-la para a beirada, quando estava perto da beira Aaron pegou com as duas mãos, foi um erro pois a garrafa era de vidro ou seja era pesada, água caiu no chão e o recipiente quebrou, o barulho foi alto, Tilda segundos depois estava na cozinha.

― Seu pirralho maldito, você só me dar prejuízo. Diz a loira puxando Aaron pelo braço fechando a geladeira

― Eu estava com sede. Disse Aaron tremendo

― Ah, você estava com sede. Disse ela jogando-o no chão do banheiro

― Me desculpa. Implora ele

― Suas desculpas não vão pagar aquela garrafa. Diz ela braba

Tilda olhou para o filho depois para o a banheira.

― Quer saber vou matar sua sede.

A mulher agarra Aaron pelo braço puxando-o até a banheira e liga a água, e espera encher, enquanto o loiro se contorce chorando.

― Não mamãe, não. Diz o pequeno

― Você só me dar prejuízo, senão fosse por você não seríamos despejados, você é um merdinha, seu maldito parasita. Grita a mulher

Assim que a banheira estar cheia o suficiente, Aaron tem sua cabeça empurrada dentro dela, foram dez segundos engolindo água e cinco para recuperar o fôlego, o processo se repetindo várias vezes, até que a loira ficasse satisfeita. Aaron foi puxado para fora, cospia a água que havia engolido.

― Então matou a sede? Pergunta Tilda. ― Eu queria que você tivesse morrido há muito tempo. *

Aaron acordou com as bochechas manchadas de lágrimas, se virou para ficar de cara no travesseiro.

Que horas deve ser isso? Perguntou ele mentalmente

Ninguém parecia ter vindo chamar por ele, o garoto supôs que ainda não era de noite, percebendo que seu quarto estava suado e resolveu que iria tomar um banho, as memórias dele o atingiram.

Talvez minha mãe parece mais com Lola no fim de contas... Conclui ele

Terminou seu quarto e vestiu seu "traje de gala" como ele chamava, sentou-se na cama esperando alguém vim chamar-lo, o que não demorou muito pois Romero apareceu, seu cabelo estava penteado para trás, ele tinha uma estatura elegante. O loiro pulou da cama para o chão.

― Sente-se, me lembrei de trazer os sapatos, então é melhor calçar-los. Diz o moreno

Aaron calçou os sapatos e seguiu o mais velho para o andar de cima. A sala estava vazia, mas o loiro continuou seguindo Romero, ali estava a salão de festas todo mundo usava ouro e se vestia bem, Nathan não foi difícil afinal seus cabelos ruivos "sujo"  como Aaron dizia, eram super detectaveis na multidão. Tanto Romero quanto Aaron se dirgiram até o açougueiro.

― Ora. Ora. Vejam só se não e o Malcom e o meu mais novo aprendiz, Aaron. Diz Nathan com seu sorriso

O loiro queria ir embora, mas sabia que tinha que plantar os pés ali, e usar sua obediência falsificada para Nathan.

― Pretende treinar-lo, certo? Diz um homem de olhos e cabelos negros

O homem olhou o garoto dos pés a cabeça com desdém, o olhar dele fez Aaron ficar extremamente desconfortável.

― Já estou trabalhando nisso, afinal se você quer um cão obediente deve criar ele desde filhote. Diz o Sr. Weninskin

Aaron não gostou nem um pouco desta comparação, mas não deixou transparecer em seu ou expressão. Ele já tinha problemas o suficiente para desafiar contrariar seu "dono". O outro homem se aproximou de Aaron o inspecionando mais uma vez, dessa vez sorrindo. Era um sorriso perverso.

― Você tem razão. Diz o homem

Nathan faz um gesto dispensando os dois, assim eles foram ao encontro de Lola e Jackson que já os esperavam. Lola estava usando um belo vestido azul marinho com uma abertura na lateral onde na sua coxa estava presa uma arma. Jackson usava quase o mesmo traje que Romero, o único detalhe que mudava era a cor da camisa.

Romero desapareceu após ter deixado ele no local indicado. Aaron olhou entre a multidão tentando encontrar Mary, ou Abram não foi uma tarefa difícil porque eles agora estavam perto de Nathan, como uma falsa família feliz.

Notes:

N.A: Eu confesso que este capítulo já estava pronto a um bom tempo, e me sinto meio triste. Estou trabalhando nos próximos capítulos de Andrew e Neil.

Obrigada por ler este capítulo ☺️

Até o próximo capítulo!!!

Chapter 13: As asas da esperança foram cortadas

Summary:

Naquele momento Neil queria ter a paciência de sua mãe e esperar até que o indivíduo viesse e se mostrasse, no entanto o temperamento de seu pai era o que corria em suas veias. O garoto pegou dois grampos e foi até a porta do dormitório dos monstros abaixando-se para mexer na fechadura, o barulho destrancando foi algo satisfatório. Como esperado os homens estavam ali, Nicky no sofá mexendo no celular, Kevin na mesa e Andrew sentado perto da janela fumando. Todos ficaram imóveis quando a porta se abriu e olharam para Neil, Andrew foi o primeiro a se recuperar e sorrir

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite queridos hoje é um POV do neilzinho aeeeee, ficou um pouco longo então aproveite.

T.W: violência verbal e física
Menção a morte de personagens
Menção a passado abusivo
Drogas (apenas o remédio do Andrew)

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Os treinos começava dez junho, porém as Raposas teriam que chegar um dia antes para se acomodar no dormitório, Neil teria que esperar Matt chegar para levar-lo para a torre já que Wymarck não confiava nele sozinho. Ainda era cedo, e o jovem teria muito tempo para matar até que o veterano chegasse. Neil tinha terminado seu sexto rascunho de programação das aulas que ele teria quando Abby apareceu.

― Chegou cedo. Diz a mulher

― O treinador não me deixa ir pro dormitório sem Matt. Explica Neil

― Já que você estar aqui, você gostaria de fazer o exame físico. Fala Abby acrescentando. ― Coisas como peso, altura, exame de sangue e etc.

― Preciso fazer isso? Pergunta Neil

― Se quiser joga, sim. Fala a mulher sem brecha para discussões. ― Quando foi a última vez que você foi ao médico?

― Muito tempo atrás. Fala ele

― Não gosta de médico? Pergunta Abby

― Acho que eles não gostam de mim. Retruca o garoto

― Bom, mas você terá que fazer o exame físico, pois você não entrará na quadra enquanto eu não dê o sinal verde para isso. Diz ela

Neil por fim cede e se levantar para seguir-la, a enfermeira é pequena mas contém tudo que precisa. A primeira parte do exame aconteceu como Abby havia dito.

― Agora tire a camisa. Diz a mulher profissionalmente

Neil fica tenso.

― O quê? Questiona Neil

― Não consigo ver marcas de seringa através do algodão. Explica ela

― Eu não uso drogas. Retruca o garoto

― Parabéns continue assim. Agora tire. Fala Abby

Neil queria correr para longe dali, as cicatrizes estavam ali mesmo que ninguém pudesse ver, para lembrar-lo cada uma delas contava uma história.

Abby deve ter percebido sua apreensão pois seu olhar suavizou.

― Me diga, por que você não pode? Diz ela docemente

Neil não tinha uma explicações, ele não queria falar sobre suas cicatrizes, elas gerariam pergunta das quais ele não queria responder. Então disse a única coisa que veio em sua cabeça.

― Eu não estou bem. Disse ele

― Neil, eu trabalho com as Raposas, nenhum de vocês está bem. Disse a mulher calma. ― O que quer que seja não é nada que eu já não tenha visto.

― Espero que não. Diz Neil honestamente. ― Você não pode perguntar sobre elas, entendeu?

Abby assente em Concordância, enquanto Neil reuni toda coragem para tirar a camisa. O garoto viu o exato momento em que o rosto de Abby ficou pálido e sua boca abriu em surpresa, mas ela foi rápida em esconder e Neil sabia que os seus olhos traçavam as cicatrizes. A queimadura em forma de ferro de passar cortesia de seu pai quando achou que ele não estava quieto o suficiente; Uma cicatriz que era resultado de uma bala; E uma parte de pele mal cicatrizada por causa dele ter pulado de um carro em movimento, sem contar as outras.

― Neil... Disse a mulher tentando não parecer abalada. ― É...

― Tenho marcas de seringa? Interrompe Neil

Abby balança a cabeça em discordância, e abri a boca para falar algo, enquanto Neil colocava sua camisa rapidamente.

― Ainda tem alguma coisa? Pergunta ele

A enfermeira discordou, e Neil se levantou.

― Eu sei que... Começou ela

― Não. Neil a cortou pegou a mochila e saiu

Ao sair da enfermaria encontrou um homem negro de quase dois metros com cabelos espetados.

― Olá você deve ser o novato, eu sou Matthew Boyd defensor titular das Raposas. Diz o homem estendendo a mão

― Eu sou Neil Josten. Diz ele

― Fiquei sabendo que você passou o verão com treinador é mau. Diz o mais alto

― Ele sabe disso. Disse Abby parecendo ter se recuperado

Uma chave foi arremessado contra Matt, e Neil se vira para ver quem era, como era de se esperar era Wymarck.

― Olá treinador quando foi que largamos mas não do "oi". Diz Matt tentando soar ofendido

― Depois que você passou na minha porta sem dizer nada. Diz Wymarck

― Você parecia ocupado. Retruca Matt

― Eu sempre estou ocupada, mas isso nunca impediu nenhum de você me incomodar. Diz o treinador. ― Agora vazem daqui, Neil estava esperando você chegar.

Os dois garotos se moveram, no corredor até o estacionamento Matt assumiu.

― Então como sobreviveu o verão tendo que aturar Kevin e toda sua obsessão?

Neil deu de ombros não querendo responder, afinal ele já havia perdido a paciência diversas vezes.

― Então o que achou dos monstros? Pergunta Matt

― São bem barulhentos. Responde Neil

Neil sabia que o título de "monstros" só se aplicava a Andrew,Kevin, e Nicky. O garoto se perguntava se Matt sabia que Ethan também estava ali com eles naquele verão.

― Essa foi a coisa mais leve que eu já ouvir dizer sobre eles. Diz Matt confuso

Neil sabia que o homem não fazia ideia de como era um monstro realmente, Neil havia aprendido em seus anos fugindo de seus demônios.

― Onde estão suas coisas? Pergunta Matt de repente

― É só isso. Disse Neil gesticulando para a mochila em seu ombro

― Cara, você não faz ideia de quantas coisas que eu tive que colocar na caminhonete. Diz Matt surpreso

― Bem, você ficaria surpreso do tanto de vezes que eu ouvir isso. Disse Neil

― Imagino. Disse Neil

A viagem do estádio até a torre era curta, menos de meia hora eles chegariam. Neil ajudou Matt com a mudança, assim que tudo estava no terceiro andar em seu dormitório, o mais novo permitiu reparar no alojamento, era simples porém melhor do que metade dos hotéis, trailers e carros que havia dormido. Neil se deu conta que era a primeira vez desde a morte de sua mãe que ele dormiria em um cama.

― Vou buscar Dan e Renee no aeroporto você quer vim? Pergunta Matt

― Não, eu tenho que comprar algumas coisas. Você tem preferência de cama? Pergunta Neil

― Bem eu sou muito alto para ficar na cama de cima, Seth tem uns horários para levantar, então provavelmente você e Ethan ficaram com as camas de cima. Diz Matt

Neil havia percebido que haviam duas beliches, então agora tudo fazia sentido. Matt saiu logo após isso e Neil procurou um local para esconder sua mochila a última gaveta da cômoda teria que ser o suficiente por agora, pegou sua carteira com o dinheiro e saiu trancando a porta atrás de si, torcendo para que Ethan não chegasse neste meio período de tempo. No corredor Nicky estava encostado na parede em frente ao seu dormitório.

― Então o que achou do Matt? Perguntou Nicky

― Gente boa. Responde Neil

― Ele é bonito. Diz Nicky

Neil tinha uma missão para fazer e se apressou, pois se ele deixasse para depois nunca mais iria fazer. Assim ele pegou o mapa do campus e foi para loja mais próximo, não se demorou muito pegou produtos de higiene, o jogo de cama solteiro mais barato que achou, como ele precisava de algo para tranca sua mochila, ele foi em busca um cofre ou algo do tipo, no entanto não havia nada grande o suficiente para caber, então ele se contentou em comprar um cofre que coubesse o mais importante na bolsa, sua pasta, talvez ele tenha comprado dois cadeados a mais. Após efetuar a compra Neil voltou para o dormitório, ao chegar percebeu que Matt havia voltado, pois sua caminhonete estava estacionado, Neil colocou a mão sobre o capô para verificar se estava quente, e sim estava ele só não sabia dizer se era por causa do calor do sol ou pelo motor recém- desligado.

Neil apressou-se para subir, foi uma tarefa difícil dada que ele estava segurando o cofre que era meio pesado, e o garoto se recusava a usar o elevador. O garoto passou pela porta aberta do dormitório das garotas e ouviu uma conversa baixa, Neil foi direto para o seu quarto, para sua sorte ainda estava trancado. Ele rapidamente desempacotou os produtos, como o jogo de cama e higiene, após isso Neil pegou o cofre e foi verificar sua mochila, tudo parecia está exatamente da mesma forma que deixou exceto que a pessoa que vasculhou foi cuidadosa mas não tinha se preocupado com as etiquetas. O garoto retirou tudo da bolsa, desde das roupas até duas fotos que ficavam de costa uma pra outra dando a impressão de fundo falso.

Neil verificou o fichário, desde os recortes de jornais, o número de ajudantes colocados em um padrão que apenas Neil interpretaria, as quantias em dinheiro fora as que estavam enterradas  e uma receita de oftalmologista que o garoto precisava para comprar suas lentes de contato. Após terminar a revista Neil trancou tudo no cofre, sua mente pensou nas possibilidades Matt não seria pois o tempo não batia e Neil duvidava que ele seria cuidadoso, a outra possibilidade era os monstros afinal ele se lembrava de ter visto Nicky no corredor antes de sair.

Naquele momento Neil queria ter a paciência de sua mãe e esperar até que o indivíduo viesse e se mostrasse, no entanto o temperamento de seu pai era o que corria em suas veias. O garoto pegou dois grampos e foi até a porta do dormitório dos monstros abaixando-se para mexer na fechadura, o barulho destrancando foi algo satisfatório. Como esperado os homens estavam ali, Nicky no sofá mexendo no celular, Kevin na mesa e Andrew sentado perto da janela fumando. Todos ficaram imóveis quando a porta se abriu e olharam para Neil, Andrew foi o primeiro a se recuperar e sorrir.

― Quarto errado, tente novamente. Disse ele

― A porta estava trancada. Murmurou Nicky em alemão e depois mudou para inglês. ― Ei Matt voltou, você já conheceu Dan e Renee?

As palavras de Nicky e seu sorriso só serviu de mais combustível para a irritação de Neil, ele não usaria alemão por enquanto por causa da maioria, então seu alvo mais fácil era Kevin ele mudou para francês.

― Fique longe das minhas coisas. Disse ele. ― Se mexerem nas minhas coisas novamente vão se arrepender.

Todos ficaram em silêncio por um tempo, a surpresa de Andrew se transformando em provocação.

― Uau, mais um dos talentos de Neil. Quantos mais você tem?

Neil ignorou apenas focando em Kevin.

― Entendeu? Fala Neil

― Entendi, só não ligo. Diz Kevin em francês

― Então comece. Deixei você fazer o que quisesse por causa da mudança de distrito, mas chega. Andrew vai descobrir hoje. Prepare-se para lidar com seu cachorrinho invés de ficar no meu pé. Disse o garoto

― Se preocupe com seu jogo, enquanto eu me preocupo com Andrew. Retruca o mais velho

― Melhor assim. Coloque uma coleira nele ou eu vou...

― Vai fazer o que sendo um pirralho medroso? Diz kevin com desdém

― Foda-se seu aleijado! Disse Neil

― Do que você me chamou? Pergunta Kevin pálido

― Peso morto. Respondeu o menor

Kevin se levantou tão rápido que deixou a cadeira cair, enquanto Neil saiu do dormitório fechado a porta atrás de si, mal deu dois passos em direção ao seu quarto para Kevin abrir-la, um instante depois ele estava sufocando Neil, o garoto segurou o pulso do mais velho na tentativa de afrouxar o aperto em seu pescoço. Neil tentou dar uma joelhada, mas Kevin empurrou seu corpo contra o dele.

― De que você me chamou? Pergunta ele novamente

Neil não tinha fôlego para responder, mas o alvoroço foi o suficiente para as Raposas aparecerem no corredor. Andrew sendo o primeiro a sair da porta dos primos, mas foi Matt que tentou tirar Kevin de cima de Neil com um mata-leão.

― Solta ele. Rosnou Matt

― Calma, calma. Disse Nicky para Andrew provavelmente. ― Vamos Matt, solte Kevin.

Kevin solta uma mão de Neil e dar uma cotovelada em Matt, aquela ação fez o aperto de Matt aumentar, forçando-o a soltar Neil. Matt afastou-o de Neil, mas Kevin se soltou e tentou dar um soco em Matt, que desviou e revidou com soco. A expressão de Matt parecia que ainda prometia mais, no entanto Andrew se colocou na frente sorrindo e sua postura era casual, e não seria Matt a tentar cutucar a "mini onça". O mais alto recuou um passo dando um olhar preocupado para Neil, Kevin levantou e deu um olhar irritado para Neil que ignorou em favor de uma parede.

Uma das garotas ficou do lado de Matt com uma expressão de raiva. Com apenas um olhar analisou a situação e disse:

― O que diabos estão fazendo? Estamos de volta agora e vocês já estão brigando?

― Tecnicamente nunca sairmos, e Neil já está conosco a algumas semanas, somos íntimos o suficiente para isso. Disse Andrew depois inclinou-se para o lado, olhando para trás da garota. ― Olá Renee. Já era hora!

A primeira garota interrompeu a resposta de Renee.

― Explique-se. Agora Andrew. Disse ela

― Não me olhe como se fosse culpa minha. Porque não olha direito? Neil invandiu nosso quarto o que significa que ele comprou briga. Dan, seu preconceito é extremamente anti profissional. Disse ele movendo o dedo para ela

Daniele Wilds a garota de pele escura e cabelos curtos e castanhos era um pouco mais alta que Neil, a garota deu uma olhada para o recruta e sua cara de bom moço.

― Qual o problema? Pergunta ela

― Nenhum. Apenas diferença de opiniões. Nada de mais. Responde ele

― Já estamos entendidos. Neil até concordou ir com gente para o estádio. Disse Andrew

― Ah, sério? Isso foi antes ou depois de Kevin tentar sufocar-lo? Pergunta Dan cética

― Sim, já que a caminhonete de Matt estará cheia, resolvi aceitar. Respondeu Neil quando todos se viram para ele

Dan iria argumentar, mas Matt a acalmou. Dan lançou um olhar sujo para Andrew e sacudiu a cabeça.

― Não importa quem começou, mas a briga termina agora. Diz ela

― Sempre otimista. Vejo você mais tarde, não vai fugir, ok? Diz Andrew repetindo a saudação de dois dedos

― Nem sonhando. Mentiu Neil

Andrew entrou no seu quarto seguido por Nicky e Kevin que lançou um olhar frio para Neil antes de bater a porta. Neil se perguntou como sobreviveria aquele passeio.

Enquanto estava no quarto de Dan, Neil se sentiu em uma realidade paralela, onde se recebia biscoito e chá gelado enquanto jogavam conversa fiada, ao invés da loucura que viveu no mês anterior com o grupo de Andrew e Wymarck.

As cincos horas, Wymarck ligou avisando que Allison e Seth havia pensado e estavam o caminho. Eles arrumaram a bagunça quando Nicky para chamar Neil.

― Estou cronometrado. Sei quanto tempo leva daqui para estádio principalmente com você na direção. Então é melhor levar ele direito, entendeu?

― Tenha um pouco de fé neste cara, Dan. Diz Nicky

― Esse é trabalho da Renee. O meu é garantir o que tenhamos todos os jogadores no campo. Retrucou Dan

― Não vamos matar ele. Defende Nicky

― Kevin já tentou. Diz Matt

― Quê? Aquilo foi só um carinho. Vamos? Eles fazem me sentir que não sou bem-vindo. Disse Nicky

O mais velho desapareceu assim terminou de falar, Neil teve que correr para alcançar-lo. Assim que estavam perto ele diminuiu a velocidade arqueando as sombrancelhas.

― Então você fala francês. Disse o moreno em surpresa exagerada

― É.

― Por que francês? Pergunta Nicky

― Minha mãe era francesa, então não tive muita escolha sobre. Como Kevin aprendeu? Mentiu Neil sua mãe britânica revirou no túmulo de arreia após isso

― Você não sabe? Mas você sabia que ele entenderia. Indagou Nicky

― Eu o ouvir fala uma vez. Disse Neil

― Jean o ensinou. Respondeu Nicky

― Jean Moreau? Indaga Neil

― Sim, o defensor dos corvos é francês. Os dois eram próximos, e o cara ensinou francês para Kevin. Ei você pode me ensino umas cantadas? Kevin se recusa. Diz Nicky

Neil ficou impressionado com a facilidade que ele mudava de tópico.

― Tenho certeza de que nunca aprendi o que quer que você queira dizer. Responde Neil

― Que pena. Reclamou Nicky

Andrew e Kevin já esperavam no carro. Kevin sentado no banco do passageiro, e Andrew impedia a passagem de Neil pela porta, Nicky foi para o banco do motorista deixando os dois com os problemas.

― Nossa esperou pela gente. Disse Andrew fingindo surpresa. ― Um mentiroso que sabe ser verdadeiro. Interessante. Eu reconheço. Então, vamos primeiro você.

Neil entrou e assim que o loiro fechou a porta Nicky deu a partida em uma velocidade admirável.

― Depois de tudo que fizemos, você vem começa uma briga conosco. Que vergonha, Neil. Diz Andrew

― Vocês começaram isso há um mês. Avisa Neil. ― Se quer que isso acabe, me deixe em paz.

― Eu gosto de brigar. O problema é que os outros gostam de se intrometer. Mostre consideração. Retruca o loiro

― Você deveria mostra consideração e ficar longe das minhas coisas. Refuta Neil

― Como pode ter certeza que somos nós? Talvez tenha sido Matt. Somos inocentes até que prove o contrário. Disse Andrew nem um pouco convincente

― Você não negou. Disse Neil

― Você não acreditaria em mim. Disse Andrew

― Não acredito em nada que você diz. Retruca Neil

― Acredite nisso, Neil: você não pode colocar uma coleira em mim, e não pense que consegue. Ok? E não seja idiota em dizer que outra pessoa pode. Não é seguro. Se não vai me forçar a te quebrar. Ameaça Andrew

― Você? Indaga Neil. ― Você bão conseguiria.

O sorriso de Andrew dizia que sim.

― Ahhh, isso é um desafio. Posso mãe? Brinca Andrew

― Sua mãe estar morta. Acho que ela não se importa. Diz Neil

Mesmo que tivesse viva não se importaria que eu sei... Pensa Neil

― Sei, ela nunca se importou. Você estar certo. Acho que eu faço o que eu quero. Vou te levar para Columbia com a gente nesta sexta-feira, seu miserável suicida. Disse ele e levantou os cinco dedos. ― Você tem cinco dias para conhecer os outros e na sexta você será nosso. Você poderá nos conhecer fora da quadra.

― Vamos levar-lo para comer. Nós moramos em Columbia, então não precisamos nos preocupar em ficar bêbado demais para voltar. Disse Nicky sobre os ombros

― Não bebo e nem danço. Replica Neil

― Certo. Kevin não dança e nunca o forçamos. Você pode beber refrigerante e conversar conosco enquanto fazemos papel de otários. Não podemos passar esse ano com esta rixa entre nós, vamos corrigir isso nesta noite. Disse Andrew

"Corrigir" era uma má escolha mas Neil sabia que alguém teria que ceder para que isso acabasse. Era evidente que Andrew esperava que ele aceitasse. E Neil faria isso.

― Se eu for, prometa que nunca mais mexerá em nada meu? Diz Neil

― Tão possessivo. Retruca o loiro

― Claro tudo que tenho cabe em uma bolsa. Responde Neil

― Certo uma noite conosco e sem mais invasões. Sexta a noite vai ser divertido. Disse Andrew

Eles chegaram no estádio antes de qualquer companheiro, todos esperaram na calçada até a caminhonete de Matt chegar. Assim que sairam, Andrew apontou para Neil.

― Olhem está inteirinho.

― Está ferido? Pergunta Matt

― Em nenhum local vital. Responde Neil

Antes que alguém comentasse Renee disse:

― Podemos esperar Seth e Allison lá dentro? Aqui está um pouco quente.

― Talvez eles sofreram um acidente e morreram. Disse Nicky com esperança

― Sério, Nicky. Isso é um pouco inadequado, não é? Disse Renee

Ela disse gentilmente mas podia se sentir a pontada de repreensão.

Todos entraram e foram para sala de espera Abby e Wymarck já estavam lá. As Raposas se dividiram, o grupo de Andrew sentou em um sofá, e outro grupo sentou no sofá oposto, enquanto Neil ficou em uma poltrona para observar seus companheiros.

Vinte minutos depois os últimos integrantes chegaram, Seth que parecia um cara mesquinho entrou com uma carranca, a sua parceira Allison parecia mais uma modelo do que uma jogadora de Exy, com seus saltos altos e vestido apertado, ele parou por um tempo para analisar os parceiros.

― É bom ver vocês dois também. Diz Wymarck secamente

― Sobreviveu ao verão. Disse a loira para Abby ignorando o treinador

― Não foi nada fácil. Responde Abby

Enquanto a loira analisava a sala, Ethan entrou e atravessou a sala sentando na última poltrona. Alisson olhou para Neil estudando-o.

― Vou sentar com você. Disse ela

Não havia espaço o suficiente para a mulher então ela apoiou-se em Neil e cruzou as pernas isto fez o vestido subir um pouco. Neil pode ver pela sua visão , mas preferiu manter seu olhar no rosto da companheira. Se sua mãe visse isso ela arrancaria o seu coro.

― Posso trocar de lugar se você quiser sentar aqui. Sugere Neil

― Não, estou bem. Ela sorrir provavelmente provocando Seth. ― Isso será rápido, né? O voo foi longo e estou exausta.

― Vocês que atrasaram. Avisou Wymarck. ― Primeiro Neil Josten nosso novo atacante substituto. Como já conhece os outros esses são Seth Gordon atacante titular, e Allison Reynolds nossa negociante. Perguntas, comentários, preocupações?

― Eu tenho a porra de uma preocupação... Disse Seth apontando o dedo para Neil

Wymarck ignorou provavelmente sabendo o que diria.

― Tudo bem, então. Prosseguindo. Abby? Disse o treinador

― As mesmas coisas de sempre. Assinatura e arquivamentos quero isso pronto até a manhã de manhã. Disse ela entregando papéis

― Os treinos de verão começaram às 8:30, e no começo do semestre às 6:00. Nos encontramos na academia. Eu repito, na academia. Se alguém se atrasar porque se confundiu, vai levar uma sapatada. Vocês estavam fora por um mês e sabem como funciona. Diz Wymarck

― Sim, treinador. Disse a equipe

― Vocês farão exame físico, Andrew é o primeiro, Seth é o segundo. Os demais decidam no zerinho ou um. Nada de ir embora antes de passar por Abby. Disse o treinador olhando para Andrew na última parte

― Última ordem de hoje é nossa programação. Disse ele

― Já? Mas ainda é junho. Disse Matt

― Ainda não temos datas, mas o CRE fez algumas alterações, e a coisa pode ficar feia. Disse Wymarck

― O que pode ser pior do que tivemos que enfrentar no ano passado? Indaga Seth

― As invasões, as ameças telefônicas, imprensa raivosa, vandalismo. Listou Matt

― Meu favorito foi quando disseram que tinhamos um laboratório metanfetamina. Disse Dan azeda. ― As invasões da polícia foram uma maravilha.

― As ameaças de morte foram bem criativa. Talvez dessa vez cumpram e matem um de nós. Eu voto no Seth. Disse Nicky

― Vá se foder, sua bicha. Disse Seth

― Não gosto dessa palavra. Então não use. Disse Andrew

― Poderia dizer "vá se foder, aberração" mas vocês saberiam a quem estou me referindo. Retruca Seth

― Chega, não temos tempo para isso esse ano. Edgar Allen está no nosso distrito. Disse Wymarck

Neil olhou para Kevin que parecia pálido. Andrew medicado adorava ver Kevin tenso, ele achava engraçado. Enquanto a equipe explodiu com a informação.

― Corta essa. Não é engraçado treinador. Diz Dan bruscamente

Quando a equipe se acalmou sua atenção foi puxado para o grupo de Andrew que agora tinha um sorriso maluco induzindo pelos medicamentos.

― Ei Kevin. Ouviu isso? Alguém está com saudades. Disse Andrew

― O CRE não deveria ter aprovado. Murmurou Kevin

― Você disse que eles viriam. Disse Andrew cruelmente

― Não sabia que seria isso. Disse Kevin

― Mentiroso. Acusou Andrew fazendo Kevin estremecer

Andrew sentou-se de lado no sofá para olhar para Kevin. O moreno parecia nauseado, mas não por causa da bomba, e Andrew percebeu.

― Você sabia. Disse Andrew. ― Quanto tempo? Um dia, dois, três, quatro, cinco?

― O treinador me contou quando foi aprovado em maio. Responde Kevin

― Maio. Maio, Day. Mayday. Curioso, Kevin Day. Quando me contaria? Zomba Andrew

― Eu disse a ele para não contar. Interveio Wymarck

― Escolheu o treinador invés de mim? Pergunta Andrew enquanto ria. ― Ohhh. Favoritismo. Decepção, traição, o quão familiar é isso. Depois de tudo que fiz por você.

― Parem com isso ninguém merece ficar assistindo essa novela, se querem se resolver façam isso outra hora. Disse Ethan

Kevin estava olhando para as cicatrizes em sua mão, traçando as linhas delas com os olhos. Andrew suspirou e colocou a mão sobre a do moreno impedido-o de olhar a bagunça.

― Olhe para mim. Diz Andrew

Kevin lhe deu um olhar de pânico. Neil percebeu que o efeito dos remédios estavam passando pelo olhar vazio de Andrew. O pânico era tão semelhante.

― Vai ficar tudo bem. Eu prometi, não prometir? Não acredita em mim? Tranquilizou Andrew

Kevin finalmente relaxou confiando em Andrew. Neil achava um pouco estranho como Kevin poderia achar que um anão psicótico o protegeria dos Moriyamas. Aquele apoio fez Neil sentir uma pontada de inveja.

― O CRE só anunciará no final do mês para o público. E os repórteres não entrarão sem uma escolta da polícia. Qualquer problema liguem. Compreendido. Disse Wymarck

Neil não tinha celular mas se juntou ao coro dizendo:

― Sim, treinador.

― Mais alguma coisa, treinador, ou estamos liberados? Pergunta Neil

― Isso é um problemão. Muda tudo. Você não entende. Disse Dan

― Neil descobriu ao mesmo que Kevin. Então ele já sabe de tudo. E não, não há mais nada. Abby, eles são todos seus. Disse Wymarck

Neil se levantou e dirigiu-se para porta sem olhar para trás. Dan o chamou mas Abby a tranquilizou. Renee alcançou lá fora.

― Infelizmente Andrew não poderá lhe dar carona de volta. Kevin precisa dele. Se quiser nos esperar você será mais que bem-vindo a caminhonete de Matt. Disse ela

― Por que Kevin confia tanto em Andrew? Disse ele invés de recusar

― Porque ele pode. Respondeu Renee com um sorriso

― Mas a tanto em jogo. Pressionou Neil esperando que ela entendesse

Havia muito tempo desde que Neil era ingênuo, sua última esperança era sua mãe, e seu último e primeiro amigo morto há quase seis anos. Neil sabia, o que Kevin enfrentaria se Andrew falhasse. O garoto odiou ela por não entender, talvez ela fosse mais normal do que qualquer um ali.

― Com tanta coisa em jogo ele realmente acha que Andrew é o suficiente? Diz Neil

― Neil por favor espere por nós. Disse ela suavemente ele se perguntou se a garota tinha escutado

― Não. Eu já sei o caminho. Obrigado. Disse Neil dando um passo para trás

O garoto correu para longe, aumentando o ritmo de sua corrida no estacionamento. Aquela ação não acalmou nada. Chegou ao dormitório com uma sensação pior, ele tentou se distrair de vários modos acabou com ele indo até o cofre vai ficar o fichário. Neil sabia que Andrew só estava esperando o momento certo para o encurralar em sua mentiras.

Sua mente dizia para fugir, mas seu corpo não obedecia. Aquele pânico em Kevin, era tão familiar, todos os dias era essa sensação que o corroía. Por fim Neil colocou tudo de volta no cofre, ele pegou a carteira de cigarro e acendeu um perto da janela, o cheiro era familiar, reconfortante e doloroso.

Não importava o quão iguais ele e Kevin fossem, a diferença é que Kevin tinha Andrew para se apoiar, enquanto Neil estava sozinho. Ele se perguntou como seria se Mickey ainda tivesse com ele? Se eles tivessem fugido juntos? Ele não estaria morto? Ele ficaria feliz em reencontrar sua família? Ele sabia que tinha um irmão gêmeo?. Neil sabia que mesmo agora se ele tivesse olhando para ele, ficaria feliz por Neil está perto de sua família, Mickey sorriria para ele e diria que ele está seguro. Era irônico como Kevin se apoiava em Andrew da mesma forma que ele tinha se apoiado em Mickey.

Neil percebeu as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, isso o lembrou de que na época sua mãe não o permitiu chorar, ele tentou esquecer aquilo. Agora ele percebeu porque era tão doloroso olhar para Andrew, era lembrar do passado, era lembrar de Lola contando o que havia feito para matar-lo. Neil lembra que aquele dia foi quando ele realmente quis matar alguém. A náusea se instalou no estômago, era uma mistura de raiva, tristeza, culpa e horror. Neil só percebeu que suas pernas haviam cedido depois que se acalmou. Sua mãe iria querer que ele fugisse e sobrevivesse, no entanto ele estava cansado de correr. Ele jogaria exy faria isso enquanto desse.

Algum tempo depois os veteranos chegaram, para sorte de Neil ele já havia se recuperado. Seth entrou primeiro jogando suas malas de lado, enquanto tinha uma conversa calorosa com Matt. Neil não sabia com quem o homem estava mais irritado já que ele ia e vinha de uma situação para outra, por último descontando seu discurso em Neil.

― E para piorar temos um amador como substituto!

― Kevin disse que ele era bom. Disse Matt

― Grandes coisa. Retrucou Seth

Neil olhou para trás se fingindo de desentendido, o que só irritou mais Seth.

― Já éramos ruins: agora nem se fale. Quando os outros descobrirem viraremos chacota. Isso que dá confiar em Kevin. Disse o homem

― Dê uma chance ao garoto. Diz Matt

― Day está afundando o nosso time. Retruca Seth

― Isso não é justo. Kevin nunca recrutaria alguém para nos prejudicar... Já fazemos isso sozinhos. Comporte-se se quer ganharmos. Você e Kevin são causas perdidas, pelo menos com Neil pode funcionar. Diz Matt

― Ele é baixinho, não sabe jogar, e tem problema de comportamento. Diz Seth

― O treinador o aprovou. Andrew disse que você é rápido. Disse Matt olhando para Neil

― Quando ele disse isso? Pergunta Neil confuso

― Quando você acha? Falamos um bocado de você depois que você saiu. Responde Seth

― Dan perguntou o que eles acham de você. Nicky disse que você precisa socializar. Ethan disse que você tem que ser agressivo. Kevin ainda estava abalado então não disse nada, mas Andrew disse que você é mais rápido que todos nós. Disse Matt

― Eu gosto de correr. Responde Neil

― Foda-se correr. Aprenda a pontuar. Você consegue fura a defesa de Andrew? Indaga Seth

― Não. Ainda não. Admitiu Neil

― Seth, você não pode exigir algo assim se nem você consegue. Disse Ethan

Seth levantou o dedo médio para o garoto que revirou os olhos em resposta.

― Bem-vindo a toca das Raposas. Disse Matt secamente. ― Ei vamos jantar no restaurante a noite. Podemos nos divertir enquanto as coisas ainda estão normais. Vou verificar as meninas não se matem.

― Pode deixar. Disse Neil

Os dois veteranos estavam arrumando suas coisas enquanto Neil fazia "vários nadas". Quando Matt retornou havia um tempo para matar. Após isso eles foram jantar, os veteranos conversaram sobre as férias. Quando tudo acabou eles saíram, Matt e Dan de mão dadas, Renee andou um pouco atrás deles com Seth e Allison. Neil e Ethan ficaram para trás. Quando chegaram ao dormitório Nicky os esperava no corredor.

― Ei Renee. Você pode ligar para Andrew, por favor? Pedi ele

― Ele perdeu? Pergunta ela tirando o celular da bolsa

― Bem, ele não está atendendo minhas ligações. Disse Nicky

― Jesus Nicky. Era para você ficar de olho nele. Fala Matt

― Eu sei, mas não é fácil, tente qualquer dia. Disse Nicky com uma carreta

― Onde está Kevin?  Pergunta Dan

― Na cama. Disse Nicky

Renee levantou a mão em sinal de silêncio.

― Acordei você? Eu ia falar com você, mas você saiu. Ah, tá ok. Amanhã então. Almoço. Claro. Boa noite. Disse ela depois desligou. ― Ele está com treinador. Talvez o treinador quisesse se certificar de que ele tomaria sua dose.

― Ele está bem, Kevin também. Descanse, é só trancar as portas e rezar. Tranquilizou ela

― Obrigado. Agradece Nicky voltando para o seu quarto

Todos foram para seus quartos, Neil deitou-se mas sua satisfação não durou muito pois quando as luzes se apagaram, ele ficou nada escuridão e seus pensamentos. Ele demorou a dormir e quando fez sonhou que seu pai estava no estádio das Raposas o esperava.

Notes:

N.A: o próximo capítulo é do Andrew e ainda estou trabalhando nele, pois eu tinha ficado com preguiça de escrever. Neil é meu BB ❤️

Não esqueça de deixar seus comentários e sua estrelinha.

Obrigada por ler este capítulo 😊

Até a próxima semana!!!

Chapter 14: Nem o Pinóquio é tão mentiroso...

Summary:

― Não tenha medo de morrer. Zomba Andrew. ― Se você for medroso, não vai servir para o nosso time.

― Estamos falando de um esporte não de luta até a morte. Replica Neil

Andrew não pode deixar de pensar em Kevin no ninho e seu "irmão" Riko depois dessa frase, se ele tivesse efeitos do remédio isso teria arrancado um risada dele.

― Dar no mesmo. Você joga numa equipe de Primeira Divisão, com Kevin no time, as pessoas estão sempre dispostas a sangrar por isso. Suponho que você deva ter visto nos noticiários. Disse Andrew com desdém

― Eu vi. Assente Neil

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite estamos com nosso baby Andrew. É a perspectiva de Andrew sobre o primeiro capítulo de Neil aqui.

T.W: uso de drogas (remédios)
Menção a morte de personagens

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Andrew escolhia sua roupa para ir buscar o recruta das Raposas, Neil Josten no aeroporto para ver sua reação. A primeira vez que os dois ser viram o loiro estava chapado, mas hoje ele faria isso sóbrio não foi fácil convencer Nicky a deixar-lo fazer o trabalho, seu primo olhou para ele nervoso.

― Andrew isso é loucura, você não pode fazer isso sem seus remédios. Você sabe o que pode acontecer se os caras te pegarem sem eles. Disse o mais velho preocupado. ― Ele vão tirar você de nós, Andrew. Vão tirar você de mim.

Andrew sabia os riscos, seu primo não precisava se dar ao trabalho de lembrar-lo, porém como o loiro adorava contrariar qualquer regra aqui estava ele na frente do espelho com uma camisa preta de manga longa e gola alta, porque sem seus remédios sua residência ao frio ficava baixa.

Andrew estava no aeroporto esperando a pequena Raposa aparece, não foi difícil ver Neil Josten, ele parecia um mendigo bonito e ao mesmo tempo um coelho assustado preste a correr. Pela facilidade que o outro garoto o avistou, o loiro supôs que ele também era uma pessoa muito perceptível em público, não que isso importasse para Andrew afinal ele não tinha interesse com relação a isso. O garoto não pareceu se importa com o fato de Andrew não está medicado. Assim que Neil estava perto o suficiente.

― Neil. Cumprimentou o loiro. ― Me dê sua bagagem.

― É só isso. Responde Neil

O garoto carregava aquela mochila com se sua vida dependesse disso, o que era no mínimo intrigante para Andrew o que quer que Neil não queria que ninguém soubesse estava lá dentro, por enquanto o loiro tinha um dever para cumprir, então se moveu para sair dali, não queria se demorar pois não estava nos planos do treinador que seria ele a buscar o recruta.

O semáforo ainda estava verde quando para os carros mas Andrew não se importou e atravessou a rua, recebendo buzinas em advertência estas que ele ignorou mais interessado em acender um cigarro do que som de gritando obscenidades, o novato não demorou muito para alcançar-lo.

Andrew parou em frente ao seu belo carro preto, Neil de alguma forma parecia meio confuso, só percebendo que aquele carro pertencia ao loiro quando ele o destrancou.

― Bagagens no porta-malas. Disse Andrew

O tomou seu lugar no banco do motorista sentando-se de lado para fumar, enquanto Neil colocava sua maldita mochila no porta-malas, logo o garoto reivindicou o banco do passageiro, Andrew chegou na metade do cigarro percebendo que já era hora de se mover, assim ligando o carro e olhando para Neil ao seu lado, o garoto não parecia saber muito sobre carros pois não teve nenhuma reação, Andrew deu um sorriso de fantasma.

― Neil Josten. Disse o loiro testando o som. ― Aqui para o verão, hein?

― Sim. Respondeu Neil

Andrew ligou o ar-condicionado no máximo antes de mover o carro para fora da vaga.

― Então somos quatro. Mas você fica com treinador. Diz Andrew

― Kevin fica no campus? Pergunta o recruta

Interessante... Pensa o loiro

― Onde a quadra tiver Kevin também estará. Ele não vive sem isso. Respondeu Andrew com ironia

― Não acho que Kevin esteja aqui por causa do estádio. Retruca Neil

Não está errado... No entanto não está certo. Refletiu o loiro

Foi uma viagem rápida até a saída do estacionamento, pisando no acelerador assim que tiveram permissão para passar. Uma buzina de carro soou em advertência ação do loiro de cortar o trânsito diretamente, Andrew viu pela visão periférica o exato momento em que Neil colocou o cinto de segurança apenas deu uma olhada para ter certeza. Não era realmente algo que o loiro se preocupasse de qualquer modo.

― Você não se deu muito bem com Kevin no mês passado. Disse Andrew calmamente

― Ninguém me disse que ele estaria lá. Talvez me entenda por não ter reagido bem. Responde Neil olhando pra janela

― Talvez não. Não acredito em perdão, e não fui eu quem você ofendeu. É a segunda vez que um recruta toca o foda-se para ele. Se fosse possível fazer-lo morder sua arrogância, o orgulho dele amse destruiria. Em vez disso, ele vem perdendo a fé na inteligência dos atletas de ensino médio. Retruca Andrew

― Eu tenho certeza de que você teve motivos para recusar. Comenta o garoto

― Você disse que não era bom o suficiente, mas está, de qualquer maneira. Acho que o verão de treinos vai fazer diferença? Indaga o loiro

Neil Josten sua mudança de opinião é extremamente estranha...

― Não. Foi difícil dizer não. Responde Neil

― O treinador sempre sabe o que dizer, hein? Torna as coisas mais difícil para o resto de nós. Nem Millport deveria ter dado uma chance a você.

Ou ele sabe muito bem o que oferecer... Pensa Andrew sobre o treinador

― Millport é pequena demais para se preocupar com a experiência. Eu não tinha nada a perder tentando, e eles não nada a ganhar me rejeitando. Era uma questão de estar no lugar certo no momento certo, eu acho. Explica o recruta

Engraçado... Pensa um Andrew apático

― Você acredita em destino? Pergunta Andrew com desprezo

― Não. E você? Indaga Neil

― Boa sorte então. Deseja o loiro ignorando a pergunta

Isso não é sobre mim pequena Raposa

― Somente má sorte. Retruca ele

― Estamos lisonjeado com sua opinião sobre nós, é claro. Disse Andrew

Andrew girou o volante, deslizando o carro em zig-zag de uma pista para outra sem se preocupar com tráfego, seu principal intuito era testar a reação do novato. Não se preocupou com as buzinas ou vim os carros que quase colidiram mais interessado em sua questão.

Parece tão calmo me faz acreditar que já esteve em situação parecida...

― É um carro muito bom para ser destruído. Disse Neil calmamente

― Não tenha medo de morrer. Zomba Andrew. ― Se você for medroso, não vai servir para o nosso time.

― Estamos falando de um esporte não de luta até a morte. Replica Neil

Andrew não pode deixar de pensar em Kevin no ninho e seu "irmão" Riko depois dessa frase, se ele tivesse efeitos do remédio isso teria arrancado um risada dele.

― Dar no mesmo. Você joga numa equipe de Primeira Divisão, com Kevin no time, as pessoas estão sempre dispostas a sangrar por isso. Suponho que você deva ter visto nos noticiários. Disse Andrew com desdém

― Eu vi. Assente Neil

Aquilo só mostrou o ponto de Andrew, talvez o recruta só pensasse dessa forma pois não sabia um terço sobre o verdadeiro Kevin Day, a final os fã dos Corvos eram cego pelo seu fanatismo.

O apartamento de Wymarck ficava a vinte minutos do aeroporto. Kevin e Nicky já os esperavam na calçada, Andrew foi o primeiro a sair do carro deixando Neil para tirar sua bolsa em favor de fingir estar drogado enquanto se posicionava ao lado de Kevin.

O loiro viu com Neil relaxou ao ter sua mochila perto novamente, aquilo serviu de brasa para curiosidade e desconfiança de Andrew.

Nicky se aproximou de Neil oferecendo a mão em cumprimento.

― Ei. Bem-vindo à Carolina do Sul. Teve um bom vôo? Pergunta seu primo ao novato

― Sim. Tive. Responde Neil casualmente

― Sou Nicky, sou primo de Andrew e um defensor maravilhoso. Disse Nicky soltando a mão de Neil

Andrew teve que se segurar para não revirar os olhos, já acostumado com as ações de seu primo, Neil por outro lado parecia está montando um quebra-cabeça enquanto tentava associar a informação jogada contra ele, seus olhos indo entre os dois primos.

― De sangue? Pergunta Neil finalmente

O mais engraçado é que essa era uma pergunta meio rotineira na vida de Andrew desde que Nicky o havia acolhido, o pior era que algumas vezes certos idiotas tirarão conclusão precipitadas com relação a eles, achando que eram namorados ou algo assim.

Nicky por sua vez riu da situação.

― Não parecemos, né? Eu puxei minha mãe. Meu pai a " resgatou" em uma viagem missionária. Explicou seu primo revirando os olhos, então apontava para os outros. ― Você já os conhece, não é? Andrew e Kevin? O treinador já deveria estar aqui mas ele está resolvendo umas coisas com CRE. Enquanto isso você estará conosco, temos a chave do treinador. Sua coisas estão no porta-malas?

― Não. É só isso. Responde Neil

― Ele só tem uma bolsa. Eu gostaria de não ser tão materialista. Disse Nicky

Dessa vez Andrew revirou os olhos, o loiro acreditava que nem ele conseguiria sair por aí com apenas uma mochila, no entanto não iria comentar sobre isso.

Andrew observou Nicky guiar Neil até a porta da frente.

― É aqui que o treinador mora. Ele ganha muito dinheiro então pode morar em lugares como esse, enquanto nós os pobres dormimos no sofá dos outros. Disse Nicky dramaticamente

Teoricamente Andrew e Nicky tinha uma casa não muito longe dali, mas não seria um assunto que seria trazido a tona agora.

― Você tem um carro muito bom, para pessoas que se acham pobres. Disse Neil

― É por causa dele que somos pobres. Responde Nicky secamente

― A mãe de Aaron comprou para gente com o seguro de vida dela. Não foi nenhuma surpresa que ela tenha valido alguma coisa após a morte. Explica Andrew

Sua intenção foi afetar Nicky em nome de seu carro, enquanto Neil parecia extremamente confuso.

― Calma. Disse Nicky olhando  redor esperando que  ou Tilda ou Aaron aparecesse

A questão é que nenhum deles faria pois Tilda estava morta a tempos, enquanto Aaron um garoto com o rosto idêntico ao seu do qual ele nunca conheceu pois Tilda havia feito algo para fazer-lo desaparecer. Tilda achava que Aaron estava morto, mas com Nicky a história se tornava diferente, o seu primo acreditava que o gêmeo de Andrew estava vivo em algum lugar.

― Estou calminho. Por que se preocupar? O mundo é cruel, não é Neil? Você não estaria aqui se não fosse. Disse Andrew em zombaria

― Não. O mundo não é cruel. São as pessoas que vivem nele. Responde Neil

― Ah, é verdade. Diz o loiro

É claro que Andrew sabia, a final seus antigos lares adotivos eram a prova disso, desde cedo ele aprendeu que os monstros não viviam debaixo da cama, na verdade estavam por toda parte e grande parte deles vestiam um sorriso gentil para esconder suas verdadeiras intenções.

Os quatro homens entraram no elevador, o loiro percebeu que a postura do recruta muda, parecendo desconfortável. Assim que estavam em frente a porta do apartamento eles observaram Kevin destrancar-la.

― Aqui, Neil. Disse Nicky e o garoto olhou o interior do apartamento

― Lar doce lar. Se é que alguma coisa envolvendo o treinador possa ser chamado de doce. Disse seu primo

Andrew achava divertido como Nicky e o treinador antagonizavam um ao outro, cada um tendo seus motivos. Nicky implicava com o treinador pois ele pegava no seu pé. Wymarck provocava o seu primo pois ele não conseguia ficar calado e fazer comentários idiotas, acabando com a paciência até mesmo do loiro.

Enquanto isso o novato permaneceu paralisado do lado de fora do apartamento, era uma visão um tanto familiar. Neil percebeu o olhar que Nicky deu a Kevin, Andrew escolheu aquele momento para se aproximar na tentativa de fazer-lo entrar, talvez ele tenha entendido o recado pois se moveu, ele deu uma olhada para o local.

― O que foi aquilo? Perguntou Nicky em alemão

Obviamente Andrew não responde mais interessado em observar a reação do recruta que congelou se virando para olhar-los e logo depois abrindo a cortina.

Estranho...

― Aquilo parecia choque. Andrew o que diabos você disse a ele? Diz Nicky

Andrew o ignorou, Neil se virou para eles, enquanto Nicky abria um sorriso simpático.

― Que tal explorar? Pergunta seu primo ao garoto

Neil aceita de bom grado, enquanto Andrew pega Kevin e os dois caminham para a cozinha.

― O que houve? Pergunta Kevin

Andrew o ignorou em favor de encontrar algo que podesse atrasar o processo de abstinência, era apenas questão de tempo até acontecesse, uma garrafa de whisky pela metade teria que ser o suficiente, no entanto como sempre estava fora do alcance do loiro.

― Pegue. Disse Andrew se referindo a garrafa

Kevin cruzou os braços contra o peito, não cedendo ao pedido.

― Eu te fiz uma pergunta. Disse Kevin

― E eu escolhi não responder. Retruca o loiro casualmente

Kevin olhou para cima como se pedisse ajuda, e por fim pegou a garrafa de whisky sabendo que era melhor não discutir.

― Depois vamos levar-lo para o estádio. Disse Kevin

― Claro, claro por que não estou surpreso? Zomba Andrew

― Porque você não se importa. Disse o moreno

― Isso mesmo, vejo que você finalmente aprendeu. Disse o loiro. ― Agora vamos ver o que aqueles dois estão aprontando.

― Diz isso por causa de Nicky ou Neil? Indaga Kevin

Andrew o ignorou em favor de tomar um gole do conteúdo da garrafa fechando-a em seguida.

― Sucesso. Disse Andrew forçando o sorriso

― Pronto Neil? Temos que te batizar antes do treinador chegar. Disse Nicky

― Para quê? Isso é um assalto em andamento? Pergunta Neil

― Talvez. Por que vai nos dedurar? Tudo isso para jogar com o time. Achei que você fosse uma Raposa. Indagou Andrew

Na verdade o loiro sabia que o novato não diria nada, mas Andrew gostava de ver a reação dos outros.

― Não. Mas me pergunto, por que você não estar medicado? Fala Neil

Andrew não reagiu, mas todos pareciam surpresos com a coragem do recruta de confrontar o loiro diretamente, Andrew apenas se perguntou por que ele não disse isso antes, a verdade é que a garoto era um mistério, de tão contraditório. O loiro apagou o sorriso com os dedos.

― Isso soou uma acusação, mas até onde sei não mentir pra você. Retruca Andrew entediado

― Eu não disse isso. Disse Neil

― Pense com quiser. Disse o loiro dando de ombros

― Já o fiz. Disse o recruta com uma saudação

Mas que audácia...

― Ah, você realmente mostrou-se relevante. Por um minuto, pelo menos. Acho que a diversão acabou. Isso nunca aconteceu. Disse Andrew

― Não mexa comigo? Ameaça o recruta

Ora, ora a raposinha resolveu mostrar as garras...

― Ou o quê? Desafia o loiro

O momento foi interrompido por Wymarck, Andrew passou o whisky para Kevin que fez um bom trabalho em esconder.

― Olá treinador. Cumprimentou Andrew com sorriso

― Tem ideia de como eu odeio chegar aqui, e encontrar você no meu apartamento? Diz o homem

Andrew sabia que era uma mentira, e resolveu entrar na brincadeira erguendo as mãos em inocência enquanto ia para o corredor, o treinador o recebeu com uma carranca.

― Não quebrei nada dessa vez. Disse Andrew

― Vou acreditar quando por ele e Kevin e foi para o escritório.

― Que bom que estar bem. Achei que a direção de Nicky te mataria. Disse o treinador

Kevin franziu a testa olhando para Andrew, não demorou muito para o homem se dar conta da ação do loiro, Kevin abriu a boca em surpresa, Andrew levou os dedos ao labio em sinal de silêncio.

― Já sobrevivi a coisas piores. Disse Neil

Interessante...

― Não há nada pior que o senso de direção de Nicky. Sua única escolha é se quer um caixão aberto ou fechado. Disse Wymarck

Andrew revirou os olhos para esse comentário, antes ele se perguntava onde seu primo havia tirado sua habilitação, no entanto agora Andrew entendia que você só precisava passar no teste para tirar-la como você dirigia depois disso era sua conta.

― Ei, isso não é justo. Disse Nicky

― A vida não é justa, seu palerma. Agora o que você ainda está fazendo aqui? Indaga treinador

Andrew volta para escritório.

― Vazando. Adeus. Neil vem também? Diz Andrew

― Vão para onde? Pergunta Wymarck desconfiado

― Misericórdia treinador, acha que somos que tipo de pessoas? Pergunta Nicky

― Quer mesmo que eu responda? Disse Wymarck

Somos os monstros... Completou mentalmente

― Vamos levar ele pro estádio. E depois para Abby, não vai precisar dele, né? Fala Kevin

― Peguei isso. Diz Wymarck dando um molho de chaves para Neil

Wymarck deu um breve explicação para Neil, eles saem do apartamento, Neil ficando para trás por um tempo, se juntando a eles antes que elevador chegasse. Andrew relaxou tirando o sorriso falso do rosto, assim que o fez ficou tenso. No quinto andar o loiro se aproximou de Neil fingindo ter interesse no chaveiro, quando na verdade só queria encurralar-lo, quando o garoto percebeu enfiou a chaveiro no fundo do bolso.

― Foi bom te conhecer, Neil. Vai demorar até nos vermos novamente. Disse Andrew

― Não sei porque, mas acho que não vou ter tanta sorte assim. Disse Neil

Ah que bom você sabe...

― Ah Neil, agora não podemos fazer nada com você, Abby disse que iria revindicar nosso local no estádio se fizessemos. E não podemos fazer isso, Kevin iria chorar. Mas em agosto, te daremos uma festa de boas-vindas. Disse Andrew

― Você precisa rever suas técnicas de persuasão, elas são uma bosta. Disse Neil

― Não preciso ser persuasivo, logo você aprenderá a fazer as coisas do meu jeito. Disse Andrew

Andrew deu um leve empurrão em Neil quando o elevador parou, fazendo o garoto quase tropeçou, o loiro passou por ele esbarrando dos ombros até os quadris foram o seguindo. Não demorou muito para eles chegarem ao estádio dos Raposas. Neil olhou para aquele local com admiração ele parecia uma criança indo para o parque pela primeira vez, algo nele o lembrou de Kevin neste aspecto. Nicky se aproximou de Neil.

― A equipe vai adorar você. Disse ele

Andrew não duvidava disso devido as Raposas aceitarem qualquer cachorro chutado que precisasse de ajuda, o loiro achava burrice esse tipo de atitude.

― Eu quero entrar. Disse Neil

― Vamos. Fala Nicky guiando o pela porta

― Essa é a nossa entrada, o código mudar de dois meses, mas o treinador sempre nos aviso quando acontece é 0508. Maio e agosto os meses de aniversário de Abby e do treinador. Eu disse que eles estavam se pegando. E seu quando é? Pergunta Nicky

― Foi em março. Responde Neil

― Puxa vida, já passou, nós te recrutamos em abril, o que deve contar como maior presente de tudo mundo. E sua namorada o que ela te deu presente? Disse seu primo

Andrew arqueou uma sombrancelha para o primo, enquanto Neil parecia confuso.

― O quê? Disse o novato

― Fala sério, você é um gato deve ter uma namorada, ao menos que você goste de homens igual, então me faça e por favor de te me contar, e poupe do trabalho de ter que descobrir. Fala Nicky

Andrew observou Neil ver sua reação, o garoto parecia indignado, ele olhou de Nicky para a porta e vice-versa mostrando que não estava nem pouco a fim de conversa sobre isso.

― Qual problema? Pergunta Neil

― Estou curioso. Respondeu Nicky

Deve ser genético...

― Você é intrometido. Disse Kevin emburrado

Era engraçado para Andrew ouvir isso dele quando na verdade ele vivia pegando em seu pé.

Maldito intrometido...

― Eu não balanço. Agora podemos entrar? Pergunta Neil

Andrew acreditou deixando sua mente vagar parando de escutar, deixando seus pés seguirem os corredores que ele já vira míseras vezes, chegando ao saguão Andrew se sentou e um dos bancos, ele iria tomar a pílula e Kevin lhe deu a garrafa, com a dose tomada Kevin foi dar atenção ao novato o auxiliando com as chaves. Assim que os outros saíram para terminar de explorar, Andrew arrombou a porta do escritório de Wymarck se deitando no sofá, seus olhos estavam pesados devido o começo da abstinência, Andrew colocou um braço sobre os olhos na tentativa de descansar.

Após alguns minutos os remédios começaram a fazer efeito, os seus músculos faciais o traindo trazendo consigo o sorriso maníaco, Andrew levantou-se o foi procurar os outros, sua primeira escolha foi a quadra, o barulho de bolas recocheteando nas paredes o mostrou que estava certo. Andrew foi ao encontro de Kevin que os observava com olhos de águia.

Julgando... Seu cérebro completou

Não foi nenhuma surpresa ver que  Nicky e Neil estavam ali, no entanto Ethan era uma soma que não batia, pois quando eles chegaram não havia indício de sua presença, e o loiro não ouviu nada depois se separou do grupo.

Ethan, o fantasma do Exy que some e aparece... Cantarolou sua mente drogada

Andrew riu, e Kevin então olhou para ele reconhecendo sua presença.

― Andrew. Disse Kevin

― Bingo, você acertou quer uma recompensa. Disse o loiro divertido

O moreno se virou para observar os outros novamente, enquanto Andrew pegava uma bola e começou a brincar com ela enquanto estava deitado. Não demorou muito para os outros se aproximarem, o loiro se sentou pegando a garrafa  de whisky e bebendo um gole.

― Já passou da hora. Nicky é tão chato esperar por você. Disse o loiro assim que seu primo estava perto o suficiente

― Já terminamos, e já passou da hora de parar com isso, não acha? Abby vai acabar comigo quando perceber que deixei você beber. Disse Nicky dramaticamente

― Não parece ser um problema meu. Disse Andrew com um sorriso

Nicky suspirou desistindo, sabendo que não havia chance de discutir com um Andrew drogado, então o garoto foi para o vestiário e Neil o seguiu, mas seu olhar congelou em Kevin que o olhava com insatisfação.

― Essa temporada vai ser longa. Disse Kevin

― Eu disse que eu não estava preparado. Disse Neil

― Você também disse que não jogaria comigo, e aqui estar. Retruca Kevin

O mais alto se aproximou de Neil ficando perto de seu rosto enquanto agarrava as cordas da raquete de Neil, era uma cena um tanto estranha para quem assistia de fora. Era meio gay para falar a verdade.

― Se não vai jogar comigo, então joguei para mim. Você nunca vai chegar lá sozinho, então irei te dar um treinamento. Disse Kevin

Andrew ergueu uma sombrancelha para aquele comentário.

Idiota estar tentando dificulta meu trabalho... Pensa Andrew

― Onde é lá? Pergunta Neil

O loiro pode perceber que Kevin ficou brabo com a pergunta.

― Se você não sabe onde é, então nem vale a pena tentar. Disse ele

Neil ainda parecia confuso, talvez processando quando Kevin cobriu os olhos do garoto com uma mão.

― Esqueça estádio, as Raposas, sua antiga equipe. Veja Exy como o único caminho. Disse o moreno

Andrew queria rir, e parece que Neil também.

Kevin, Kevin nem todo mundo é você...

― Foco. Disse Kevin irritado. ― A quem pertence seu jogo?

De alguma forma aquela cena lembrava um dos filmes de bls que Nicky assistia quando era mais novo.

― Você. Responde Neil

Kevin puxou a raquete da mão do garoto.

― Diga que vou ter seu consentimento. Fala Kevin

― Tá bom. Disse o novato

― Neil, entende. Disse Kevin se dirigindo a Andrew que não se importou

― Parabéns, tudo no lugar, suponho! Já que não tenho nada a oferecer, vou dizer aos poucos para responder adequadamente. Zomba o loiro

Andrew se levanta bebendo mais um pouco de whisky.

― Oh, Neil! Nos encontramos novamente. Disse Andrew entretido

― Já saquei a sua, se isso for um truque, esqueça. Diz Neil

Andrew sorriu.

― Não seja tão desconfiado, você me viu tomar o remédio. Se não estaria vomitando em abstinência. Mas agora eu vomitaria com todo esse fanatismo. Disse Andrew em desdém

― Ele está medicado. Ele me diz quando estar sóbrio. Confirma Kevin

― Vamos Kevin estou com fome. Disse Andrew

Os três foram para o vestiário, Neil se sentou no banco.

― Não podemos te levar para Abby assim. Vá se lavar. Disse Kevin como se repreendesse uma criança

― Não vou tomar banho com a equipe. Vou esperar eles terminarem, se não quiserem esperar então vão. Eu encontro o caminho até lá. Diz Neil

Obviamente Andrew havia dito que o levaria com eles para Abby então não iria voltar atrás.

― Nicky vai ser um problema? Pergunta Andrew perigosamente

― Não é sobre Nicky, é sobre minha privacidade. Responde Neil

― Supere isso. Não será uma estrela se for tímido. Diz Kevin

As vezes Andrew ficava irritado por Kevin ser tão sem tato, mas isso era resultado de sua criação.

― Ele precisa se esconder, Kevin. Invadir o armário do treinador e li os arquivos dele. Machucados ou cicatrizes? Ei acho que são cicatrizes também, já que seus pais nunca estão perto para espancar-lo. Disse Andrew observando a reação do garoto

― O quê? Disse Neil o que só mostrou que o loiro estava certo

― Não ligo. Disse Kevin

― Os chuveiros aqui tem cabines separadas. Cortesia do treinador já que a reitoria recusou apagar. Vá em frente e veja você mesmo se não acredita em mim. Você não acredita né? Claro que não, talvez seja melhor assim. Disse Andrew

― Você não tinha o direito de ler meus arquivos! Disse Neil irritado

Parece que cutuquei a onça, isso só confirma...

Andrew sabia que não havia nada disso escrito lá, mas ele não contaria isso ao garoto.

― Calma, calma relaxa. Não fiz isso. Ficamos presos no escritório do treinador do Arizona. Mas estou certo, não é? Provoca Andrew

Neil respirou fundo após cinco segundos foi até o banheiro se certificar sobre o fato das cabines, Andrew o seguiu o garoto que parecia distraído e o loiro se aproximou ficando atrás de Neil.

― Estranho, né? Sussurrou Andrew no ouvido de Neil

Neil se assustou com a sua presença e tentou dar uma cotovelada, no entanto os reflexos de Andrew eram muito bons e ele conseguiu parar-lo a tempo. Andrew riu e recuou.

― O treinador nunca explicou, talvez tenha pensado que tivessemos necessidade de lamentar nossas derrotas. Só pensando no melhor para as suas estrelas em ascensão, certo? Fala Andrew

Na verdade Andrew sabia o motivo, uma vez que Wymarck era como as Raposas.

― O treinador não recruta estrela em ascensão. Disse Neil empurrando Andrew contra o armário

Andrew achou divertido como era tão fácil irritar-lo.

― Não. As Raposas nunca serão importantes. Tente dizer isso a Dan e ela tapará os ouvidos. Disse Andrew. ― Kevin, carro!

Kevin o seguiu porta a fora, se virando para o loiro.

― Você vai mesmo levar-lo para Columbia? Pergunta o Moreno

Andrew ignorou, nada de bom resultaria dessa conversa. Não demorou muito para os outros aparecerem. Andrew deu as chaves para Nicky e se virou para sentar no banco de trás.

― É seu primeiro dia, então você pode sentar na frente. Aproveite enquanto pode. Kevin odeia sentar no banco de trás. Disse seu primo

― Não preciso sentar na frente. Disse ele mas era tarde demais

Os quatro partiram para a casa de Abby.

Notes:

N.A: Já terminei de escrever o próximo capítulo. Este capítulo só demorou porque havia apagado mais da metade dele, quando eu fui trocar para a outra conta.

Espero que tenham gostado...

Não esqueça de deixar seus comentários e seus kudos...

Obrigada por ler este capítulo 😊

Até a próxima semana!!!

Chapter 15: Eu não quero ir embora...

Summary:

Neil vai a Columbia!!!

Notes:

N.A: bom dia/boa tarde e boa noite. Capítulo do POV de Neil novamente e estamos no meio do 1 livro aeeee aqui algumas coisas já mudaram como vocês já poderiam perceber.

T.W: palavras de baixo escalão
Ameaça
Uso de drogas (pó de biscoito)
Beijo forçado
Violência física.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

No terceiro dia na quadra com todos, Neil se perguntou como as Raposas haviam se classificado para o campeonato, pois ali era totalmente disfuncional uma vez que ele se dividiam em grupos.

Toda a primeira semana de treino de verão cheia de briguinhas, apesar de Dan tentar colocar-los no lugar, Seth era a pessoa mais problemática sempre arranjando brigas com os monstros. A quarta-feira foi dia de porrada entre Seth e Kevin, mas por sorte Matt apartou a briga. Renee tentava manter a paz ali, ela conseguiu chegar em todos inclusive Andrew talvez eles fossem amigos. Wymarck não ajudava muito já que quase nunca interferia nas picuinha deles.

Na sexta-feira Neil estava animado pelo final de semana, devido os feitos que aconteceram esse último tempos Kevin e Riko, e esta semana sobrecarregou o garoto, ele iria desaparecer neste final de semana para aliviar a tensão. Neil só havia esquecido de seu compromisso com Andrew, tendo uma surpresa com Nicky aparecendo com uma sacola de presente após o treino de sexta.

― Você sobreviveu a semana. Se divertiu? Disse Nicky

― É sempre assim? Pergunta Neil

― Praticamente. Pelo menos não ficamos entediado, e o entretenimento é gratuito. Respondeu o moreno

Neil foi colocar seu uniforme no cesto, verificou seu armário. Nicky aproveitou para se aproximar, Neil colocou a mão na tentativa de arrastar-lo, mas o garoto o entregou a sacola.

― É pra você. Andrew disse que você não tinha roupa para o clube. Ele me disse o tamanho, e eu escolhi a roupa. Confie em mim é bonito. Disse Nicky

― O quê? Perguntou o garoto surpreso

― Você não se esqueceu da nossa festa, né? Indaga Nicky

Esse era o primeiro presente de Neil, o fato de ser de Andrew tornava tudo estranho. Nicky interpretou seu silêncio como suspeita e riu.

― Sem truques. É mais para gente do que para você, honestamente, seria ruim para nossa população sair com você vestido dessa forma. Sem ofensa Neil. Disse ele e gesticulou para o mais novo

― Obrigado. Disse Neil

Os dois se encaram até que Nicky tocou em uma mecha do cabelo de Neil.

― Nós vamos te buscar às nove, ok? Durma um pouco. Vamos ficar a noite inteira fora. Podemos fazer a festa dura até o amanhecer. Disse Nicky. ― Falando nisso tire as lentes de contato.

― Calado. Disse Neil com uma náusea

Nicky olhou ao redor.

― Não é como se fosse segredo, qualquer um pode ver isso, eu só não sabia que era colorida até Andrew me contar. Mas sério, castanho? Falou o mais velho

― Eu gosto. Retrucou Neil

― Andrew não. Tire-as. Disse Nicky

― Não. Disse Neil

― Por favor. Vai está somente nós, e todos nós sabemos que é falso, não as use. Pede Nicky

― Ou quê? Indaga o garoto

Nicky não respondeu, e Neil entendeu como bem quis, ele não iria tirar apenas para irritar Andrew.

― As nove. Repete Nicky

Quando Neil voltou ao dormitório estava vazio, Matt havia o avisado que sairia, e garoto não fazia ideia de onde estavam os outros. Neil começou a se arrumar no banheiro, quando terminou analisou seu reflexo sem saber o que dizer, ele só sabia que parecia diferente. Só restava uma coisa para mudar além do estilo, as lentes de contato era algo difícil para ele ver seus verdadeiros olhos.

Seus olhos são um azul intenso, me lembra água ou chamas azuis e eu acho elas muito bonitas, assim como seus olhos...

As palavras de seu amigo ecoaram no fundo de sua mente como consolo.

Neil juntou suas coisas e saiu do banheiro. Quando viu o grupo de Andrew estava na sala, o bastardo havia arrombado a porta novamente. Neil queria bater nele. Adentrando no quarto ele não esperava ver Ethan ali, Neil congelou.

― Vai sair como os monstros. Disse o garoto

Neil piscou surpreso.

― Não me diga que está surpreso em me ver no meu próprio quarto? Pergunta Ethan com a sombrancelha arqueada

― Sim. Respondeu Neil se recuperando

― Sim? Pra quê a primeira opção ou segunda? Diz o garoto em uma carranca

Neil deu de ombros, Ethan por outro lado bufou, Neil guardou suas roupas, quando se virou para sair Andrew estava inexpressivo encostado no batente da porta do quarto. Neil se perguntou se Andrew não se importava com os termos de sua liberdade condicional já que estava sóbrio. Neil se aproximou na tentativa da fazer o loiro recuar, no entanto Andrew se moveu apenas para puxar sua nuca para ver os olhos de Neil melhor.

― Honestidade inesperado. Alguma razão especial? Disse Andrew

― Nicky pediu educadamente. Você podia experimentar. Zomba Neil

― Já disse para não esperar nada de mim. Estamos indo. Disse Andrew após soltar-lo

Nicky ficou surpreso ao ver Neil.

― Oh, cara, Neil. Você está um gato. Posso dizer isso ou é contra as regras? Não me deixe ficar bêbado. Disse o moreno

Andrew se aproximou de Nicky e acendeu um cigarro, e levou o isqueiro perto do rosto de Nicky.

― Não me obrigue a te matar. Ameaçou Andrew

― Eu sei. Retruca ele com as mãos levantadas

― Sabe? Indaga o loiro

― Juro. Disse Nicky

Andrew guardou o isqueiro e saiu da sala, Kevin e Nicky o seguiram.

― Neil. Chama Ethan. ― Tome ligue se precisar de algo. E tome cuidado.

O garoto lhe deu número de telefone, Neil não atendeu o motivo mas guardou, e saiu encontrando os outros.

No carro Neil terminou ao lado de Andrew no banco de trás. Neil achou que seria problemático mas o loiro se encostou na janela e adormeceu, Neil passou o tempo listando tudo que poderia dar errado.

― Você poderia acordar Andrew? De preferência sem tocar-lo. Disse Nicky após um tempo

― Andrew. Chamou Neil

O loiro piscou lentamente associando.

― Saída. Disse Neil

Andrew se moveu para o meio do assento, suas coxas encostando na de Neil.

― Ainda não. É a saída que leva a waffle's house. Disse Andrew

― Aqui é a Carolina do Sul. Todas as saídas vão para lá. Disse Nicky

Andrew voltou o seu assento, Neil observou ele parecia distraído olhando para sua mão, quando o carro passou por ele a luz permitiu Neil ver os dedos de Andrew tremendo.

― Nicky. Disse Andrew

Nicky olhou para Andrew mesmo sem ver ele percebeu ao que seu primo estava se referindo, o mais velho acelerou.

― Estamos quase lá. Disse Nicky

― Estacione. Disse Andrew

― Estamos em uma rampa de saída. Retruca Nicky

― Agora! Ordena o loiro

Nicky fez o melhor que pôde para estacionar, mesmo que tenha freado bruscamente. Andrew abriu a porta rapidamente e vomitou.

― Onde estão os seus biscoitos? Perguntou Nicky quando Andrew ofegou

― Ele comeu tudo. Responde Kevin

― Todos eles? Meu deus Andrew. Disse Nicky horrorizado

― Cale a boca. Disse Andrew tentando se ajeitar com dificuldade. ― Só nos leve logo.

Nicky acelerou, mas o trânsito os atrasou em Columbia. O primeiro destino foi sweetie's. Assim que se sentaram o menu chegou Nicky nem leu.

― Estamos aqui apenas pelo sorvete especial. Disse Nicky

― Ok. Vou buscar para você. Disse a garçonete

Assim que ela se foi Nicky desfez seu sorriso, preocupado com Andrew que parecia pior agora. Kevin tirou os remédios do bolso e colocou sobre a mesa.

― Tome logo. Disse ele

Andrew ficou imóvel enquanto olhava o frasco.

― Foda-se. Retruca o loiro

― Você está em abstinência. Disse Neil entendendo a situação

― Guarde isso antes que eu enfie na sua goela. Ameaça Andrew

Kevin obedece, não demorou muito para o sorvete chegar. Depois que a garçonete saiu, Andrew espalhou os guardanapos revelando pacotes de pó amarelo pálido, o loiro abre dois saquinhos e desapega-los na boca.

― Experimente o sorvete. Você vai adorar. Disse Nicky

Neil obedeceu mas manteve sua atenção em Andrew, um minuto depois o loiro começou a comer, o que quer que tivesse engolido diminuiu os efeitos da abstinência. Eles pegaram a conta após terminarem seus sorvetes.

O Eden's Twilight era verdadeiro destino, era uma boate de dois andares assim que eles saíram deixando somente Nicky para trás para que pudesse estacionar, os demais entraram no clube ignorando a fila, a música era a alta, a pista de dança estava lotada.

Neil seguiu Kevin pelo salão. Demorou um pouco encontrar uma mesa, ela estava cheia de copos no entanto vazia. Andrew tirou os copos do lugar, assim que tudo estava certo, Andrew arrastou Neil para o bar. Dos três barman trabalhando, Andrew esperou um específico, assim que o homem avistou os lançou um sorriso a Andrew.

― Andrew, de volta tão cedo? Quem é a vítima? Perguntou o homem

― Ninguém. O de sempre. Disse o loiro

― E para você? Pergunta ele a Neil

― Eu não bebo. Respondeu Neil

― Refrigerante então. Disse ele se afastando

Assim que o homem voltou com a bandeja, Andrew pega-a com uma destreza incrível, que fez Neil se questiona. Assim que voltaram a mesa Nicky já havia retornado.

― Um brinde! Gritou Nicky e todos beberam juntos

Neil bebeu refrigerante que sua garganta queimou. Na outra rodada os pacotinhos apareceram, Andrew passou para todos, inclusive Kevin que não recusou, aquela ação deixou Neil decepcionado.

― Pó de biscoito. Tem gosto de sal e açúcar, dá um pouco de adrenalina. Não quer? Disse Nicky enquanto rasgava seu pacote

― Usar drogas é estupidez. Retruca Neil

― Isso foi preconceituoso. Disse Andrew com sorriso frio

― Não vou pedi desculpas por sua estupidez. Disse Neil

― Seria você o justiceiro? Pergunta Andrew. ― Está tentando dar seu melhor para me provocar.

― Justiça é para pessoas que não conhecem métodos melhores. Disse Neil friamente

― Calma, calma. Disse Nicky. ― Pó. Não é prejudicial. Só torna as coisas mais interessante. Acha que Kevin arriscaria seu futuro por isso?

― Que futuro? Pergunta Neil

Kevin lhe lançou um olhar irritado, mas Nicky interveio.

― Beba conosco se não quiser pó. Junto, no três.

Discutir não era opção, então Neil pegou seu copo. Nicky contou e Neil bebeu, assim que engoliu Neil percebeu que havia algo de errado, a bebida estava batizada. Neil se levantou mas Andrew o agarrou pelos cabelos o impedindo, e prendeu uma das suas mãos no mesa, assim que Neil mexeu a outra mão Nicky agarrou seu pulso.

― Eu percebi, você não? Você é um idiota. Disse Andrew

― Você... Vociferou Neil

― Pensou que ficaria tudo bem se fosse pedi a bebida junto? Roland sabe o que significa quando eu trago pessoas aqui. Responde Andrew

Neil tentou se soltou, mas Andrew puxou sua cabeça com mais força, a dor se instalou no pescoço do garoto, ele ficou imóvel. Andrew olhou em seus olhos.

― Quase lá. Só um minuto. Ele vai apagar. Até então, por que não se diverte um pouco? Disse o loiro

Assim que o Andrew soltou mais Nicky o arrastou para longe enquanto o coração de Neil batia descontroladamente. Nicky o arrastou para baixo o garoto tentou se livrar de mais velho, mas Nicky não o soltou até chegar no meio da pista de dança. Puxou o corpo de Neil contra o seu e segurou o queixo de Neil.

O beijo de Nicky trazia consigo o pó de biscoito, Neil não tinha outra escolha a não ser engolir.

― É assim que o jogo continua. Pare de lutar se quiser sobreviver essa noite. Disse Nicky contra o seu lábio

― Foda-se. Rosnou Neil

Você sabia que quando as pessoas estão drogadas, facilita as coisas para gente...

As palavras de Lola ecovam o fundo da sua mente, a náusea se instalando no seu estômago. Neil usou toda sua força para empurrar Nicky.

― Boa sorte, Neil. Disse ele antes de desaparecer na multidão

Neil caiu no chão, suas pernas se recusando a se mover, dois estranhos o ajudará. Neil tentou sair dali neste momento. Uma mão se aproximou de suas costas e o empurrou para fora, tirando-o da multidão e jogando-o contra a parede dos fundos. Andrew manteve distância a raiva de Neil era tão grande que poderia matar aquela cópia de seu amigo, mas seu foco estava todo em manter-se de pé.

― Tanta ingratidão. Essas bebidas foram caras. Disse Andrew

― Eu te odeio. Disse Neil com ênfase

― Pegue uma senha e entra na fila. Não vou perder meu sono por causa disso. Retrucou o loiro

― Melhor não dormir, eu vou te matar. Ameaça Neil

― Vai é? Você vai fazer, ou vai pagar alguém para isso? Você tem bastante dinheiro e pode fazer isso. Me pergunto, como um Zé-ninguem igual a você tem tanto dinheiro? Disse Andrew

― Encontrei na calçada. Retruca Neil

― Sério? É por isso que tenta não chamar atenção e nem gasta? A maioria da nossa equipe acha que você é um pobre coitado como a Dan. Renee e eu pensamos diferentes, achamos que você é como nós. Fu-gi-ti-vo. Disse Andrew inclinando-se

Se tivesse sóbrio ele não ficaria tão tenso.

― Cuide da sua vida. Disse Neil

― Hoje é dia de cuidar da vida do Neil. Não notou? Me dê algo para permitir que você fique. Disse Andrew

― A equipe não é sua. Não é sua decisão. Retruca Neil

― Eu posso prova que estar errado. Talvez chamar a polícia e checar seu nome? Talvez encontrem algo interessante? Indaga Andrew

― Péssima ameaça. A polícia nunca faria algo por você. Disse Neil

― Conheço um que sim. Se eu ligar e dizer que você é um problema, ele me priorizará. Insistiu Andrew

― Calado. Por que você me deixa em paz? Indaga Neil

― Porque não gosto de como você olha para ele. Edgar Allen está aqui e você também. Você um nada chamou atenção de Kevin. Você é um mentiroso dos pés a cabeça, cheio da grana e tem tesão para cima de Kevin e Riko. Entende? Disse Andrew

Neil ficou confuso com tudo.

― Eu não sou um espião. Você está brincando comigo? Questiona Neil

― Prove. Tem um minuto para pensar. Você tá testando minha paciência. Volto logo. Disse Andrew

Andrew se afastou, e Neil tentou fugir. Quando finalmente avistou as escadas, ele se levantou apenas para Nicky achar-lo e o arrastar de volta para a multidão. E o resto da noite foi uma loucura.

De manhã Neil acordou desconcertado, deitado em uma cama que não era a sua e olhando para um teto completamente desconhecido. Neil estava tentando associar mas sua cabeça doía com o inferno, ele tentou olhar ao redor, uma figura de cabelos pretos dormia sentada encolhida em uma cadeira. O garoto tenta se levantar mas a náusea sobe fazendo ele vomitar, seu corpo pesado devido as drogas.

― Vejo que acordou. Diz Ethan olhando para Neil

― Onde? Pergunta Neil rouco enquanto tentava se recuperar

― Na minha casa, não muito longe de Palmetto States. Responde o garoto se movendo para sair da cadeira e se esticar

― Como? Exige Neil confuso

― Você me ligou, e eu te trouxe. Disse Ethan. ― Não pergunte o porquê.

Neil abriu a boca e depois a fechou, a tontura em seu corpo era muito grande, ele queria ir embora mas ele duvidava que conseguiria. Ethan caminhou até o guarda-roupa tirando algumas mudas, e depois se aproximou da cama. Neste momento Neil percebeu um hematoma na bochecha de Ethan e seus lábios estavam meio cortados, a realidade o atingiu.

― Você brigou com os monstros. Conclui Neil

― Não, na verdade eu e eles fizemos uma dança sensual uns para os outros. Zomba Ethan. ― Agora tome seu banho, tenho que te levar para o dormitório o mais rápido possível.

Neil aceitou a ajuda do garoto para ir até o banheiro, assim que o outro saiu Neil trancou a porta, ele não sabia se devia ou não confiar em Ethan, mas era verdade que eles teriam que estar na fox tower um quanto antes.

Após terminar o banho, e colocar as lentes de contato de volta, sua cabeça não zumbia tanto como anteriormente. Assim que saiu se deparou com Ethan enfaixando um dos braços.

― Se quiser água, tem copo e a torneira tem água, sirva-se a vontade. Disse o garoto terminando

Neil bebeu um pouco de água.

― Então, vamos. Disse Ethan

Os dois saíram da casa a moto estava estacionada do outro lado da rua, assim que Ethan deu a partida acelerou, não deu nem cinco minutos dirigindo como um louco e logo estavam no dormitório. Assim que entraram, Dan se aproximou dele procurando por ferimentos.

― Você está bem? Pergunta Dan

― Estou bem. Responde Neil percebendo que Ethan já havia se afastado

No seu quarto estavam Matt e Seth conversando.

― Estamos pretendendo fazer uma noite de jogos e beber um pouco, vai querer? Pergunta Matt

― Não. Obrigado. Disse Neil. ― Vou dormir.

Neil se deitou e pensou em uma história que fosse boa o suficiente para Andrew acreditar, assim que o fez ele se permitiu relaxar. Após algum tempo Andrew apareceu em seu quarto, pela expressão facial ainda estava sóbrio.

― Então se divertiu? Perguntou Andrew

― Vai se fuder. Responde Neil calorosamente.― Qual seu problema? Como pode ameaçar Nicky por dar em cima de mim, mas me drogar contra minha vontade? Por que você não me deixa em paz?

Andrew ficou em silêncio.

― Me diga por que está fazendo isso? Pergunta Neil

― Já disse. Ainda estou esperando a resposta. Retruca o loiro

― Já respondi que não sou, seu idiota, você é retardado se pensa que sou. Retruca Neil irritado

― Então me corrija. Disse Andrew

― Me dê um motivo. Retruca Neil

― Além do óbvio? Se você não me responder, eu mesmo vou buscar a resposta onde eu poder. Que tal começar pelos seus pais? Questiona o loiro

― Boa sorte. Eles estão mortos. Disse Neil com calafrios

― Você os matou? Pergunta Andrew casualmente

― Você matou os seus? Retruca Neil

― Eu não tenho pais. Disse o loiro com desdém

Era verdade nenhum dos gêmeos tinha pais.

― Eu não matei meus pais. Disse Neil

Neil tentou falar a história que inventou mais cedo, mas não faria em biz alta para colocar realismo a mentira.

― Família de Riko fez. Disse Neil

Aquilo chamou a atenção de Andrew, e Neil continuou.

― Meu pai era um aviãozinho deles, sem importância, mas tinha certo poder. Ele fez alguns negócios com a Edgar Allen, foi quando eu conheci Kevin e Riko, sem saber quem eles eram. Eu estava animado para ter crianças da minha idade, eu queria fazer amizade. Neil respira. ― Então meu pai roubou os Moriyamas, é claro que quando descobriram o mataram junto com a minha mãe. Eles iam me matar então eu fugir com o dinheiro.

Andrew não estava sorrindo, mas Neil estava assim ele colocou a mão na boca na tentiva de esconder.

― Tive sorte de Kevin não me reconhecer. Ele tudo que restou da minha vida real. Mas se Kevin ou riko me reconhecerem isso vai chegar aos Moriyamas, e eu sei o que eles farão.

Andrew se aproximou.

― Então por que veio? Pergunta o loiro

― Porque estou cansado de correr. E minha inveja por Kevin me impede de me afastar. Ele é como eu mas ao mesmo tempo é tão diferente pois ele tem você, eu não tenho nada. E sempre serei um nada. Disse Neil derrotado

Andrew o olhou com algo parecido com compreensão.

― Me deixe ficar. Não estou pronto para desistir ainda. Disse Neil calmamente

― Fique se puder. Você e eu sabemos que isso durara pouco. Disse ele

Andrew foi a primeira pessoa que Andrew disse uma meia-verdade desde que começou a fugir, Andrew ouviu tudo sem pestanejar, era algo admirável. Mas Andrew nunca será o seu amigo, assim como seu amigo nunca voltará.

― Vou partir após o jogo contra Edgar Allen. Mesmo que eu esteja diferente, não posso arriscar que Riko me reconheça. Neil disse

― Você parece muito querer viver mesmo sem motivos. Talvez que queira explicações na nossa próxima conversa. Disse Andrew

― Nunca mais conversaremos assim. Diz Neil

― Não. Responde Andrew

― Você vai contar ao Kevin? Pergunta Neil com hesitação

― Não faça perguntas estúpidas. Retruca Andrew

O alívio se instalou no seu estômago após isso, Andrew saiu deixando Neil sozinho.

Notes:

N.A: o que vocês estão achando? Provavelmente o próximo capítulo será do Andrew e depois de Aaron, talvez eu lance um POV de Kevin.

Obrigado por ler este capítulo ☺️

Não esqueça de deixar seus comentários e sua estrelinha....

Até a próxima semana!!!!

Chapter 16: Como vou dizer adeus???

Summary:

― Eles fizeram isso? Disse ele gesticulando para o antebraço do loiro

― Não, foi a minha mãe. Respondeu Aaron tocando na queimadura de cigarro. ― Foi em um de seus ataques de raiva.

O ruivo parecia triste com essa informação, porém seus olhos também mostravam compreensão.

― Ora, não precisa ficar assim. Isso não é nada. Disse o loiro com um sorriso

Era verdade que era pouco se considerassemos as várias vezes que sua mãe tentou matar-lo.

― Você não merecia isso. Replica Abram com uma voz baixa

― Nenhum de nós merece isso. Retruca Aaron acariciando os cachos de seu amigo

Notes:

N.A: Estamos no pov de Aaron novamente gente, este capítulo é apenas uma breve iniciação para o próximo capítulo do nosso pequeno!!!

T.W: agressão física/verbal
Tortura
Assassinato
Máfia
Ameaça
Menção a tráfico passado

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

No seu aniversário de onze anos Aaron estava feliz porque esse é o primeiro que ele não passava sozinho, pois agora ele tinha a amizade de Abram, e isso era o suficiente para deixar o pobre garoto feliz. Em meio ao período que passaram juntos, eles compartilharam segredos e cicatrizes. A um mês atrás, uma tarde de setembro em uma pausa de suas partidas, os dois estavam sentados no chão, e Abram perguntou:

― Eles fizeram isso? Disse ele gesticulando para o antebraço do loiro

― Não, foi a minha mãe. Respondeu Aaron tocando na queimadura de cigarro. ― Foi em um de seus ataques de raiva.

O ruivo parecia triste com essa informação, porém seus olhos também mostravam compreensão.

― Ora, não precisa ficar assim. Isso não é nada. Disse o loiro com um sorriso

Era verdade que era pouco se considerassemos as várias vezes que sua mãe tentou matar-lo.

― Você não merecia isso. Replica Abram com uma voz baixa

― Nenhum de nós merece isso. Retruca Aaron acariciando os cachos de seu amigo

Após aquela tarde eles compartilhavam tudo, porém um novo ano chegou Abram foi mandado para treinar em uma liga infantil de Exy de verdade, o que significava que os amigos só se viam nos fins de semana.

Três meses após o aniversário de Abram, um grande acontecimento veio, de noite Di Marcio apareceu no quarto do loiro.

― Vamos, jovenzinho. Anunciou o homem

Aaron achou aquilo estranho, já que até então isso nunca havia ocorrido, porém a contra gosto o garoto seguiu o mais velho parando somente para colocar a máscara e o gorro. Os dois chegaram no carro, não era uma carro de luxo nem nada do tipo, era apenas um carro preto comum.

Pelo menos não é uma caminhonete... Pensa Aaron, lembrando da humilhação de andar no carro que ele supôs que era de Romero.

Quando o loiro entrou no carro não esperava ver Nathan Weninskin sentado no banco do motorista.

Fudeu... Exclama o garoto mentalmente

Nathan sorriu para o pequeno pelo retrovisor, o que fez o sangue do mais novo gelar.

― Olá senhor Weninskin. Disse Aaron

― Vamos dar um passeio. Avisa o ruivo normalmente

Cada célula de Aaron quis saltar para fora de seu corpo, sua mente buscava incansavelmente por algo a procura de algum erro ou escapulida, porém não achou nada. Neste exato momento, tudo que o loiro queria fazer era pular daquele maldito carro. Seus pensamentos foram interrompido quando Di Marcio sentou ao seu lado no banco de trás. O coração do garoto disparou, os alarmes soavam altamente em sua cabeça. O carro finalmente começou a se mover, Aaron torcia a bainha de sua camisa com as mãos um hábito que adquiriu quando era muito novo, algo que fazia para se distrair.

Na metade do caminho uma náusea se instalou no estômago, ele não havia saído daquela casa faz muito tempo, ele estava longe sua casa não conhecia aquele local e estava longe de conhecer tão bem assim.

Ao chegarem no local revelou um estádio imenso preto e vermelho com um grande corvo, Aaron observou tudo aquilo fascinado, eles pararam no estacionamento VIP, haviam outros carros ali, mas o que chamou a atenção do garoto foi um grande carro preto, ou melhor dizer, uma limosine preta estacionada ali.

Os três caminharam pelos corredores escuros, e subiram as escadas até um portão, ali a sua frente haviam alguns seguranças os aguardando, o primeiro se moveu para abrir a porta assim que estavam perto o suficiente.

Era uma sala enorme, escura com várias luzes vermelhas, homens sentados, quatro homens para ser mais específico, e os outros estavam de pé ao redor da sala. Havia uma lona estendida no chão era algo razoavelmente estranho, tudo ficou ainda pior quando um homem entrou pela porta, teoricamente ele não entrou mas sim foi arrastado.

― Ora, ora. Achou que iria escapar? Pergunta uma voz

Aaron virou-se para olhar quem era, logo reconheceu o homem, era o mesmo homem que estava no evento do verão passado. Agora a expressão no rosto do homem era fria e calculado.

― Senhor eu...

O barulho de uma bengala batendo contra o chão fez o loiro sobresaltar assustado, Nathan se moveu aproximando-se do homem culpado, o próprio tinha olhos apavorado porém no fundo havia um brilho perigoso, algo dizia a Aaron o que quer que o homem tivesse feito para o mais velho, era intencional sem sombra de dúvidas.

Aaron sabia o que aconteceria ali, mas isso não impediu que ele se sentisse enjoado.

― Me diga, o que te fez acreditar que tentar matar um Moriyama seria uma boa ideia? Diz Nathan com seu enorme sorriso se fazia presente agora

― Eles me pagaram para isso. Responde o homem insolente

― Quem? Pergunta o ruivo com tom perigoso

― Negócios são negócios, meus clientes são totalmente confidenciais. Diz o homem assumindo também uma postura perigosa, porém tensa

― Um assassino de aluguel. Fala Nathan gargalhando em seguida. ― Di Marcio.

Di Marcio se aproxima de Nathan com duas armas uma faca e uma machadinha.

― Vejo que você não vai me dizer, então serei obrigado a arrancar isso de você. Diz ele em um tom divertido

Aaron esperava que aquilo não durasse muito.

― Prefiro morrer do que dizer algo a você. Fala o homem sem rodeios

― Ah sim. Você vai preferir morrer, todos sempre imploram por isso. Fala Nathan fingindo decepção enquanto examina as opções de armas

Por fim a machadinha foi escolhida, mas ele acena para Di Marcio se manter perto. Após alguns minutos o homem revelou quem era o seu mandante Sthephan Dobble um homem que comandava as áreas do Norte, uma máfia inimiga, depois que a informação foi vazada Nathan trocou sua arma para cutelo. E seu chefe mandou chamar alguém, Aaron se afastou para ficar na escuridão afinal ele não poderia ser visto por muitos capangas, o garoto se moveu para o canto onde as pessoas não poderiam enxergar-lo facilmente, alguns homens olharam para ele durante o processo, assim que se escondeu três figuras apareceram na porta, uma delas era Abram impecável com seu uniforme preto e carregava uma raquete de Exy, os outros dois eram um garoto de cabelos escuros e olhos verdes que parecia horrorizado ao perceber do que se tratava, e outro garoto cabelos e olhos negros ficou pálido ao ver o que acontecia seus ombros tremiam de modo que dava para perceber que ele estava segurando as lágrimas.

Então é assim que pessoas normais reagem? Aaron se perguntou naquele momento

O sangue tomava conta do chão enquanto Nathan cortava o homem em pedaços com um sorriso que faria até mesmo o diabo tremer de medo. Era completamente doentio a cena que as quatro crianças. Quando tudo terminou " Day" como dizia sua camisa, estava preste a desmaiar;  "Moriyama" o pequeno já havia cedido as lágrimas, enquanto Abram e Aaron permaneciam sem expressão acostumados com aquela façanha.

Os três garotos foram dispensados, e ficaram apenas os adultos e Aaron ali, alguns homens começaram a limpar a bagunça feita de membros humanos e sangue enquanto Nathan se aproximava do seu chefe.

― Senhor Moriyama. Cumprimentou o Weninskin

― Weninskin, Weninskin cada dia você me surpreende ainda mais. Diz o "Moriyama"

Di Marcio se aproximou de Aaron assim que percebe sua presença.

― Saia. Diz ele

Aaron queria argumentar dizendo que não sabia para onde ir, mas decidiu que era melhor obedecer o que o homem dizia. O loiro saiu da sala e andou pelos corredores, sentia que alguém estava o seguindo durante o caminho então ele só caminhou até perder a paciência e se virar para ver quem era, uma figura estava o encarando, não era alto o suficiente para ser um adulto e seus traços ainda eram meio infantis, seus olhos e cabelos pretos indicavam quem ele poderia ser.

― Um Moriyama. Murmurou Aaron

O garoto não sabia de onde havia tirado essa conclusão, no entanto algo lhe mostrou que ele estava certo, pois o mais alto acenou em reconhecimento.

― Quem é você? Perguntou o moreno

Que insensato, nem se apresentou... Pensou o loiro

― Você deveria se apresentar primeiro, antes de perguntar meu nome. Fala Aaron

― Sou um Moriyama e é tudo que você precisa saber. Diz o jovem Moriyama com desprezo

― Neste caso... Sou Minyard. Diz o loiro pois ele não cederia facilmente

― Esse não é seu nome. Comenta o mais alto

E você sabe meu nome por acaso? Pensa Aaron divertido

O loiro arqueia uma sombrancelha em questionamento.

― Minyard é um sobrenome. Diz o Moriyama. ― E eu quero saber seu nome.

Aaron cruza os braços contra o peito, enquanto encara o jovem a sua frente, era cômica a diferença de altura entre os dois. O loiro não cedeu optando por ficar em silêncio, enquanto a paciência do mais velho se esvaia, Di Marcio surge atrás do garoto mais velho.

― A reunião acabou, estamos indo embora. Diz ele e se vira para o Moriyama e reverencia. ― Olá jovem Moriyama, o lorde está o esperando.

Lorde? Se pergunta Aaron mentalmente

O loiro começou a se mover para seguir Di Marcio, porém o jovem Moriyama se colocou no caminho o impedindo de passar.

― Você não respondeu a minha pergunta. Diz o garoto

― Estranho, mas eu acho que não lhe devo nada. Afinal se me lembro bem, as únicas pessoas que podem exigir algo de mim, são os Weninskins pelo que diz o contrato. Retruca o loiro em teimosia

― Aaron! Diz Di Marcio em tom de advertência

Aaron bufou enquanto o jovem Moriyama sorriu conseguindo o que tanto queria.

― Aaron. Repetiu o Moriyama testando o som

O loiro sentiu suas bochechas esquentarem, e ele começou a se apressar o passando.

Di Marcio é um idiota...

― Sinto que nos veremos novamente, Aaron Minyard. Diz o jovem

― Até mais príncipe Moriyama. Disse o garoto

Di Marcio o guiou em todo o caminho até o carro, assim que o carro ligou o mais velho suspirou.

― Foi uma noite e tanto. Disse Di Marcio pousando os olhos no loiro

― Ainda temos assuntos para tratar na costa Leste mais tarde. Disse Nathan enquanto dirigia

― Sim senhor. Aaron sabe sobre os Moriyamas? Pergunta Di Marcio calmamente

― Deixei os três atrapalhados para explicar isso. Por quê? Diz o ruivo levemente irritado

― Ele praticamente desafiou o filho de Kengo Moriyama. Comenta o outro homem

Aaron fica tenso, pois não sabia o que essa ação poderia gerar.

Algo me diz que estou ferrado... Pensa o loiro

Arrepios percorriam sua espinha, o loiro apertava as mãos no joelho, o medo agora tomando conta.

Isso é ruim... Muito ruim...

― Ah é? Diz Nathan seu olhar era frio e divertido. ― Estranho ele aparece tão quieto agora.

A náusea se instalou no estômago do garoto, afinal ele já havia visto aquela expressão no rosto de Lola e Jackson quando estavam preste a fazer algo cruel.

― O que você disse a ele? Perguntou o homem casualmente

― Eu... Disse Aaron baixo

O garoto limpou a garganta para tentar novamente.

― Eu só disse a verdade. Responde o loiro calmamente

― Não foi isso que eu perguntei, e eu não gosta de enrolação. Diz Nathan perigosamente

Aaron apertou as mãos no joelho com mais força, os nós de seus dedos ficaram brancos.

― Eu disse que ele não tinha direito de exigir resposta, pois não era o sobrenome da família dele que estava no contrato que minha mãe assinou. Responde Aaron

― E que ele perguntou a você? Pergunta Nathan intrigando

― Meu nome. Respondeu o loiro

― Você está me dizendo que você arrumou encrenca porque ele perguntou seu nome. Disse Nathan

Aaron assentiu sentindo suas bochechas, era idiota escuta o que ele fez em voz alta.

― Em minha defesa, ele também não se apresentou. Defendeu o loiro

― Ele é um Moriyama, ele não deve nada a você. Diz o ruivo

O garoto pisca confuso.

― O que era para eles terem me contado sobre os Moriyamas? Pergunta Aaron confuso

Aquele foi o momento em que o garoto viu a paciência de seu chefe esvair-se, nenhum deles disse nada até chegar ao casarão, os três desceram. Nathan bateu a porta do carro com força e depois se virou para Di Marcio.

― Chame os três patetas. Ordena o ruivo e depois se vira para Aaron. ― E você vem comigo para o escritório.

Oh agora eu realmente estou fudido... Pensou o garoto ele fechou os olhos com força

― Sim senhor. Responde ele

Di Marcio se afasta, enquanto Nathan e Aaron seguem para escritório chegando ali o ruivo tira o sobretudo, enquanto o loiro respira normalmente sem a máscara, o homem se sentou na cadeira.

― Você sabia,que existem lugares que você pode atirar em alguém sem matar-lo? Diz Nathan

― Não. Por que você vai atirar em mim? Pergunta Aaron tentando parecer inocente

― Não. Eu não vou atirar em você. Disse o ruivo

Ora, então por que comentou? Pensa Aaron

O ruivo pega o telefone e disca algum número.

― Di Marcio me traga gelo e sal. Ordena ele

O loiro ficou quieto durante os cinco minutos de espera, apenas olhando para o chão. Quando o capanga de Nathan chegou trazendo o que o homem havia pedido.

― Lola, Jackson e Romero já chegaram. Diz o homem

― Depende eu falo com eles. Diz o ruivo. ― Agora saia.

Di Marcio saiu deixando apenas os dois no escritório.

― Sinceramente eu acho que um bichinho de estimação não precisa de uma língua. Comenta Nathan pegando a faca

Aaron olha para o homem horrorizado, e coloca a mão sobre a boca na tentativa de tapar-la, o ruivo vendo a reação do garoto começa a rir.

― Eu arrancaria a sua língua, mas como aqueles três filhos da puta esqueceram de te informar sobre o assunto, eu não posso fazer isso. Então fica para próxima, não é mesmo? Diz ele largando a faca na mesa. ― Claro que você será punido pelas suas ações.

Aaron sabia que não deveria cantar vitória antes do tempo, uma estranha ansiedade se instalou em estômago, ele só queria que isso acabasse logo.

O que seria está punição?

Como eu queria ir embora...

Quero que isso acabe logo...

Um bacia foi colocada no chão em frente ao loiro, ela estava com gelo seco e sal.

― Fique de pé dentro dessa bacia. Disse Nathan. ― Ah tire os sapatos antes.

Aaron tirou os sapatos e entrou na bacia, assim que o fez uma sensação esquisita, seu primeiro pensamento foi de sair dali, mas aparentemente essa era sua punição. Era uma mistura de quente com frio.

― Bem os Moriyamas são uma máfia. Diz Nathan pegando alguns cubos de gelo seco com uma pinça e colocando na mão do garoto

O loiro range os dentes com sensação de queimação.

― Feche a mão. Ordena o ruivo

O garoto faz isso e a dor ameaça a tomar conta, ele luta contra a enorme vontade de soltar os pequenos cubos.

― Eles são da Yakuza. Você sabe o que é isso? Pergunta o homem

Aaron balança a cabeça em negação. O garoto mordia o lábio tentando ameniza a dor.

― Eles são a máfia japonesa, você deve respeito a eles. Entendeu? Se algo parecido acontecer novamente, eu me ligarei da sua família. Diz ele assumindo um tom perigoso

O loiro assentiu, seus olhos estavam turvos por causa da dor, sua pernas dormente e doendo ele sentia que sua pele seria arrancada quando ele se movesse para sair.

Após algum tempo Nathan finalmente ficou satisfeito, Aaron olhou para suas mãos que estavam com bolhas.

― Veja o gelo seco é um dos piores quando se trata de queimadura e sal apenas intensifica os dano, alguns casos as pessoas podem perder os membros de seu corpo. Diz Nathan antes de Aaron sair

Do lado de fora os outros esperavam, o loiro passou por eles em direção ao seu quarto, era difícil andar devido as bolhas seus pés o garoto não podia enxergar direito por causa que estava chorando de tanta dor.

Aaron chegou em seu quarto e se deitou, chorou até pegar no sono.

Na manhã seguinte tudo parecia extremamente quieto, somente a dor e ardência acompanhavam Aaron.

Parece que não vou poder usar as mãos por um tempo... Concluiu ele

O garoto examina o estrago, as bolhas em suas mãos eram um tom avermelhado, os pés estavam igualmente ruins exceto que um pedaço de pele havia sido arrancado, e uma parte de carne estava exposta dando uma aparência muito feia, o loiro agora andava mancando, o banho foi extremamente difícil, o sabão ardia em suas feridas, quase o fazendo chorar.

Muito silêncio... Pensou Aaron

Nem Jackson e nem Lola estavam a sua espera do lado de fora.

Estranho...

Horas se passaram o loiro começou a sentir fome, o garoto saiu de seu quarto na tentativa de subir, porém a porta que dava acesso a casa estava fechada, ou seja ele estava trancado novamente no porão.

Aaron passou o dia em seu quarto, no entardecer um homem apareceu, era um dos capangas de Nathan, um dos que Aaron nunca havia visto até então.

― Aaron certo? Diz ele

O loiro assenti em reconhecimento.

― Onde estão os outros? Pergunta Aaron

― Com Nathan, a vadia da Mary e seu filho fugiram nesta madrugada. Comunica o homem

Aaron arregala os olhos em surpresa.

Mary e Abram fugiram?  Repete mentalmente

O loiro sentiu uma mistura de alívio, felicidade e tristeza.

Abram vai ficar bem. Isso é bom. Isso significa que a nossa promessa começa agora... Pensa Aaron

Sem perceber as lágrimas começaram a cair, estas eram de puro alívio.

Abram vai está longe desse inferno. Por favor Mary, proteja ele enquanto eu ainda não consigo, não permita que eles arrastem vocês de volta... Pensa Aaron, desejando do fundo de sua alma

Aaron apartir de agora arrumaria um jeito de cumprir sua promessa com Abram.
______________________________________
!!!!

Notes:

N.A: desculpe a demora na verdade eu já tinha escrito esse capítulo a muito tempo, mas eu escrevo pelo caderno se não, eu não consigo focar em escrever se for só pelo celular.

O próximo capítulo será de Neil, talvez demore um pouco pq eu voltei para escola, e depois de Andrew. E próximo capítulo de Aaron vai ser pesado.

Obrigada por ler este capítulo 😊

Não esqueçam de deixar seus comentários e sua estrelinha.

Até a próxima!!!

Chapter 17: Um enigma e um mentiroso...

Summary:

Andrew não disse que Betsy estava trabalhando ali por sua causa, pois dos inúmeros psiquiatras que o loiro passara apenas Bee foi capaz de permanecer, ela foi a única que Andrew não conseguiu quebrar, ela parecia ter uma força inabalável.

Notes:

N.A: bom dia/boa tarde e boa noite galera, hoje POV de Andrew aproveite.

T.W: Remédios de Andrew
Menção a Drake
Menção a abuso passado
Início de ataque de pânico

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Os veículos estacionados em frente a casa de Abby diziam que o treinador e Ethan já estavam ali, mas o carro de Bee não estava em lugar algum Andrew notou. Eles entraram na casa sem cerimônia afinal eles eram o que Nicky chamava de "família". Assim que Wymarck os viu apontou para Nicky.

― Hemmick, venha aqui e seja útil pelo menos uma vez na sua vida. Arrume a mesa. Ordena o treinador

― Ahh, treinador, por que você sempre implica comigo? Você já começou, não pode terminar? Reclama Nicky

Nicky tinha um ponto na visão de Andrew, mas ele estava mais interessado em ver a cena.

― Cale a boca e trabalhe. Retruca Wymarck

― Vocês não sabem se comportar na frente do convidado? Pergunta Abby

― Não temos convidado. Neil é uma Raposa. Ele não será mimado só porque é seu primeiro dia. Se não ele ficará desacostumado e vai sofrer em junho no verão. Disse Wymarck

― David? Cale a boca e veja os legumes. Kevin, verifique o pão no forno. Nicky, mesa. Onde está o Ethan? Ethan venha ajudar o Nicky. Abby se vira para o loiro. ― Andrew Joseph Minyard, é melhor isso não ser o que eu estou pensando.

A mulher se aproxima tentando tirar a garrafa de Andrew, mas o loiro rir e vai para o corredor, indo até a escada para guardar a garrafa para mais tarde e volta a tempo de escutar um pouco da conversa.

― ... Eu sou Abby, a enfermeira da equipe. Eles não te incomodaram tanto, não é? Pergunta ela

― Não se preocupe. Na verdade vai demorar um pouco para resolvermos ele. Me dê até agosto. Avisa Andrew

― Andrew... Adverte a enfermeira

O loiro volta para a sala de mãos vazias.

― Bee estará para consertar-lo. Ela vai se sair bem com Neil. Você a convidou, certo? Pergunta o menor

Andrew acreditava na capacidade de Bee, porém ela não apareceu hoje, isso o deixaria desapontado se ele se importassem.

― Sim, mas ela recusou. Ela disse que tornaria a situação estranha. Responde Abby

Andrew se perguntou o que havia de tão estranho na visita de uma psiquiatra no primeiro dia de Neil, quando ela já fazia parte da família.

― Os únicos estranhos são Nicky e Andrew. Disse Wymarck

Neil parecia confuso com toda aquela conversa.

― Bee é a psiquiatra, ela trabalhava no centro juvenil, e agora está aqui. Vai conhecer-la logo. Explica Andrew

Andrew não disse que Betsy estava trabalhando ali por sua causa, pois dos inúmeros psiquiatras que o loiro passara apenas Bee foi capaz de permanecer, ela foi a única que Andrew não conseguiu quebrar, ela parecia ter uma força inabalável.

― Eu tenho? Pergunta Neil

Algo dizia ao loiro que o novato não gostava de psiquiatras assim como mais da metade da população.

― É obrigatório, uma vez a cada semestre, sendo uma apenas para conhecer-la. Explica Abby

Obviamente essa regra não se aplicava a Andrew, logo que era uma parte de sua liberdade condicional.

― Betsy é ótima, você vai adorar-la. Disse Nicky

― Vamos comer. Sugere Abby

O jantar se seguiu. Neil e Wymarck sairam depois das dez horas da noite. Na manhã seguinte Kevin parecia ter acordado com um formigueiro no corpo, Andrew odiava as manhãs como odiavam a obsessão do homem por Exy.

― Vamos, Andrew. Disse Kevin pela centésima vez naquela manhã

O loiro apenas lhe deu um olhar entediado.

― Você não percebe que quanto mais você apressar-lo, mais ele vai demorar para terminar. Diz Nicky cansado

Os dois homens estavam o esperando terminar seu café, o fato de Andrew ter acordado por último só piorava a situação, afinal o processamento do loiro estava lento. Na verdade existiam dois motivos para o loiro estar demorando, primeiro ele estava atrasando a dosagem de remédio e segundo porque ele estava sendo apressado, e ele amava contrariar.

Alguns momentos depois todos estavam na quadra, Neil já os esperava. Após se arrumarem Kevin empurrava Andrew para o gol.

― Agora, você vai ficar no gol e deixar os outros fazerem gol em você. Disse Kevin

Andrew riu das palavras, dito que o loiro adorava contrariar as ordens do homem.

Maldito bastardo... Pensa o loiro

O intervalo chegou com ninguém além de Kevin fazendo gol, todos pareciam meio frustrados e Andrew adorava ver-los assim. Kevin expulsou os outros da quadra, ficando apenas ele e o loiro treinando. Após um tempo os outros não voltaram, Andrew resolveu procurá-los, ou melhor assim dizer procurar Nicky.

Quando abriu a porta lá estavam todos intactos, o que era um feito surpreendente.

― Kevin quer saber por que vocês estão demorando tanto. Se perderam? Questiona Andrew

― Diga para ele enfiar a raquete dele na bunda, e parar de reclamar. Disse Ethan

Sério?

Andrew arqueou uma sombrancelha em questionamento, ele tinha que admitir que todo mundo na equipe em algum momento já havia dito isso a Kevin. Sem esperar mais ele se virou e foi ao encontro de Kevin, que parecia está refletindo sobre a vida no meio da quadra. Assim que os outros apareceram.

― Ethan fica comigo. Nicky e Andrew ficam com a criança. Disputa entre dois times com um gol livre. Disse Kevin

Andrew queria rir da situação, pois Ethan havia acabado de reclamar dele.

― Eu não sou uma criança. Vice é apenas um ano mais velho que eu. Disse o novato

― Mas Neil não deveria praticar tiros no gol? Indaga Nicky

― Se eu achasse que ele chegaria ao gol, eu teria feito. Retruca Kevin grosseiramente

― Grosso. Vamos garoto. Disse seu primo para Neil

Andrew não estava nem pouco interessado nessa jogabilidade, então não defendeu o gol deixando Kevin marcar.

― Você poderia ao menos tentar. Disse Kevin

― Poderia, não é? Talvez outro dia. Diz Andrew em zombaria

Após quarenta e cinco minutos Kevin expulsa os defensores da quadra e agarra Neil o levando para perto do gol de Andrew, o loiro se ajeita interessado.

Isso vai ser bom...

― Bola. Ordena Kevin e Andrew a arremessa. ― Fique aqui e arremesse em Andrew até ele cansar. Quem sabe você marque.

Um novo joguinho? Então tá, vamos testar você little fox...

Kevin sai após isso deixando apenas os dois, não demora muito para Neil começar  a arremessar, seu primeiro chute Andrew rebateu para longe. O jogo continua com Neil arremessando e Andrew defendendo todas. Após um tempo os chutes de Neil ficaram mais fracos, Andrew sabia que o garoto estava cansado. O loiro era acostumado a defender chutes melhores e também jogar partidas inteiras com abstinência, então sua resistência era bem maior que a do garoto novato a sua frente. Assim que Neil chegou a exaustão perdendo a posse da raquete, Andrew riu da teimosia do garoto.

Ele é tão viciado nesse jogo quanto Kevin...

O loiro sem piedade arremessou uma bola em Neil, que tentou se defender como pode lançando um olhar furioso para o ele que não se importou.

― Vamos. Tic-tac. Não vou esperar para sempre. Disse Andrew

O goleiro sabia que Neil não tinha condições de continuar, mas o idiota não desistia, tentando novamente e fracassando.

― Ah, não! Acho que Neil não pode continuar. Disse Andrew em zombaria

Neil tentou novamente, o fracasso veio na certa.

― Consegue ou não? Pergunta Andrew retoricamente

O jogo já havia perdido a graça para Andrew, seria ruim se o novato se machucasse pela sua imprudência.

― Já terminamos. Disse Andrew saindo do gol e indo até Neil

O loiro colocou o pé em cima da raquete, Neil tentou puxar-la  dali mas não conseguiu, então tentou tirar o pé de Andrew porém o garoto estava exausto a ponto de quase desmaiar.

― Sai de cima da minha raquete. Disse Neil entre dentes

― Me tire. Quero ver você tentar. Provoca Andrew

― Não me provoque. Avisa o recruta

― Palavras ferozes um idiota. Você é estúpido como qualquer atleta. Comenta o loiro

― Hipócrita. Disse Neil

Andrew se retirou, deixando o garoto sozinho para lidar com a bagunça. Assim que saiu da quadra Nicky e Kevin já haviam tomado banho. E Ethan já havia indo embora.

― Boas novas pessoal, Neil vai ficar para limpar. Disse Andrew divertido

Nicky geme frustrado.

― Coitado dele. Disse seu primo

― Desculpe Hemmick, mas você quer ficar para ajudar-lo? Pergunta Andrew com um sorriso medonho

― Não. Disse Nicky rapidamente

― Vou ligar para o treinador e avisar a ele. Disse Kevin

Andrew foi tomar banho e os três partiram deixando o garoto para trás.

Dois semanas depois, Andrew havia levado Kevin ao seu treino noturno quando Josten apareceu, ele observa Kevin, mas logo percebeu seu olhar.

― Não vai jogar com ele? Pergunta Neil

― Não. Responde Andrew sentado nas arquibancadas observando enquanto Kevin treinava

― Seria bom se você fosse. Comenta o recruta após um tempo

― É? Questiona Andrew sem emoção

Neil se virou para olhar-lo, ele parecia surpreso? Não, havia um estranho reconhecimento nos olhos do garoto, ele desviou o olhar para as braçadeiras de Andrew.

Ah, sim é a primeira vez que ele me ver com ela... Pensa o loiro

O loiro retirou a lâmina fria debaixo da braçadeira.

As facas de Renee

Ele percebeu que o novato ficou tenso.

― Tem alguma proteção aí embaixo ou é uma tentativa de suicídio lento? Pergunta Neil curioso

― Sim. Responde o loiro

O garoto ficou confuso mas não insistiu.

― Com quantas facas você anda? Indaga o novato

― O suficiente. Disse Andrew

Oito pares... Sua mente completou desnecessariamente

― Por que você odeia Exy? Pergunta Neil

― Apenas não me importo com ele. Responde Andrew lentamente

― Mas você tem talento. Retruca Neil

― Seu elogio é irrelevante e não leva lugar nenhum. Retruca o loiro.

― Estou falando a verdade. Você poderia ser algo se quisesse. Disse o recruta

― Kevin acha que você vai ser um campeão. Disse que você será profissional. Ele prometeu ao treinador. Afirma Andrew

A verdade é que Andrew não entendia Kevin.

― Mentira. Diz Neil convicto

― Ou você não quer acreditar. Ainda tem algumas coisas para serem resolvidas em você, pois não soma. Disse o loiro

Na visão de Andrew, Neil era uma verdadeira contradição, era algo imprevisível e isso que o tornava perigoso.

― Não sou um problema de matemática. Diz Neil confuso

É um quebra-cabeça

― Você é um enigma. E eu vou te resolver. Promete Andrew

― Obrigado. Disse Neil

Eu só não disse como...

― Não agradeça. Disse Andrew

Afinal os métodos que Andrew decidiu não eram limpos, pois ele duvidava que Neil responderia sem mentir.

Os dois observaram Kevin vindo até eles, terminando o treino. Kevin e Andrew passaram por Neil.

― Preciso de um novo brinquedo para me divertir. Disse Andrew

― Não sou um brinquedo. Retruca Neil

Não, mas irei me divertir...

― O que está fazendo aqui? Pergunta Kevin

― Vim treinar. Responde Neil

― Como se isso fosse te ajudar. Zomba Kevin irritado por algum motivo

Andrew e Kevin sairam deixando Neil ali.

No carro Kevin parecia emburrado com algo, Andrew não sabia ao certo o porquê.

― O que houve? Pergunta Andrew sem tirar os olhos da estrada

― Andrew, o que eu sou pra você? Pergunta Kevin do nada

― Nada. Responde Andrew sem pensar duas vezes

― Nada? Nada! Grita ele e depois se vira para olhar a paisagem

― O que houve, Kevin? Pergunta Andrew novamente

O moreno ignorou Andrew a viagem inteira de carro, quando chegaram Kevin foi a primeira a sair do carro batendo a porta com força.

Desgraçado... Pensa Andrew

O loiro sai para verificar o estrago depois que Kevin entra na casa, felizmente nada havia sido danificado então o moreno ainda iria viver.

Mas que porra foi aquela? Se pergunta o garoto

Andrew foi para o seu quarto e observou o teto, era tão imagem familiar, ele adormeceu.

* Andrew estava sentado à mesa, ele conhecia aquela casa tão bem. A casa dos Spears.

Cass estava preparado biscoitos para Andrew, do jeito que ele gostava com gotas de chocolate extra, e não demorou muito para Richard e Drake chegarem. Cass cumprimentou seu filho com um enorme sorriso, e um abraço, pois era assim que ela era carinhosa. Andrew gostava pois a mulher o tratava igual ao seu filho de sangue, não tratava ele como um estranho na casa, ela o acolhia.

Com Drake na casa o loiro não podia relaxar, era sempre a mesma situação quando ele voltava pra casa. Aquela noite foi um inferno.

― Diga A.J o que eu sou para você? Disse o homem em seu ouvido *

Andrew acordou sua respiração irregular, ele lembrava exatamente de cada detalhe daquela noite, era duas semanas antes de Tilda vencer o processo de adoção.

" Quando a mãe vencer o processo, seremos irmãos para sempre. Podemos sempre nos divertir, não é irmãozinho" Disse Drake

A pele de Andrew queimava em seu próprio corpo, ela parecia não pertence-lo, de repente ele se sentiu sujo, as mãos estavam em toda parte.

A náusea se instalava em seu estômago, Andrew tentava estabilizar sua respiração, empurrando a lembrança de lado, mas era impossível ele nunca esquecia nada, às vezes o loiro desejava poder esquecer.

Quando ele finalmente estabilizou sua respiração, Andrew voltou a se deitou. No dia que Tilda venceu a posse de guarda de Andrew, Cass chorou enquanto Richard a consolava já Drake fingia ser um irmão triste pela partida de seu irmão mais novo, quando na verdade estava decepcionado por perder seu brinquedo favorito. Andrew sabia que Tilda comprou o juiz naquele processo. Quando Drake se aproximou dizendo que queria se despedir de Andrew, a loira apenas o olhou e disse:

― Não.

A mulher se virou ela só deu tempo para Andrew pegar suas roupas e partir.

Andrew ficou acordado até o amanhecer esperando o café, abstinência já havia começado. Pelo menos hoje era dia de visita Betsy no consultório, ele não teria que lidar com Kevin agora. Após deixar o moreno na casa de Wymarck pois era um pedido do próprio homem.

Andrew se encontrava sentado na sala de Bee tomando chocolate quente com marshmallow.

― Então como foi sua semana, Andrew? Pergunta a psiquiatra

― Bem. Estou tentando descobrir algo sobre o novato. Disse Andrew

― Ainda não tive a oportunidade de conhecer-lo, então me diga o que você acha dele? Questiona Bee curiosa

Andrew pensa um pouco.

― Ele é... Bonito porém sem estilo, você vai saber quando conhecer-lo. Ele também é idiota um viciado em Exy e um baba ovo de Kevin. Disse o loiro

― Um fã? Pergunta ela

― Eu não diria isso. Andrew responde tamborilando os dedos na cabeça. ― Ele é um mentiroso.

Bee acena em Concordância.

― O que você espera dessa semana? Pergunta a psiquiatra

― Ahh, Bee eu nunca espero nada. Diz o loiro dando de ombros

― É verdade. Disse ela e bebe um gole da sua bebida

Andrew olha para sua bebida.

― Kevin está brabo comigo. Disse ele em uma voz cantada

Não era assim que ele gostaria que fosse, mas ele não conseguia controlar essa falsa alegria forçada pelos remédios.

― Por quê? Indaga Bee

O loiro dar de ombros.

― Isso te incomoda? Pergunta ela

Andrew pensa um pouco sobre.

― Não sei. Responde ele honestamente

― Desde quando ele tá brabo com você? Pergunta a psiquiatra

― Ontem depois do treino noturno. Disse Andrew

― Houve alguma coisa ontem? Pergunta Bee

― Nos encontramos com Neil. O recruta das Raposas. Disse Andrew

― Talvez kevu esteja com ciúmes por que você estar prestando atenção em Neil, a final ele é seu amigo, então ciúmes é uma coisa normal. Disse a mulher

Ciúmes? Se questiona ele

Ahh, agora tudo faz sentido... Zomba sua mente drogada

Andrew assente.

― Talvez. Responde o garoto divertido

― Você está empolgado para rever seus companheiros de equipe em junho? Disse Bee

― Renee. Responde Andrew

― Ah sim, Renee a sua amiga, mal posso esperar para ver-la. Disse a mulher

O loiro acena em Concordância, o relógio dizia que a sessão estava quase acabando.

Ah como a hora passou rápido...

Quando a sessão acabou, Andrew surgiu para buscar Kevin na casa de Wymarck, o moreno estava bêbado aquilo fez o loiro se irritar.

Os próximos dias que seguiram Kevin estava mais irritado que o normal, e agindo de forma estranha como se tivesse escondendo alguma coisa. Esse comportamento de Kevin estava dando nos nervos de Andrew, é claro que o loiro poderia falar com ele, mas Andrew sabia como Kevin reagia sob-pressão, o moreno se fechava, ficava com medo. Se Andrew pressionasse de mais Kevin voltaria para o ninho, e não era isso que o loiro queria, a única opção no momento era esperar até que o moreno viesse e contasse o que o incomodava por conta própria.

Notes:

N.A: ola gente tudo bem? O que vcs acharam do Kevin com ciúmes?

Obrigada por ler este capítulo ☺️

Não esqueçam de deixar seus comentários e seus kudos

Até a próxima semana!!!!

Chapter 18: Acho que perdi o rumo da minha vida...

Notes:

N.A: Kevin, temos um POV dele aqui, é curto? Sim, mas ele foi feito em dois dias.

Originalmente postado no aniversário de Kevin!!!

T.W: menção a abuso passado
Abandono
Agressão física
Alcoolismo
Menção a máfia

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Desde que Kevin se entende por gente, ele nunca esteve sozinho, quando perdeu sua mãe Riko estava ao seu lado, depois veio Jean, e quando ele deixou o ninho o moreno encontrou Wymarck e Andrew.

Não havia um dia em que Kevin não pensava no ninho, sobre a sua escolha, o fato de ter deixado Jean sofrer as consequências de seus atos. Mas Kevin era um covarde e não sabia lidar com suas próprias escolhas, então ele se afogava numa garrafa de whisky ou vodka, era mais fácil que pensar. Sim ele era um idiota, e fracassou com Jean.

Quando Kevin chegou a toca das Raposas, Andrew foi o único a olhar para o moreno com ele era, aqueles olhos que o encaravam pareciam ver através de sua alma, o despeiam como nada havia feito. Andrew foi a pessoa que ofereceu a mão a ele, foi Andrew que permitiu que o moreno voltasse a jogar sem se preocupar. Foi Andrew que abriu mão de metade de suas noites para levar Kevin para o treino noturno, Kevin reconhecia isso, e era extremamente agradecido por isso.

O problema era que kevin começou a sentir algo que não deveria, nunca lhe foi permitido gostar de alguém, não ninho, gostar de alguém era diferente de fazer sexo, afinal as pessoas faziam sexo por ódio, mas gosta? Não talvez gostar não seja a palavra certa, paixão? Sim essa sim era algo que combinava com o que ele sentia. Andrew não deveria ser isso para ele, a verdade é que tudo havia se tornado complicado desde que esse sentimento surgiu em seu peito.

Kevin gostava de garoto desde mais novo, o primeiro foi Riko mas ele nunca expressou seus sentimentos para o garoto, depois Jean eles chegaram a ter algo, ninguém sabia disso, nem mesmo o mestre, mas eles deixaram agirem dessa maneira com medo do que poderia acontecer. Kevin até mesmo tentou algo com Thea, mas era diferente não havia algo romântico ou qualquer outro sentimento, era uma farsa. Agora Andrew havia aparecido na sua vida o seu peito rugia, trazendo os sentimentos que Kevin queria tanto esconder de todos.

Alguns tempos depois Kevin descobriu que Andrew era gay, não que o loiro escondesse ou algo assim, os sinais estavam lá para quem olhasse direito. Não demore muito para que Andrew e ele tivesse algo, o moreno esperava que fosse apenas algo momentâneo e que não durasse muito, ele esperava que fosse algo superficial.

Quando Neil chegou a Carolina do Sul o novato chamou a atenção de Andrew para algo ruim, não que Kevin pudesse culpar o loiro por desconfiar do garoto mas infelizmente ele teria que ser paciente e esperar até que Andrew dissesse que estava tudo bem. O problema é que Andrew começou a prestar atenção de mais ao recruta, depois daquele dia que os dois foram deixados para jogarem em quadra apenas eles.

Em uma noite de treino Neil apareceu na quadra, Kevin não havia percebido sua presença até ir ao encontro de Andrew que conversava sobre algo com o garoto. Kevin não sabia mas algo se agitou em seu peito naquela noite e só piorou quando as exatas palavras da boca de Andrew.

― Preciso de um novo brinquedo para me divertir. Disse o loiro

Aquelas palavras não deveriam ter nenhum efeito sobre ele, mas teve uma raiva surda rugia em seu peito queimando.

― O que está fazendo aqui? Pergunta Kevin tentando esconder sua raiva

― Vim treinar. Responde o garoto com indiferença

― Como se isso fosse te ajudar. Cospe Kevin com desdém

O moreno sai, ele não queria olhar para trás, olhar para Andrew mesmo que ouvisse seus passos ecoando em suas costas. Kevin foi rápido no banho, ele queria dormir, ele queria deitar e esquecer de tudo isso. Ele queria uma garrafa de vodka para afogar esse maldito sentimento. As palavras de Andrew ecoavam no fundo de sua mente, o moreno as empurrava para longe de sua cabeça.
No carro toda a cena voltou a sua mente o irritando profundamente. Kevin se perguntava o que ele era para Andrew, era um amigo? Um namorado? Um brinquedo? Ele não sabia.

― Andrew, o que eu sou pra você? Pergunta Kevin as palavras escapando de sua boca antes que pudesse conter-las

― Nada. Responde o loiro

As palavras o atingiram como uma faca, foi pior do que qualquer ameaça que Andrew poderia ter feito, aquela simple resposta matou Kevin por dentro. A mágoa se instalou em sei peito junto com a indignação.

― Nada? Nada! Repetiu Kevin a raiva tomou seu tom

O moreno não sabia o que estava questionando, muito menos o porquê. Kevin percebeu como Andrew apertou o volante quando ele explodiu. É claro que Kevin não tinha motivos para fazer nada disso, mas o moreno fez o que achou melhor e ficou calado se virando para olhar a paisagem. Seus olhos queimavam, ele piscava para afastar as lágrimas que ameaçavam se derramar. A necessidade de uma bebida se fazia presente neste momento, ele iria beber mas como Andrew havia feito algo por ele, o moreno não o decepcionaria.

A raiva de si mesmo apareceu, Kevin sabia que eles não tinha nada. Ele havia confundido. Ele estava errado, isso era ruim, ele deveria ser perfeito, ele não tinha direito de desejar nada que não fosse Exy.

Assim que chegaram Kevin saiu do carro deixando Andrew para trás, não perdendo tempo o moreno sabia que se ele não chegasse ao seu quarto cederia ao desejo de uma garrafa de vodka. Kevin podia sentir os olhos do loiro em suas costas, mas ignorou ele não tinha tempo para isso.

Na manhã seguinte Kevin queria ficar longe de Andrew, pelos menos do Andrew medicado. Não demorou muito para eles irem para casa de David, a única outra pessoa que Kevin confiava, ele havia dito a si mesmo que ficaria sóbrio naquele dia para conversar com Andrew mais tarde, mas seu plano foi para o ralo quando o treinador o avisou da transferência da Edgar Allen. Sua mente se recusava acreditar, apesar de que ele já houvesse cogitado tão possibilidade.

Impossível...

Não eles vão me arrancar daqui. Vão me arrancar de Andrew e do meu pai. Eu não posso, eu não quero. Eles sabem como me derrubar, eles usaram todos os métodos para me tirarem da jogada...

O medo se instalou nas veias de Kevin.

Sangue...

Mão torcida em um ângulo perigoso...

Riko tomando todas as suas surras por ele...

Mais sangue...

Jean machucado...

Não demorou para um garrafa de whisky se posta a sua frente, ele a virou o mais rápido possível, afogando seus pensamentos, se ajudava em alguma coisa? Talvez não, mas era mais fácil para ele desmaiar de tanto beber do que ficar horas pensando sobre isso. O moreno sabia que Andrew ficaria brabo com ele, Kevin teria que mentir para seu "parceiro", mesmo que não quisesse, mas ele não sabia como contrariar uma ordem dada pelo treinador, pois no ninho o treinador (mestre) Tetsuji era uma supremacia.

Kevin decidiu que se afogaria em Exy o suficiente para não precisar ser confrontado por Andrew, teria que bastar por agora.

Notes:

N.A: o próximo capítulo é de Neil!!!

Obrigada por ler este capítulo ☺️

Não esqueçam de deixar seus comentários e sua estrelinha!!!

Até a próxima!!!

Chapter 19: Que os jogos comecem!!!

Summary:

Primeiro jogo das Raposas

Notes:

N.A: bom dia/ boa tarde e boa noite galerinha, hoje POV Neil.

T.W: palavras de baixo escalão
Violência física

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Neil só viu o grupo de Andrew na segunda, eles mantiveram distância. De noite daquele dia alguém bateu na sua porta, Matt foi quem atendeu. Neil o seguiu para ver quem era.

― Kevin, eu juro por Deus... Diz Matt

Neil sabia que o moreno está ali por ele, e isso fazia seu coração martelar, por um momento o garoto pensou que talvez Andrew tivesse mentindo para ele, e não guardou seu segredo. Neil não conseguiu dormir depois daquela visita, na terça-feira no treino tudo parecia normal, isso quase fez Neil ficar aliviado, até que Kevin apareceu depois do treino.

― Da próxima vez que eu for te procurar, venha até mim. Disse Kevin

― Por quê? Indaga Neil

― Andrew não vai interferir e você é todo meu. Responde o moreno

Neil não entendeu.

Naquela mesma noite alguém bateu no seu quarto. Neil foi o primeiro a se levantar do sofá, não ficou surpreso em ver Kevin. Seth se irritou pausando filme enquanto se levantou para encontrar o atacante

― Que parte de " você não é bem-vindo" você não entendeu? Questiona Matt

― Vamos. Diz Kevin para Neil

Neil estava hesitante mas decidiu aceitar.

― Volto mais tarde. Disse o garoto para os outros dois

― Tá ficando doido? Pergunta Seth

― Sim. Terminem o filme sem mim. Responde Neil

Neil e Kevin partiram para o estacionamento onde Andrew os esperava, o garoto surpreso mesmo sem precisar a final Kevin não iria a lugar nenhum sem seu cachorro, certo? Então Neil lembrou que Kevin tinha treinos nortunos.

Quantas vezes eles fazem isso?

Assim que estavam perto Kevin disse:

― Você sabe que eu sei dirigir, né?

― Só no dia do meu funeral você fará isso. Vai entrar ou vamos voltar para cama? Disse o loiro inexpressivo

Kevin aceitou calando-se e entrando no carro, Neil foi para o banco de trás. Assim que Kevin e Neil estavam na quadra Andrew os observava das arquibancadas.

Após um breve aquecimento os dois homens, começaram o treino, primeiro com passe de bola, e intensificando aos poucos os exercícios, Neil só reconheceu alguns, o mais difícil foi deixado para o final. O objetivo deste era recochetear a bola na parede e acertar os cones. Não bastava ter apenas uma pontaria precisa, mas também força
Neil não esperava que fosse tão difícil mas foi.

Na primeira rodada Neil acertou apenas um cone, enquanto Kevin acertou três de seis com a sua mão não dominante, o que fez Neil se senti humilhado.

― Tem bastante tempo para ficar inventando moda. Diz Neil depois de perder a segunda rodada

― É um exercício dos Corvos. Ninguém tem autorização de jogar até que passe deste. Retruca Kevin

Neil ficou em silêncio. Kevin então mudou a raquete para a mão esquerda testando-a.

― Me dê uma ordem de cones sem parar. Disse o moreno

Neil não gostou da ideia, mas não discutiu. Ele disse uma ordem de números aleatórios e Kevin os acertou com uma precisão incrível e os derrubou na exata ordem que Neil lhe deu.

A ansiedade se instalou no estômago do garoto.

― Eu quero fazer isso. Disse Neil

― Então comece tentando. Diz Kevin

Kevin posicionou os cones novamente e passou a raquete para mão direita.

― Este é o primeiro de oito exercícios de precisão dos Corvos. Quando dominar este iremos para o próximo. Nos encontraremos aqui de segunda à quinta, até que consiga fazer isso de olhos fechados. Explica o moreno

― Nós já perdemos um mês, por que não começamos em maio? Indaga Neil

― Porque Andrew não confiava em você comigo sozinhos. Responde Kevin irritado

― Você sempre faz o que ele manda? Diz o mais novo

― Sim. Agora cale-se e treine. Ordena o moreno

Meia-noite e meia o treino encerrou, os dois organizaram a quadra e Neil foi tomar seu banho. Assim que eles voltaram para o dormitório indo para seus respectivos quartos.

Neil foi silencioso ao entrar, porém foi desnecessário pois um Matt sonolento o esperava, o mais alto pareceu feliz em ver Neil.

― Você está bem? Perguntou Matt

― Sim. Ele está me ensinando exercícios dos Corvos. Responde Neil

― Você vai odiar acordar de manhã. Disse o moreno

Neil se trocou e foi dormir, desmaiando assim que encostou a cabeça no travesseiro.

Neil foi acordado pelo despertador, a exaustão tomou conta de seu corpo, mas ele se levantou.

Kevin voltou a ser o arrogante e mesquinho. Os primos ainda estavam em seu canto, mas Nicky de vez em quando os observava. Neil ainda estava brabo com Nicky por esse ter ajudado a drogar-lo em Columbia.

Na quarta Nicky parecia realmente incomodado.

― Ele nunca vai me perdoar. Lamentou ele em alemão

Naquela noite Kevin apareceu novamente e Neil o seguiu, Andrew os levou para o estádio. Assim que chegaram eles se trocaram. Quando estavam na quadra Neil perguntou:

― Com que frequência vocês vem aqui?

― Toda noite. Responde Kevin

― Ele não fica entendiado com isso tudo? Se nunca treina com você, então por que ele faz suas vontades? Pergunta Neil

― Ele vai treinar. Só não sabe. Diz o moreno

― Tanto otimismo. Diz o mais novo

Kevin o ignora.

― Vamos. Diz Kevin

Neil afastou Andrew de sua mente, e se concentrou nos exercícios de Kevin.

No dia que a mudança de distrito dos Corvos foi anunciada, Wymarck ligou e os avisou.

― Aí vem. Eles não saíram do nosso pé. Disse Matt

― Não concordei com essa merda. Vamos embalar-o e mandar de volta. Disse Seth

― Pra quê tanto ódio? Pergunta Neil

― Ele é idiota. Disse Seth apontando para Neil

― Por que desejar essa merda a ele? Retruca Neil

― Porque estou cansado de todos fazerem de tudo por ele. Cospe Seth. ― A fama dar tudo a ele. Ninguém nunca se importou conosco, mas com Kevin tudo é diferente, é claro.

― Então você está com inveja. Disse Neil

― A vida dele não é mais importante que a minha, só porque ele é mais talentoso. Diz Seth

― Ok. Ninguém mais te aguenta cara. Comenta Ethan. ― Kevin é insuportável, mas sabe fazer algo pelo time, enquanto você só fica se auto depreciando. Ver se cresce, porra.

― Seu filho da puta. Disse Seth avançando em Ethan

Matt se colocou na frente, enquanto Ethan ria.

― Viu só. Isso só prova o meu ponto. Você não aguenta a verdade. Disse o moreno saindo do quarto

Todos se dissiparam, Neil saiu.

As aulas começariam, 24 de agosto, na quinta, então o treino de quarta-feira foi uma loucura. Neil esqueceu que teria que passar pela psiquiatra, Betsy Dobson, antes do semestre. Wymarck os separou em duplas, Neil ficando com Renee.

Quando Andrew e Nicky voltaram, o loiro entregou a chave para Renee.

― Obrigada. Cuidarei bem dela. Agradeceu Renee

― Kevin não pode dirigir, mas Renee sim? Pergunta Neil

― É divertido dizer não ao Kevin. Disse Andrew com um sorriso malicioso

― Somente Renee e eu podemos dirigir. Responde Nicky

No hospital Renee foi a primeira a entrar no consultório, quando ela retornou com uma mulher a seguiu, Neil olhou para ela e não gostou. A verdade é que o garoto odiava médico, principalmente psiquiatras.

― Você deve ser Neil. Bom dia. Disse Betsy

Neil se levantou e a seguiu até o consultório, era agradável um ambiente extremamente organizado.

― Você tem TOC. Disse Neil

― Sim. Me chamo Betsy Dobson. Mas você pode me chamar com quiser " Betsy", " Doc" ou "ei você". Devo chamar-lo de Neil ou Sr. Josten? Pergunta Betsy

― Tanto faz. Responde Neil

― Vou chamar-lo de Neil. Se não se sentir confortável me avise e eu respeitarei. Justo? Fique a vontade, eu vou fazer um chocolate quente. Disse a mulher

― É agosto. Responde o garoto

― Chocolate é bom em qualquer época do ano, não acha? Pergunta Betsy

― Não sou fã de doce. Retruca Neil

― Hoje é apenas uma conversa para nos conhecermos. Sem formalidades. Disse ela

― Ok. Responde o garoto

― É obrigatório uma psiquiatra por causa do estresse e pressão dos universitários. Responde Betsy

― Eles pagam suas contas, você quer dizer. Acusa Neil

― Uma bela visão sobre o assunto. Agora, me conte um pouco sobre você, Neil. Sugere Betsy

Neil dar de ombros.

― Tipo de onde você é? Pergunta a psiquiatra

― Millport, Arizona. Recita ele a mentira

― Nunca ouvi falar. Comenta a mulher

― É que, é uma cidade pequena. Oferece Neil

― E seus pais vão vir a seu primeiro jogo? Indaga Betsy

― Na verdade não. Eles não curtem isso. Disse ele em tom magoado

― Entendo. Oferece ela. ― E a que você acha de seus companheiros de equipe?

― São meio doidos. Disse ele calmamente

― Você se senti ameaçado por eles? Pergunta Betsy

― Não, na verdade eles tem problema. Você sabe melhor do que eu. O nosso jogo será um desastre, mas ninguém fica surpreso. Comenta Neil

― Você está pronto para o jogo? Pergunta a mulher

― Mais ou menos. Não sou bom o suficiente. Disse o garoto

A visita não demorou muito para acabar, Renee o esperava do lado de fora, os dois foram ao carro.

― Não foi tão ruim, foi? Andrew estava convencido que você a odiaria. Nós apostamos dinheiro. Disse Renee

― Espero que não tenha perdido muito. Por que você e Andrew se dão bem? Indaga Neil

― Acho que você pode ter tirado conclusões precipitadas. Disse a garota entrando no carro

Renee parecia um projeto de boa menina, Neil não entendia como a garota havia parado ali, mas talvez ele realmente tivesse tomando rédias antes do tempo.

O retorno ao estádio foi uma pausa para o almoço. Eles se dividiram em grupos para comer. Os treinos terminaram mais cedo pois o treinador organizou uma reunião, como Neil último a chegar, todos já estavam acomodados.

― Tudo bem vermes. As aulas começaram amanhã, então o horário dos treinos vai mudar. De manhã começou as seis horas na academia. De tarde o treino será aqui. Entenderam? Pergunta o treinador

― Sim, treinador. Disse a equipe

― Agora os alunos estaram em toda parte, então fiquem atentos, se a Imprensas aparecer, os ignorem e digam que só teram resposta no programa de Kathy no sábado. Diz Wymarck

― Kathy? Pergunta Dan

― Kathy Fernandi, vai me dizer que Kevin não contou. Disse o homem com uma careta

― Não há necessidade. Diz Kevin

― A apresentadora? Pergunta Matt

― Sim, em algum momento teríamos que dá entrevista, e Kathy concordou em fazer depois do nosso primeiro jogo. Responde Wymarck

― Ela teve um ataque quando você concordou. Afinal, quando foi a sua última aparição? Indaga Matt para Kevin

― Quatro de dezembro. Responde Kevin

― Ela nos convidou para assistir na primeira fila. Comenta o treinador

― Você não quer que a gente vá? Pergunta Renee a Kevin

― Não é importante. Retruca Kevin

― Ele vai vestir a máscara da publicidade. Comenta Nicky com sorriso

― Ainda se lembra de como sorrir? Pergunta Matt

― Vou comprar donut's na viagem. Renee? Neil? Comenta Dan

― Não obrigado. Diz Neil

― Você não tem escolha. Retruca Wymarck

Neil bufa.

― Sei me cuidar. Responde o garoto

― Eu e Abby cuidamos de você, e você se preocupa com seu desempenho. Pergunta, comentários, preocupações? Não? Então, saiam. Kevin acorde este anão sem tomar sem levar porrada. Diz o treinador

― Deixa comigo. Oferece Nicky e depois sacode Andrew

Como já era de se esperar, Andrew acorda violentamente dando um soco em Nicky, seu corpo batendo no braço do sofá, é claro que Andrew não se arrependeu, porém estava surpreso.

― Nicky, você está morrendo? Perguntou Andrew

― To bem. Arfou o mais velho

― Já acabou, vamos. Diz Kevin sem empatia

― Perdi a reunião
Concluiu Andrew

― Kevin te dará um resumo. Disse Wymarck. ― Agora saiam daqui antes que mande vocês correrem.

Logo a sala esvaziou.

Na manhã seguinte, Neil teve um pedacinho de como era ser um universitário, Palmetto era uma universidade bem animada, e todos parecia empolgado para o início da temporada de Exy.

Neil havia escolhido aula de inglês, química por algum motivo que o fez se arrepender.

Seu quarto estava vazio, quando chegou, então Neil se acomodou para fazer as atividades, em algum momento adormeceu, pois foi acordado por uma porta batendo e um Matt confuso.

― Tô vendo que é dedicado. Disse Matt em ironia

― Bem assim. Neil responde

― O pior é que eu nem sei como te confortar. Diz o maior

― Estou bem. Disse Neil mecanicamente

Ele não abandonaria os treinos, assim como não abandonaria Exy, a única coisa que o mantinha vivo e o fazia se sentir perto de Mickey.

Notes:

N.A: vou aproveitar essa semana para escrever, pq causa da escola aeeee!!!
Vou escrever capítulo de Andrew e terminar o de Aaron!!!

Obrigada por ler este capítulo 😊

Não esqueçam de deixar seus comentários e sua estrelinha!!!

Até a próxima semana!!!

Chapter 20: Era uma vez dois mentirosos...

Summary:

Andrew revira os olhos para o comentário, porém não discorda da afirmação, na verdade Matt era um dos homens mais bonitos das Raposas, o loiro confessa que já se pegou observando o moreno por mais tempo que o necessário.

Matt era bissexual igual a Kevin, o homem mesmo admitiu em uma conversa com Dan. A única razão pela qual Andrew nunca se aproximou foi porque Matt era comprometido, e ao contrário de Kevin seu namoro não era uma fachada para ninguém pegar em seu pé.

Notes:

N.A: POV Andrew gente fui melhorando na hora de escrever aqui, espero que gostem!!!

T.W: Violência física
Homofobia ( Seth)
Ataque de pânico
Referência a abuso passado
Palavrões.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Já fazia um mês desde que Kevin começou a agir estranhamente, Andrew estava preocupado porém não deixaria transparecer em sua expressão.

Kevin parecia mais agitado que nunca, hoje as Raposas voltariam para o Campus. Amanheceu bem animado dito que Kevin e Nicky estavam arrumando o dormitório, enquanto Andrew fumava e os observava. Por volta do meio-dia tudo já estava arrumado então Nicky pediu comida.

― Nicky! Quantas vezes eu já disse, que isso vai comprometer seu jogo. Disse Kevin pelo que parece ser a quinta vez

― Deixa de ser chato, hoje nem tem treino. Diz seu primo fazendo biquinho. ― Andy. Diga para ele parar de implicar comigo.

Andrew apenas deu de ombros, enquanto Nicky gemia frustrado. Por fim os três homem comeram, não demorou muito para Neil e Matt chegarem. O loiro só percebeu isso porque Matt era barulhento como Nicky, aparentemente Matt saiu.

― Nicky, veja se Neil saiu também. Disse o loiro

― Claro. Disse o mais velho revirando os olhos, mas obedecendo.

Não se passou nem dois minutos, e as vozes ecoaram no corredor.

― O que achou de Matt? Pergunta Nicky

― Gente boa. Respondeu Neil

― Ele é bonito. Diz Nicky

Andrew revira os olhos para o comentário, porém não discorda da afirmação, na verdade Matt era um dos homens mais bonitos das Raposas, o loiro confessa que já se pegou observando o moreno por mais tempo que o necessário.

Matt era bissexual igual a Kevin, o homem mesmo admitiu em uma conversa com Dan. A única razão pela qual Andrew nunca se aproximou foi porque Matt era comprometido, e ao contrário de Kevin seu namoro não era uma fachada para ninguém pegar em seu pé.

Nicky entrou no quarto, com um grande sorriso, enquanto Andrew observava Neil sair do prédio.

― Ele já foi. Disse seu primo

Andrew assentiu e saiu de seu quarto indo em direção ao dormitório onde Neil ficaria, a fechadura não foi difícil de arrombar dito que era feito de um material barato. O loiro caminhou procurando a mochila, após alguns segundos achando-a na gaveta.

Andrew foi cuidadoso ao tirar as roupas da bolsa, a primeira olhada para o fundo acharia que não havia nada ali, porém se a pessoa tocasse perceberia que era um fundo falso. O loiro atenciosamente retirou o fundo, revelando assim uma pasta, a primeira coisa que poderia se observar era recortes de jornais onde Riko e Kevin estavam presente, obviamente eram artigos relacionados a exy ou ao Corvos.

Os alarmes soavam altamente na cabeça de Andrew, ele tirou a pasta, mostra uma quantidade absurda de dinheiro, todas notas de cem dólares.

Intrigante? Como alguém que tem tanto dinheiro pode se vestir tão mal? Pensa Andrew com sua mente elevada pelos remédios.

Seus olhos voltaram para a pasta, era a coisa mais interessante, o que quer que o garoto tivesse querendo esconder estaria relacionado as essas coisas. Andrew cuidadosamente tirou o maço de jornais, um papel cheio de números aleatórios se fez presente, o loiro não bateu cabeça tentando entender o que era, e se aprofundou mais. Outra coisa interessante que ele achou foi um receituário de oftalmologista (sem miopia), Andrew havia percebido que Neil usava lentes, só não sabia que era de contato. Isso o deixou com uma estranha curiosidade de descobrir qual seria a verdadeira cor do olhos da raposinha.

Andrew tinha muitas perguntas, sua intuição gritava perigo, mas a curiosidade estava vencendo novamente, o loiro adorava mistério.

Foda-se algum dia ele iria morrer por isso...

O garoto atenciosamente arrumou as coisas da mesma forma que havia encontrado, e caminhou para seu dormitório calmamente.

― Não Nicky, porra! Disse Kevin. ― Você já está se entupindo de porcarias.

Nicky fazia beicinho enquanto segurava um pote de sorvete como se sua vida dependesse disso, os olhos do moreno se iluminaram ao ver seu primo.

― Andrew! Socorro! Isso é um ataque contra os doces. Disse Nicky correndo em direção do loiro

Kevin tentou segurar o braço do mais velho falhando miseravelmente. Assim que Nicky alcança Andrew, ele passa o pote para o loiro. Andrew ia pegar a colher que estava na mão de seu primo, mas Nicky tirou uma colher do bolso do moletom, e a entregou para o mais novo.

Eles comeram com Nicky tagarelando sobre qualquer assunto, enquanto Kevin permanecia na mesa de estudo, irritado. Quando o sorvete acabou Andrew foi para a janela fumar, e Nicky foi mexer no celular no sofá.

Pela janela o loiro observou enquanto Neil voltava para o prédio. Não demorou muito para o garoto aparecer no dormitório deles.

Ele acabou de arrombar a porta?

Interessante...

― Quarto errado, tente novamente. Disse Andrew sorrindo

― A porta estava trancada. Disse Nicky em alemão e depois voltou para inglês. ― Ei Matt voltou, você já conheceu Dan e Renee?

Neil lançou um olhar irritado para Nicky, ele disse algo em outro idioma para Kevin, a julgar pela reação do moreno era francês.

Desde quando ele sabe que Kevin fala francês? Se pergunta o loiro

― Uau, mais um dos talentos de Neil. Quantos mais você tem? Provoca Andrew

Neil disse algo para Kevin, que retrucou irritando mais o garoto. Andrew identificou seu nome no meio da conversa deles. Neil disse algo que deixou Kevin tenso, se levantando tão rápido enquanto o novato deixava o quarto.

Andrew apagou seu cigarro no parapeito da janela e seguiu os garotos, encontrando Kevin sufocando Neil.

Quem dera se ele tivesse toda essa coragem para enfrentar Riko... Ironiza o loiro mentalmente

Matt deu um mata-leão em Kevin, Andrew levou a mão a bainha das braçadeiras tocando a faca, Nicky percebeu seu movimento e colocou a mão na frente, impedindo-o de se mover.

― Calma, calma. Disse seu primo. ― Vamos Matt, solte Kevin.

Kevin dar uma cotovelada em Matt, enquanto o outro aumenta seu aperto, fazendo o atacante soltar Neil. O moreno se solta e tenta golpear Matt e falha recebendo assim um soco. Andrew se move para ficar na frente de Kevin, impedindo o mais alto de se aproximar do atacante. Dan aparece ao lado de seu namorado irritada.

― O que diabos estão fazendo? Mal chegamos e vocês já estão brigando? Disse a capitã

― Tecnicamente nunca sairmos, e Neil já está conosco a algumas semanas, somos íntimos o suficiente para isso. Ressaltar Andrew. ― Olá Renee. Já era hora?

Renee foi interrompida.

― Explique-se. Disse Dan

― Não fomos nos que começamos. Neil invandiu nosso quarto, então ele começou. Dan, seu preconceito está aparecendo. Disse o loiro

― Qual o problema? Pergunta a capitã olhando para Neil

― Nenhum. Diferentes opiniões. Responde ele

― Já resolvemos. Neil até concordou em pegar carona conosco. Desafia Andrew

― Isso foi antes ou depois de Kevin tentar sufocar-lo? Pergunta Dan cética

― Eu resolvi aceitar, já que a caminhonete estará cheia. Disse Neil

Dan abre a boca para protestar, mas Matt a acalma.

― Não importa quem começou, mas essa briga termina agora. Disse ela

Andrew tinha quase certeza que uma mãe que tinha mais um filho diria uma coisa assim.

― Quanto otimismo. Vejo você mais tarde, não vai fugir, ok? Diz Andrew com uma saudação zombeteira

― Nem sonhando. Disse Neil mas seu corpo mostrava outra coisa

Andrew entrou no dormitório, e os outros dois seguiram. O loiro parou no meio da sala, e se virou para Kevin.

― O que houve? Pergunta Andrew.― De onde um covarde como você tirou tanta coragem?

Andrew odiava como as drogas o fazia soltar palavras sem medir as consequências, aquilo cortou fundo Kevin, o moreno estremeceu tentando se encolher.

― Nada. Diz o atacante em voz baixa

― Eu ouvir meu nome. Ressalta o loiro de braços cruzados

― Eu- Ele disse que você mexeu nas coisas dele, e me falou para colocar uma coleira em você. Responde Kevin nervoso

― colocar uma coleira em mim. Quem você? Zomba Andrew

― Ou ele iria fazer. Completa o moreno

― Você não pode fazer, e nem ele. Diz o loiro bruscamente

― Eu sei. Murmurou Kevin

Kevin não olhou para Andrew em momento algum da conversa, o loiro percebeu a mudança de comportamento. O moreno ficou tenso todo o momento desde a briga.

Na hora de ir para o estádio Andrew ordenou que Nicky fosse buscar Neil, enquanto ele e Kevin esperavam no carro. Assim que os outros chegaram, Nicky foi para o banco do motorista.

― Você veio. Diz Andrew fingindo surpresa. ― Um mentiroso que fala a verdade. Interessante. Eu reconheço. Você primeiro.

Logo eles partiram.

― Depois de tudo que passamos. Você vai e briga comigo. Que vergonha, Neil. Diz o loiro

― Vocês começaram. Se quer acabar com isso, me deixe em paz. Avisa Neil

― Eu gosto de brigar. Pena que as pessoas se intrometem. Tenha consideração. Retruca Andrew

― Tenha você e fique longe das minhas coisas. Refuta o novato

― Como tem tanta certeza? Talvez seja Matt. Somos inocentes até que prove ao contrário. Disse o goleiro

― Você não negou. Ressalta Neil

― Você não acreditaria. Acrescenta Andrew

― Não acredito em você. Retruca o calouro

― acredite em mim quando digo que você não pode colocar uma coleira em mim, ok? E não seja idiota em dizer que outra pessoa pode. É perigoso. Se não serei obrigado a te quebrar. Ameaça o loiro

― Você? Você não conseguiria. Diz Neil

Andrew agora não sabia se seu sorriso agora era efeito das drogas ou verdadeiro. A coragem de Neil mexia com o loiro de uma forma que não deveria.

Merda!

― Ahhh, isso é um desafio. Posso mãe? Brinca Andrew

― Sua mãe estar morta. Acho que ela não se importa. Diz Neil

― Sei, ela nunca se importou. Você está certo. Acho que eu faço o que eu quero. Você vem conosco para Columbia, nesta sexta, seu miserável suicida. Disse o loiro

― Vamos levar-lo para comer. Nós moramos em Columbia, então não precisamos nos preocupar em ficar bêbados demais para voltar. Acrescenta Nicky

― Não Bebo e nem danço. Retruca o recruta

― Certo. Kevin não dança e nunca o forçamos. Você bebe o que quiser e conversa conosco enquanto nos divertimos. Não podemos ficar brigados para sempre, vamos corrigir isso nesta noite. Disse o loiro

Neil pensou por um momento.

― Se eu for, prometa que não vai mais mexer nas minhas coisas? Indaga Neil

― Tão possessivo. Zomba Andrew

― É claro, tudo que tenho cabe numa bolsa. Retruca o calouro

― Certo uma noite e não mexeremos em nada. Sexta vai ser divertida.  Disse o loiro

Eles chegaram no estádio antes de todos, logo a caminhonete de Matt chegou.

― Olhem está inteirinho. Disse Andrew apontando para Neil

― Está ferido? Pergunta Matt

Andrew revira os olhos, mas não comenta.

― Em nenhum local vital. Brinca Neil

― Podemos esperar Seth e Allison lá dentro? Está meio quente. Disse Renee

― Talvez eles tenham capotado o carro e morreram. Disse Nicky com esperança

― Sério, Nicky. Isso é um pouco inadequada, não é? Repreende Renee

Andrew sabia que Renee era sensível a qualquer assunto que envolvesse Allison, a garota não podia se aproximar da forma que queria, já que a loira era comprometida.

Todos entraram e se dividiram em grupos, somente Neil que não estava em nenhum. Vinte minutos depois os últimos companheiros de equipe chegaram, e Andrew os ignorou.

Wymarck apresentou Neil aos outros, repassou os acontecimentos de sempre, e avisando sobre os treinos.

― Vocês farão exame físico, Andrew é o primeiro, Seth é o segundo. Os outros decidam no zerinho ou um. Nada de ir embora antes de passar por Abby. Disse o treinador

Andrew o olhou com desdém.

― Última coisa é a nossa programação. Continuou Wymarck

― Ainda é junho. Disse Matt

― Não temos datas, mas CRE fez algumas alterações, e a coisa pode ficar feia. Avisa o treinador

― O que pode ser pior do que a merda do ano passado? Indaga Seth

― Invasões, ameaças telefônicas, imprensa raivosa, vandalismo. Listou Matt

― Meu favorito foi quando disse que tínhamos um laboratório de metaftalina. As invasões foram uma maravilha. Disse Dan azeda

― As ameaças de morte eram bem criativa. Talvez cumpram e matem um de nós. Eu voto em Seth. Disse Nicky

― Vá se foder, sua bicha. Disse Seth rispidamente

― Não gosto dessa palavra. Então, não use. Avisa Andrew

― Se eu dissesse " Vá se foder, aberração." Ninguém ia saber com quem estava falando. Retruca Seth

― Chega, não temos tempo. Edgar Allen está no nosso distrito. Disse Wymarck

Andrew olhou para Kevin que estava pálido, mas sua reação dizia que ele já sabia, dito que não estava surtando ou tendo o ataque de pânico.

― Corta essa. Não é engraçado treinador. Diz Dan bruscamente

― Ei Kevin. Ouviu isso? Alguém está com saudades. Disse Andrew

Andrew se encolheu e disse:

― O CRE não deveria ter aprovado.

― Você disse que eles viriam. Disse o loiro cruelmente cravando as palavras onde doía

― Não sabia que seria assim. Disse o moreno

― Mentiroso. Acusa Andrew

Kevin estremeceu, o loiro se vira para olhar-lo melhor, a expressão do moreno o entregava.

― Você sabia. Quanto tempo? Um dia, dois, três, quatro, cinco? Questiona o goleiro

― O treinador me contou quando foi aprovado em maio. Responde Kevin

― Maio. Maio, Day. MayDay. Curioso Kevin Day. Quando me contaria? Indaga Andrew

― Eu disse a ele para não contar. Interveio Wymarck

― Escolheu o treinador invés de mim? Diz o loiro e rir. ― Oh favoritismo. Decepção, traição, o quão familiar é isso. Depois de tudo que fiz por você.

As palavras eram feitas para machucar Kevin, afinal não era justo para ambas as partes.

― Parem com isso, ninguém merece ficar assistindo essas novela, se querem se resolver façam isso em outra hora. Disse Ethan

Kevin estava traçando as linhas da cicatriz, entrando na espiral na qual Andrew o colocou, foi errado, foi cruel. O loiro cobriu a mão do moreno.

― Olhe para mim. Diz Andrew

Kevin olhou para ele em pânico, era mistura de culpa e medo.

― Vai ficar tudo bem. Eu prometi, não foi? Não acredita em mim? Tranquiliza o loiro

Andrew odiava jogar sujo, ele se irritou e jogou tudo em cima de Kevin. No fim o atacante relaxou, passando o polegar na mão do loiro sem nem mesmo perceber.

― O CRE só anunciará no final do mês. Então se algo acontecer me liguem. Disse o treinador

― Sim, treinador. Disseram as Raposas exceto Andrew e Kevin

― Mais alguma coisa ou estamos liberados? Pergunta Neil

Em qualquer outro momento Andrew estaria olhando para Neil, e se perguntando como ele é tão idiota, mas agora não, Kevin estava em colapso e isso era uma prioridade para o loiro.

― Isso é um problema. Muda tudo, não entende. Disse Dan expressando a ideia de todos

― Neil já sabia desde maio. Então já conversamos. E não tem mais nada. Abby? Disse Wymarck

Neil foi embora e Renee o seguiu.

― Ele é sempre assim? Pergunta Dan

Nicky deu de ombros.

― O que acham dele? Pergunta a capitã

― Ele precisa socializar e aprender a agir como uma pessoa normal. Disse Nicky

― Como se qualquer um nós fosse. Zomba Ethan. ― Acho que ele é medroso, deveria começar a ser mais agressivo.

― Ele é rápido. Diz Andrew mas sem tirar os olhos de Kevin

― Andrew. Chama Abby

Andrew a segue para fazer o exame físico. Assim que termina o loiro espera Nicky e Kevin passarem pela avaliação. Após isso ele os levou para o dormitório, o loiro não suportaria a tagarelice de Nicky ou olhar para Kevin se afundando na bebida ainda se deixando influenciar pelos Corvos.

Algum tempo dirigindo o levaram a casa de Wymarck.

Como posso proteger Kevin, se ele mente para mim?

Droga isso pode matar-lo, eu prometi a ele que não deixaria ninguém machucar-lo...

Seu cigarro estava pela metade, quando o treinador o avistou.

― Não sabia que vagabundagem era uma de suas especialidades, Minyard. Comenta o mais velho

Minyard era o sobrenome dele, não Spear. Era o sobrenome de Tilda não dele. Era engraçado perceber que sua vida havia mudado desde o maldito dia em que ela o encontrou. O loiro não sabia dizer se sua vida havia melhorado, ou não.

― Acima do seu nível salarial. Retruca Andrew

― Mesmo assim vocês pirralhos vem até mim. Replica Wymarck

Andrew deu de ombros.

― Vamos suponho que esteja com fome. Diz o treinador

O loiro não estava com fome, porém ele não iria muito longe, eventualmente teria que voltar para Campus, não poderia deixar Kevin ou Nicky sozinhos por muito tempo.

O seu celular vibrava a tela mostrava o nome de seu primo, Andrew deixa seu celular tocar até morrer, não demora muito para tocar novamente, o loiro ignorar em favor de seguir Wymarck.

Tudo acontecido tão rápido na vida de Andrew. Kevin e Neil. Sim, a nova Raposa não saía da mente do loiro.

Andrew sabia que Neil era um mentiroso, e não confiava nele. Os Corvos agora tão próximos, o fazia refleti sobre o garoto.

O loiro tomou sua dose noturna, seu telefone tocou novamente, Andrew estava pronto para ignorar, mas o nome de Renee chamou atenção dele.

― Acordei você? Pergunta a loira

― Não. Respondeu ele

― Eu ia falar com você, mas você saiu. Responde Renee

― Que pena talvez amanhã, estou na casa do treinador, aparentemente ele não confia em mim sozinho. Diz Andrew alegremente

Wymarck bufa mas não o contrária.

― Ah, tá ok. Amanhã então. Disse a goleira

― Que tal almoçarmos amanhã? Eu tenho algumas coisas para conversar com você. Eu pago. Disse o loiro

― Almoço. Claro. Disse ela

― Amanhã então. Boa noite. Diz Andrew

― Boa noite. Disse Renee antes de desligar

A noite chegou, e as sombras trouxeram seus pesadelos. Cada promessa dita e não cumprida. Cada sussuro nojento. Cada mentira contada. Nunca foi sobre Andrew no fim foi para o benefício deles. Steve. Jesse. Samuel. Drake. E Tilda.

Andrew apertou o celular nas mãos. Nele estava cravada as siglas.

A. M.

Por que se agarrar a algo assim?

Não é seu. As letras cravadas nela, não tem o significado de seu nome... Andrew repetia a si mesmo.

Notes:

N.A: Olá a todos que leram este capítulo, digo que o próximo capítulo será de Aaron. Não me matem. Depois teremos Neil novamente.

No próximo capítulo de Andrew provavelmente teremos a conversa dele com Renee, e possivelmente Neil será drogado.

Não esqueçam de deixar seus comentários e sua estrelinha!!!

Obrigada por lerem este capítulo ☺️

Até a próxima!!!

Chapter 21: Uma ovelha no meio de uma alcateia de sanguenários

Summary:

Aaron podia sentir a ponta da faca perfurando superficialmente sua pele,  no entanto o loiro nem treme diante a ameaça do homem, afinal o local onde os dois se encontravam era repleto de armas, o que invalidava todos os seus esforços. Talvez Carlos não soubesse que o garoto não tinha medo de morrer, mas sim que sua família fosse machucada. Aaron usou toda a sua força para empurrar diminuindo assim a pressão da faca, aproveitando a surpresa do homem para sair e correr ao alcance de uma das lâminas.

Notes:

N.A: Bom dia/ boa tarde e boa noite. Este é um POV de Aaron é pesado e se você é sensível ao tipo de conteúdo deste capítulo, por gentileza não leia, me preocupo com sua saúde mental.
Leia os aviso.

T.W: violência verbal/ física
Abuso sexual
Sangue
Assassinato
Tortura psicológica/física
Menção a tráfico de pessoas
Ameaça
Uso forçado de drogas
Pedofilia

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Nathan e alguns de seus homens haviam partido atrás de Mary e Abram, aparentemente o chefe parecia ter perdido um investimento muito alto.

― Ah... Você não sabe pequeno? O Júnior iria se tornar um dos jogadores da "quadra perfeita". Uma das bobagens do Tetsuji Moriyama o irmão mais novo do poderoso chefão. Disse um dos capangas de Nathan

Aaron franze a testa em confusão.

Moriyama? Quadra perfeita?

― Vejo que você não sabe de nada, não é? Bem você lembra daquela noite com os Moriyamas? Pergunta ele quando o loiro assente o homem prossegue. ― Então, aquele era um teste para Nathaniel, o primeiro para falar a verdade. Se ele conseguisse agradar Tetsuji, ele se tornaria um investimento do treinador Moriyama.

Investimento? Não me diga que Nathan ia vender o seu filho? É claro que ele faria, aquele filho da puta... Pensou o garoto

Aaron estava com raiva de tudo que estava acontecendo, e parte dele estava feliz por seu amigo ter se livrado de ser tornar uma propriedade. De se tornar como ele.

― Ora por que essa cara? Pergunta Carlos estendeu a mão para tocar o rosto do garoto. ― No entanto ele não completou o teste e parte do dinheiro já havia sido pago, foi com esse dinheiro que a vadia fugiu.

Aaron até então nunca tinha se perguntado sobre a questão em si, preferindo focar apenas no fato de os dois terem ido embora.

Será que eles vão ficar vem? Nathan tem muitos aliados, até a polícia está do lado dele, maldito porcos! Pensa o menino

O garoto foi retirado de seus pensamentos quando uma mão segurou seu queixo, forçando-o a olhar para cima. Carlos parecia analizar-lo.

― Âmbars? Que olhos bonitos. Diz o mais velho

Uma faca é pressionada acima de seu estômago em tom de aviso, enquanto Carlos invadia mais o espaço de Aaron.

― Bem, vamos brincar um pouquinho, eu vou esquentar você. Disse ele pressionando um pouco mais a faca enquanto se intalava para ficar entre as pernas do garoto.

Aaron podia sentir a ponta da faca perfurando superficialmente sua pele,  no entanto o loiro nem treme diante a ameaça do homem, afinal o local onde os dois se encontravam era repleto de armas, o que invalidava todos os seus esforços. Talvez Carlos não soubesse que o garoto não tinha medo de morrer, mas sim que sua família fosse machucada. Aaron usou toda a sua força para empurrar diminuindo assim a pressão da faca, aproveitando a surpresa do homem para sair e correr ao alcance de uma das lâminas.

― Não me toque. Disse o loiro apontando a faca para o homem

― É... E o que você vai fazer? Não é como se você tivesse tanta experiência de luta com faca. Comenta Carlos

Era verdade ele nunca havia vencido uma luta com faca, no entanto o loiro duvidava que algum outro capanga de Nathan conseguiria acompanhar Lola, sendo ela praticamente uma aranha. O verdadeiro foco de Aaron aqui não era vencer, e sim fugir daquele lugar, de perto daquela pessoa.

O homem deixou o loiro ir embora, Carlos ria cruelmente, o garoto obviamente transportou a faca com ele.

A questão era que desde que Nathan havia partido a casa virara de cabeça para baixo, alguns de seus homens pareciam odiar o garoto profundamente, enquanto outros como Carlos parecia ter um certo tipo de interesse errado pela criança. Para sua sorte ou azar ele passava muito mais tempo com aqueles que o odiavam, e isso para o loiro era um "alívio" pois desde cedo Aaron foi acostumado a ser odiado.

Atualmente Aaron era um garoto muito baixo e magro, devido ao seu novo tratamento que, consitia em ficar  em ficar alguns dias sem comer e treinar mesmo assim até desmaiar. A maioria das ocasiões quando ele se alimentava bem, era quando Nathan retornava, o homem não vinha ver-lo mas o garoto estava ciente da sua presença, pois Lola e Jackson sempre apareciam para treinar-lo e alimentar ele.

Com um tempo Aaron percebeu que apesar de treinar sua artilharia, o garoto nunca mais havia visto Romero, não que fosse algo que importasse, mas todos dizia que onde Lola estava o seu irmão também estaria. O loiro discordaria já que nunca os viu perto um do outro por muito tempo. O fato de não ver-lo gerou uma grande dúvida na cabeça de Aaron.

Será que a punição caiu toda em Romero, e Nathan o puniu? Ou será que fugiu junto com Mary e Abram?

O loiro apostava na primeira opção dado que, Lola não parecia querer arrancar o pele dele, e provavelmente a mulher não era contra nada com relação a essa decisão, considerando que ela parecia uma cadela atrás de Nathan, então era a opção mais palpável.

Jackson por outro lado havia piorado suas atitudes com relação a Aaron, antes o homem se contentava em apenas dar olhares ao garoto, algo que o loiro já odiava a muito tempo. Agora a coisa havia começado a ficar física, Aaron sentia vontade de quebrar os dedos do homem, o garoto estava conciente de que era questão de tempo para as ações piorarem ainda mais. Aaron sabia que não podia matar um dos homens mais importantes de Nathan, então sua única opção era tentar fugir daquela casa.

Nesta situação que os problemas surgiam começando pela porta que dava acesso ao andar de cima, só ficava realmente destrancada quando Nathan voltava e apenas durante o dia, basicamente era difícil fugir debaixo do nariz do homem em plena luz do dia. Era uma fuga, e se algo desse errado provavelmente ele e sua família seriam mortos.

A sua outra opção e a mais segura era arranjar as chaves ou grampos para abrir a porta, mas essa opção era extremamente inútil, pois havia também um cadeado pro lado de fora da porta. Era uma questão de sorte e aprender a arrombar fechadura. Sem contar com os capangas de Nathan que estariam do lado de fora o esperando.

Essa foi a opção pela qual Aaron escolheu trabalhar, primeiro porque quando Nathan partisse o homem demoraria alguns meses para retornar , segundo fato era que o garoto poderia praticar algumas vezes nas fechaduras das portas de armas no porão.

Alguns meses se passaram, Aaron aperfeiçoou a sua técnica de arrombar fechaduras nos últimos tempos, era época perfeita. Primeiro um pequeno resumo dos últimos mes, em meio esse período Nathan havia voltado duas vezes, o que significava que ele não retornaria logo. Segundo fator é que Aaron ouvira uma conversa entre os capangas sobre Nicky está na Alemanha fazem intercâmbio, isso significava que estava longe do alcance de Nathan e seus capangas. O terceiro fato não tão importante era que desde estes anos onde a caça de Nathan por Mary começou, as roupas de Aaron não haviam sido compradas, e o garoto havia crescido alguns centímetros, assim as roupas ficaram curtas e apertadas em seu corpo. Apesar de ser mais baixo em altura do que a média para adolescentes da sua idade. Com treze anos estava usando um tamanho de vestimentas de oito anos.

Era dezembro, a neve estava caindo mansamente, a noite estava fria, foi um dia cansativo o corpo do loiro doía de tanta surra qur ele havia tomado. O silêncio agora era música para Aaron, o garoto se forçou a se levantar do chão de seu quarto, caminhou pelo corredor e arrombou a sala de armas, afinal hoje seria o dia que ele sairia dali e não faria isso desarmado. É claro que Aaron nunca havia matado ninguém até agora, mas se ele queria sair daquele local era melhor fazer um esforço. O loiro escolheu uma adaga com lâmina Bowie porque era bonita,eficiente, e boa para perfurar.

Aaron foi até a porta que dava acesso a casa, o garoto tentou ser cuidadoso na hora de abrir, como a sorte parecia está do seu lado, o trinco que fechava porta do lado de fora estava aberto, então o loiro empunhou a faca e andou mansamente pela casa, tudo que o garoto teria que fazer era chegar no quintal sem ser visto. Assim que conseguiu sair da casa, ele correu para um arbusto, lembrando tardiamente que iria ter que escalar o muro para sair dali, pois sair pelo portão da frente estava fora de cogitação.

Demorou um tempo para o loiro conseguir chegar ao topo, mas um fato incomodou Aaron fazendo-o desconfiar, aquilo estava sendo fácil demais.

Pular ou escalar para descer?  Pensa ele

Escalar é mais seguro, no entanto posso acabar sendo pego. Conclui ele

O garoto pulou o muro de três metros, caindo de joelhos na calçada, suas pernas gritavam em protesto ao movimento, mas o loiro resolveu se mexer o quanto antes indo para longe,  se levantou pegando a faca que havia jogado antes de descer e escondendo-a. Seu corpo doía bastante, mas Aaron ignorou e correu o mais rápido que pôde dobrando as esquinas até chegar em uma área movimentada onde ele se misturou com a multidão.

Agora o quê eu terei que fazer? Não posso ir a polícia e não tenho dinheiro para comprar nada.

Estava frio nesta época, o corpo de Aaron tremia, ele caminhava no meio das pessoas, havia uma fina camada de neve acumulada no chão, os pés descalços do garoto estavam dormentes.

Aaron caminhou em uma direção aleatória, porém tomando cuidado para não pegar uma rua de onde viera. Após um tempo caminhando a multidão cessando, o garoto começou a correr já sabendo que estava perdido. Seu corpo aquecido pela adrenalina, porém não demoraria para se cansar, o relógio marcou quase meia-noite a temperatura caindo bastante. O loiro parou em um parquinho, deitou-se em baixo do escorregador evitando a neve e adormeceu. Algum tempo depois foi acordado por um grupo de bêbados.

― Olha Josh, uma criança. Disse um homem com voz arrastada

― É uma menina. Olá gracinha. Disse outro estendendo a mão para tocar o garoto

Aaron poderia protestar dizendo que não era uma menina, só porque seus cabelos quase caíam sobra os ombros. No entanto sua resposta foi puxar a faca que ele guardava consigo. O homem que o garoto supôs ser Josh se afastou.

― Calma aí, nervosinha. Não vamos te  machucar. Diz ele

― Vai embora. Diz Aaron entre dentes

― Calma... O que faz na rua? Se perdeu de seus pais? Ah eu já sei, por que você não dorme na minha casa esta noite e amanhã vamos a polícia procurar pelos seus pais, hein? Diz o amigo de Josh

Aaron contou os homens, eram cinco. Tendo dois a sua frente bloqueando sua saída, dois atrás e um meio distante. Se ele não saísse os caras provavelmente o tirariam daquele local a força, o loiro se moveu fingindo sair, Josh moveu a mão para agarrar-lo e o garoto fez um corte em sua mão, aproveitando enquanto os outros permaneciam em choque para correr para longe.

― Sua filha da puta. Diz um dos homens

Três dos cinco homens correram atrás dele, seu único foco era fugir deles, tanto que quase foi atropelado por um carro que parou bruscamente.

― Aaron! Uma voz chamou e Aaron congelou

A solução mais esperta era continuar correndo, porém os três homens que o perseguiam e pegaram-o, um deles o mantendo pelo aperto. A porta do carro se abre revelando um homem ruivo.

― Ora, ora Aaron, estava me perguntando sobre isso. Diz ele

Aaron não respondeu, o som estrondoso ecoou pela rua, e o homem que segurava o garoto desaba no chão, o sangue se espalha pelo chão, os outros gritaram, enquanto o loiro arrastava o olhar até o carro, a figura segurando uma arma era ninguém mais que Romero. A boca de Aaron se abre em surpresa, e depois ele desvia o olhar para o corpo, a bala atingiu o ouvido do homem. Outros tiros são disparados matando os outros sobreviventes assustados.

― Limpem essa bagunça, Romero e Di Márcio. Ordena Nathan e depois se vira para o loiro. ― E você, entre no carro.

Aaron queria protestar. Queria correr. Fugir daquele local, mas Nathan havia o encontrado, e iria matar-lo provavelmente, ele ficou parado, não se moveu na expectativa de que alguém atirasse e lhe desse uma morte rápida. O garoto sentiu alguém puxar-lo em direção ao carro, ele sabia o que o esperava. Aaron ficou quieto durante toda a viagem de volta, por dentro ele desmoronava, surtava, e sangrava, enquanto seus olhos permaneciam turvos olhando para os nós brancos dos seus dedos.

A entrada da casa assombrava o loiro, todos sairam do carro, um destes puxando o garoto no processo e o entregando nas mãos do ruivo, este que o puxou pelos cabelos até porta a dentro, assim que estavam na sala de estar o homem joga-o contra a mesa de centro feita de vidro.

Desculpa Abram no fim, eu não poderei cumprir minha promessa que fiz com você... Pensa o loiro

Espero que viva bastante e seja feliz... Aaron pediu aquilo do fundo de seu coração e alma.

Os cacos de vidro fincaram nas costas do garoto que gritou por causa da dor repentina.

― Você achou que fugiria de mim, seu merdinha? Disse Nathan

― Que culpa eu tenho que seus capangas são descuidados, e não sabem fazer as coisas direito. Retruca Aaron sua voz rouca, ele podia sentir os seus lábios se levantando. Ele estava sorrindo?

Aaron sabia que estava sorrindo, não era o tipode situação que deveria ser feito, mas não estava ligando, afinal ele iria morrer mesmo.

Nathan arrastou-o até a cozinha uma chaleira apitava, anunciando que a água estava fervendo. O ruivo jogou Aaron no chão fazendo-o bater a cabeça contra a porta do armário, o loiro viu o exato momento em que Nathan pegou a chaleira, o garoto levantou os braços na tentativa de se proteger, inútilmente, a chaleira foi jogada contra ele, derramando água fervente em seu corpo queimando seus braços, barriga, pernas e sua bochecha esquerda. A dor era intensa demais, as lágrimas queimando os olhos do garoto, o seu grito poderia ser ouvido até mesmo do porão, Aaron estava muito focado na dor que não percebeu Nathan se aproximando ao ouvir o som de ferro tilintando para outro lado da cozinha, o garoto sabia que o ruivo estava bem perto, o homem levantou o loiro pelos cabelos.

Uma faca foi colocada bem abaixo do queixo de Aaron, a sua visão turva pelas lágrimas, mas ele podia ver o sorriso cruel de Nathan, a imagem era tão semelhante.

Eu só quero que isso acabe... Repetia o garoto miseravelmente na sua cabeça

A ponta da faca penetrava levemente sua pele fazendo-a sangrar, o ruivo arrastou a faca para o peito de Aaron cortando facilmente o tecido de sua camisa, o loiro não sabia, o porquê dele está respirando com cuidado. Era algo que fazia inconscientemente. De seus anos tentando sobreviver naquele lugar.

Eu sei que você quer viver? Diz uma voz na sua cabeça

Vá pro inferno!  Reruca ele

Você poderia ter acabado com isso, nesmo assim não fez. Diz sua própria voz, ou melhor seu subconsciente

Aaron moveu seu corpo para frente, fazendo a faca entrar um pouco no peito, o sangue começa a fluir para fora, aparentemente Nathan percebeu o que o loiro estava tentando fazer, pois segura o garoto, tirando a mão do cabelo de Aaron e pegando no pescoço do rapaz, o seu aperto aumentou na garganta, dificultando a respiração do loiro. Um corte abaixo do tórax de Aaron o trouxe de volta a realidade, perto o suficiente do estômago, por mais um pouco e teria acertado o órgão, algo extremamente calculado e profissional. O sangue fluía com rapidez, doía intensivamente porém era quase comum para Aaron, Nathan fez outros cortes em sua pele, todos na parte superior de seu corpo, e algumas queimaduras também foram deixadas, estas eram perto do quadril resultado de uma faca extremamente quente. Seria menos pior se Nathan não tivesse jogado sal nas suas feridas abertas. Porém a marca que mais machucou Aaron tanto fisicamente quanto psicologicamente foi ter as iniciais do ruivo cravadas em sua pele, os cortes era fundos para que não cicatrizasse com facilidade, para que todas as vezes que o loiro olhasse seu reflexo lembrasse a quem pertencia. Quem era seu dono.

― Vou te deixar vivo, porém espero que não saia da linha novamente. Eu não hesitarei em matar você, sua mãe, seus tios, e o seu primo. Sim, o seu primo, aquele que você tanto ama, qual é o nome dele mesmo?. Diz Nathan e finge pensar. ― Nicholas, não é? Não pense que ele estar seguro só porque está na Alemanha. Eu posso alcançar-lo e matar-lo. Farei questão de trazer a cabeça dele para você, ou melhor, posso trazer-lo e torturá-lo até que seu primo morra bem na sua frente. E você não poderá fazer nada além de assistir e ouvir Nicholas gritar.

O coração de Aaron batia descontroladamente, assim que foi entregue para Lola e Jackson, eles mandaram-o se lavar. No banheiro o loiro vomitou, a ideia de seu primo ser machucado por sua causa fazia ele sentir-se pesado. Uma voz repetia em sua cabeça.

Você tem que sobreviver...

Seja obediente...

Não morra...

Não faça besteiras...

Aguente...

Não seja fraco...

"Parasita" A voz de sua mãe surgi na sua cabeça. "Inútil" " Eu queria que você tivesse morrido"

Sim, eu deveria ter morrido... Concorda ele mentalmente

Após o banho Lola estava tirando os cacos de vidro, limpando os cortes, costurando as suas feridas e enfaixando na cama do garoto. Assim que a mulher terminou, ela cravou as unhas no pescoço de Aaron, enquanto Jackson se posicionava em sua frente, impedindo o loiro de sair.

― Então não sabemos fazer nada direito, hein? Zomba Jackson

― Ah Ari, você não deveria deixar Nathan brabo, é perigoso, sabia? Diz Lola em seu ouvido

Aaron queria se afastar do toque dela, mas ele decidiu ficar quieto e olhar para o chão. O loiro estava sentado na cama, só queria que os dois fossem embora, o deixasse sozinho.

― Ah pequeno você está ficando cada vez mais bonito, sabia? Comenta o homem pegando no queixo de Aaron e levantando sua cabeça

O brilho nos olhos do mais velho era perigoso. Faminto talvez, o loiro já havia visto muito esse olhar nos capangas de Nathan, principalmente no de Jackson e Carlos. O homem se abaixou ao nível de Aaron, e colocou a mão na coxa do garoto, uma estranha náusea se instalou no estômago, o loiro estava ciente de que, se ele movesse para trás colidiria com Lola e iria ter problemas.

Aaron recuou colidindo com a mulher, Jackson riu de sua reação enquanto Lola exclamava:

― Filho da puta. Diz ela fazendo o garoto deitar

O joelho de Lola pressiona contra o estômago do loiro, a visão de Aaron estava turva devido a dor.

― Eu deveria ter matado você a muito tempo, sabia? Continua ela apertando sua garganta

A mão de Aaron encontra a faca de baixo do travesseiro.

É inútil lutar. Fornece sua mente

Por que você ainda está lutando?

Não era você que queria tanto morrer?

Um soluço escapa da boca do garoto apesar de não estar chorando. Aaron teria parado de lutar se não fosse uma mão encontrando sua coxa, o loiro se moveu tentando se soltar, porém foi inútil. Sem opções o garoto tira a faca do travesseiro, mirando em quem está mais próximo dele, obviamente Lola recebeu um corte não era profundo, pois o garoto estava muito fraco. A mulher ficou surpresa, mas não se moeveu abrindo espaço, logo arrancou a faca da mão de Aaron torcendo seu pulso, a faca caiu na cama, e Jackson pegou-a.

O homem se aproximou de Lola dizendo algo em seu ouvido, o sorriso no rosto da mulher se tornou doentio enquanto pegava a faca que o mais alto ofereceu-a.

O aperto no pescoço de Aaron afroxou-se, e Lola mudou de posição. Se Aaron podesse esquecer o que aconteceu depois disso ele com certeza faria.

🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨

Lola senta nos quadris de Aaron, agarrando os pulsos do garoto, as algemas ajudam a prender-lo.

Aaron queria sair dali, a situação era extremamente desconfortável, uma faca descia em seu braço fazendo um corte em linha vertical, a dor aparece junto com a sensação de um líquido quente vazando de sua pele e pingando na cama.

― Achou mesmo que se safaria? Que conseguiria nos vencer em uma luta? Diz ela em tom de zombaria

Outro corte foi feito no braço, mas a mulher começou a se mover, esfregando-se contra Aaron, o cheiro de cigarro se instalou no ar, era Jackson que estava observando-os com diversão.

― Pare. Diz o loiro rouco

― O que houve? Não era você o corajoso? Indaga Lola rindo

O corpo de Aaron já passava por mudanças, o garoto odiou quando seu corpo respondeu aos movimentos provocativos da mulher, a vergonha passava pelo semblante do loiro.

Não. Não. Não. Não. Repetia ele mentalmente

― Oh Ari, como você cresceu. Diz a mulher percebendo que conseguiu um de seus objetivos

― Pare Lola. Sai de cima de mim. Disse o loiro entredentes

― Que foi está com medo? Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece. Diz Lola perversamente

Quando Lola terminou de satifazer-se, haviam cortes em linha vertical em ambos os braços de Aaron, o suor tomava conta, as lágrimas estavam lá. Jackson se aproximou, acendeu outro cigarro, loiro não havia como lutar mas o homem não queria arriscar e teve um enorme prazer em  drogar Aaron, antes de começar a abusar dele. Em algum momento o garoto perdeu a consciência mas o homem não se importou, pois dissera que esperava isso por anos.

🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨

POV Romero

Lola e Jackson partiram com Nathan dessa vez, já que Romero ficou oara limpar a bagunça que o cachorrinho de Nathan havia começado. O moreno não reclamou, agradecendo o momento de "folga", Romero foi designado a ficar de olho em Aaron, já que os outros capangas haviam falhado em manter-lo. Alguns capangas perderam a cabeça, literalmente.

O moreno estava indo ao encontro do maldito garoto, assim que abriu a porta não esperava ver aquela cena.

De repente não era Aaron na cama, era na verdade Romero. De repente não era Romero que verificava o pulso do garoto, mas sim sua mãe o ajudando a viver.

O moreno pisca focando no seu objetivo, Aaron respirava superficialmente, o mais alto ligava para enfermeira enquanto tirava o loiro da cama, colocou o garoto no chão do banheiro e ligou o chuveiro, tomando cuidado para não afogar o menor.

Romero saiu do banheiro, após explicar a situação pediu para que a mulher fosse ao seu apartamento, enquanto tirava a roupa de cama ensanguentada. Assim que abriu o guarda-roupa de Aaron, lembrou que as roupas não serviam no garoto, mas de qualquer modo tirou um short dali, Romero tirou seu moletom, ficando apenas de camiseta. O plano era levar o garoto para seu apartamento onde a doutora estaria. Sua preferência era fazer tudo isso antes que o loiro acordasse.

Notes:

N.A: Confesso que foi difícil para mim escrever este capítulo, mas no fim acho que cumprir a pior parte da série de Aaron pelo menos. Senti vontade de chorar? Talvez.

Próximo capítulo é de Neil estou quase terminando de escrever, estou juntando todos os capítulos da entrevista em um só capítulo, então... Também comecei a trabalhar no capítulo de Andrew!!!

Obrigada por ler este capítulo ☺️

Até o próximo capítulo!!!

Chapter 22: Se combate fogo com fogo 🔥!!!!

Summary:

O primeiro jogo e a entrevista!!!! Puro caos!!!

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite para vcs que estão aqui hoje, este é um POV de Neil. Finalmente chegamos a quase no final do primeiro livro...🎊🎉🎉

T.w: violência verbal e física
Menção a abuso passado
Remédios

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Na sexta-feira a universidade havia mudado completamente virando temática das Raposas, estando mais movimetado do que nunca. As expectativas do time era baixa dito que iriam jogar contra os Chacais, antes sendo a melhor universidade do distrito.

Neil não havia como não ser visto em seu uniforme laranja brilhante, e ser percebido era uma das coisas que o garoto mais odiava. Por isso, seus companheiros se compareceram e acompanharam-o em sua caminhada entre as aulas. O almoço foi dividido entre Allison, Seth e Neil.

― Bem? Quem você vai levar para o baile? Pergunta Allison

Neil não tinha intenção de ir, porém era um evento obrigatório.

― Ninguém. Responde Neil sinceramente

― Decisão estúpida. Até o monstro vai acompanhado. Retruca a loira

― Renee? Questiona o garoto entendendo a referência

Neil duvidava muito de que Allison soubesse o que era realmente um monstro, e o que eles poderiam fazer. Se alguém perguntasse ao garoto o que Andrew era? Ele provavelmente responderia "um garoto problemático com grandes problemas de comportamento"

― Vamos se dizer que é inevitável. Disse Allison

― Andrew e Renee são? Pergunta Neil intrigado

Allison rir, enquanto Seth se contorce em uma careta.

― Renee disse que não, eu acredito nela. Ah Neil não tome conclusões precipitadas. Disse a loira

Não demorou muito para que ela saisse, Seth levou Neil para sua aula. Dan o pegando depois e o levando para o dormitório para que ele podesse descansar um pouco.

Quando Dan voltou mais tarde com uma expressão sombria, após uma breve visita ao dormitório de Andrew.

― Ele vai ficar bem, ele ficou no ano passado. Reconfortou Matt

― Pensei que Kevin não tivesse jogado aqui ano passado. Conclui Neil

Dan abriu a boca, mas quem respondeu foi Ethan.

― Não é Kevin, é Andrew ele fica dem os remédios em noite de jogo.

― Como Andrew vai defender o gol doente? Pergunta Neil

― Bem leva um tempo para que isso aconteça. Abstinência tem três estágios. Mas relaxe que ele só pega o primeiro tempo da partida. Explica Matt

― E isso compromete o jogo? Indaga o mais novo

― Não tanto, quanto nós. Disse Matt

Neil se lembra de Andrew dizer que odiava o esporte, mas para ele aceitar ficar sem a dose significava que, o remédio era mais detestável, o que fazia sentido.

Mesmo as Raposas saindo cedo do dormitório, o trânsito quase os atrasou. Neil seguia os outros para o vestiário masculino quando Kevin o puxou até a porta que dava acesso a quadra. Era realmente incrível ver o estádio cheio, dava a Neil uma ansiedade que resolveu se instalar em seu estômago.

― Eles vieram te ver jogar, então dê o seu melhor. Disse Kevin em seu ouvido

― Eles estão aqui por você. Retruca Neil

― Vá se trocar. Ordena o moreno

Wymarck lhe deu a lista da escalação inicial dos Chacais.

― Ei Seth, parece que o Gorila voltou. Disse Matt

― Puta merda. Disse Seth pegando o papel

― Com problemas Seth? Zomba Ethan

― Cale a boca, bastardo. Disse o veterano

― Gorila? Questiona Neil

― N° 16, Hawking, conhecido como Gorila. Quase dois metros de altura e um trem de músculos saberá assim que o ver,ele parece um jogador de futebol americano que se perdeu. Disse Nicky

― Também é burro, ele ficou de fora ano passado porque ficou de recuperação. Disse Matt

― Ele é defensor e adora esmagar os oponentes contra a parede. Avisa Dan

― Não se preocupe, ele vai caçar Seth e Kevin. Conforta Matt

Neil deu de ombros, Gorila não seria nada considerando o que ele enfrentou.

― Agora pare de desperdiçar meu tempo, vão! Disse wymarck

Eles alinharam de acordo com a ordem da escalação, com Dan em frente na sua posição de capitã. Os vinte minutos de aquecimento se passou rápido. A multidão rugia em reconhecimento aos jogadores, após os jogadores dos Chacais, era a vez das Raposas.

― Vão lá e façam eles engolirem os dentes. Diz o treinador

Dan liderou a equipe até o portão e sinalizou que já estavam preparados. Kevin foi o primeiro a entrar na quadra, e todos o estádio comemorou sua volta a quadra. Seth seguindo, Dan, Matt, Ethan, e Andrew indo tomar seu lugar no gol.

Neil nem precisou de ajuda para reconhecer o Gorila, pois de certa forma ele lembrava Jackson só que mais novo.

― Não se esqueça de agradecer Seth, e Kevin por serem esmagados no seu lugar. Brinca Nicky. ― Ei, não conversamos desde, você sabe. Eu peço desculpas. Tudo bem?

― Não sei. Responde Neil

― Justo. Disse o defensor

Como todos esperavam a inimizade entre Kevin e Seth continuam até mesmo na partida.

― Eles poderiam ao menos fingir que se dão bem. Lamenta Abby

― Impossível. Aposto dez dólares que eles estarão se pegando na porrada em menos de quinze minutos. Diz Nicky

― Não estou apostando. Recusa Allison

O coração de Neil batia em paixão, o garoto não queria perder um segundo daquela partida. Enquanto os jogadores lutavam no meio da quadra, Andrew parecia despreocupado em sua área. Quando um dos atacantes do Chacais contornou Matt e correu atrás da bola. O loiro parou de girar a raquete e mudou a postura. O atacante deu um tiro veloz no gol, e Andrew defendeu brutalmente mandando-a para o centro da quadra, sendo pega por Dan.

― Vai garota. Incentiva Abby

Dan perde a posse para o negociante dos Chacais, e colidindo com ele.

― Mexam-se, Raposas. Ordena wymarck

― Vai. Raposas. Vai! Diz as Raposetes

A multidão entrou no ritmo e repetiu o cântico. Infelizmente as Raposas sofreram um gol pela pressão dos Chacais em sua área. Não demorou muito para Kevin e Seth começarem a brigar.

― Ha. Ganhei. Comemora Nicky

Dan os separou com dificuldade, respectivamente voltando a suas posições. O jogo recomeçou, e as Raposas foram para cima, Kevin fazendo o primeiro ponto das Raposas. Vinte minutos passaram até que Gorila esmagou Seth contra a parede, resultando no jogador no chão.

― David. Disse Abby

Seth se levantou com dificuldade, e continuava no jogo. Kevin começou a ser marcado por dois defensores.

― Seth, sinalize! Grita Nicky

Quando Seth sinaliza a sua saída, o jogo para.

― Se mexa. Disse wymarck a Neil

― Substituindo Seth Gordon. Entra o novato, Neil Josten, número dez, de millport, Arizona. Diz o locutor

Neil sabia que estava assinando sua sentença de morte, finalmente fechando a tampa do caixão.

― Pronto? Pergunta Dan

― Pronto pra tentar. Responde Neil

― Vamos nessa. Disse ela

Eles adentraram na quadra, e tomaram suas posições.

― Tá brincando comigo? O campeão nacional e um amador? Parece que vocês tem uma combinação perculiares. Disse a marcadora de Kevin

― Um amador e um aleijado, você quer dizer. Zomba o negociante

Andrew chamou a atenção dos jogadores, e preparou para sacar.

― Ei, Pinóquio. Hora de correr. Essa é pra você. Zomba Andrew com uma falsa alegria

Neil não esperou ele sacar, ele se moveu deixando os outros jogadores para trás, a bola atingiu o fundo da quadra e voltou, Neil pegou a bola no ar. O atacante se afastou contando os passos, e protegendo a bola de sua marcadora, ele jogou-a para Dan, que passou para Kevin, o Gorila foi para cima de Kevin para interceptar a bola.

Sempre que Kevin pegava a bola, o Gorila sempre o retaliava.

― Tire ele da minha cola! Gritou Kevin para Matt

Matt obedeceu correndo atrás do Gorila após derrubar o atacante que marcava, o defensor largou a raquete e deu um gancho no Gorila, que caiu cim o golpe. Quando se recuperou correu atrás do defensor, até o gol onde Andrew se colocou no caminho do homem. Os dois se encaravam, os árbitros apareceram.

Kevin saiu após ter uma leve lesão na mão esquerda. No fim os Chacais venceram de nove a sete contra as Raposas.

A temporada havia apenas começado.

Na manhã seguinte Neil acordou com despertador, e amaldiçoou wymarck e Kevin. Nenhum deles estava pronto para acordar cedo no sábado. Alguém bateu na porta do quarto, wymarck parecia muito bem acordado.

― Pare de bocejar e mexam-se. Temos horário, quero todo mundo no ônibus em cinco minutos. Disse wymarck

Quando saiu, ele estava cansado, mas todo mundo parecia meio morto de qualquer modo, exceto Kevin que parecia irritado.

― Como eles te acordaram? Pergunta wymarck a Kevin

― Não me deixaram dormir. Disse amargamente

― Inteligente. Retruca o treinador. ―Vamos

Neil admirou o ônibus. Andrew levou seu grupo para o fundo. Neil dormiu assim que motor ligou. Wymarck parou no fast food da Carolina dk Norte, Abby e Renee foram comprar café da manhã.

― Hemmick! Você deveria acordar eles à quilômetros atrás. Disse wymarck quando avistou o grupo de Andrew

― Não tô afim de morrer. Disse Nicky

Wymarck resolveu que ele mesmo faria isso, jogou uma carteira em Andrew que acordou com violência.

― Devolva. Disse o treinador ao loiro

Andrew obedientemente o fez, depois disse Wymarck se dirigiu ao assento de Kevin, e começou a tentar acordar-lo, empurrando-o com a sola do sapato.

― Levante. Levanta essa bunda e se mexa! Diz o treinador em um tom alto

Kevin tenta empurrar Wymarck para longe e volta a dormir, então o treinador pegou o moreno e o levantou sentando-o.

― Te odeio. Disse Kevin dramaticamente

― Quem que eu me importo. Que brilhante ideia. Disse Wymarck

Andrew o ignora em favor de olhar a paisagem.

― Chegamos? Pergunta o loiro

― Estamos perto. Retruca Wymarck

Kevin adormeceu novamente, e o treinador o fez da voltas no ônibus.

― Bom dia, flor do dia. Disse Matt com alegria exagerada

― Vá se foder. Xingou Kevin

― Que bom você é uma pessoa matutina. Disse Dan

― Foda-se você também.

― Kevin. Chamou Andrew

Kevin foi até o loiro e estendeu o frasco de remédio, eles observaram enquanto Andrew tomou sua dose. Neil achou estranho o fato de Kevin reter os remédios do loiro, mas resolveu não bater cabeça com isso.

Quando Abby e Renee voltaram distribuiram os cafés. Demorou quinze minutos para chegar no edifício do programa de Kathy Fernandi. Assim que estacionam na parte de dentro do local, todos desceram do ônibus quando a apresentadora chegou e lhes cumprimentou.

― Kevin. Já faz tempo. Estou feliz que tenha aceitado. Disse Kathy estendendo a mão

― É bom ver-la novamente. Disse Kevin com sorriso

Dan fingiu desmaiar, poucas vezes que o moreno sorria. O sorriso que Kevin ostentava agora era o público, o qual ele foi ensinado.

― Vocês foram incríveis. Kevin tem um toque mágico. A equipe melhorou deste que ele se juntou a vocês. Disse ela para a equipe

― Eles já estavam encaminhandos. Eles merecem estar na primeira divisão. Este ano eles vão mostrar seu potencial. Disse Kevin

― Claro. Concordou ela mecanicamente

― Neil Josten, bom dia. Gostou das boas notícias? Você é um dos nomes mais procurados do Exy, logo atrás de Riko e Kevin. Como sente? Disse Kathy

Neil sentir-se sem chão.

― Não precisava saber. Disse Neil

― Você disse a ele que também estará no meu programa? Pergunta a mulher a Kevin

Neil a encarou odiando a ideia, seu coração batia fortemente em sua caixa torácica.

― Estamos curiosos sobre você, o garoto que chamou atenção do antigo campeão. Disse Kathy

― Não, eu dispenso. Diz Neil em um tom entediado

A julgar pelo seu olhar a mulher não gostou nem um pouco da sua resposta.

― Vamos pense no que isso pode fazer na sua carreira. E seus fãs estão famintos por resposta. Disse a apresentadora

― Não tenho fãs. Retruca o atacante

― Ele vai. Responde Kevin

― Não é você que decide. Diz Neil em francês

As Raposas o olharam com curiosidade. E kevin manteve seu sorriso mesmo respondendo friamente no mesmo idioma.

― Não seja idiota.

― Não posso aparecer na TV. Retruca Neil em francês

― Você já fez, vai fazer hoje. Caso contrário não treinarei mais você. Replica o moreno

Era golpe baixo, mas Kevin não estava nem aí para os motivos de Neil, então o atacante engoliu as respostas e disse amargamente:

― Ok.

― Está resolvido. Disse Kevin em inglês

― Perfeito.

Todos seguiram para dentro do edifício, Neil e Kevin separam-se da equipe e seguem para o camarim. Neil odiava aquele lugar a cada segundo que passava. Kevin escolheu um traje para o outro garoto e o jogou para ele.

― Vista-se, e você já sabe que eu não me importo com as suas cicatrizes. Disse kevin quando Neil não se moveu

Neil observou Kevin até que o moreno resolveu se trocar, o atacante não tinha outras opções, a não ser seguir o pedido do príncipe do Exy. Vestiu a camisa por cima da outra e fez seu melhor para esconder a camiseta de baixo. As calças foram mais fáceis de usar devido que a maioria de suas cicatrizes ficavam na parte superior de seu corpo. Os dois permanecem em silêncio até o assistente aparecer e anunciar que o programa estava para começar.

Às sete horas a abertura começou, Kathy sendo recebida por aplausos.

― Bom dia senhoras e senhores! Nossa trilha sonora será maravilhosa. Mas nosso principal foco é o início da temporada de Exy da NCAA!

A plateia vai a loucura.

― Quantos de vocês foram ao jogo? Uau! Quantos de vocês assistiram de suas casas? Pergunta ela. ― Estamos ansiosos para essa nova temporada devido as mudanças. É disso que falaremos hoje, mas é claro, vou chamar nossos convidados especiais.

― Faz nove meses desde que esteve na TV; apresento a vocês o primeiro convidado do dia, antigo atacante da seleção americana, Gatos selvagens de Baltimore, e os Corvos de Edgar Allen, o principal atacante das Raposas em palmetto States university, Kevin Day! Continua ela

A plateia estava louca com aparição de Kevin seus fãs. O atacante vestiu seu sorriso público, como uma celebridade que era acenou para o público. Quando a multidão se acalma, Kevin e Kathy se sentam.

― Kevin não acredito que você realmente veio. Acho que não exagero quando digo que é surreal vê-lo sozinho! Sabe é meio difícil para nós. Disse Kathy

― Mais espaço. Brinca Kevin

Kathy serviu água no copo.

― Vamos falar da noite passada. E finalmente vimos você mesmo que seja de laranja. Sem ofensas, mas por que palmetto States? Mesmo que tenha começado como treinador assistente, mas por que você assinou com as Raposas quando descobriu que poderia jogar? Pergunta a apresentadora

Neil sabendo a verdade sentia repulsa em relação as perguntas de Kathy.

― Treinador Wymarck era amigo da minha mãe, e mesmo depois que ela morreu, ele manteve contato. Kevin disse mas seu olhar estava em sua mão. ― Em dezembro quando achei que tinha perdido a esperança, o treinador Wymarck e sua equipe me receberam sem hesitar. É bom trabalhar com eles.

― Admito que esperava que você voltasse. Mas de qualquer modo é bom te ver em ação novamente. Você merece uma salva de palmas.

O público obedientemente fez.

― Que pena que vocês tiveram o azar de cair contra Breckenridge. Você marcou três pontos, Seth e o novato empataram fazendo dois pontos. Que tal falamos de Neil Josten? Pergunta ela

― Claro. Responde Kevin

―Quero saber, por que recrutaram alguém tão inexperiente como Neil? Comenta Kathy.

― Neil tem garra apesar de sua inexperiência, e é isso que o faz perfeito para as Raposas neste momento. Comenta o moreno

― Vocês fizeram muito por ele, se recusando até mesmo a divulgar seu nome, é verdade? Pergunta ela curiosa

― A segurança de Neil era prioridade. A primavera foi difícil, e ficamos preocupados no que aconteceria se anunciamos. O CRE não aceitou de início, mas conseguimos. Comenta Kevin

A porta da sala de espera se abriu e chamou Neil. O atacante seguiu o ajudante.

― Por que não damos uma olhada nele? Pergunta Kathy. ― Vamos ver o garoto que substituiu Riko Moriyama ao lado de Kevin. Apresento Neil Josten, o mais novo membro das Raposas.

Neil atravessou a sala, a mulher o cumprimentou e gesticulou para que se sentasse.

― Que imagem ótima, Kevin tem uma dupla. Disse Kathy e apoiou a mão no queixo. ― Neil eu não exagerei quando disse que você era uma sensação. Você, um amador que chamou atenção do príncipe do Exy. Como a Dama e o Vagabundo, como se sente? Pergunta ela

― Injusto. Eu nunca imaginei que chegaria aqui, achei millport, era minha única chance, Kevin era a última pessoa que eu esperava ver. Respondeu Neil com sinceridade

― Sorte para nós. Você tem talento, mesmo começando tão tarde, talvez tivesse em Edgar Allen ou na seleção se tivesse começado mais cedo. Por que esperou tanto? Indaga a mulher

O estômago de Neil afundou quando pensou na liga infantil, se tivesse ficado.

― Não tinha interesse em esportes. Pensei que me ajudaria a conhecer pessoas. Não imaginei que daria nisso. Mente Neil

― Eu tomo seu lugar. Não incomodo em ficar perto de Kevin. Diz Kathy em piscadela

― Você realmente quer ficar no meio dos atacantes? Pergunta Kevin

― Bem, me pareceu no jogo de ontem que existem problemas entre você e Seth. Ao contrário de vocês. Comenta a mulher

― É difícil para mudarmos seu jogo quando esta perto de se formar, mas Neil por outro lado está começando então é mais fácil moldar-lo. Explica o moreno

― Isso quer dizer que você não pretende voltar oara Edgar Allen? Ou você continuará em palmetto States? Pergunta Kathy

Neil já estava perdendo a paciência com todo aquele circo, tudo que ele queria agora era voltar para quadra.

― Ficarei até quando o treinador Wymarck me quiser. Responde Kevin após um tempo

― Os Corvos ficariam tristes. Riko deve sentir sua falta. Lamenta a mulher

― Nos veremos em outono. Diz o atacante

― Exato estão no distrito agora. Por que essa grande mudança? Pergunta a apresentadora

― Prefiro não comentar. Diz Kevin

― Não te contaram? Pergunta Kathy surpresa

― Estamos ocupados. É difícil manter contato. Explica o moreno

― Se é assim. Eu tenho uma surpresa para você. Disse ela

A música soa nos alto-falantes. E a multidão grita em uníssono.

― Rei! Rei! Rei!

Neil reconhece a música, mas estaga incrédulo. As Raposas em choque, Neil olha para Kevin e um movimento chamou atenção. Um homem com a roupa toda preta, era Riko que exibia seu número "um" tatuado na bochecha. Após nove meses Riko Moriyama e Kevin se encontram. Nove meses desde o incidente na Edgar Allen. O público estava animado, mas Kevin estava puro desespero. Enquanto Neil torcia para Riko não o reconhecer.

Após cumprimentar Kathy, Riko fixa na frente de Kevin, seu sorriso era o usado para o público. Neil deixou toda sua raiva por Kevin esvair-se, pois o Moriyama era uma ameaça a Kevin.

― Kevin. Quanto tempo. Disse Riko

Uma confusão ba plateia fez Neil desviar o olhar de Riko, as Raposas na arquibancada contiam Andrew que parecia querer cometer um assassinato. O movimento de Riko fez Neil voltar sua atenção a ele, o Corvo estendia a mão para Kevin que o encarava antes de finalmente decidir aceitar-la, o outro homem aproveitou para puxar o mais alto para um abraço.

― Você emagreceu desde q última vez que te vi. Está se alimentando? Sempre disseram que a comida do sul é pesada. Diz Riko

― Corro bastante. Retruca Kevin tentando não murchar

― Que milagre! Responde o Corvo

― Um milagre mesmo, vejam a dupla de ouro esta de volta, mas dessa vez como rivais. Riko e Kevin agradeço pela paciência pelo nosso fanatismo. Disse Kathy e gesticulou para que se sentassem

Riko se afastou indo para o outro sofá, enquanto Kevin afundou na poltrona se pressionando comtra Neil.

― Pelo que Kevin me disse, vocês não se falam há algun tempo. Certo? Pergunta a apresentadora dirigindo-se a Riko

― Exatamente. Você parece surpresa. Responde o homem

― Eu sempre pensei que fosse impossível separar-los. Responde a mulher

― Dezembro foi um desastre emocional para nós, depois que Kevin se lesionou foi difícil lidar com essa realidade. Que tudo que construímos fosse por água abaixo. Nem ele mesmo poderia, então nós nos afastamos. Explica Riko

― Por nove meses? Pergunta Kathy

― Era inevitável. Exy foi o centro de nossas vidas. Sempre mostramos nosso melhor, mas não o que isso custava. Disse Kevin em um tom aborrecido

― Deve ter sido ruim toda a pressão. Disse Kathy

― Somos humanos, por isso não pode deixar de ter nossas diferenças, certo Kevin? Disse Riko

― Nenhuma família é perfeita. Acrescenta Kevin

― Bem foi difícil para nós quanto você desapareceram por um mês. Eu temi o pior, mas não sabia que o pior realmente aconteceu até o pronunciamento do treinador Wymarck. Disse Kathy

― Pior foi perder tudo de uma vez. Quando assinamos com a seleção nacional no ano passado, só faltava um sonho para realizar, nossa recompensa pelo nosso esforço chegaria. E então Kevin se lesionou. Diz Riko

― Todo mudou. Era difícil os fatos, era mais fácil ir embora. Disse Kevin baixo

― Sinto muito. Diz a apresentadora

A mulher finalmente mudou de assunto, e se dirigiu a Riko:

― Veja como ele está agora. Não é incrível como ele chegou tão longe esse ano?

― Não sei. Como irmão e melhor amigo. Me preocupo de que Kevin possa se machucar novamente. Será que se recuperaria emocionalmente e psicologicamente de novo? Responde Riko

Seu tom era preocupo, mas aos ouvidos de Neil soou como uma ameaça, um desafio. Uma linha cruzada da qual Kevin, não ousaria cruzar. Mas Neil sim, vivera o bastante com pessoas como Riko, e não aguentava ver Kevin se encolhendo dessa maneira.

― Nossa achei que você apoiaria, sabe? Melhor amigo. Acreditar no potencial dele era o mínimo que você poderia fazer já que o abandonou. Disse Neil

― Ah, me desculpe. Disse Kathy. ― Riko este é Neil, Neil este é Riko. O passado e o presente de Kevin, ou devo dizer passado e futuro?

― Respondendo sua acusação, não espero que você entenda meu relacionamento com Kevin. Disse o Corvo finalmente olhando para Neil

― Era único. Tenho certeza que tudo acabou quando ele não conseguiu continuar na sua equipe. Retruca o jovem

― Foi uma escolha dele. Ficamos tristes por sua ausência, mas felizes pela sua posição de treinador. Diz Riko

Neil sentiu vontade de se levantar e socar a cara do bastardo, por sua falsidade.

― Mas não por ele ter voltado a jogar. Não foi por isso que se transferiram? Você acha que Kevin não pode jogar de novo, e querem destruir-lo. Você não quer ele nos holofotes, e fará com que ele veja sua equipe vencendo novamente. Você está jogando na cara de Kevin tudo que ele perdeu e parece está gostando de ver-lo assim. Diz Neil

― Vou pedir para que diminua seu tom. Fala o Corvo

― Não posso. Tenhi um probleminha de comportamento. Diz o atacante das Raposas

― Probleminha? Indaga Riko com um sorriso frio

Kathy os interrompeu antes que brigassem.

― Bem, Neil disse algo que eu gostaria de perguntar. A mudança de distrito, apesar de seu treinador e o CRE terem bons motivos, não acho que a teoria de Neil esteja tão errada, com relação ao Kevin. Disse a apresentadora

― Kevin teve um pequeno papel, mas não tem nada haver com as teorias desse moleque disse. Não queríamos aceitar, mas estamos aqui mais para inspirar o sul a trabalhar melhor. Explica Riko

― Quer fazer pelo sul o que Kevin está fazendo pelas Raposas. Conclui Kathy

― Sim, mas será mais fácil mais fácil se Kevin estiver conosco. Diz o Corvo

― O quê? Pergunta a mulher

― Kevin não vai e não pode jogar conosco. Ele sabe disso e foi por isso, que não retornou, e não queria nos arrastar para baixo. Mas não significa, que ele não pode voltar para nós. Gostaríamos que voltasse com um de nossos treinadores. Explica Riko

― Escolha difícil, Kevin. Ambas as ideias me fascinam. Apesar de ver-lo crescer com as Raposas, vê-lo fora de Evemore é de partir o coração. Diz a apresentadora

― Quer mesmo que ele volte? Não acredito em você. Indaga Neil

― Isso não é da sua conta. Retruca o Corvo

― Pare de ser egoísta. Continua Neil, Kathy fica surpresa, kevin aperta o braço de Neil em advertência. ―  Kevin sempre quis ser o melhor em quadra, então você não tem o direito de tirar isso dele. Quer que ele se conforme com menos? As Raposas estão lhe dando a oportunidade de fazer-lo, enquanto vocês oferecem o banco. Ele nem tem motivo para fazer-lo.

― Palmetto é um desperdício para o talento dele. Retruca Riko

― Não tanto quanto Edgar Allen. Refuta a Raposa. ― Sua equipe está no topo? Grande coisa, parabéns. Permanecer no topo é mais fácil que começar do zero, como Kevin. Eu duvido que você faria metade do que ele está fazendo. Kevin vai chegar no topo e será melhor do que você. Sabe por quê? Não é apenas talento, ele se esforçar. Este ano nós temos dez Raposas. E mesmo assim não desistirmos. Nós nos esforçamos.

― Isso faltou. Vocês perderam ontem. Você ainda são uma piada. Não sabem nem trabalhar em equipe. Diz o Corvo

― Para sua sorte. Pois se fizéssemos, você já seriam derrubados a muito tempo. Insinua Neil

― Sua arrogância é um insulto para nós da primeira divisão. O único motivo pelo qual palmetto ainda permanece na primeira divisão é por causa de seu treinador. Retruca Riko

― Engraçado, não foi assim que Edgar Allen se classificou? Indaga a Raposa

― Nós ganhamos prestígio, enquanto vocês só piedade e desprezo. Um amador como você não deveria dar palpite. Diz o Corvo

― Vou dar mais um. Você quer que Kevin no banco não por causa da sua saúde, mas sim porque está com medo das pessoas verem  quem é o melhor jogador. Diz Neil gesticulando para a tatuagem no rosto

O sorriso de Riko se tornou perigoso.

― Não tenho medo de Kevin. Eu conheço ele.

― Você vai engasgar com suas palavras, e espero que vá sobremesa o seu orgulho. Diz a Raposa

― Isso é um desafio. Estou contando as segundas para as partidas. Corta Kathy. ― Há tantas expectativas este ano. Então laranja ou preto, Kevin? Qual a cor do seu futuro?

― Já disse , ficarei em palmetto por quanto tempo for. Respondeu Kevin apertando o braço de Neil com força como se fosse sua âncora

Asssim acabou a parte dos convidados, os intervalos vieram.

― Vocês fizeram meu dia. Disse ela

Os três cumprimentaram, Neil queria sair o mais rápido possível, Wymarck deu sinal que estavam saindo. Neil passou por Kevin e o puxou indo em direção ao corredor. Riko os seguiu. Neil odiou a ideia do Corvo atrás dele, mas assim que virou Riko avançou o prendendo contra a parede, o seu olhar era assassino, algo que lembrava seu pai.

― Livre- se dele, eu não aprovo. Disse Riko

― Ele tem potencial. Responde Kevin calmo

― Potencial. Zomba o Corvo

Riko empurra Neil contra a parede novamente, mas dessa vez o Corvo recebe um soco. O homem cambalea, recuando alguns passos não esperando a reação de Neil.

Neil pega Kevin o levando embora, encontrando Andrew no meio do caminho. As Raposas esperavam perto do portão.

― Você é louco ou quê? Deveria ter te deixar em palmetto. Disse Wymarck

― Pare com isso. Diz Abby em advertência

― Quando disse que cuidariamos dw você, não significa que podia brigar com Riko na TV. Deveria ter deixado isso claro? Adverte o treinador

― Sim. Responde Neil

― Tudo bem, treinador. Disse Andrew aparecendo

Andrew tocou as costas de Neil causando arrepios, antes de ir até Kevin.

― Vamos Kevin. Vamos sair daqui. Disse o loiro

― O treinador te chama de louco, mas eu acho você muita foda. E eu achando que você era tímido. Diz Matt

Neil passou a viagem refletindo sobre suas ações, ele sabia que tinha colocado uma corda no pescoço. Quase perto do fim da viagem, Andrew tomou sua modificação sob a supervisão de Abby. Assim que chegaram em palmetto, Wymarck interceptar a passagem do loiro.

― Não faça nada estúpido. Diz o treinador

Todos entraram no prédio.

― Ei. Vamos almoçar juntos como uma equipe. Sugere Dan

Andrew finge pensar.

― Não. Responde o loiro, levando Kevin para o quarto e batendo a porta na cara da capitã

― Que idiota. Reclama Matt

― Eles estão chateados por não conseguir ajudar Kevin. Disse Renee

― Neil fez isso por eles. Disse o defensor

Eles foram para a suíte dos garotos, onde encontraram Seth e Allison em um momento íntimo no sofá, Neil não se incomodou com eles indo para seu quarto, e trocando de roupa ignorando a conversa dos veteranos, ele se deitou para dormir, após um cochilo acordou quando Nicky o chamou.

― Desculpe te acordar, mas Andrew quer falar com você
Disse o mais velho

O garoto se levantou o seguindo para o dormitório de Andrew, Kevin estava debruçado no pufe, Nicky apontou a direção do quarto do loiro, e foi sentar-se ao lado de Kevin. Neil foi até onde foi indicado, Andrew estava sentado na cômoda. Quando Neil viu o sangue na mão do loiro se perguntou seriamente o que havia acontecido, logo percebendo o buraco na janela.

Ele socou a janela? Perguntou Neil mentalmente

― Você poderia ter destruído sua mão com isso. Disse Neil

― Um desatre! Onde eu estaria então? Pergunta Andrew rindo

― Fora da equipe. E Kevin? Indaga o mais novo

Andrew não respondeu. Neil atravessou o quarto parando na frente do loiro. Andrew lhe deu um sorriso drogado sem olhar-lo.

― Você é uma caixinha de surpresas. Achei que tinha medo de Riko. Mentiu ou mudou de ideia. Espero que seja última, pois teremos problemas se não for. Disse o loiro

― Não mentir. Não mudei de ideia. Eu apenas não tive escolha. Responde Neil com sinceridade

― Sempre há escolha. Responde Andrew

― Ele precisava ouvir aquilo. Refuta o atacante

― Você o envergonhou ao vivo. Riko não vai deixar barato. Como se sente com esse alvo nas costas? Indaga o loiro

― Familiar. Responde honestamente

― Ele vai atrás de tudo sobre você. Responde Andrew. ― Riko tem dinheiro e poder, será fácil para ele achar algo. Ele tem contato e chegará a verdade.

Neil sabia disso, mas ouvir isso de Andrew fez tudo se solidificar.

― Cale a boca. Disse Neil

― Vai fugir? Indaga o goleiro

― Sim. Responde o mais novo

― Claro que vai. Você sabe fazer isso muito bem. Concorda Andrew

Neil vira-se para sair, mas Andrew o segura pela gola da camisa, seus dedos deixando uma marca na nuca do atacante.

― Neil, fugir não vai te salvar dessa vez. E de um Moriyama que estamos falando. Você não pode fugir do seu passado. Você é um jogador de Exy de uma primeira divisão, você acha que sou rosto não será reconhecido? Indaga Andrew

― Eu tenho que tentar. Diz Neil

― Não tem. Você acha sempre que só tem uma solução. Pensei que não quisesse ir embora. Diz o goleiro

― E não quero. Concorda o atacante

― O que posso fazer para você ficar? Pergunta Andrew

― O quê? Pergunta Neil virando-se para olhar Andrew

― Não importa o que seja, portanto que fique aqui. Disse o loiro

― Não posso. Responde o atacante

― Você pode. Só está com medo de ver isso. Disse Andrew

Neil franze a testa.

― Mesmo que Riko descubra a verdade, não tem influência o suficiente para chegar a família principal. Mesmo que tentem usar isso contra você. Deixe Kevin fazer de você uma estrela. Sabe será difícil para eles te matarem se você está sobre os holofotes. Use isso a seu favor. Este ano eu irei proteger-lo, se você continuar do lado de Kevin. No próximo ano será problema seu novamente, entendeu? Oferece o loiro

― Por que me ajudaria? Pergunta Neil

― Me pergunte depois. Você terá suas respostas em Columbia. Aviso de última hora, você vai conosco. Disse Andrew

― Não. Responde o atacante

―Shh. Se quiser ficar aparecerá para ir conosco às nove horas. Mas se quiser fugir pegue suas coisas o quanto antes. Disse o loiro

― Muito pouco tempo. Responde Neil

― Não seria sua primeira vez fazendo isso. Retruca Andrew

Andrew tirou um remédio do frasco e o analisou.

― Tic-tac, diz o relógio. Agora saia. Disse o goleiro

Neil saiu rapidamente, apesar de seus instintos gritarem fuja, suas pernas enfraqueceram. E ali estava ele confiando em um Minyard pela segunda vez.

Neil se afastou da parede e correu. As palavras de Andrew o perseguiram o caminho inteiro.

Notes:

N.A: gente o próximo capítulo é do Andrew, e tá só 👌. Provavelmente vou lançar na próxima semana. Venho avisar que apartir do segundo livro ou do próximo capítulo de Neil teremos ainda mais divergência na história.

Não esqueça de cometar.Obrigada por lerem este capítulo ☺️

E até o próximo capítulo!!!!

Chapter 23: As vezes nem minhas facas seram suficiente!!!!

Summary:

Renee e Andrew tem amizade a puro caos!!! Noite de Columbia no POV de Andrew!!!

Notes:

N.A: Olá pessoal, hoje é o POV de Andrew, e prometo ser meio polêmico. Nada muito nossa...

T.W: menção a automotivação
Menção a Drake
Drogas
Violência verbal e física
Menção a atos sexuais
Ataque de pânico

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Antes do sol nascer Andrew estava de pé contra a vontade, não havia dormido nada de qualquer modo. O loiro arrastou seu corpo meio morto ao banheiro, ele não tinha planejado passar a noute fora então não havia uma muda de roupa para trocar.

Andrew saiu do apartamento de Wymarck antes que o homem acordasse, mas mandou uma mensagem avisando que estava voltando para o dormitório.

No caminho o loiro tomou café, ele só não esperava chegar no seu quarto e encontrar Nicky cansado e acordado, a intuição do mais novo dizia que seu primo não havia dormido.

Olha quem está preocupado... Zomba sua mente

― Nicky. Diz Andrew

O moreno lhe dar seu melhor sorriso.

― Que bom que voltou. Diz Nicky. ― Café com panquecas?

Andrew assente, e seu primo se move para cozinha como uma alegria exagerada, para uma manhã.

" Nicky se importa com você." Disse a voz de Bee

" Ninguém vai se importar com um órfão estúpido como você, se nem sua mãe te quis"  Disse a assistência social Suzan

" Não é você quem ela quer, é Aaron." Disse a voz de Drake

Andrew afastou qualquer linha de raciocínio derivado, e foi tomar um banho, esfregou sua pele como se quisesse arrancar-la. As cicatrizes em seus antebraços eram ásperas, talvez se esfregasse com mais força a pele se romperia, e o sangue fluiria.

Quando saiu do banheiro encontrou um Kevin carrancudo, gemendo com dores de cabeça.

― Andrew, venha tomar café, temos treino daqui a pouco. Avisa Nicky entusiasmado

Kevin levanta os olhos, encarando o loiro enquanto tem um olhar de desculpas. O goleiro toma café em silêncio, um momento de liberdade antes de seu eu sóbrio ser substituído por um cara drogado sem travas na boca.

O caminho para o treinamento foi exatamente divertido para Andrew pelo menos, ele e Nicky tagarelavam sem parar enquanto o pobre Kevin ressacado grunhia sofridamente. E o treino seguiu.

Na hora do almoço Andrew se encontrava na companhia de Renee, a loira conversava sobre as suas férias.

― Bem Andrew, mas me diga, há algum motivo especial para você ter me chamado aqui? Diz Walker após um tempo

― Ah Walker desse jeito você me magoa. Diz Andrew dramaticamente. ― Porém você tem razão. Vou levar Josten para Columbia.

Renee para o copo no meio do caminho e o coloca de volta na mesa.

― Isso quer dizer. Diz ela deixando o comportamento no ar

― Resolver aonde será o lugar dele. Completa o loiro

― Então você também percebeu. Murmura Renee

― Eu gosto de você Walker, você é esperta. Diz Andrew apoiando o cotovelo no encosto da cadeira

― Conheço um fugitivo quando o vejo. Retruca a goleira com expressão de indiferença. ― A pergunta certa a se fazer é de quê ou quem?

― Um verdadeiro coelho. Retruca o loiro

― Acho ele bem corajoso. Disse Renee. ― Hipoteticamente somos parecidos.

― Você e ele? Questiona Andrew

― Lembre-se Andrew, pessoas parecidas tem a tendência a não se darem bem. Disse a loira

― Somos uma exceção a essa regra. Disse o goleiro com alegria

Se levantando para sair, após pagar a contar eles caminham até o carro.

― Vamos ter que ficar mais alerta agora, com os Corvos por perto. Afirma Renee

― Parabéns, acabamos de evoluir para nível dois, um progresso. Disse Andrew com animo

O goleiro sobe no capô do carro enquanto acende um cigarro.

― Vejo que finalmente me alcançou. Zomba a loira

Andrew chuta-a fraco, mas seu sapato deu uma bela marca em sua blusa branca, obviamente Renee não deixou barato, logo um punhado de terra encontrou o traje preto de Andrew. O sorriso do loiro aumenta, ele se levantou, foi até a goleira parando em sua frente e soprou a fumaça do cigarro no rosto da mulher que nem se incomodou.

― Mais sorte da próxima vez, anão. Disse Renee friamente

― Que você se engasgue com todas as palavras gentis que diz. Refuta Andrew

― Vou me lembrar disso quando olhar por cima da sua cabeça, enquanto isso aproveite seus bastões cancerígenos. Nos vemos mais tarde. Retruca a loira com um sorriso gentil

Andrew observa enquanto a mulher parte. Quando o loiro chega ao dormitório Kevin ainda age como um cachorrinho que foi repreendido pelo seu dono.

Andrew ignora Kevin, e vai até seu primo que por algum motivo está deitado na sala em posição de estrela, loiro tenta passar por cima dele sem pisar. Logo se acomoda no pufe e tagarela sobre qualquer coisa que vem na sua cabeça, o que Nicky responde com animosidade.

Na quinta-feira Kevin aceitou que estava sendo ignorado, eventualmente parando de tentar receber atenção do loiro, mas deixa de ser engraçado a piada depois que o outro se acostuma a ouvir-la certo?

Quando Nicky, Andrew e Kevin chegam a fox tower, o loiro dar as chaves ao seu primo que o olha confuso.

― Neil não tem nada apropriado para vestir, e estou cansado. Disse Andrew

― Você quer que eu compre algo para ele vestir? Indaga Nicky

― Sim, te mando uma mensagem com os tamanhos. Agora vá. Refuta o loiro

Obedientemente seu primo se move, assim que desaparece do estacionamento, Andrew manda a mensagem com as informações que Nicky precisa. Guardando o celular ele puxa Kevin para o elevador, o moreno por sua vez se assusta com o toque repentino, mas o segue. Assim que os dois chegam ao quarto, Andrew pressiona o atacante contra a parede e o beija, o que Kevin retribui com felicidade.

― Não ouse mentir para mim novamente, ou esquece nosso acordo. Disse o loiro se afastando

― Certo. Responde Kevin

Andrew caminha até o quarto, os passos que ele ouve indicam que o moreno estar o seguindo. O goleiro se vira para ver-lo, um beijo se transforma em dois. De beijo se transforma em um boquete, mas ninguém precisava saber disso.

Quando Nicky chega Kevin está destruído, mas para sua sorte é Andrew quem vai cumprimentar o moreno. O loiro intocável e impacivel observava seu primo que tagarelava sobre como trombou com um homem aleatório, que o chamou para tomar café.

― Você vai adorar as roupas. Diz Nicky por fim

Andrew sabia que se alguém sabia sobre estilo, esse alguém era Nicholas Hemmick, então não se preocupou em verificar a veracidade das palavras de seu primo.

Na sexta-feira foi uma verdadeira loucura, o treinamento se prolongou até o entardecer. Andrew foi o primeiro a entrar no chuveiro, agradecendo a pessoa que criou os chuveiros, seus músculos estavam pesados. Quando saiu seu primo já havia terminado seu banho.

― Nicky. Tome entregue isso a raposinha astuta. Disse Andrew tirando a sacola de presente do armário e entregando-a Nicky

― As suas ordens capitão. Disse seu primo

Andrew se moveu para ir para estacionamento, com Kevin o seguindo, porém parou na porta.

― Ah diga para ele tirar as lentes de contato. É sem graça. Castanhos. Diz o loiro

Após soltar essa informação o goleiro sai e espera Nicky no estacionamento, logo seu primo aparece exibindo um sorriso exuberante.

― Missão cumprida, chefe. Diz o moreno

A noite trouxe consigo um ar de friedade, ou talvez fosse a falta de remédios mexendo com sistema imunológico de Andrew. O loiro ignorando qualquer coisa se vestiu, aparecendo na sala foi recebido por um assobio de Nicky e uma sombrancelha erguida de Kevin.

Sexy?

― Vamos rapazes. Disse Nicky levantando do sofá

Andrew seguiu-o, apenas parando para pegar os últimos pacotes de pó de biscoito, despejou os dois na boca para aliviar o tremor em suas mãos.

Os três homens se dirigiram para o quarto dos veteranos, a porta estava estranhamente destrancada, espalhados pela sala eles viram o momento que Neil saiu do banheiro. Andrew se moveu caminhando até o quarto encontrando Neil e Ethan conversando. Andrew observou o recruta guardar suas roupas, Neil se aproximou do loiro. Ao invés de se mover para dar espaço para o outro passar, Andrew agarrou a nuca de Neil olhando para os olhos azuis oceano.

O coração do loiro deu um pulo.

Puta merda, por que pedir para ele tirar? Pensa o goleiro

Agora olhando de perto dava para ver um conjunto de sardas.

Bonito...

Andrew sentiu uma agitação no estômago.

― Honestidade inesperada. Alguma razão especial? Pergunta Andrew

― Nicky pediu com educação. Deveria tentar. Zomba Neil

― Não espere nada de mim. Disse o loiro se afastando

Na sala Nicky ficou surpreso ao ver Neil.

― Oh cara, Neil. Você está gato. Posso dizer isso, certo? Não me deixe fica bêbado. Diz seu primo

A pergunta era direcionada a Andrew, o loiro se aproximou de Nicky, após acende o cigarro aproximou o isqueiro do rosto do moreno.

― Não me obrigue a te matar. Ameaça Andrew

― Eu sei. Disse Nicky redendo-se

― Sabe? Indaga o goleiro

― Juro. Responde seu primo

A verdade é que Nicky sabia que era uma ameaça vazia. Que significa "pare".

Andrew guardou o isqueiro, e saiu do quarto. No carro Neil estava com o loiro no banco de trás, Andrew estava cansado e adormeceu. Alguns minutos depois.

― Andrew. Chamou Neil

Piscando o loiro focou, tentando processar, o seu estômago revirava.

― Saída. Informa a recruta

Andrew se moveu para ver onde estava.

― Ainda não. É a saída que leva a waffle's house. Disse o loiro

― Estamos na Carolina do Sul. Todas as saídas vão para lá. Disse Nicky

A visão de Andrew ficou turva, ele voltou para seu assento, o frio se instalava na sua espinha, causando-lhe arrepios, os tremores ficando cada vez mais violentos. O loiro sentiu os olhos de Neil nele.

― Nicky. Avisa Andrew

Nicky percebeu e acelerou na tentativa de chegar mais rápido, no entanto o embalo do carro piorou a situação agitando seu estômago.

― Quase lá. Disse seu primo

― Estacione. Disse Andrew quando o bile ameaçou subir em sua garganta

― Estamos numa rampa de saída. Diz Nicky

― Agora! Ordena Andrew abrindo a porta se debruçando para vomitar. O bile queimou a garganta do loiro

― Onde estão seus biscoitos? Pergunta Nicky

― Ele já comeu. Disse Kevin

― Todos eles? Meu Deus Andrew. Fala seu primo horrorizado

― Cale a boca. Disse o loiro se ajeitando com dificuldade. ― Nos leve até lá.

Nicky acelerou, após um tempo eles chegaram ao sweetie's eles não precisavam do menu, somente do sorvete e do pó de biscoito.

― Estamos aqui pelo sorvete especial. Fala seu primo

― Ok, vou buscar. Disse a garçonete

Os tremores era mais violentos e mais perceptíveis agora, Kevin colocou o frasco de remédios na mesa.

― Tome logo. Disse Kevin

Andrew travou lutando com todas as forças para não pegar o frasco.

Maldito Kevin...

― Foda-se. Diz o goleiro

― Você está com abstinência. Conclui Neil

― Guarde isso antes que eu enfie na sua goela. Ameaça Andrew

Kevin obedeceu, o sorvete chegou e com ele também o pó de biscoito, Andrew não esperou mal fora colocado a mesa. O homem queria diminuir os efeitos da abstinência, Andrew odiava o seu desespero pelo pó, mas odiava ainda mais tomar seus remédios, não ter controle de suas emoções.

― Experimente o sorvete, você vai adorar. Disse Nicky para Neil que encarava o loiro

Quando os tremores diminuíram, Andrew começou a comer seu sorvete, assim que terminaram foram para o Eden's Twilight, a boate. Nicky estacionou r os outros saíram, o loiro passou direto pela fila. Benefício que recebera ao trabalhar ali.

Quando acharam uma mesa, Andrew limpou os copos por força do hábito, o loiro levou Neil até o bar, Roland estava ocupado, no entanto o goleiro não estava com pressa e esperou. O barman lançou um sorriso quando o avistou.

― Andrew, de volta tão cedo? Quem é a vítima? Pergunta Roland

― Ninguém. O de sempre. Disse o loiro revirando os olhos

― E pra você? Pergunta ele a Neil

― Não bebo. Retruca o atacante

― Refrigerante então. Disse Roland

Assim que termina de preparar as bebidas, Andrew pega a bandeja a levando para mesa onde eles haviam se instalado.

― Um brinde! Gritou Nicky e todos bebem

Na outra rodada os pacotes de pó de biscoito aparecem sendo distribuido entre eles.

― Pó de biscoito. Tem gosto de sal e açúcar, dá um pouco de adrenalina. Não quer? Disse Nicky enquanto engolia o seu

― Usa drogas é estúpido. Retruca Neil

Andrew não discordava dessa afirmação, mas ele fazia isso por esvolha total, ele apenas trocou uma droga muito forte que mudava seu humor, para uma droga leve que o deixava elétrico. Andrew não era como Tilda, ele sabia seu limite.

― Isso foi preconceituoso. Fala Andrew com um sorriso frio

― Não vou me desculpar por você ser estúpido. Disse o atacante

― Seria você o justiceiro? Pergunta o loiro. ― Esta tentando me provocar.

― Justiça é para pessoas que não conhecem métodos melhores. Disse Neil frio

Uma verdadeira raposa pensa ele

― Calma. Calma. Pó não é prejudicial. Só anima as coisas. Acha que Kevin arriscaria seu futuro por isso? Pergunta Nicky

Um ponto para lufa-lufa...

― Que futuro? Pergunta Neil

Andrew quase riu da resposta do garoto, enquanto Kevin ficou irritado.

― Beba conosco se não quiser pó. Juntos, no três. Disse seu primo

Neil não discutiu e pegou o copo. Nicky contou todos beberam.

Que nossa noite comece. Pensa Andrew em zombaria

Neil se levantou percebendo tarde demais seu erro, mas Andrew agarrou-o e prendendo na mesa.

― Eu percebi, você não? Você é um idiota. Disse Andrew

― Você... Vociferou Neil

― Pensou que ficaria bem se fosse junto pedir a bebida? Roland sabe o que significa quando trago peddoas aqui. Responde o loiro

Neil tentou se soltar, mas o goleiro puxou sua cabeça com mais força, cuidadoso o suficiente para não quebrar nada. Andrew encarou os olhos azuis do atacante as pupilas começando a dilatar.

― Quase lá. Em um minuto. E ele estará apagado. Então por que não se diverte um pouco? Disse Andrew

O loiro o soltou e empurrou Neil para Nicky que o arrastou para a pista.

― Tem certeza? Pergunta Kevin pálido

Era a primeira vez que vivenciava aquilo. Não talvez não fosse, seus olhos mostravam espanto, e ao mesmo tempo familiaridade.

― Já está feito. Eu disse que iria re proteger, e é isso que estou fazendo. Diz Andrew

― Tem certeza que está fazendo isso por mim? Pergunta o moreno bebendo o resto de vodka em seu copo. ― Vou ao banheiro.

Andrew observa Kevin desaparecer, o homem vira-se e vai atrás de Nicky e Neil. O loiro avistou o atacante em meio a multidão, mas seu primo não estava com ele.

Ser quer algo bem, faça você mesmo... Reflete o homem

Andrew tira Neil da multidão, empurrando-o contra a parede dos fundos. Neil não conseguia ficar em pé direito.

Quem diria que sua tolerância é tão baixa...

Os olhos do atacante prometiam assassinato.

― Quanta ingratidão. Essas bebidas foram caras. Disse o loiro

― Te odeio. Disse Neil

― Pegue uma senha e entra na fila. Não vou perder meu sono por isso. Retruca Andrew

― Melhor não dormir, eu vou te matar. Ameaça o recruta

― Mesmo? Você vai fazer, ou vai pagar alguém para isso? Você tem bastante dinheiro e pode fazer isso. Me pergunto, como um Zé-ninguem igual a você tem tanto dinheiro? Indaga o loiro

― Encontrei na calçada. Retruca Neil

― Sério? É por isso que não chama atenção e nem gasta? A maioria da equipe acha que você é um pobre coitado como a Dan. Renee e eu pensamos diferentes, achamos que você é como nós. Fu-gi-ti-vo. Disse Andrew inclinando-se

― Cuide da sua vida. Disse Neil cerrando o maxilar e sua postura corporal também havia mudado

Bingo!

― Hoje é dia de cuidar da vida de Neil, não notou? Me dê algo para permitir que você fique. Disse o loiro

― A equipe não é sua. Não é sua decisão. Retruca o mais alto

― Posso provar que estar errado. Talvez chamar a polícia e checar seu nome? Talvez encontrem algo interessante? Indaga o goleiro

― Péssima ameaça. A polícia nunca faria nada por você. Disse Neil

Não está tão errado...

― Conheço um que sim. Se eu ligar e dizer que você é um problema, ele me priorizará. Insiste o loiro

― Calado. Por que não me deixa em paz? Pergunta o atacante

― Porque não gosto de como você olha para ele. Edgar Allen está aqui e você também. Você chamou atenção de Kevin. Você um mentiroso dos pés a cabeça, cheio de grana, e tem tesão para cima de Kevin e Riko. Entendeu? Disse Andrew

Neil ficou confuso.

― Não sou um espião. Você está brincando comigo? Questiona o recruta

― Prove. Tem um minuto para pensar. Você está testando minha paciência. Volto logo. Avisa o loiro

Andrew vai atrás de Kevin, e passa por Nicky no caminho. No banheiro encontra Kevin completamente devastado, seus dedos estavam brancos de tanto apertar a beirada da pia, o homem estava agachado, recuperando fôlego.

― Kevin? Disse Andrew

O homem não responde, o loiro se aproxima e se abaixa agarrando a nuca do mais alto.

― Você é Kevin Day. Atacante das Raposas. Número dois. Você está em Columbia, não no ninho. E estou aqui com você. Disse Andrew

Kevin olhou para o loiro, pisca associando, ele move as mãos parando quando chegam perto do rosto. Hesitante ele se levanta.

― Vamos. Disse Kevin

Os dois saíram do banheiro, não encontraram nem Neil e muito menos Nicky. O coração do loiro dar um salto.

Não. Nicky.

O loiro se apressa procurando, quando achar-os estão ao lado da boate, provavelmente saíram pela porta dos funcionários.

Nicky parecia segurar o nariz, enquanto segurava Neil pelo pulso.

― Me solte seu desgraçado. Diz Neil que a essa altura ja estava afundado no efeito das drogas

― Que está havendo aqui? Pergunta o loiro em um tom entediado

― Ele tentou fugir. Diz Nicky fungando

Olhos de Neil pousam em Andrew, o garoto começa a lagrimar.

― Mickey, que bom que está aqui. Disse o recruta

Todos congelaram, Neil se solta e se aproxima do loiro, suas mãos se moveu para o rosto de Andrew, mas que o tocasse o goleiro se afasta.

― Me desculpa. Eu não...

Sua fala é interrompida por um barulho de moto que logo invade o espaço. Da moto desce Ethan.

― Neil. Exclama ele

Andrew se aproxima do moreno, ao ver o estado de Neil, Ethan enfurece.

― O quê vocês fizeram? Indaga o moreno entre dentes

― Mickey? Diz Neil não muito atrás de Andrew

― Ele não é o Mickey, seu amigo está morto. Diz Ethan

O silêncio de Neil, fez Andrew se vira para olhar-lo, o garoto parecia confuso. Ethan passa pelo goleiro, mas Andrew agarra-o e o joga contra a parede.

― O quê você sabe sobre ele? Pergunta o loiro

― Isso não é importante para você agora, Minyard. Disse Ethan

O moreno empurra o goleiro para tentar sai, conseguindo, porém Andrew chutou atrás de seu joelho do outro o fazendo ceder, agarrando seu cabelo.

― Responda. Exige Andrew

― Já respondi. Disse o defensor

Ethan dar uma cotovelada no estômago de Andrew, fazendo o soltar, Neil se aproxima ficando entre os dois, mas quem ele protegia era o loiro.

Andrew empurrou o atacante para o lado fazendo o tropeçar, aproveitando para dar uma gancho em Ethan, o moreno tropeçou alguns passos, e um soco de direita.

Ethan está do lado de Neil? O que ele sabe sobre ele?  Se perguntava Andrew

Nicky estava com Neil, e Kevin estava na porta observando aquilo com horror. Ethan ignorou Andrew e foi até Nicky que estava agachado com o recruta. Como seu primo seguia o que o loiro fazia, e Andrew estava contra Ethan, então o mais alto deu um soco em Ethan. O problema era que Nicky não era bom de briga e quase imediatamente, o moreno deu uma joelhada no estômago de seu primo o fazendo ofegar, pegando pela gola da camisa, e levantando o punho pronto para dar um soco.

Andrew não pensou, suas mãos foram as braçadeira e pegou a faca, se moveu para golpear Ethan que percebeu o ataque e defendeu, talvez o garoto não esperava pela faca pois usou  seu antebraço para bloquear-lo.

― Se quiser Neil faça, mas não ouse tocar nele. Ameaça Andrew que levou a faca na garganta do garoto

― Que fofo, protegendo a família. Disse Ethan e depois se aproxima sussurrando. ― Que pena que usa métodos tão sujos.

Ethan empurra Andrew e puxa Neil com ele, que o segue obedientemente.

― A gente se ver por aí, Andrew Doe. Disse o defensor antes de subir na moto e partir

― Estamos indo embora. Anuncia Andrew

― Pra onde? Pergunta Nicky ao mesmo tempo que Kevin diz. ― Por quê?

― Casa. Estou cansado. Responde o loiro

Assim os homens foram para casa, Kevin e Nicky beberam após o seu primo estancar o sangramento no nariz. Andrew se trancou muitas muitas perguntas rodavam sua cabeça.

Quem é Neil?

Quem é Ethan?

Qual a ligação deles?

Quem é Mickey?

O que Neil ia dizer naquela hora?

No entanto ele não tinha a resposta para nehuma delas.

Notes:

N.A: Apesar de já ter um novo capítulo pronto, não vou postar na próxima semana, por causa do dia das mães. Então vejo vocês daqui a duas semanas!!!

Não esqueça de comentar, e muito obrigada por lerem este capítulo ☺️

Até a próxima!!!!

Chapter 24: Morrer seria menos doloroso...

Summary:

Aaron se encolheu mais, talvez o homem se irritasse e o matasse de uma vez por todas, mas uma mão encontra seu pulso, o forçando a levantar, o loiro queria protestar porém não tinha forças. Seus olhos encontraram a pessoa e sua mente zombava. A aparência semelhante a de Lola e um homem perigoso como Jackson. Era Romero, o corpo do loiro reagiu se afastando do toque do homem tropeçando no processo. Romero suspira fechando os olhos com força.

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde/ boa noite. Hoje é o POV de Aaron continuação do capitulo anterior.

T.W: menção a abuso passado
Menção a abuso sexual
Violência física
Uso força de drogas (remédio)
Sangue

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Quente...

Dói...

Aaron força seus olhos a abrirem, um jato de água caia nas suas costas, sua cabeça encostava no ladrilho da parede. O loiro sentia seu corpo dilacerado, a dor era inimaginável.

Por que eu ainda estou vivo? Pensa ele

O sangue descia pelo ralo, a água tinha um tom rosa, seria bonito se não fosse sangue, Aaron se moveu colocando a cabeça no joelho para se encolher, seus membros estavam pesados, suas feridas repuxadas, o gosto metálico tomava sua boca. A respiração irregular se sentia estranho no próprio corpo.

O som da porta se abrindo faz a respiração de Aaron engatar.

Não. Não. Não. Não. Sua mente girava em aspiral

As lembranças o atingiram como um trem. A maneira como fora violado, foi impossível conter o bile que subiu em sua garganta, então ele vomitou. Seu corpo tremia, era mistura de medo com raiva.

Os passos se aproximando o fizera estremecer.

― De novo, não. Murmurou Aaron

Sua voz era quebrada, rouca de tanto gritar, de tanto implorar, dos vários pedidos de desculpas.

O chuveiro foi desligado, o loiro não olhou para ver quem era, ele tinha medo que fosse Jackson ou Lola.

― Vamos levante. Ordena uma voz masculina

Aaron se encolheu mais, talvez o homem se irritasse e o matasse de uma vez por todas, mas uma mão encontra seu pulso, o forçando a levantar, o loiro queria protestar porém não tinha forças. Seus olhos encontraram a pessoa e sua mente zombava. A aparência semelhante a de Lola e um homem perigoso como Jackson. Era Romero, o corpo do loiro reagiu se afastando do toque do homem tropeçando no processo. Romero suspira fechando os olhos com força.

Aaron senta estremecendo, e encolhe levando os joelhos ao peito, sua respiração acelera, seus cabelos caem no rosto.

― Olha eu vou te tirar desse banheiro nem que seja arrastado, então é melhor você cooperar. Disse o mais velho

― Não. Disse Aaron. ― Por que você não vai embora?

― Acredite a última coisa que eu queria estar fazendo, era estar aqui com você. Disse Romero. ― Mas são ordens.

Aaron não respondeu na esperança de que o homem desistisse. Outra vez o loiro foi surpreendido, o mais ergueu-o, colocando o garoto na pia, o moreno começou a trabalhar limpando seus ferimentos e os enfaixando, Aaron lutava contra a náusea. Após terminar o loiro vestia um short pequeno demais para ele, e um grande moletom que pendia até o joelho escondendo completamente a peça inferior.

O cansaço se instalava no corpo de Aaron, o garoto caminhava até o quarto, apesar de seus músculos e sua mente protestar contra a ação, seu corpo inteiro estremecia quando se mexia, era doloroso, o sangue quente escorria entre suas pernas. O seu quarto estava diferente, as roupas de cama havia sido arrancado, mas ainda dava para ver o sangue seco manchando o colchão. O sangue dele.

― Estamos saindo da mansão. Anuncia Romero

Aaron obedientemente o seguiu para o corredor, andar era um problema, iria ser insuportável subir as escadas em seu estado. No primeiro degrau o loiro se arrependeu de se mover, sua visão ficou turva, as lágrimas se fazendo presente, sua respiração se torna irregular, mas o garoto sobe o segundo degrau e se apoia na parede quando quando seus joelhos ameaçaram ceder. Aparentemente Romero decidiu que havia visto o suficiente e o carregou, Aaron não apreciou o toque, novamente tendo que lutar contra seu estômago.

No andar de cima o mais velho o largou, o deixando andar, o chão era frio sub os pés descalços do loiro. Na sala e na cozinha haviam indícios da violência causada por Nathan naquela madrugada, os cacos de vidro da mesa de centro ainda estavam espalhados por toda parte.

Saindo da casa, o frio o recebeu, Aaron estremeceu com o contato repentino, o capuz foi colocado sobre sua cabeça, não por ele. O loiro travou ao ver a caminhonete, não era a primeira vez que a via, mas sua mente girava em torno do pensamento de que havia sido difícil subir um degrau de em torno de 16 centímetros, seria uma tortura um carro que tinha 32 centímetros de distância do chão até a base do carro. Romero abriu a porta do automóvel, Aaron não se mexeu.

― Entre. Ordena o moreno

O loiro se move tentando miseravelmente obedecer a ordem, no entanto quando o garoto chegou perto o suficiente Romero colocou-o no carro. Os pontinhos negros apareceram na sua visão, seu corpo estava dolorido e sangrando, nada parecia aliviar a sensação.

A viagem foi calma, o garoto teria dormido, mas não havia nenhuma forma de fazer isso, era perigoso.

O edifício onde o carro foi estacionado era grande e luxuoso, o Malcolm foi primeiro a descer abrindo a porta do passageiro e permitindo a saída do loiro, o garoto saiu do carro, porém ao saltar, pousando no suas pernas cedendo ao peso de seu corpo, o fazendo cair de joelhos na calçada, a dor que saiu em seu corpo era dilacerante, um soluço escapou de seus lábios.

― Como você é tão estúpido? Diz Romero friamente

Uma mão áspera envolve o pulso do garoto, puxando o violentamente para cima, Aaron não reagiu.

Não me toque. Não me toque. Pare de me tocar. Implorava sua mente

O loiro sentiu seu peso diminuir quando foi retirado do chão, o maior carregou no colo, Aaron tentou se afastar.

― Se eles verem você farão perguntas. E não queremos que façam perguntas, queremos? Diz o home. ― Isso seria um problema.

O garoto parou entendendo a mensagem. Perguntas levantariam suspeitas. Suspeitas significaria polícia. E polícia significava chegar a Nathan, assim fazendo com que a família do loiro sofresse as consequências.

O capuz tapa a visão de Aaron, mas ele sente Romero começar a se mover. Na recepção as coisas foram rápidas, após isso o elevador, logo o apartamento. Enfim colocado ao chão, o loiro se força a andar para explorar o lugar. Romero se vira e sai, uma mulher esperava na sala.

― Olá querido. Eu sou a doutora Willson, eu vim aqui cuidar de você a pedido do Rom. Disse a mulher com voz doce

O garoto acenou, o cansaço já havia tomado seu corpo. A primeira parte foi fácil ela analisou os ferimentos, os pontos e as queimaduras na parte superior. O problema se deu verdadeiramente na parte inferior, os analgésicos que a doutora quis dar para o loiro.

― Você precisa tomar para anestesiar a dor, e eu preciso fazer pontos em você e vai doer. Diz ela calmamente

O corpo de Aaron travou, lembrando de como eles forçaram a engolir as pílulas.

― Não. Diz o garoto rangendo os dentes

― Mas vai doer. Enfatiza a mulher

― Não me importo. Responde ele rispidamente

― Certo. Certo. Diz a Dra. Willson

A mulher começa a trabalhar enquanto o loiro tentou não se afundar nas lembranças e prestando atenção em cada movimento dela. Quando acaba ela passa os medicamentos e restrições alimentares.

― Também peço que não se esforce demais. Ah, e vou mandar resultado do exame para vocês. Disse a Dra. Willson antes de partir

Quando a mulher sai, Aaron se permite descansar ou pelo menos. Para sua sorte a sua exaustão vence, o levando para um sono pesado o suficiente para não perceber a chegada de Romero.

Algumas horas depois o loiro acorda dolorido, mas não a dor que ele está familiarizado, o garoto tem medo de se mover e a dor piorar, ou começar a sangrar novamente. Seu corpo estar pesado, ele se pergunta se novamente foi drogado, o fato "engraçado" era que desde criança isso acontecia. Quando Tilda, não sua mãe pois ele não a chama mais assim, o drogava para dormir, para quando o garoto estava dolorido e chorando de mais, essa era a solução que ela encontrava.

Será que isso já aconteceu antes? Se perguntou ele

Aaron se lembrava de sua antiga casa havia muito movimento, normalmente o loiro estava escondido ou dormindo. O garoto nunca havia parado para refletir sobre o assunto, ou sobre tal possibilidade.

Eles já haviam me tocado antes?

Aaron esperava que não, pois se fosse por escolha ele não faria isso nunca. Não permitiria. O som de passos o tirou do transe, era Romero que o encarava agora que estava na sala.

― Troque de roupa. Disse o homem apontando para uma mala. ― Isso que está usando não serve em você. Aproveita e toma banho.

O moreno saiu da sala, Aaron não se moveu, seus membros estavam pesados assim como suas pálpebras, era difícil respirar, o frio percorria seu corpo causando leves calafrios. O loiro adormeceu.

Alguns minutos depois o loiro foi despertado repentinamente, puxado para fora do sofá. Obviamente era Romero, que fez o movimento para levantar o garoto, o estômago de Aaron revira.

― O que eu disse para você fazer? Pergunta o moreno calmamente

O tremor no corpo de Aaron era violento, não era medo, era frio. O loiro se encolhe para se manter aquecido. Uma mão toca sua testa.

― Febre. Diz o Malcolm. ― Será que é infecção ou por que ficou exposto ao frio por muito tempo? É parece que esta sua fuga te custou muitas coisas.

O homem se move saindo da sala, o loiro se arrasta para deitar novamente, mas Romero retorna com uma caixa de remédios, o corpo de Aaron trava se recusando a acreditar. O moreno tira algumas pílulas do frasco.

― Beba. Disse ele

Aaron não se move e sua respiração engata.

― Não. Diz o loiro

― Oh não permita me explicar, em nenhum momento eu sugerir que você bebesse, eu ordenei. Retruca o homem em tom zombeteiro

O loiro se encolhe pressionando o rosto nos joelhos, se recusando a tomar as pílulas. Uma mão agarra os cabelos do garoto, forçando-o a levantar a cabeça. Aaron tenta se afastar, seu couro cabeludo queima. A mão é retirada de sua cabeça para apertar as laterais da mandíbula, obrigando o abrir a boca. Um gosto amargo toma sua língua quando o medicamento é colocado, Aaron morde o dedo de Romero como vingança, o outro parecia esperar a reação.

― Não dificulte as coisas para você. Avisa o moreno

Soltando a mandíbula do loiro, uma mão levantava o queixo de Aaron e a outra tapava a boca, o impedindo de cuspir ou vomitar. Dois longos minutos se passaram até que Aaron engolisse o remédio, o homem finalmente o soltando.

Os dias que se seguiram foram repetitivos, sempre da mesma maneira, por consequência o loiro melhorou da febre e das dores, as queimaduras ainda estavam feias vermelhas e algumas bolhas.

Quando Aaron melhorou da febre, logo foi suspendida de qualquer medicação, uma correspondência chegara a Romero esta o homem não abriu, mas sim entregou ao loiro que hesitou ao pegar o papel. Sem entender o garoto lentamente abre o envelope. Era um exame, tipo vários informações, algumas sobre qual nem ele sabia como seu tipo sanguíneo, algumas das quais ele não entendeu, mas ao chegar ao final que o loiro entendeu o sentido do exame, onde apresentava as IST's tudo mostrava, mas no envelope havia uma mensagem dizendo.

"Daqui a um mês fazem os outros exames para ter certeza"

Aaron se sentiu enjoado e enojado, em nenhum momento o garoto havia cogitado na possibilidade disso. Suas mãos trêmulas chamaram a atenção do Malcolm que se aproximou exigindo o papel, o garoto lhe deu, e apertou as mãos no joelho. A sensação de impureza novamente o invadiu, se levantando meio cambaleante foi ao banheiro, havia um grande espelho naquele local, porém o garoto nunca olhava seu reflexo, as marcas estavam lá, todas elas eram sobre possessão. Sobre o controle que os outros tinham na sua vida.

Aaron sabia dizer onde cada cicatriz, machucado estava, onde quebraram sua dignidade no momento em que cravaram suas iniciais. Nas costelas haviam 'NW' estas resultado de Nathan, nas costas perto das omoplatas estavam 'LM' as siglas de Lola, e um pouco mais embaixo no fim de sua espinha se encontravam as iniciais de Jackson, 'JP'.

O loiro se encolhe no chão do banheiro, esfrega sua pele com força rompendo alguns machucados, fazendo sangrar, porém não importava pois ele se sentia sujo por dentro também, e nada podia ser feito quanto a isso.

Aaron se vestiu com roupas que finalmente eram de seu tamanho, havia cortado seu cabelo, ainda magro pois se recusava a comer então era forçado a fazer isso duas vezes por semana. O garoto se sentia oco, os dias se passavam da mesma forma, ele apenas existia. Aaron morreu no mesmo dia em que tentou fugir, agora tinha uma nova identidade,Diego Malcolm. O filho adotivo de Romero. Todos no prédio sabiam da sua existência, porém ele era um garoto com saúde frágil e havia sofrido muito nos lares adotivos anteriores, uma mentira para explicar as cicatrizes caso alguém visse. Aquela fachada dava a Romero a posição de herói quando na verdade era, apenas um lobo na pele de um cordeiro.

Aaron não tinha permissão para sair sozinho do apartamento, e das vezes que saia era para continuar os treinamentos, já que suas aulas eram dadas no local.

No dia 13 de fevereiro Romero recebera uma ligação destinado a Aaron. O garoto pegou o telefone sem entender.

― É para você. Diz o moreno

O loiro assente e coloca o telefone na orelha.

― Alô? Pergunta ele

― Ora, ora vejo que realmente está vivo. Diz Nathan

― Para sua sorte. Responde Aaron não para o ruivo, mas para os Malcolms e Plank

― Há uma coisa que quero te perguntar. Diz o ruivo fazendo uma pausa. ― Romero me deixou informado sobre toda a sua situação. A verdadeira questão é. Quem era?

Os olhos do loiro pousam no Malcolm, e seu dedo pairava no botão de encerrar a chamada.

― Devo lembrar a você que me pertence, e é obrigado a responder as minhas perguntas? Questiona Nathan

A vontade de desligar na cara do homem era grande. Em vez disso, o loiro riu, uma gargalhada oca.

― Não. Não esqueci a quem pertenço. Responde Aaron tocando exatamente onde as siglas do homem estavam.
― Você fez questão de marca em mim, para que eu não esquecesse.

― Isso não responde a minha pergunta. Retruca o ruivo

Ainda observando Romero, ele inclina a cabeça para o lado.

― Vai me dizer que você não sabe? Que não foi uma forma sua de me punir? Diz o loiro calmamente

Romero faz uma careta diante essa afirmação do garoto.

― Se eu soubesse não estaria perguntando. E não uso esses tipos de métodos para sua informação. Explica Nathan. ― Não me faça perder tempo.

― Pense um pouco Sr. Weninski. A resposta está bem debaixo do seu nariz. Retruca o garoto

― Acho que você perdeu seu senso de sobrevivência. Olha como fala. Replica o homem em tom de aviso

― Sim, desculpa. Diz o loiro. ― Mais alguma pergunta?

― Quero nomes. Diz Nathan rispidamente

Aaron abre a boca e depois fecha, sua garganta se recusando a funcionar, sua respiração falha e acelera, o garoto encerra a chamada. O seu estômago dar reboliço, suas mãos trêmulas enquanto digitava a mensagem e envia a Nathan.

Está feito... Pensa ele

Aaron sabia que Nathan não faria nada de mais para os dois, afinal eles tinham mais valor que o loiro, ambos estavam ali por opção, mas o garoto não.

Alguns dias depois Romero partira com Nathan atrás de Abram. Neste período Aaron ficou trancado no quarto do moreno era um local grande, havia uma geladeira e um banheiro. O motivo pelo qual isso foi feito era, pois, Lola frequentava casa de Romero. O loiro não conseguira dormir direito quando fazia tinha pesadelos.

No quarto havia um computador, Aaron estava entediado e resolveu mexer, após algumas tentativas, conseguiu ligar o aparelho que carregou a tela revelando uma foto de um carro luxuoso. Sem ter nada o que fazer começou a abrir as pastas, pelo menos as que não tinha senha. Não havia nada de interessante, mas virou seu passatempo. Achando a barra de pesquisa ele digitou 'Exy'. Haviam vários resultados, porém o que chamou a atenção do loiro foi uma imagem, nesta havia os dois garotos que ele avistou no dia que fora ao estádio. No dia em que Abram partiu.

Os nomes dos garotos era Kevin Day, filho da inventora do esporte, Kayleigh Day, já sobre o pai do garoto não havia nada; o outro era Riko Moriyama sobrinho de Tetsuji Moriyama também criador do Exy. Os dois eram prodígios, estavam sempre sorrindo nas fotos. Aaron se perguntou se isso era normal, talvez fosse para aqueles que não cresceram envoltos de violência. Não, seria forçar afirmar isso, dizer que aqueles dois eram normais, afinal aquele dia ambos estavam lá, e um deles carregava o sobrenome Moriyama e isso é o suficiente para saber que estavam fadados a estarem presos a máfia.

Pelo menos eles tem um ao outro... Pensa Aaron

Notes:

N.A: Próximo capítulo do Neil, e falta ajeitar o do Andrew. Me sinto mal pelo meus gêmeos...

Não esqueçam de comentar e deixar seu kudos. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima semana!!!

Chapter 25: Garoto perigoso....

Summary:

Pov de Nicky sobre a noite em Colúmbia e outras coisas mais...

Notes:

N.A: bom dia/ boa tarde e boa noite. POV Nicky, capítulo especial de aniversário!!! Noite de Colúmbia!!!

T.W: uso de drogas consensual ou não
Beijo forçado
Violência verbal e física

 

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Nicky sempre teve boa intuição quando se tratava de saber que algo estava errado. O defensor percebera que Ethan era uma pessoa extremamente estranha, sabia que ele seria um problema, mas preferiu não comentar nada com Andrew temendo que seu palpite estivesse errado. Quando o novato, Neil Josten se apresentou parecia um jovem normal a primeira vista, porém Nicky tornara em perceber sinais. Contribuição de Andrew. O recruta parecia esta sempre em busca de fugas, seus músculos tensos, e prontos para luta. Andrew também chegou a conclusão que este seria um problema, por esta razão decidiu levar Neil a Colúmbia.

Apesar do moreno discordar dos métodos de seu primo, ele iria contrariar Andrew, afinal pedir para o loiro não fazer algo era o mesmo que desafiar-lo. E Nicky não era burro de fazer isso.

Na noite em Colúmbia Nicky percebera que Neil estava quase pulando de sua pele, pronto para lutar.

Isso é um problema... Pensa ele

No entanto o garoto estava em um território desconhecido que dava aos monstros uma vantagem enorme. Nicky começou a perder a noção depois de chegarem ao Eden's Twilight, as bebidas e as drogas em seus sistema o deixando agitado e impulsivo. E então o moreno beijou Neil. A palavra “ ERRO” soando alto na sua cabeça, talvez fosse a voz de Andrew.

― É assim que o jogo continua. Pare de lutar se quiser sobreviver essa noite. Disse Nicky contra o seu lábio

― Foda-se. Rosnou Neil

Neil usou toda sua força para empurrar Nicky.

― Boa sorte, Neil. Disse ele antes de desaparecer na multidão

Que merda você fez Nicky? Questiona o moreno mentalmente.

Perdeu a noção do perigo?

Nicky foi ao depósito do Eden's sentindo-se ruim, sabia que havia besteira. Algo sem o consentimento de Neil, aquela atitude lhe renderia uma ameaça criativa. O moreno jogou uma água no resto buscando um pouco de sobriedade.

Nicky avistara Andrew saindo da pista de dança provavelmente fez uma breve visita a Neil. O moreno retornou a tempo de impedir que o recruta fugisse. Em alguns minutos Neil havia perdido completamente a sobriedade, ou pelo menos era o que o moreno achava, o novato pediu para ir ao banheiro, porém uma vez descendo a plataforma, Neil deu seus passos cambaleantes recuperando o equilíbrio, logo este acelerou, parando no bar para entregou algo ao barman, Robert. Nicky seguiu o garoto de longe, porém quando ele chegou a porta dos fundos, o moreno finalmente percebera que Neil estava tentando fugir, se apressou para alcançar-lo. Quando tocou o pulso de Neil, os instintos do jovem agiram, socando Nicky, no entanto o moreno não o soltou. Nicky sentiu o sangue escorrer de seu nariz, levou a mão livre apertando no intuito de estancar o sangue.

― Me solta seu desgraçado. Diz Neil drogado, agindo no instinto sobrevivência

― Que está havendo aqui? Pergunta Andrew sem expressão

Nicky se assusta com a presença repentina de seu primo e Kevin.

― Ele tentou fugir. Explica o moreno

Neil olhou para Andrew, seus músculos relaxaram e olhos a beira das lágrimas.

― Mickey que bom que está aqui. Diz o recruta

Todos congelaram, Nicky percebera que Neil confundira seu primo com Mickey, que coincidentemente era o apelido que o defensor havia dado para Aaron quando criança. Isso o lembrou de quando Tilda confundiu Andrew com Aaron. Apesar se ser impossível pois o loiro estava morto. Mas agora Neil fizera a mesma coisa, só que de alguma forma parecia mais íntimo quase familiar ao outro. Sua mente processava isso com lentidão. Neil se soltou e foi até Andrew seus mãos se movendo para o rosto de seu primo, que se afastou do toque.

― Me desculpa. Eu não...

Antes que terminasse, o som de uma moto ecoou pelo beco. Ethan desceu da mesma.

Que diabos ele está fazendo aqui? Pensa Nicky

― Neil! Exclama Ethan

Andrew se moveu impedindo a passagem do defensor, que olhou para Neil, percebendo que o atacante estava sob o efeito de drogas. O homem se irritou.

― O que você fez? Questiona Ethan entre dentes

― Mickey? Chama Neil atrás do loiro

Nicky engasga.

Não foi coincidência. Ele realmente acha que é ele... Completou sua mente

― Ele não é Mickey, seu amigo está morto. Diz Ethan

Nicky estranhou as palavras do outro, aquela afirmação parecia convicta demais. Neil ficou em silêncio associando, Andrew virou-se para olhar o atacante. Ethan tenta passar pelo loiro, mas este o agarra e joga-o contra a parede.

― O que você sabe sobre ele? Questiona Andrew

― Isso não é importante para você agora, Minyard. Responde o defensor

Ele sabe de algo... A mente de Nicky virou de cabeça para baixo

Ethan empurra Andrew abrindo espaço, ele passa pelo loiro, no entanto o goleiro se recupera chutando atrás do joelho do moreno fazendo-o ceder e agarrando os cabelos do moreno.

― Responda. Exige Andrew

― Já respondi. Retruca Ethan

O defensor dar uma cotovelada no estômago do loiro, fazendo-o soltar e cambalear alguns passos. Neil se colocou entre eles, protegendo Andrew do moreno.

Andrew empurra o atacante para longe, que consequentemente tropeço. O loiro dar um gacho o acertando o moreno que  tropeçou alguns passos, e lhe deu um soco de direita.

Nicky correu para verificar como Neil estava, Ethan ignora o loiro se dirigindo até o mais velho. Nicky se posicionou para lutar, pois se Andrew queria Neil, então o moreno faria de tudo para que a missão prosseguisse. Dando um soco em Ethan que recuo alguns passos, e contra atacou com uma joelhada no estômago de Nicky que ofegou, e pegando pela gola da camisa, e levantando o punho pronto para dar um soco.

Nicky vira pela visão periférica Andrew se mover, acertando o antebraço, quando Ethan se defendeu sem esperar um golpe de faca. Nicky recuou paral longe deles.

― Se quiser levar Neil faça, mas não ouse tocar nele. Ameaça o loiro levando a faca a garganta do outro

― Que fofo, protegendo a família. Disse Ethan e sussurrou algo para Andrew que Nicky não conseguiu entender

Ethan empurrou o loiro e puxa Neil com ele, levando-o em direção a moto.

― A gente se ver por aí, Andrew Doe. Diz o defensor antes de partir

Nicky trava, se perguntando como Ethan sabia desta informação. Não era uma informação pública, que todos sabiam, só aqueles que pesquisassem a fundo sobre Andrew e o sistema saberiam. Não era de conhecimento das Raposas, nem mesmo do treinador. Os alarmes soaram alto na cabeça do moreno.

― Estamos indo embora. Anuncia Andrew

― Pra onde? Pergunta Nicky

― Por quê? Questiona Kevin

― Casa. Estou cansado. Responde o loiro

Assim os homens foram para a casa, Nicky limpou o sangramento. Kevin e Nicky beberam enquanto Andrew se trancou no quarto. O defensor adormeceu. Ao acordar de manhã e se depara com Andrew pensativo na cozinha, o loiro observa em busca de algo, o moreno deu a ele um sorriso.

― Noite difícil. Comenta Nicky

― Você acha que Ethan sabe de algo? Indaga Andrew

Nicky pegou um café e se recostou no balcão.

― Provavelmente sim. Responde ele honestamente

Eu não sei o que esperar. Isso é pode ser bom e ruim ao mesmo tempo... Pensa o mais velho

Andrew fica em silêncio, quando Kevin aparece ranzinzo de ressaca, o atacante olhou para loiro como se esperasse algo, mas só recebeu uma sombrancelha erguida.

― Estou de ressaca. Me ajudaria muito se você me desse analgésicos e café. Diz Kevin

― Isso não parece ser um problema meu. E você não tem empregados, Day. Responde Andrew

Nicky segurou a risada e saiu da cozinha, pois logo estariam em Palmetto States. Eles partiram em rumo ao campus, Renee os cumprimentou no corredor.

― Olá. Diz ela

― Olá Renee. Neil está? Questiona Andrew

― Está dormindo. Eu e os outros estamos no meu dormitório. Responde a goleira. ― Já resolveu?

― Vou terminar agora. Refuta o loiro. ―Ethan está com vocês?

― Na verdade não. Eu nem o vi hoje. Diz Renee

― Certo. Até Nee. Despede o goleiro

Nicky e Kevin entram no dormitório, Andrew não entra com eles, provavelmente para terminar sua conversa com recruta.

Nicky aproveita a oportunidade para sair da foxtower. Afinal Ethan se mostrou saber mais do que deveria. Quando o moreno chegou a porta Kevin o impediu sua passagem.

― Onde você vai? Questiona o atacante

― Comprar algumas coisas para o jantar. E acho que você é rapaz crescido, e se comportará na minha ausência. Responde o defensor

Teoricamente não era mentira, ele apenas omitiu sua verdadeira intenção. Kevin saiu da frente, Nicky desceu as escadas, ele não usaria o carro de Andrew, era muito chamativo.

Não era segredo para ninguém a localização de Ethan, não era longe do Campus. Era uma casa mediana, Nicky bateu à porta sem saber o que realmente esperar, seu estômago estava estranhamente agitado. Ethan atendeu.

― Ora, Nicholas. Diz ele um hematoma se fazia presente

Nicky não respondeu, em vez disso empurrou a porta e entrou, invadindo o espaço. Ele caminha até a sala de estar e se vira para ver o defensor.

― Que porra é essa? Questiona o mais novo

― Você. Ethan. O que diabos você sabe? Afronta Nicky

― O que eu sei? Do que diabos você está falando? Pergunta Ethan com indiferença

― Sobre Andrew. Diz o moreno

― Não entendo. Retruca o defensor

― Você o chamou de Andrew Doe. Explique, como sabe disso? Questiona Nicky

Os olhos de Ethan escureceram, sua postura fica tensa, pronta para uma luta. Nicky não recua o encarando.

― Não é como se fosse segredo. Diz o homem

― Não. Não é, mas também não é uma coisa que se ache facilmente. Agora responda. O que você sabe sobre Andrew? Indaga Nicky

― Andrew Doe, onde casas adotivas, nunca ficara por muito tempo, a sua última sendo com os Spear. Antes da sua mãe querer-lo de volta. Recita Ethan

― Quem te deu essa informação? Questiona o mais velho

― Eu pesquisei. Responde ele dando de ombros

― Por quê? Pergunta o moreno

Ethan não respondeu.

― Você já conhecia Neil, não é? Indaga Nicky dando um passo em direção ao outro

― Não. Não o conheço. Responde Ethan

― Então. Por que alguém como você que nunca havia mexido o dedo para impedir nenhuma das nossas ações decidiu que agora era um ótimo momento. Acusa o moreno

― Hum... Por que eu tenho tato? Retruca o outro

― Não. Você definitivamente meteu o nariz onde não devia. Fala Nicky

― Diz literalmente um dos caras que drogou o recruta. Responde Ethan

― E o que você tem haver com isso? Você não o conhece. Diz o moreno. ― Afinal você disse algo quando ele estava drogado. Mickey, não é?

― Ah... Sobre isso. Eu só falei da boca para fora. Você sabe que ele não estava sã. Diz Ethan

Nicky não acreditou nenhum um pouco nas palavras do homem.

― Fique longe de Andrew. Não se envolva mais com ele. Fala o mais velho

― Por que eu obedeceria você? Ele é interessante. Fala o defensor

― Fique. Longe. De Andrew. Fala Nicky entre dentes

― É e o que você vai fazer Nicholas? Dasafia Ethan com uma sombrancelha erguida

― Não me teste. Por ele eu queimaria o mundo. Avisa o backliner

― Ah que fofo. Pena que você não tem essa atitude com seu pai. Fala Ethan e Nicky estremece. ― Tome cuidado Nicholas, lembre-se que você não me conhece. Agora saia da minha casa.

Nicky sai da casa com os nervos no alto, quando chegou ao mercado não se demorou com os produtos. Ele decidiu que faria um macarrão com queijo e carne com molho picante.

A tensão não deixara seu corpo mesmo quando chegou ao seu quarto. Andrew já estava ali, o homem observou os movimentos, analisando-o.

― Ah Nicky. Achamos que tinha se perdido no mercado. Diz seu primo sob efeito de drogas

― O mercado estava cheio. Mente o moreno

― Espero que não demore assim para nos alimentar. Diz o loiro sorrindo

Nicky rir, e começa a trabalhar. Andrew o segue até a cozinha, pairando sobre ele.

― Então se resolveu com Neil? Questiona o defensor

― Ah Nicky, você parece interessado nisso. Responde Andrew

― Só perguntando. Retruca o moreno

― Sim está resolvido como um cubo-magico embaralhado. Diz o loiro

O mais velho franze a testa, e assente.

― Ele é um problema grande demais para o traseiro de Renee. Ele ficará conosco. Diz Andrew

Nicky para o que está fazendo, e olha para o seu primo.

― Tem certeza? Questiona ele

― Eu não tomo conclusões precipitadas, Nicky. Você sabe disso. Diz o goleiro

― Tudo bem. Disse Nicky com um sorriso

O moreno confia na decisão de seu primo. Andrew sai da cozinha deixando Nicky sozinho.

O moreno não disse nada o Erik sobre a conversa que teve com Ethan. Felizmente Ethan recuou do espaço de Andrew, e não se mostrou interessado. Nicky se manteve atento aos movimentos do outro.

Notes:

N.A: espero que tenha gostado!! Obrigada por ler 😊
Até o próximo capítulo 😁

Chapter 26: Queria não ser tão esperançoso...

Summary:

Aparentemente Andrew não havia contado nada sobre Neil, isso de certa forma o deixava curioso sobre o loiro.

― Eu ganhei algum dinheiro antes de vim para cá. Diz Neil

― Então está na hora de renova seu armário. Às vezes você é tão brega. Chega de ser mendigato. Diz Nicky

― Você sabe por que estou aqui? Questiona o atacante

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite. POV de Neil finalmente estamos passando para o segundo livro aeeee.

T.W: palavras de baixo escalão
Uso de drogas
Automutilação ( Andrew)
Overdose

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Neil retornou às nove para o dormitório, parou em frente a suíte de Andrew, sem coragem para bater, porém a porta se abriu.

― Olha quem veio. Interessante. Diz Andrew

O loiro verificou a pulsação de Neil, apesar do outro querer se afastar do toque.

― Lembe disso. Agora você não é mais o coelhinho fugindo. Disse o mais baixo

Neil ficou surpreso. Andrew passou por ele o puxando consigo para o corredor.  Logo Nicky saiu com um sorriso triunfante, e Kevin com uma expressão sombria.

Na outra porta da suíte de Neil, três estranho batiam. Seth saiu cumprimentou os, com Allison logo atrás. A mulher o abraçou e revistou seus bolsos, achou um isqueiro e uma embalagem de chiclete. Seth pareceu irritado.

― Não sou idiota. Diz ele

A loira o beijou, devolvendo o isqueiro e jogando a embalagem fora. Matt também saía do quarto junto de Dan, e deu a Neil um olhar aliviado.

― Neil você chegou. Disse o defensor

O atacante olhou para ele confuso.

― Seth e Allison vão sair e o resto de nós vamos assistir filmes, tem algum pedido? Pergunta Matt

― Vão sair do Campus? Sério? Pergunta Nicky para Allison

― Não é da sua conta. Retruca a loira

― Renee volta logo. Ela vai pegar algo sem álcool para vocês. Comenta Matt

― Que pena. Hoje eu vou pagar a bebida de Neil. Disse Andrew

Dan pareceu irritada com essa insinuação.

― Tá zoando. Fala ela

― Infelizmente a resposta é não. Responde o loiro rindo

― Juro por Deus Andrew. Se ele se machucar. Diz a capitã

― E o que você vai fazer? Indaga o goleiro

― Misericórdia, Dan. Não é como se fossemos matar-lo. Diz Nicky. ― Parece até que você não confia em nós.

― Ninguém confia. O que estão tramando? Pergunta Matt

Neil percebe pela visão periférica Kevin se mover descendo as escadas sem dizer.

― Até mais, Dan. Diz Andrew com uma saudação

― Eu disse que ele não vai. Diz Dan

― Sério? Isso não parece ser uma escolha sua. Retruca o loiro. ― Nós demos a escolha à ele.

Andrew se vira indo atrás de Kevin, Nicky o segui, e Neil é o último a se mover.

― Está tudo bem. Se algo acontecer eu ligo. Diz o atacante antes de partir

Quando Neil chega ao estacionamento todos já estão em seus lugares, quando ele entrou, Nicky entregou uma sacola de presente. Após olha o conteúdo, percebeu que se tratava de sua roupa para a noite.

O sweetie's estava cheio então eles tiveram que esperar uma vaga.

― Precisamos de pó de biscoito. Você vai querer ou não? Pergunta Andrew

― Posso escolher? Questiona Neil

― Sim. De agora em diante. Responde o loiro

Neil não acreditou, mas negou de qualquer maneira. Andrew gesticulou para que ele se trocasse, Nicky o levou até o banheiro.

― É novo. Comenta Neil

― Seria ruim usa a roupa duas vezes, certo? Indaga Nicky

Neil se perguntou que lógica eles usavam, mas ficou quieto e se trocou.

― Ah. E pare de comprat roupas para mim. Diz o atacante

― Certo, vou tentar dizer isso a Andrew. De qualquer maneira, não como se você tivesse que reclamar. Diz Nicky

― Eu tenho meu próprio dinheiro e posso pagar. Retruca Neil

― Você? Não parece. Diz defensor

Aparentemente Andrew não havia contado nada sobre Neil, isso de certa forma o deixava curioso sobre o loiro.

― Eu ganhei algum dinheiro antes de vim para cá. Diz Neil

― Então está na hora de renova seu armário. Às vezes você é tão brega. Chega de ser mendigato. Diz Nicky

― Você sabe por que estou aqui? Questiona o atacante

― Bem Andrew não te contou? Pergunta o moreno

― Não exatamente, ele disse que me daria resposta mais tarde. Retruca Neil

― Oh nossa. Sabe isso significa que Andrew te manterá seguro assim como Kevin. Você agora faz parte da família. Explica Nicky

― Não acredito em família. Retruca ele

― E quem acredita? Fala o defensor com um pesar. ― Não tem haver com laços sanguíneos, mas sim porque cuidamos uns dos outros.

Neil se sentiu atordoada, em partes porque ele não queria aquilo, afinal haviam arrancado um pedaço do que eles poderiam ser. Era estranho acabar em um lugar como esse, conhecer Andrew e Nicky.

Neil foi para a cabine se trocar. Quando saíram do banheiro os outros dois já estavam sentados à mesa.

― Por que demoraram? Pergunta Kevin

Nicky sorriu com malícia e comeu seu sorvete. Na ida ao Eden's Twilight os outros beberam até meia-noite por causa da proibição de venda de álcool nos domingos, mas alegaram ter mais em "casa".

― De quem é a casa? Indaga Neil

― É nossa. Responde Nicky. ― Deixei a Alemanha para cuidar de Andrew, sabia? Era eu ou meus pais super religiosos, eu presumir que era melhor ficar comigo. Comprei essa casa para nós. Meu pai assinou e Erik me ajudou a pagar. Uso meu salário para hipoteca.

― Então por que ficaram com Abby no verão? Questiona Neil

― Simples. Andrew não iria atravessar o estado todos os dias. Responde o defensor

Assim que entraram, Andrew e Neil foram ao bar ao bar pegar bebidas. Roland estava lá, e pareceu surpreso ao ver Neil.

― Sem nada dessa vez. Diz Andrew

Neil tinha dúvidas, mas Roland entregou um copo vazio e uma lata lacrada. Neil verificou bem para ter certeza de que era seguro.

― Paranóico. Comenta o loiro

― Olha quem fala. Retruca Neil. ― Não deveria beber também.

― Sei meus limites. Responde o goleiro

― Pó de biscoito? Indaga Neil

― Apenas para acalmar abstinência, sem danos. Lembra do jogo? Verdade por verdade. Retruca Andrew

― Não gosto e não confio em você. Diz o atacante

― Um começo. E isso não vai mudar. Diz o loiro

― Você está me mantendo por causa de Kevin. Mas e quando ele cansar? Comenta Neil

― Mantenha o interessado. Responde o goleiro

― Você pode me proteger do meu passado? Questiona o atacante

― O chefe do seu pai. Adivinha Andrew

A resposta era não para ambos, Andrew não conseguiria proteger-lo de seu pai.

― Sim. Ele esta preso por agora, maso chefe do meu pai não vai parar. E provavelmente vai matar. Diz Neil

Assim como ele fez com a minha mãe. Pensa ele

― Complicado. No entanto, no alcance. Responde Andrew com indiferença

Após isso eles voltaram a mesa, os três homens Nicky, Kevin e Andrew beberam com rapidez, assassinando seus rins com uma bela eficiência. Andrew ajudou Kevin a chegar no carro, enquanto Neil ajudou Nicky. O atacante se ofereceu para dirigir, mas Andrew o ignorou e foi para o banco do motorista.

Alguns tempos depois o celular de Nicky tocou e o moreno atendeu.

― Treinador? Sabe que horas são? Pera o quê? Como assim? Certo, certo. Diz Nicky e desligou.

O moreno mantinha a cabeça entre as mãos.

― O que houve? Pergunta Kevin com voz arrastada

― Seth teve uma overdose. Responde o defensor

― De novo? Questiona Andrew

― Sim. Ele quase morreu. Está em coma. Responde Nicky sua voz morrendo

Nicky parecia pálido e sóbrio agora.

― Seth teve uma overdose? Questiona Neil

― A questão é que ele estava limpo  há anos. Ele toma antidepressivos. Curioso não acha? Diz Andrew

― Estamos voltando? Pergunta o atacante

― Vamos esperar até amanhã, afinal estamos bêbados e drogados, e eu sem remédios. Retruca o loiro

Andrew saiu do carro mas ninguém se moveu.

― Vamos conseguir jogar? Pergunta Kevin

― Kevin, ele está em coma. Não sabem quando ele vai acordar, e se vai ter danos quando fizer. Diz Nicky

― Como se fizesse falta. Fala o atacante

Nicky saiu do carro, parecia abalado. Andrew pegou uma chave e apontou o cigarro para Neil.

― Sua indiferença diz muito. Comenta o loiro

― É difícil me afetar com isso. Diz o atacante. ― Por que ele faria isso?

― Não acho que ele tenha feito. Fala Andrew

O goleiro destrancou a porta, Neil o seguiu pelo corredor escuro deixando a porta aberta.

― Ele queria uma válvula de escape, sabe não pensar e não sentir. Só foi estúpido escolher as drogas. Diz Andrew

― É por isso que você bebe? Para não sentir. Comenta Neil

Andrew olha para Neil, o loiro está tão perto que o atacante pode sentir o cheiro de álcool e cigarro. Isso o faz se lembrar de sua mãe queimando na praia. Sem pensar o jovem tira o cigarro de Andrew.

― Não sinto nada. Retruca Andrew. ― Então não seja estúpido.

― Então Kevin é apenas um passatempo? Indaga Neil

― Seth não tentou suicídio. Ele não faria isso. Responde o goleiro ignorando Neil

― O quê? Questiona o atacante

― Seth só toma antidepressivos quando está brigado com Allison. Acrescenta Andrew

― Não havia pílulas quando ela revistou, eu vi. Continua Neil lembrando-se

― Exatamente. Concorda Andrew

― Então como? Questiona o atacante

― Não foi opção. Minha teoria é que o plano de Riko foi por água abaixo. Diz o loiro

― Você acha? Indaga Neil

― Coincidência demais, não acha? Indaga Andrew. ― Riko está tentando derrubar Kevin.

― Certo. Fala o atacante sem fé

― Kevin avisou que Riko agiria ainda hoje. Comenta o loiro

― Não acredito em você. Diz Neil

― Então não faça. Fala Andrew se movendo. ― Mas sei que estou certo.

― Se tiver, eu não posso deixar os outros se machucarem. Eles não merecem isso. Diz o atacante

― Não precisa. Não acho que Riko tentará algo assim novamente. Seria ruim ficar abaixo do número mínimo de jogadores. Tetsuji não permitiria, afinal ele está ganhando montes com isso. Explica o loiro

Neil ficou em silêncio.

― Eu sei onde estou me metendo. Agora pare de ser estúpido. Você fica. Diz Andrew

Neil assente, Andrew pega seu cigarro de volta, e dar ao atacante uma chave, era uma cópia.

― Durma um pouco. Voltaremos amanhã. Fala o loiro

Andrew passa por Neil, o atacante moveu seu corpo para sala. Apesar da promessa soando Neil sabia que morreria logo, mas pelo menos teria algo para chamar de seu. Neil olhou para a chave em sua mão.

― Casa. Disse ele

A palavra pesava bastante, uma estranha sensação se instalou no seu peito.

― Bem-vindo ao lar, Neil. Sussurrou ele

A overdose de Seth Gordon no sábado a noite foi inesperada. Um rock preenchia o carro, Nicky parecia ainda abalado, parecendo que seu brilho havia sumido. Nenhum deles estava ansioso com o treino desta quarta-feira, o dia em que Andrew tinha sua sessão com Betsy. A equipe havia se reunido no domingo de manhã, mas Andrew e Matt tiveram uma briga feia. Desde então os veteranos estavam com Abby, enquanto os primos e Kevin foram para Colúmbia, e Neil ficou na casa do treinador.

Seth não havia acordado até então, e Allison não havia saído de seu lado no hospital, e é por isso que ela não estava no treino hoje.

Este ano as Raposas tinham menos chance de vencer, a sua linha ofensiva era muito deficiente, e para piorar os Corvos estavam no distrito.

Nicky parou a meio-fio, Neil foi o primeiro a sair do carro, Kevin o seguindo. Nicky partiu para levar Andrew para a terapia.

Quando Neil chegou ao salão Kevin o puxou para o sofá para sentar ao seu lado, o jovem franze a testa sem entender.

― Sabe seu lugar, não é? Pergunta Kevin

Neil achava que era mentira, no entanto não discutiu. A porta de Wymarck se abriu, o telefone tocou e o homem por sua vez deu meia volta.

Tempos depois Dan chega com Matt e Renee. A capitã aponta para Neil, e olha para Kevin.

― O que é isso? Indaga ela

― Você sabe. Responde Kevin

Wymarck termina a ligação. Quando o treinador entra na sala examina sua equipe, parando em Neil e Kevin.

― Da última vez que chequei Andrew não gostava de você. Comenta o técnico

― Nada mudou. Diz Neil dando de ombros

― Ok. Agora sentem-se. Precisamos conversar. Diz o homem

― Abby preparou um discurso motivacional, mas vocês não precisam dessa merda. Não estou aqui para consolar-los. Meu trabalho é movimentar e levar vocês para quadra queiram ou não. Diz Wymarck

O treinador criara a equipe com jogadores problemáticos, mas acreditava no potencial de cada uma de suas Raposas.

― Olhem. Merdas acontecem. Merdas vão continuar acontecendo. Vocês sabem disso que a vida não é justa, e não se importa com que queremos. Então até Seth acordar e poder voltar para a quadra, teremos que lutar com umhas e dentes. Diz o técnico

― Acho que já perdemos o suficiente, certo? É hora de começarmos a ganhar. Diz Dan

― Palavras não significam nada para mim, me mostrem na quadra. Vocês tem cinco minutos para se arrumarem, ou então vou colocar vocês em uma maratona. Diz Wymarck

A equipe ss moveu, Neil seguiu os. Após se trocar ele deu uma olhada no espelho, sua aparência o incomodava, talvez o atacante tinha demorado pois Kevin e Matt vieram procurar ele.

― Conseguiremos chegar a final? Indaga Neil

― Milagres acontecem. Retruca Matt

― Besteira. Você não vai ganhar nada ficando parado. Mexam-se. Disse Kevin

― Procure 'insensibilidade' no dicionário, seu ego inflará ao sua foto ao lado. Comenta o defensor

― Não. Ele tem razão. Diz Neil. ― Não tem como o treinador achar outro atacante agora. Kevin e eu somos o que ele tem, e nenhum de nós é bom o suficiente.

― Escutou Kevin? Seu substituto disse que você é inútil. Zomba Matt

― A opinião dele não importa. Disse o moreno

O homem não negou, porém ele fora criado como canhoto, mas essa mão estava destruída por um idiota mesquinho. Apesar disso agora joga com a mão direita, nunca será bom o suficiente.

Assim eles saíram. Dan,Renee e Ethan os esperavam. Após um tempo Nicky e Andrew se juntaram a eles, Renee indo falar com o loiro.

― Olá Renee. Vai voltar ao dormitório hoje? Indaga o goleiro

― Sim. Já arrumamos as coisas. Retruca a mulher

Andrew aceitou a resposta, e vai para o vestiário. Nicky ficou atordoado, olhando para Dan.

― Ei, aguentando firme? Diz Nicky suavemente

― É o que parece. Responde ela

― Como está Allison? Indaga o moreno

― Você se importa? Questiona Matt

― Matt. Adverte Renee e se vira Nicky. ― Ela está com dificuldade, ela não sai do hospital.

― Obrigado. Sussura Nicky

― Vocês. Na quadra. Sem fofocas. Terminem e beber água. Assim que Nicky e Andrew estivessem prontos, vão começar. Nós vamos. Diz o treinador sendo interrompido pelo telefone

Nicky foi para o vestiário.

― Treinador Wymarck, Palmetto States. Diga de novo? Um momento.

Wymarck foi ao vestiário masculino.

― Andrew Joseph Minyard o que você fez? Questiona o homem irritado

― Não fui eu. Diz Andrew para de vista

― Saia daí! Grita Wymarck

Andrew aparece vestindo seu uniforme.

― A polícia esta na linha querendo saber sobre você. Explique ou vou ficar com a versão deles. Diz o treinador

― Não era eu. Repete Andrew

Wymarck franze a testa e coloca o celular no ouvido.

― Qual o problema, oficial... Higgins, certo? Questiona o homem

― Ah. Treinador. Fala o loiro

O treinador fez sinal para ele ficar quieto, mas Andrew agarrou seu pulso e pegou o telefone. Antes que o loiro pudesse fugir Wymarck, agarra sua camisa. O goleiro olhava para o aparelho incrédulo.

― Não me faça esperar o dia inteiro. Ameaça Wymarck

Andrew levou o celular ao ouvido.

― Porco Higgins, é você? Pergunta o loiro. ― Sim estou surpreso. E eu não gosto de surpresas. O quê? Não enrole. Você não ia me ligar agora, só para ficar de papo furado. Então diga o que quer. Não.

O goleiro desligou o celular, que logo começa a tocar novamente. As Raposas olhavam a cena atentamente. Andrew se afastou de Wymarck ficando contra a parede e atende o telefone

― Quê? Não desliguei na sua cara. Cale-se. Disse ele desligando novamente

Depois de cinco toques o loiro atende.

― Fale. Diz Andrew

O quer que fosse não era bom, visto que o goleiro parecia perto da sobriedade.

― Volta. Quem disse? Chega de desculpas porco. Eu sei onde você trabalha e com quem. Isso significa que tem criança na casa dela. Ela não deveria... Não me pergunte isso. Eu disse não. Me deixe em paz. Me ligue de novo e te mato. Retruca Andrew e desliga

Após um tempo, Andrew começou a rir como um maníaco.

― O que é engraçado? O que eu perdir? Pergunta Nicky ao se juntar a equipe

― Nada. Não se preocupe. Responde o loiro

― O que você fez? Pergunta Wymarck

― O que faz acredita nisso? Questiona Andrew

― Além do óbvio? Por que a polícia de Oakland estar ligando? Replica o treinador

― Ele só queria conversar. Responde o goleiro

― Minta de novo e teremos problemas. Responde Wymarck

― Ele trabalhava no sistema ajudando crianças com esportes. Quase como você. Responde Andrew

― Você saiu de lá há seis anos. Retruca o mais velho

― Sim, na verdade estou lisonjeado dele se lembrar de mim. Diz o loiro e vai até a porta. ― Vejo você amanhã.

― Onde pensa que está indo? Indaga Wymarck impedindo o loiro de passar

― Indo embora. Eu não disse que te vejo amanhã. Talvez tenha dito baixo. Diz o goleiro

― Nós temos treino. Nosso jogo é sexta-feira. Diz Dan

― Você tem a Joana D'arc do Exy. Faça sem mim. Retruca Andrew

― Diga o que diabos esta acontecendo? Diz Wymarck

― Acho que estou doente. Seria ruim se eu infectasse a equipe. Diz o loiro tossindo

― Já chega. Você não pode sair. Diz Kevin com impaciência

― Não posso, Kevin? Não diga o que eu posso ou não fazer. Me coloque na quadra hoje, e eu saio de vez. Não me importo com a porra do treino, essa equipe estúpida ou seus joguinhos. Diz Andrew com um sorriso perverso

― Chega. Não temos tempo para os seus surtos. Retruca o atacante

Andrew socou a parede, o seu segundo golpe foi impedido pelo treinador.

― Estou indo. Diz Andrew se livrando do toque do homem

Andrew saiu, ninguém o impediu.

― Sério gente, o que eu perdir? Pergunta Nicky

― É uma boa pergunta. Diz Wymarck

― Quem é oficial Higgins? Pergunta Dan curiosa

― Ah então foi isso. Diz o defensor pálido

― Você o conhece? Indaga a capitã

― Bem. Não exatamente. Mas foi graças a ele que conheço Andrew. Diz Nicky

Neil franze a testa confuso, mas talvez essa fosse a reação de todas as Raposas, mas logo Wymarck fez com que recomeçassem o treino, este foi silencio

Notes:

N.A: Bem eu decidi não mata Seth. Mas posso fazer isso.

Então eu queria saber.

Eu mantenho Seth na história ou não?

O próximo capítulo oficial é de Andrew!!!

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha. Obrigada por ler 😊

Até o próximo capítulo!!!!

Chapter 27: O fundo do poço... É familiar

Summary:

Andrew Doe não era uma informação de conhecimento público, o que piorava a situação. Chutando os lençóis, o loiro se levanta para um banho, e como não havia mais ninguém acordado resolveu fazer café.

Notes:

N.A: bom dia/ boa tarde e boa noite. Hoje é POV de Andrew, e espero que vocês gostem.

T.W: uso de drogas
Menção a abuso passado
Tentativa de abuso
Violência verbal e física
Ataque de Pânico
Menção a máfia.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

De alguma forma Andrew dormiu, ou talvez tenha desmaiado. Sua mente não parava de pensar sobre o acontecimento do dia anterior. Sobre Neil. Sobre Ethan.

Andrew Doe não era uma informação de conhecimento público, o que piorava a situação. Chutando os lençóis, o loiro se levanta para um banho, e como não havia mais ninguém acordado resolveu fazer café.

Após algum tempo seu primo apareceu na cozinha, um hematoma deixava seu nariz alguns tons roxo, Andrew arrastou seu olhar em busca de outras marcas. Felizmente não havia mais nenhuma. O sorriso que Nicky abrira foi de iluminar o dia.

― Noite difícil. Comenta ele

― Você acha que Ethan sabe de algo? Indaga o loiro

Seu primo vai até a cafeteira, após servir uma caneca de café ele se apoia no balcão.

― Provavelmente sim. Diz o moreno distante

Andrew assente, o café se torna silencioso, até Kevin aparecer depois de muito tempo, esfregando as têmporas e gemendo. Supostamente ressaca. O loiro nunca entendera muito sobre, felizmente nunca passou por uma uma ressaca. Nicky também não parecia sofre com esta.

Kevin olhou para o goleiro como se esperasse algo, Andrew ergueu uma sombrancelha em questionamento.

― Estou de ressaca. Me ajudaria muito se você me desse analgésicos e café. Diz o moreno

― Isso não parece ser um problema meu. E você não tem empregados, Day. Responde Andrew

O maior geme frustado e se move. Com os remédios e café o atacante voltara a ser quem era. Kevin tirou os antipsicóticos do bolso e os entregou a Andrew.

― Ainda não. Diz o loiro

― O quê? Mas...

O restante da frase foi interrompida pelo olhar inexpressivo que o goleiro lhe deu.

Andrew já estaria sofrendo forte abstinência se não fosse a meia garrafa de whisky e os pacotes de pó de biscoito que consumiu um pouco mais cedo. Porém logo eles estariam em Palmetto States.

O loiro sabia que Neil estava lá, pois nem o treinador e nem Dan estavam ligando para ele.

O grupo partiu para o Campus, o laranja brilhante apesar de ser horrível para Andrew lhe dava uma estranha sensação de conforto. Ao chegar ao dormitório Renee o esperava no corredor.

― Olá. Diz ela

― Olá, Renee. Neil está? Questiona o loiro

― Está dormindo, eu e os outros estamos no meu dormitório. Responde a loira. ― Já conseguiu resolver?

― Vou terminar agora. Retruca o goleiro. ― Ethan está com vocês?

― Na verdade não, eu nem o vi hoje. Diz Renee

― Certo. Até Nee. Diz Andrew

Nicky e Kevin entram no dormitório, enquanto Andrew se dirige para o quarto de Neil. Este estava realmente dormindo, mas acorda ao perceber um movimento na porta. Os seus músculos tenso.

Interessante... Pensa o loiro

― Então, se divertiu? Pergunta Andrew

― Vá ss foder. Qual seu problema? Como pode ameaçar Nicky por dar em cima de mim, mas me drogar contra minha vontade? Por que você não me deixa em paz? Indaga Neil irritado

Andrew não respondeu, pois já havia dito suas motivações na noite anterior e não se repetiria.

― Por que está fazendo isso? Questiona o recruta

― Já disse. Ainda estou esperando a resposta. Retruca o loiro

― Já disse que não sou um espião, seu idiota. Você é louco se acha que sou. Retruca o atacante irritado

― Então me corrija. Diz Andrew

― Me dê um motivo. Diz Neil

― Além do óbvio? Se você não me responder, eu mesmo irei buscar a resposta aonde for. Que tal começar pelo seus pais? Indaga o goleiro

― Boa sorte. Eles estão mortos. Responde o recruta

― Você os matou? Pergunta Andrew analisando a reação do outro

― Você matou os seus? Retruca Neil

Teoricamente ele nunca teve.

― Eu não tenho pais. Disse o loiro em desdém

― Eu não matei meus pais. Disse o atacante fazendo uma pausa. ― A família de Riko fez.

Andrew olha o garoto com interesse.

― Meu pai era aviãozinho deles, sem importância mas tinha certo poder. Ele fez alguns negócios com a Edgar Allen, foi quando eu conheci Kevin e Riko, não sabia quem eles eram. Eu estava animado com crianças da minha idade, queria fazer amizade. Continua Neil parando para respirar calmamente. ― Meu pai roubou os Moriyamas, é claro que eles descobriram e mataram meus pais. Eles iam me matar, então eu fugir com o dinheiro.

Os lábios de Neil se ergueram em um sorriso, apesar deste tentar esconder. Andrew se perguntou em que vida distorcida o garoto vivera para ter tal reação.

― Tive sorte de Kevin não me reconhecer. Ele é tudo que restou da minha vida real. Mas se Kevin ou Riko me reconhecerem, isso chegará aos Moriyamas, e eu sei o que eles farão. Diz ele seus olhos refletiam o medo real

Andrew se aproxima.

― Então por que veio? Pergunta o loiro

― Por que estou cansado de correr. Minha inveja de Kevin me impedi de ir embora. Somos iguais, mas tão diferentes, pois ele tem você, e eu não tenho nada. Diz Neil derrotado

Andrew entede o que é ter algo que não o pertence, algo temporário. Tudo tendo um prazo. A inveja era algo que o loiro havia enterrado abaixo de várias camadas de apatia. Uma criança órfã nunca possui nada.

― Me deixe ficar. Não estou pronto par desistir. Responde Neil calmo

― Fique se puder. Isso não vai durar muito. Retruca Andrew

Neil olhou para Andrew com esperança, mas logo desapareceu. Andrew tinha vontade de perguntar várias coisas. Sobre Ethan, Mickey, e quem era ele de verdade. Porém não fez, eram verdades muito grande.

― Vou partir depois do jogo contra Edgar Allen. Mesmo que eu esteja diferente, não posso arriscar Riko me reconhecer. Fala Neil

Aquela informação deixou Andrew mais curioso sobre o jovem

― Você parece muito querer viver mesmo sem motivos. Talvez eu queira mais explicações na nossa próxima conversa. Fala o loiro

― Nunca mais faremos isso. Diz o atacante

― Não. Responde Andrew

Embora soubesse que haveria mais. Afinal Andrew não deixaria passar algo tão interessante.

― Vai contar ao Kevin? Questiona o recruta hesitante

― Não seja estúpido. Retruca o loiro

Um estranho alívio passou pelo rosto de Neil, e Andrew partiu para seu dormitório. Kevin estava jogado no pufe assistindo uma partida de Exy.

Viciado...

Nicky estava fora de vista. O loiro ignorou isso em favor de tomar seus remédios. Ao voltar para sala arranca o controle de Kevin mudando para um canal de desenho animado. O moreno bufa, porém não discute.

― Cadê o Nicky? Pergunta o loiro com a alegria dos remédios começando a surtir efeito

― Saiu, já faz algum tempo para comprar algumas coisas pro jantar. Diz Kevin

Andrew se levanta saindo do dormitório, ele calmamente desce até o estacionamento, o seu carro ainda estava ali.

Estranho... Pensa Andrew

O loiro pega o telefone, e liga seu primo, este não atende e cae diretamente na caixa postal, o que torna as coisas ainda mais estranhas, pois Nicky sempre mantem seu telefone ligado. A contragosto Andrew gira a calcanhares voltando para o dormitório.

Kevin foi um bom menino e não mudou de canal. Nicky chega uma hora depois, seus músculos e postura rígida, uma tensão nos seus ombros faz o alerta soar bem alto de que algo realmente está errado.

― Ah Nicky. Achamos que tinha se perdido no mercado. Diz Andrew alegre

― O mercado estava cheio. Responde Nicky

Uma mentira. Andrew percebe mas não comenta

― Espero que não demore assim para nos alimentar. Diz o loiro sorrindo

Nicky ri indo para cozinha, começando a preparar a refeição, Andrew o segue, ele sabe que está errado, mas sem sombra de dúvidas Nicky não falaria isso para o loiro. Afinal era isso que eles faziam, sempre que tinham problemas, empurravam um ao outro para longe de suas broncas.

― Então se resolveu com Neil? Questiona o moreno

― Ah Nicky. Você parece interessado nisso. Comenta Andrew

― Só perguntando. Retruca Nicky

― Sim, está tão resolvido como um cubo-magico embaralhado. Responde o loiro

O mais velho franze a testa e assente, sua postura começando a relaxar.

― Ele é um problema grande demais para o traseiro de Renee. Ele ficará conosco. Diz Andrew

Nicky para de cortar o pimentão, e olha para o mais novo.

― Tem certeza? Questiona ele

― Eu não tomo conclusões precipitadas, Nicky. Você sabe disso. Diz o goleiro

― Tudo bem. Diz o moreno sorrindo e volta sua atenção para a comida

Andrew volta para a cozinha e encontra Kevin no sofá assistindo um canal de esportes. O loiro se senta ao lado do moreno, que olha para trás como se buscasse algo.

― Ele está bem? Sussura Kevin

― Pergunte a ele. Retruca Andrew

O moreno fica quieto e olha para Tv. Seus polegares da mão direita massageando a mão esquerda, em momento como esse Kevin fica inquieto.

― Neil está em suas mãos. Comenta o loiro

― Isso significa que... Diz Kevin, mas Andrew o interrompe

― Sim idiota. Você pode brincar de Exy com ele, eu não me importo.

O loiro pensa que alucinou quando viu os cantos dos lábios de Kevin ser erguerem brevemente.

Com sua permissão Kevin vai até a suíte de Neil na segunda-feira, pela carranca que ele aparece no estacionamento, significa que o homem não conseguiu concluir seu objetivo.

― Tente ser uma pessoa sensata o suficiente para avisar com antecedência. Comenta Andrew com indiferença

O moreno lhe dar um olhar irritado. O loiro apaga o cigarro e entra no carro para levar o atacante para o estádio.

Além do álcool, Exy era um mecanismo de enfrentamento de Kevin. Era por essa razão que Andrew o levava para a quadra e o observava enquanto treinava. Era melhor do que vê-lo se autodestruir, decaí como Tilda, ele nunca simpatizou com ela. A mulher sempre cheirava a maconha e bebida alcoólica, ela nunca fingiu amar-lo ou se quer gostar dele.

Enquanto Cass o amava e fazia comida favoritas sem pedir nada. Tilda o mantinha seguro, longe de qualquer um de seus parceiros, e uma vez que um deles tentou bular isso se deu mal. Andrew acende um cigarro a lembrança daquele dia retornando.

* Quando Andrew tinha quinze anos. Tilda e ele moravam em San José na Califórnia. A mulher se envolvia com vários homens, e toda vez avisava para que o garoto não saísse do quarto até que o companheiro dela partisse. Seu quarto havia fechadura que permitia que ele se trancasse.

Certa manhã Andrew acordara, Tilda havia dado uma festa no dia anterior, o que significava que ela estava com algum cara. O loiro foi ao banheiro e retornou em direção ao seu quarto, um homem esbarrou nele.

― Quem é você? Questiona o homem segurando o pulso do garoto

― Me solta porra! Exclama Andrew

― Você tem uma boca suja. Mas até que é bonitinho. Fala o mais velho o espaço

Andrew deu uma cotovelada e correu para o seu quarto, antes que pudesse entrar o homem  o puxou pela gola da camisa, e usou seu peso para prender-lo contra a porta fechada. O bile subira em sua garganta, queimando-a. Andrew se lembra de Drake, de Jesse, Samuel e Steven. Sua respiração engata.

― Não. Disse ele

O som de vidro quebrando vem um momento depois, o aperto sumiu.

― Sua vadia! Diz o homem

Andrew se vira,e ver Tilda apontando a garrafa quebrada para o pescoço do cara.

― Saia da minha casa. Vocifera ela

― Você vai fazer o quê? Me matar? Zomba ele

Os olhos de Tilda escurecem.

― Você acha que eu não tenho coragem? Me teste Maicom. Diz a loira sorrindo

Maicom se move e sae da casa. A mulher olha para Andrew que tentava regular sua respiração. Ela foi para o andar de baixo.

Andrew empurra a náusea para o fundo, tentando afastar o pensamento. Não conseguiu, porém se obrigou a levantar e entrar no quarto. O loiro ficou lá até seu estômago doer de fome.

Ao descer, Tilda não estava em lugar algum da casa. Andrew esquentou a lasanha, o céu estava tingido de laranja. Após terminar sua refeição e saiu porta a fora.

Tilda estava sentada na escada da varanda fumando um cigarro. A mulher vestia uma camisa masculina grande para esconder o principal, seus cabelos loiros estavam uma bagunça. A mulher percebeu a presença do garoto mas não olhou para ele.

― Vamos nos mudar. Ele não vai deixar barato,e com certeza não virá sozinho. Diz ela

Andrew assente mesmo que ela não possa ver.

― Para onde? Pergunta ele

― Colúmbia, Carolina do Sul. Responde a loira

― Vamos cruzar o pais? Questiona Andrew

― Você tem um tio lá. Eu já liguei para ele. Fala a mulher seus olhos encontrando-o. ― Não vamos morar com ele. Eu o odeio.

Andrew a encara. A mulher desvia os olhos e traga o cigarro.

― Sabe, Cass era muito burra. Comenta ela. ― Ou talvez fosse cega demais.

O loiro fica irritado com isso.

― E quem é...

Tilda o interrompe.

― A sua aversão ao toque. Eu não sou burra. Eu percebi no mesmo dia que levei você embora. Continua ela.

Tilda se levanta e se aproxima de Andrew, o cheiro de cigarro traz uma calma a ele. Sem perceber ele estende a mão para pegar-lo, a mulher permite.*

Kevin estava saindo para o vestiário, Andrew resolve esperar no estacionamento, o atacante aparece de cabelos molhados. O caminho de volta foi agradável e silencioso.

Aparentemente na terça-feira Kevin resolveu ser um humano decente e avisar Neil na quadra, talvez ele tenha esquecido de detalhar, pois o recruta parecia confuso.

De noite Andrew espera no estacionamento enquanto o príncipe do Exy foi buscar o viciado. Os dois apareceram, Neil pareceu surpreso por um instante, mas logo desapareceu. Kevin percebe o cansaço do loiro.

― Você sabe que eu sei dirigir, né? Fala ele

Onde ele aprendeu? O loiro se pergunta uma vez que os Corvos não tinham permissão para fazer coisas normais.

― Só no dia do meu funeral você fará isso. Vai entrar ou vamos voltar para cama? Questiona o goleiro apático

Kevin levanta uma sombrancelha sugestivamente, mas foi esperto o suficiente para não abrir a boca. O homem entrou no carro com Neil o seguindo. Andrew levou os dois viciados a quadra,e se perguntou como ambos tinham tanta energia. Neil parecia frustrado por não conseguir manter o mesmo ritmk de Kevin. Os pareciam está competindo, ou melhor o recruta parecia ver aquilo como uma, ele foi estúpido o suficiente para abrir a boca e dizer algo a Kevin, que retrucou.

Andrew se viu tenso, quando Kevin mudou a raquete de mão, passando-a para a esquerda. O moreno disse algo a Neil que fez uma careta em resposta, e começou a ordenar número, jogadas ao moreno, que a executou com uma precisão ótima. O recruta estava admirado com a performance. Andrew respirou fundo quando Kevin passa a raquete para mão boa. Neil e Kevin conversaram um pouco até o moreno se irritar com o recruta e encerrar a conversa.

Meia-noite e meia, os homens retornaram ao dormitório.

― Você é estúpido. Afirma Andrew

Kevin franze a testa tentando entender.

― Use palavras Andrew, eu não tenho uma carta de tarot para advinhar o que quer dizer. Responde o atacante confuso

O loiro não respondeu, apenas ss virou pretendento ir para o seu quarto.

― Espere. Diz o moreno parando em frente, e flexionando a mão esquerda discretamente

― Viu só? Você é estúpido. Não deixe seu ego te destruir,Day. Fala Andrew

Kevin finalmente percebe.

― Ah... Você está exagerando. É só câimbra. Fala o atacante

― Diga isso quando não conseguir mais usá-la. Responde o loiro

A mágoa passa pelos olhos do moreno, logo depois se escurecem, ele tenta se encolher, levando a mão esquerda ao peito, seu gesto calculado.

― Saia. Diz Kevin sua voz falhando

― Kevin? Chama o loiro

― Sai de perto de mim, porra! Exclama o homem perdido

Nicky sae do quarto assutado, e lançou um olhar preocupado aos dois homens. Andrew se move para tentar acalmar o homem que está revendo seus demônios.

― Kevin. Você está em Palmetto States, não no ninho. Recita o loiro

Seu primo se aproxima, deixando as mão pairando impedindo que Andrew se aproxime e que Kevin avance, pois às vezes o atacante ia tão fundo, que se defendia golpeando quem quer que estivesse perto.

Andrew se vira e se afasta, indo para seu quarto compartilhado, Nicky o segue.

― Acho que é melhor ele ficar sozinho para se acalmar. Pelo menos as portas estão trancadas, e ele não sabe arrombar fechaduras. Kevin voltará para nós. Diz seu primo

Andrew tira as botas e se deita na cama. Observando enquanto Nicky afunda ao seu lado.

― Você tem sua cama, Hemmick. Fala o loiro

― Ora, você nem vai dormir agora. Argumenta o mais velho. ― E o que custa dividir a cama com seu primo favorito.

Andrew argumentaria que na teoria, ele era seu único primo que o loiro possuía, no entanto resolveu não comentar.

― Já sei, vamos brincar de Adedonha? Questiona o moreno

― É uma boa forma de acabar com seu material antes de começar o semestre. Responde Andrew

Um sorriso surge no rosto de seu primo.

― Fazemos sem papel. Sortearemos uma letra e diremos as coisas de acordo com ela, só não vale pensar muito. Explica Nicky

O loiro assente, eles sorteam a letra. E a escolhida é C.

― Nome?. Catarine. Diz Nicky

― Carl. Responde Andrew sem esforço

― Objeto?. Cadeira.

― Copo.

― Fruta?. Caju.

― Cranberries.

― Comida?. Carne.

― Champignon.

― Profissão?. Carpinteiro.

― Comediante.

― Tá me xingando? Diz Nicky rindo. ―F.S.D? Cinderella.

― C.S.I. Responde Andrew

Kevin entra pela porta e se joga em sua cama, pronto para dormir.

― Bem, acho que a brincadeira acabou, garotão. Até amanhã. Sussura Nicky indo para sua cama

Andrew odiava como Nicky o fazia sentir seguro e relaxado. O loiro não dormiu muito, mas ninguém precisava saber sobre isso.

Notes:

N.A: Queridos o que acharam? Eu vou começar a colocar alguns flashback na história para da um contexto. Principalmente na de Andrew e Neil.

Boas notícias tenho dois capítulos prontos. POV de Aaron, e outro de Neil!!!

Pergunta do dia e importante: Seth vai voltar a jogar ou não? Vocês querem que ele volte para o time?

Não esqueçam de comentar e dar kudos. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima semana!!!

Chapter 28: O sangue que derrama em mim...

Summary:

Em algum momento de janeiro Romero partira com Nathan, Aaron soprou as velinhas em nome de Abram pelo 13° aniversário do ruivo. O loiro nunca admitia mas tinha medo sempre que o açougueiro retornava. Tivera medo de receber a notícia de que seu amigo estava morto. E então, o que faria Aaron?

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite para todos que estão aqui. Hoje estamos no POV de Aaron como esperado hoje está recheado. Então peço que leiam os avisos!!!

TW: violência verbal e física
Tortura
Menção a abuso passado
Sangue
Tentativa de suicídio
Máfia
Menção a tráfico de pessoas
Assassinato

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Os dias se passaram como névoa em período de chuva. Aaron sentia que o tempo era lento e entendiante, então fez de seu treinamento e seus estudos seu passatempo. O garoto mentiria se dissesse que não estava preocupado, fazia alguns meses que não ouvira notícias de sua família, logo isso começou a deixar-lo inquieto apesar de não permitir que transparecesse.

Ao longo de sua estadia, o loiro parou de hesitar em treinar, dava tudo de si, descontando sua raiva. Seu corpo se movia de modo automático.

"Obedeça"

"Pare de lutar contra." As palavras soaram em sua mente

Aaron finalmente completara seus catorze anos, era mais um dia de tiros, facas e hematomas. Quando dezembro chegou o garoto gelara até os ossos, não por causa do frio, mas sim pelos pesadelos que o mantinham acordado diariamente, a náusea que se recusava a partir. Era nesta época que a sensação de seu corpo não o pertencer aumentava. Às vezes o garoto até achava que era tudo verdade, afinal o loiro nada possuía. Nada era se fato dele. Tudo que um dia ele achara que era seu, na verdade não passava de ilusão. O garoto ainda se sentia oco.

Em algum momento de janeiro Romero partira com Nathan, Aaron soprou as velinhas em nome de Abram pelo 13° aniversário do ruivo. O loiro nunca admitia mas tinha medo sempre que o açougueiro retornava. Tivera medo de receber a notícia de que seu amigo estava morto. E então, o que faria Aaron?

Aaron queria ter força para matar Nathan, talvez o garoto pudesse. Com isso em mente o loiro montara um plano, seus maiores obstáculos eram Jackson e Lola, só de pensar em vê-los seu corpo inteiro estremecia. O garoto teria que superar isso.

Se Nathan queria tornar dele um cão perfeito, o loiro permitiria. Obedeceria fielmente, mas não cegamente. Aaron seria um cão quieto que atacaria quando menos esperassem. O plano levaria um tempo, ganhar a confiança de Nathan era o primeiro passo e chave para sua liberdade, de sua família e de Abram por uma parte pelo menos. Teria que esperar que o seu chefe confiasse nele o suficiente para levar-lo para as missões atrás de seu filho, ou Aaron teria que se libertar o suficiente para perambular.

No final de fevereiro Romero retornou, apesar de não demostrá emoções o homem parecia impaciente.

Em abril Aaron havia terminado seu treinamento, e a única coisa que lhe restava era praticar. Mais ou menos nesta época a primeira missão de Aaron surgiu. Se tratava de um assassinato.

― Então você quer que eu mate alguém? Questiona o loiro

― Não exatamente eu. Mas sim, você é perfeito para fazê-lo. Diz Romero

Havia um plano traçado, aparentemente alguém tava desviando dinheiro dos Moriyamas. Era por essa razão que o garoto se encontrava sozinho. Os seus hematomas cubriria muito bem a história inventada.

De noite Aaron perambulava no território onde o homem atuava, não demorou muito para um velho se aproximar do loiro. Abel Sanova, um imigrantes italiano que era um pequeno investimento dos Moriyamas, o homem nutria a família principal com dinheiro de tráfico de criança e adolescentes, e prostituição.

― Olá garotinho, está perdido? Diz o velho com um sorriso gentil

Este era um exemplo de como as aparências enganam. Aaron por sua vez recuou alguns passos, começando a executar o plano.

― Tudo bem, não precisa ter medo. Onde estão seus pais? Pergunta o homem

O loiro parou fungando, a imagem de uma criança assustada e fragilizada era perfeita para homens como Abel.

― Vamos a polícia. Para que você encontre seus pais. Diz Abel com um tom rouco e gentil

― Não. Diz Aaron recuando. ― Eu não posso voltar.

― Seus pais devem está preocupados. Diz o homem

― Eu não quero voltar. Eles vão me machucar. Por favor senhor, não faça isso. Diz o loiro em voz baixa

― Certo. Disse Abel coçando a sua barba. ― Temos que ir a polícia de qualquer modo. Sabe eu sou dono de um projeto que ajuda crianças e adolescentes de lares abusivos a encontrarem famílias amorosas.

― Se eu for promete não me entrega para os meus pais? Indaga o garoto

― Eu não faria isso vendo seu estado. Diz ele

Aaron segue o homem até o carro, de fato eles foram a delegacia o loiro se apresenta como Elliott Schoulder e conta sua história trágica. Obviamente a polícia não iria investigar, uma vez que estavam trabalhando com Abel. Após fazer o boletim de ocorrência o garoto segue o velho novamente até o carro.

― Que idade você tem mesmo? Pergunta Abel após dar a partida

― Dez. Tenho dez anos. Diz o loiro brincando com a manga do moletom

Por causa de sua altura Aaron não podia dizer a verdadeira idade. Após quase uma hora e meia, eles chegam a um galpão, o estômago de Aaron revirou sabendo das coisas que aconteciam ali. Abel gostava de testar suas mercadorias antes de vender-las, por isso que ali era o melhor lugar, onde ninguém ouviria nada. No entanto o homem achava que o loiro era um coelho em apuros, mal sabia que era nada verdade um gato pronto para mostrar as garas.

Abel desceu do carro e abriu a porta para que o garoto pudesse sair.

― Que lugar estranho. Comenta o loiro

― Aqui existe uma equipe médica. Explica o velho

― Ok. Disse ele

Os dois entram, Aaron examina a sala em busca de câmeras ou capangas. Aparentemente limpo. Abel se aproxima do loiro pelas costas, roçando os dedos no seu quadril. Aaron reage dando uma cotovelada nas costelas do velho, fazendo o cambalear, o loiro vira a calcanhares, socando o homem no estômago.

Aaron sabia que no corpo a corpo não havia chances, então pegou uma garrafa de vidro e bateu com toda a força deixando Abel inconsciente.

Enquanto o homem estava desmaiado, o loiro o amarrou a uma cadeira com as cordas que achou por ali no chão, provavelmente de algum acontecimento anterior, e desligou o celular do velho. Tirou um canivete do moletom e uma faca do cós da calça, Romero já estava a caminho do depósito, a missão do loiro não era apenas matar, mas também torturar o homem a sua frente.

Estranhamente Aaron estava calmo, para alguém que cortara as entranha de animais, por isso um pedófilo criminoso não seria nada.

A ordem era esperar Abel acordar par começar o show. Dez minutos depois o homem começa a piscar associando, apesar do nojo que Aaron sentia, resolveu deixar seu rosto livre de emoções.

― Você... Vocifera o velho

― Confesso, você é muito burro. Diz Aaron refletindo. ― Ou talvez faça isso com tanta frequência que nem se deu ao trabalho de me revistar.

― Quem você pensa que é? Meus homens chegaram aqui e acabaram com a sua raça, seu merdinha. Retruca Abel

― Isso será antes ou depois de eu te matar? Questiona o loiro sem emoção

― Olha eu sei que alguém tá te obrigando a fazer isso. Diz o homem.
― Seja lá o quanto te pagaram, eu pago o dobro para me manter vivo.

― Oh céus. Você tem razão. Diz o garoto com as mãos no rosto. ― Me questiono. Quantas crianças você trouxe aqui antes de mim?

Aaron pega a faca e a examina.

― Você me dá nojo. Diz o garoto aproximando-se

O loiro apontando a faca para o deito de Abel que estremece, Aaron desliza a faca para o órgão genital do homem.

― Talvez eu deva começar por aqui? Afinal essa é a sua principal arma, né? Diz o loiro. ― Me questiono agora. Por quanto tempo você vai agonizar, antes de morrer?

Aaron corta o membro fora, os gritos do velho ecoam pela sala. O loiro cortara outras partes do corpo como dedos das mãos e dos pés, uma orelha e a língua do homem. Durou algumas horas antes que esse morresse.

Quando Aaron terminou estava todo ensanguentado. Ao sair encontrou Romero, este limparia a cena. O garoto não tinha outra opção a não ser esperar que o Malcolm terminasse.

O sangue que grudara em sua pele, fazia o se sentir nojento, não só pelo fato de ser sangue, mas também por pertencer a um homem perverso.

Quando finalmente chegaram a um local onde Aaron podia se trocar foi um alívio, embora a sensação persistisse. Era quase como se seu corpo não o pertencesse. Não, na verdade nunca o pertenceu.

Nojo, vergonha e rejeição, são coisas que Aaron Minyard entendia. Logo também a palavra 'obediência' fora gravada em sua alma.

Naquela mesma noite, Aaron recebera seu pagamento pelo serviço, franzindo a testa olhou para Romero.

― O quê? Questiona o loiro

― Seu pagamento. Diz o moreno

O loiro não perguntou mais nada, pegando o dinheiro. Não fazia ideia do que fazer com aquilo, uma vez tinha quase nunca saía da casa, e tinha o necessário para sobreviver. Então na manhã seguinte pedira para que Romero abrisse uma conta bancária para ele, não para o Minyard, mas sim para Diego Malcolm. O homem fez sem nenhuma objeção, afinal todos da máfia teriam conhecimento sobre o que ele faria, no momento como não tinha nada em mente resolvera guardar para algo no futuro.

Praticamente na mesma época Romero começou a agir estranho, afinal em grande parte do período o ignorava, como se o garoto não estivesse ali. Uma certa noite, o moreno voltara de uma das visitas a Lola, o homem parou na sala e o olhou, examinando-o, como se alho estivesse errado. Aaron o encarou com um olhar apático. O Malcolm balançou a cabeça como se afastasse o pensamento.

No dia seguinte, Romero tingira o cabelo de Aaron em um tom de castanho claro, adotando finalmente a identidade de Diego, com permissão para sair e um celular para sua localização. Era a primeira vez em muito tempo que o garoto sairia do apartamento.

Um moletom vermelho cubria seus pulsos, luvas de meio dedo no intuito de esconder os cortes e queimaduras, uma calça jeans clara com um tênis ALL STAR vermelho. Saindo do prédio o garoto anda pela calçada. Um grupo de adolescentes se destacava, um garoto loiro e alto se encontrava no meio destes.

Eram moradores daquele prédio, suas roupas mostravam que eram crianças mimadas. Diego passou por eles.

― Ei garoto. Chamara uma garota de cabelos pretos

― Você é o tal do filho do Malcolm, não é? Pergunta o loiro. ― Qual é mesmo seu nome? Dan? Dylan?

― Diego. Responde o mais baixo

― Isso mesmo, Diego. Diz ele com uma falsa animação. ― Você é bem baixinho. Que idade você tem? Dez? Oito?

― Doze. Responde Aaron

Diego Malcolm era dois anos mais novo que Aaron, então não era bem uma mentira.

― Nossa cara. Você é bem baixinho. Comenta o loiro

― Culpe meus pais. Responde Diego

― E você sabe quem são seus pais? Questiona o maior

Aaron olha para ele.

― Certo. Quem são vocês? Questiona ele

― Sou Josh. Responde um garoto com o cabelo tingido de vermelho

― Anna. Responde a morena

― Luna. Diz a loira

― Eu sou Benjamin. Diz o loiro

― Ok. Diz Aaron

Durante duas semanas Aaron ficou com o grupo, porém essa galera mimada era muito chata.

― Não acredito que meu pai não quer me dar um PS2, vocês acreditam? Diz Josh

― Cara isso é foda, mas vocês acreditam que meu pai me tirou o computador por uma semana. Ele é um verdadeiro merda. Diz Anna com raiva

― Eu acho que os adultos deveriam morrer. Diz Benjamin. ― Já sei, vamos a um lugar.

Todos se moveram seguindo o mais alto. O garoto que os levou até um beco onde um homem os esperava. O pacote que este dera a Benjamin dizia muito sobre. Era um traficante. Com isso em mãos o garoto partira para um parque abandonado, Aaron pretendia se afastar deles.

― Ei. Onde você pensa que vai? Pergunta Josh o puxando para perto

― Para casa. Diz o garoto sem pestanejar

― Qual é, Diego? Está pretendendo nos dedurar? Fala Ben

― Olha cara, eu não me importo com que você faz. Não pretendo te dedurar. Responde Diego calmamente. ― Eu só não quero fazer parte disso.

― Acho que nosso querido Didi, é um santinho. Zomba Benjamin e os outros riem. ― Que foi? Seu pai não deixa. Oh você é tão obediente. Por que não vem aqui e chupa meu pau?

O mais baixo apenas vira a calcanhares, Josh faz menção de segurá-lo.

― Me toque, e você está acabado. Avisa Aaron

― E o que um pirralho como você vai fazer? Questiona ele com desdém

Aaron responde apenas parte. O loiro sabia que havia arranjado problema, mas não suportava o cheiro de qualquer droga, pois isso o lembraria de Tilda e seus parceiros. Enquanto os cigarros o lembrariam de Jackson, e daquela noite de dezembro. Ele não suportaria ficar ali.

O garoto estava certo em deduzir que havia criado problemas, as consequências vieram dois dias mais tarde. Quando Aaron estava sozinho na praça sentado no balanço, ele tinha se afastado deles após aquele dia.

Os tons de laranja tingiam o céu, o loiro observava a paisagem sem vê-la realmente. Alguém puxou o pelo capuz do moletom fazendo o garoto se desequilibrar e cair. Aaron olhou para cima, Luna, Anna, Josh e Benjamin estavam ali.

― Diego, há quanto tempo? Zomba o mais alto caminhando para ficar em frente ao menor

Benjamin colocou o pé em cima do peito de Aaron, empurrando-o para baixo. O loiro agarra o calcanhar do outro no intuito de afastá-lo, mas Josh pegou seus pulsos o impedindo.

― Ah, Didi que órfão ingrato você é. Diz Ben. ― Nós te aceitamos no grupo, e mesmo assim, olha como você age?

― Assim como? Eu só disse que não queria participar das suas merdas. Retruca o mais baixo

― Minhas merdas? Você age como se não estivesse lá. Você é um moleque mal-educado. Um órfão nojento que não tem onde cair morto. Cospe o maior. ― É por isso que você faz tudo que te pedem? Com medo de ser devolvido?

― Você não está errado no que diz. Afirma Aaron. ― Mas pelo menos eu sou um mimadinho que parece ter a cabeça enfiada na bunda.

O rosto de Benjamin fica vermelho de raiva.

― Que saber, pelo menos eu sou uma bonequinha que os usam como querem. Seu prostituto, aposto que o Malcolm te come. Retruca ele

Benjamin pega o isqueiro e um cigarro, e acende-o. O cheiro forte de amônia e tabaco faz o corpe de Aaron ficar em transe, o outro garoto traga e assopra fumaça no rosto de mais baixo.

A lembrança de dezembro o atinge como um trem. As mãos sobre ele. Os cortes em seus braços. Jackson  queimando com a ponta acesa do cigarro a parte interna das coxas do loiro.

Aaron é despertado de seu transe algo algo quente encontra sua bochecha queimando-a. O loiro tenta afrouxar o aperto em seus pulsos violentamente, Benjamin rir de sua reação, e queima seu pescoço com cigarro, Aaron chuta o líder, que sem esperar por isso tropeça, quase caindo em cima de Josh. Que solta Aaron para ajudar o amigo. O menor aproveita para se levantar, bem a tempo de Benjamin tentar socar-lo. Aaron puxa o braço deste, usando seu peso para jogar-lo no chão, e torcendo o braço do mais alto em um ângulo perigoso, até quebrar, o estalo assustou a todos menos Aaron. Benjamin gritava de dor, mas o loiro o olhou impacivel.

― E agora? Quem é próximo a tentar? Pergunta aos outros que olham assustado

Todos recuaram. Aaron se virou e foi embora, o cheiro da fumaça grudada em sua roupa, o loiro correu cedendo em algum lugar perto do prédio. Seu estômago vencendo, o corpo dele tremia enquanto vomitava, as lágrimas deixando sua visão turva.

Você nunca será normal... Ecoa uma voz ali no fundo de sua mente

Você é um assassino. Nunca serq aceito...

Aaron tentou se recuperar, meio cambaleante chegou ao apartamento de Romero este estava deitado no sofá assistindo algum filme. Acredite, a última coisa que o loiro queria era ver o Malcolm sem camisa na sua "cama". Sem nada para fazer ele vai ao banheiro escova os dentes e tomar banho. Voltando a sala e se joga no tapete surpreendendo Romero. Olhando para o teto, e com o som do filme no fundo embalam o garoto para o sono. Por sorte não sonhou com nada, acordou com algo cutucando suas costelas, abrindo os olhos percebe que era o pé do moreno, que felizmente havia vestido uma camisa. Aaron notou os músculos aparentes mesmo através do tecido. Os poucos músculos que o loiro possuia era por treinar bastante.

― O que houve? Por que tá me olhando? Questiona o Malcolm

O garoto bufa desviando o olhar.

― E que marcas são essas? Questiona o homem

― Uma lagartixa chupou meu rosto. Diz Aaron

― Tente novamente. Você é um péssimo mentiroso. Retruca o moreno

― Sou um bom mentiroso quando me esforço. Agora me deixa dormir. Fala o loiro

― No chão? Questiona o homem

― É. Alguém está sentado na minha cama. Ou você sugere que eu deite em cima de você? Diz Aaron com uma sombrancelha erguida

― O sofá é meu. Diz Romero, mas se levanta

Aaron deita no sofá e adormece.

A última coisa que loiro esperava no dia seguinte, era voltar do treino dolorido e encontrar o pai de Benjamin com este ao seu lado.

― Ora sr. Malcolm, digo que é um desprazer vê-lo. Diz um homem loiro, calvo com óculos achatados

― Olá sr. Rostoff o que houve? Questiona Romero ao lado de Aaron

― Esse garoto psicopata que você trouxe para cá, quebrou o braço do meu filho. Fala o homem vermelho de raiva

― Ah, foi é? Questiona o Malcolm olhando para o menor

Aarob não encontrou o olhar deste, olhou para o pai de Benjamin exasperado.

― Eu poderia denunciar você, swu bastardo. E você pegará uma bela punição. Diz Rostoff

O loiro sente vontade de rir.

― Então faça. Mas seu filho não é nenhum santo, ele me queimou com um cigarro. Diz Aaron calmo e suspira. ― Não. Eu não espero que você acredite em mim. Faça o que quiser.

― E ainda é mal-educado. Diz o homem

― Com todo respeito sr. Rostoff, eu cuido do meu filho, e pagarei por todos os gastos. E tratarei de educá-lo melhor para que não aconteça novamente. Diz Romero puxando o loiro

― Certo. Diz Rostoff

Aaron se sente enjoado. Ele sabia como eram Lola, Jackson e Nathan quando estavam com raiva, suas punições eram conhecidas. Ele teve medo do desconhecido.

Ao chegar no apartamento, o homem mudou seu aperto para o pescoço do garoto, sufocando. Aaron não se moveu, pois era inútil tentar se proteger.

― Veja só no que você nos envolveu. Diz o Malcolm frio e seu aperto aumentando. ― Lembre que eu sei como te quebrar.

O homem joga o loiro no chão, e pisa no peito do garoto. Romero tira do bolso um canivete e um isqueiro. Alcançando a gaveta da cômoda, ele vasculha e tira de lá um maço de cigarros. Não é irônico? Facas e cigarros?

O Malcolm levou o cigarro aos lábios acendendo-o, o cheiro da nicotina se instala, Aaron se move tentando se livrar. O homem se abaixa, pressionando o peito do garoto com joelho, e com uma mão prende os pulsos do garoto, e com a outra abre a canivete.

Os mesmos cortes, o cheiro grudava na pele. Aaron se encontrava no banheiro. Sua mente está distorcida, as lembranças do ano passado se misturando com o presente. O loiro limpa as feridas mecanicamente, seus olhos encontraram seu reflexo, a primeira vez em anos. A coisa que mais lhe chama atenção foram os olhos âmbars porém sem vida, ele parecia um zumbi com as marcas escuras debaixo dos olhos se destacando na pele pálida, uma marca em forma de círculo exibida em sua bochecha, mas logo seria um camuflagem, os hematomas em forma de dedos gravados em sua garganta, mas tudo bem o loiro usaria uma gola alta, pelo reflexo dava para lê ' NW'. Se sentiu enjoado, ele encarou as mãos que apertavam a beira da pia. Embora soubesse que seus braços e costas eram mais danificados, nada impedia de sentir horrorizado com sua aparência, pois não parecia um adolescente, parecia um cadáver.

O pior de tudo, algo nele lembrava Tilda. O garoto socou o espelho, os trincados distorcendo sua imagem. Os cortes em seus dedos nada comparado as dores que ele já sentiu.

O sangue. Seu sangue chamativo. Aaron estava cansado. Exausto de viver daquela com grilhões, uma coleira e uma tornozeleira invisíveis.

Então socou o espelho novamente. De novo. E de novo. Até o vidro cravar na carne. Onde o sangue pingava continuamente. Sua mão direita levando a pior. O fato engraçado era que ele era naturalmente canhoto, mas todos achavam que era destro, porque Tilda não queria um filho canhoto, pois achava que não era "normal".

Aaron saiu do banheiro, levando um rastro vermelho para a cozinha, pegou a garrafa de whisky, derramou um pouco na ferida. A queimação familiar o suficiente para não estremecer. Um gole desce pela sua garganta, mais uma vez familiar, afinal o loiro não se medicava, então o álcool era uma opção válida a ele.

O sangue gotejava pelos ladrilhos. Aaron se imaginou tirando as bandagens, ele se perguntou como era sangrar até a morte. O engraçado é que era solitário até a ideia de morrer. Ninguém estava esperando por sua presença, logo ninguém sentiria sua falta, pois Aaron Michael Minyard estava morto e enterrado a sete anos.

Seus dedos desfaziam a borda da bandagem, seu celular tocou, Aaron estava pronto para ignorar se fosse Romero, olhando para identificador, era Nathan. O loiro pensou que logo morreria.

Então do que adianta atender?

Morrer parecia um sonho. Se ver livre de Lola, Nathan, Jackson e Romero. O telefone tocou de novo. E ele atendeu.

― Qual o sentido de você ter um celular se não atende? Questiona Nathan irritado

Aaron toma um gole da bebida, seus dedos ensanguentados apertavam o telefone. Agora escorrendo para o seus pulsos antes de pingar no chão.

― Localização, eu acho. Responde o loiro sua voz crua e bebe outro gole

― Por que não atendeu da primeira vez? Questiona o ruivo

― Estava ocupado socando o espelho. Responde o garoto

Outro lado da linha fica mudo. Mais um gole e a garrafa estar menos de a metade. Ele sente a visão fica turva. E se pergunta se é pelo álcool.

― Você fez o quê? Questiona o homem

― Soquei um espelho? E estou sujando o chão de Romero. Eu acho que ele vai me matar por isso. Fala Aaron calmamente

O som da porta sendo destrancada anuncia a chegada de Romero, o moreno para na cozinha e analisa o local. Uma grande mancha de sangue no chão onde loiro se encontra.

― Tá falando com quem? Pergunta o Malcolm

― Nathan sentiu saudades. Responde o loiro dando de ombros

― Eu posso te ouvir. Responde o ruivo

― Ronron está aqui. Diz Aaron a Nathan

― Passe o telefone para ele. Ordena o ruivo

Aaron obedientemente fez. O homem parece confuso. O telefone sujou sua mão, foi então que ele percebeu o punho do garoto.

― Olá, Weninski. Diz Malcolm. ― Não faço a mínima ideia do que esse moleque tá falando.

Aaron termina a garrafa de whisky em um só gole.

― O idiota estragou a mão boa dele. Fala Romero. ― Ele fez o quê?

O homem sai da cozinha, e vai até onde o loiro supôs que poderia ser o banheiro.

― Porra, Aaron! Diz o homem

Romero aparece na cozinha, arrancado o loiro do chão sem muito esforço. O garoto cambalea um pouco, o álcool finalmente atingindo seu sistema.

Romero cuidou dos ferimentos da mão de Aaron, o garoto não contara ao homem que era canhoto e continuou usando sua mão direita para os treinos. Porém secretamente o loiro começou a frequentar um clube de Exy e treinou sua pontaria com sua mão boa, juntamente com movimento de facas.

Notes:

N.A: Beleza tenho algum tempo para trabalhar nos próximos capítulos. Se dê tempo eu lanço no cronograma certinho, senão vai atrasar um pouquinho...

Resolvi que Seth não vai mais voltar a quadra, mas ele ficará com técnico assistente ou algo assim. Continuará na fic.

Pergunta Importante: Você preferem uma criança de cabelos loiros e olhos castanhos escuro,ou de cabelo preto e olhos âmbars?

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!!

Chapter 29: Algumas coisas foram feitas para não fazer sentido...

Summary:

Nicky faz uma careta.

― Bem, Andrew tinha um irmão gêmeo. Começa o defensor desconfortável

As Raposas ficaram em choque, exceto Neil e Ethan.

― Ele está morto há anos. E Tilda deu Andrew para o sistema assim que ele nasceu. Continuou Nicky com calma. ― Aaron, o irmão gêmeo de Andrew morreu aos sete anos.

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite. POV de Neil!!!!

T.W: violência verbal e física
Menção a uso de drogas
Abstinência
Menção a overdose passada

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

A volta a foxtower foi rápido rápido graças a aversão de Nicky a leis do trânsito. Andrew estava sentado a meio-fio, ele parecia menor porém tinha uma presença enorme.

― Se está doente então por que estar aqui? Questiona Kevin

― Relaxa. Kevin, nada que uma soneca e vitamina C não resolva. Responde Andrew

Nicky se aproximou do loiro.

― Está melhor? Pegunta ele

― Ah, Nicky, não seja esquisito. Retruca o goleiro

― Estou preocupado. Você me conhece. Responde Nicky

― Isso não é problema seu. Responde Andrew

Neil olhou para trás quando Matt chegou ao estacionamento. Andrew sinalizou para Nicky ss afastar, este obedeceu. O loiro esperou os veteranos se aproximarem.

― Renee, você chegou. Posso pegar você emprestada? Eu sabia que podera. Diz o goleiro

― Precisa de algo? Responde Renee entendendo

― Já está comigo. Responde Andrew se levantando e saindo do estacionamento com Renee a calcanhares

Neil olhou para Dan em busca de respostas, mas ela não vinha.

― Certo. Vamos falar sobre isso? Questiona Matt

O atacante entendeu que o veterano se referia ao incidente daquela tarde. Nicky esfregou os braços com arrepios.

― Não sem bebida. Responde ele

A equipe foi para o dormitório compartilhado de Matt, Ethan, Seth e Neil. O jovem deixou a mochila no quarto e retornou a sala onde os outros estavam. Nicky trouxe uma garrafa de Rum e Coca-Cola enquanto Kevin cuidava dos copos, distribuindo para todos. Neil se sentou onde podia ver os outros, Nicky bebeu um gole de sua bebida.

― Então. Isto é. Diz o defensor desconfortável

Matt não lhe deu tempo indo direto ao assunto, sobre o qual todos estavam curiosos.

― O que você quis dizer com "graças ao oficial Higgins conheci o Andrew"? Questiona ele

Nicky faz uma careta.

― Bem, Andrew tinha um irmão gêmeo. Começa o defensor desconfortável

As Raposas ficaram em choque, exceto Neil e Ethan.

― Ele está morto há anos. E Tilda deu Andrew para o sistema assim que ele nasceu. Continuou Nicky com calma. ― Aaron, o irmão gêmeo de Andrew morreu aos sete anos.

Ethan para o copo no meio do caminho para a boca. Neil percebe enquanto os outros estão entretidos com o relato.

― Bem, Tilda começou a usar coisas pesadas depois disso. Diz o moreno pensativo. ― Mas certa vez, ela saiu com um cara de Oakland, eles marcaram de se encontrarem no jogo dos Raiders, o policial levou Andrew por algum motivo. Tia Tilda, por alguma razão achou que era Aaron, o homem e Andrew ficaram confusos. Quando ela percebeu seu erro era tarde demais, e depois disso ela o tirou das mãos da família adotivas, Andrew foi com Tilda. Ele tinha treze anos.

Todos os outros pareciam chocados com esse pedaço da história. Neil se sentiu enjoado, pois ele sabia que Aaron havia sido vendido, que sofrera abusos e morreu aos trezes anos. Não era irônico um gêmeo foi achado outro fosse perdido.

― Isso é confuso. Diz Matt

― Essa é a versão amenizada. Retruca Nicky

Nicky e Kevin ficaram até o jantar, os dois partiram para seu dormitório após a breve reunião.

― Qual a chance disso acontecer de novo? Pergunta Matt

― Matt. Estou preocupada com a temporada. Comenta Dan

Neil sabia quando Seth retornasse, essa paz se acabaria. Toda estabilidade como fora, estaria arruinada.

― Nossa situação está ruim. Responde Matt. ― Mas talvez conseguiremos.

O homem olha para Neil.

― Não entendi. Diz o atacante confuso

― Bem, você é próximo do grupo de Andrew. Eles vão tentar te levar para o lado deles. Peço que você seja a corda que uni esse time.

― Não sou exatamente uma força de união. Retruca Neil

― Você tem o interesse de Andrew. E se trouxer ele teremos os outros de brinde. Explica Matt

― Isso vai ser perigoso. Diz Ethan

― Vou tentar. Diz Neil

― Obrigada. Isso é tudo que pedimos. Fala a capitã

Dan se sentou no sofá, enquanto Neil tenta fazer sua lição de química.

― Por que química é tão difícil? Murmurou Neil

― Quando eu descobrir, eu te conto. Fala Dan

Neil pegou sua lição de espanhol, mas foi desinteressante e o atacante empurrou o livro para longe, pegou o de Inglês franzindo o cenho empurrou esta também. Pegou o livro de matemática.

― Quantas aulas você faz? Questiona Dan

― Seis. Responde Neil

― Mentira. Por quê? Indaga ela

― Não é o cronograma sugere? Pergunta o atacante confuso

― Só para quem vai se formar em quatro anos. Explica Matt

― Quatro aulas é o suficiente para você que tem cinco anos de contrato. Fala a capitã

― Posso abandonar as aulas? Questiona Neil surpreso

― Sim. Nas primeiras duas semanas. Cadê sua agenda? Comenta Matt

Neil entrega a ele.

― Olha só? Não pode ficar assim. Você precisa descansar. Diz Dan

Neil ajeitou sua programação tirando as aulas de história e química.

― Obrigado. Diz ele

― Não agradeça. Estamos aqui para ajudá-lo. Diz Dan

Neil não sabia como responder. Uma batida na porta, Matt foi atender, era Renee. A loira entrou mancando.

― Como eu queria que você não fizesse isso. Diz a capitã

― Eu sei. Diz Renee

A mulher se sentou no lugar de Matt, enquanto a capitã lhe dava uma bolsa de gelo. Renee pressiona no punho machucado.

― Isso vai ser um problema? Pergunta Dan

― Não. Ele estará de volta amanhã. Responde a goleira

Neil ficou confuso.

― Andrew te bateu? Questiona ele

― Renee e Andrew lutam boxe. Explica Matt

Neil se pergunta sobre o mistério que era Renee.

― Eu e Andrew temos mais incomum do que pensa. É por isso que deixo desconfortável. Não é? Fala a mulher

― Não. É porque você não faz sentido. Responde Neil

A loira assente.

― Você poderia perguntar se quisesse. Diz a mulher

― Não, obrigado. Corta o atacante

― Tudo bem. Agora tudo que eu quero é relaxar. Fala Renee

Dan ajuda a mulher a ir para o quarto. Kevin se atrasou para o treino e isso deixou Neil uma bomba de nervos. Às 23:00 Neil estava pronto para bater na porta de Kevin, mas resolveu esperar mais trinta minutos. Por sorte Kevin apareceu, sem esperar nada o atacante o seguiu. Andrew os esperava no carro, a viagem foi silenciosa. Neil percebera que o homem estava calmo, bem ele normalmente era. O treino se seguiu com ordens de Kevin.

No treino de quinta-feira foi pior do que o dia anterior. E ninguém podia culpa Andrew já que ele se comportara. O time parecia unido pela primeira vez, mas o pesar é que Seth não estava lá, e isso parecia errado aos olhos de Matt e Dan. Não que Seth fosse um vilão, mas suas babaquices tiravam a paciência de qualquer Raposa, ainda havia a implicância do homem por Nicky que fazia Andrew mostra as garas (ou melhor as facas) e isso dividia a equipe em quatro grupos: Os veteranos, Os monstros, Ethan, e Neil.

Na sexta-feira as Raposas foram dispensadas cedo das aulas, por causa do jogo. Neil pegou carona com os monstros.

No estacionamento o carro de Abby se encontrava, o que significava que Allison estava ali também. Neil se sentia culpado pelo que aconteceu com o namorado dela, uma vez que suas ações desencadearam a fúria de Riko.

Andrew teve ter percebido a tensão do jovem pois olhou para a direção do carro de Abby.

― Nossa ela veio. Isso vai ser interessante. Diz um Andrew drogado

― Pra você, só se for. Retruca Nicky

― É para mim, é claro. Responde o loiro saindo do carro

Neil seguiu o goleiro até o estádio, em passos apressados, entrou no vestiário. A primeira vista Allison parecia impecável, mas quem olhasse direito perceberia que ela estava cansada.

Andrew ignorou a mulher em favor de se sentar, Kevin congelou ao vê-la, Nicky foi até a loira.

― Ela é mais forte do que qualquer um de nós. Comenta Ethan aparecendo do nada ao lado de Neil

Seus olhos se encontraram por um instante, antes que o outro desviasse.

― Ei. Há algo que possamos fazer? Pergunta Nicky suavemente

Allison apertou os lábios e não respondeu. Os outros companheiros de equipe chegaram, Dan e Renee se sentaram ao lado da loira. Nicky se levantou deixando a mulher nas mãos das amigas.

Neil se perguntou se a loira realmente poderia jogar. Mas se não eles provavelmente perderiam para Belmont.

Wymarck apareceu no salão.

― Pode ir na frente, Allison. Nicky levará suas coisas. Fala o homem

Nicky pareceu querer protestar, Allison se levantou e saiu.

― Ela não deveria está aqui. Não é um  bom momento. Fala Nicky

― Ela escolheu isso. Retruca o treinador

― Não é uma boa ideia. Diz o defensor lançando um olhar preocupado

― Relaxa, Nicky. Ela vai jogar. Diz Andrew rindo

Todos pareciam surpresos com a afirmação, mas o loiro não se preocupa com isso.

― Temos que ficar de olho nos dois viciados aqui. Continua o goleiro gesticulando para Kevin e Neil

― Bem, eu e Dan passamos a semana inteira descobrindo uma maneira de melhorar nosso ataque. E como nenhum de vocês joga partidas inteiras. A solução que achamos não e bonita. Diz Wymarck fazendo uma pausa. ― Renee jogará como defensora, até acharmos uma maneira melhor.

― Isso é uma piada, né? Questiona Nicky indignado

― Só há Dan no ataque para substituição, e não sabemos se Allison vai sair em algum momento. Responde Renee

― Não é isso, é que bem... Quem será o goleiro no segundo tempo? Questiona Nicky

Wymarck olha para Andrew. O loiro olha ao redor como se esperasse que outro goleiro se materializasse.

― Treinador, você sabe os riscos disso. Retruca o loiro

― Eu sei, estou apostando em você. Responde o treinador

― Isso significa? Indaga Andrew

― Temos um acordo. Responde o homem

― Por quanto tempo terei que fazer isso? Pergunta o loiro

― O quanto você puder. Então está nessa ou não? Questiona Wymarck

― Vamos ver. Responde o goleiro rindo

― Certo. Alguma dúvida? Fala o mais velho

― Treinador, isso é uma loucura. Insiste Nicky

― Quando não é? Questiona o treinador.― Agora movam-se. Matt você me ajuda com os equipamentos. Bora! Bora!

Todos se movem, encontrando seus equipamentos. Tudo seria tranquilo,se Andrew não tivesse abrindo e fechando o seu armário. Kevin impediu o loiro de fazer novamente.

― Você não vai durar o jogo inteiro sem seus remédios. Diz o atacante

Neil sabia que não, e se encontrou preocupado. Pois isso poderia custar o jogo deles.

― Provavelmente não. Responde Andrew. ― Mas vou dar um jeito.

― Ele já fez isso antes. Comenta Matt

― Sim. Outubro passado. Quando o CRE começou a pressionar a gente pelo resultado. Andrew fez um milagre. Completou Nicky

Kevin parecia irritado com a situação.

― Então você vai fazer, porque o treinador pediu. Disse Kevin entre dentes

― Cuidado, Kevin. Seus ciúmes tão aparecendo. Comenta Andrew

― Você me disse não por meses. E bastou o treinador pedir para você dizer sim. Por quê? Questiona o moreno

― Simples. É divertido dizwr não a você. Estou me divertindo, você não? Disse o loiro se aproximando do atacante

Kevin empurrou Andrew contra o armário, este sorriu como se fosse algo engraçado. Uma mancha de sangue na camisa do atacante fez as Raposas perceberem que o loiro havia sacado a faca. Kevin por sua vez recuou.

― Kevin você está bem? Questiona Matt

― Tudo bem. Diz Kevin verificando

Não foi nada realmente grave, Andrew se aproximou de Kevin apontando a faca para o peito do moreno, este o encarou. Matt se aproxima para intervir, mas o atacante fez menção para que este se afastasse.

― Ah, Kevin tão previsível. Você teria maus sucesso se pedisse coisas que pode ganhar. Fala Andrew

― Eu posso ganhar. Você só é idiota demais para admitir. Retruca Kevin rouco

― Vamos ver. Mas não vá chorar quando falhar. Responde o goleiro se afastando e saindo

― Sério? Cara eu achei que você tivesse desistido. Você sabe que não pode ganhar. Comenta Nicky

Kevin não respondeu, tratou dw arrumar suas coisas. Nicky partiu para o ônibus. Matt esperou até Kevin sair para se virar para Neil.

― Essa noite vai ser incrível. Comenta ele seco

― Você quis dizer "horrível". Responde Neil ao terminar de arrumar seus equipamentos

― É só não pensar sobre isso. Teremos que lidar com isso mais tarde de qualquer maneira. Diz Matt

― Matt, deixa que eu ajudo o treinador com as raquetes. Tem algo que quero perguntar. Fala o mais baixo

― Certo. Então eu levo sua mochila para o ônibus. Responde o defensor

Neil entrega a sua mochila, e vai ao encontro de Wymarck que verificava as raquetes. Apesar de perceber a presença do garoto, o treinador resolve não comentar.

― Não achava que Andrew era alguém que se pode comprar. Comenta Neil

― E não é. Responde Wymarck. ― Ele faria isso sem algo em troca se eu pedisse. Isso é mais uma recompensa do que ele terá que passar.

― Você é importante para ele? Questiona o atacante

― Não sou. Retruca o homem

― Então. Por quê? Indaga o jovem

― Temos um acordo. Responde Wymarck. ― Não me envolvo nos assuntos dele fora da quadra.

Neil olhou para ele esperando mais respostas, mais nenhuma veio. Ele sabia que o treinador entendia, apesar de não saber o que estava por trás de suas Raposas.

― Andrew sabe disso? Questiona Neil

― Ele sabe. Responde o homem

Neil achava curioso a forma como Andrew sempre cumpria com seus acordos.

― É por respeito ou bom senso? Questiona o atacante

― Vamos dizer que é o último. Responde Wymarck.― Andrew gosta de mim tanto quanto você. Agora vamos.

Neil ajudou Wymarck com os carrinhos. No ônibus Neil percebeu que o grupo de Andrew estava separado, com Andrew atrás, Kevin a sua frente, um espaço possivelmente para Neil, e Nicky logo a sua frente.

― Achei que tinha se perdido. Comenta Nicky

― Não. Estava apenas verificando algo. Responde Neil

Logo o ônibus partiu para Belmont. Nicky distraiu o atacante durante toda viagem.

Abby estava ao volante para que Wymarck podesse descansar dormir, já que ele assumiria o caminho de volta para o Campus depois do jogo. Deixaram o ônibus em um estacionamento sendo vigiado.

Neil se trocou na cabine apertada, o uniforme para jogos de fora era branco com letras laranjas. Era menos chamativo. Como ele não precisava se esconder para vestir o resto do uniforme, o jovem saiu da cabine, e teve um vislumbre do banheiro que não havia separações.

Neil focou em passar o jogo e depois se preocupar com isso. Terminou de se vestir. Wymarck esperava no salão principal. O atacante ficou nervoso ao ver Allison, a culpa novamente aparecendo.

― Até quando vai ficar assim? Questiona Andrew no fim da fila

― Por que não fica quieto? Diz Neil entre dentes

― Não posso, tenho uma personalidade ruim. Responde o loiro

Neil chega ao estádio se perguntando onde estavam os torcedores das Raposas.

As Raposas pegaram suas raquetes Neil segue Kevin.

― Algum conselho para me dar? Questiona ele

― Mantenha a bola em movimento e evite fazer um gol nos primeiros vinte minutos. Responde Kevin

― Beleza. Você acha que Andrew vai tomar o remédio no intervalo? Questiona o mais novo

― Não. Mas isso não tem haver com a gente. Responde o atacante amargo

Andrew parecia bem por enquanto do outro lado da quadra, mas logo não estaria.

― Raposas. Aqui. Chama Wymarck

Logo Neil viu os torcedores das Raposas, assim como Rocky Raposão, e as líderes de torcida.

― Daqui a dez minutos iremos iniciar o aquecimento. Nem pensem em arranjar brigas, senão vou deixá-los para trás. Afirma o treinador

Neil deu algumas voltas com Kevin a seus calcanhares. As Raposas se aqueceram. Quando foram chamados para quadra, Neil teria Herrera como marcador, um defensor das Tartarugas, um homem alto e forte, o atacante das Raposas teria que compensar essa diferença com velocidade. Andrew foi o último a entrar na quadra sua postura era despreocupada, o loiro parou ao lado de Allison e disse algo para a mulher, indo para o seu lugar.

O jogo começou com saque de Allison para Andrew que mandou a bola para longe. A partida começou violenta, e prosseguiu assim. Neil se sentia mal em segura-se, pois a sensação de marcar um gol era maravilhosa. Mas em meio a isso percebera o quanto a sua precisão de seus arremessos haviam melhorado. Quando Kevin foi substituído passou pelo atacante.

― Acabe com eles. Ordena o moreno

― Pode deixar. Diz Neil empolgado

Logo as buzinas soaram e a partida retornou, Renee passou a bola para Andrew, repetindo a jogada de Allison. O goleiro rebateu com a mesma violência. Herrera pegou a bola e passou para frente. Neil atrasou Herrera para dar uma oportunidade para as Raposas. Matt foi quem interceptou a bola e a jogou para Andrew, que mandou a bola para perto do atacante que se moveu para pegá-la. Herrera estava a seus calcanhares, então assim Neil conseguiu pegar a bola mandou-a para frente. E tropeço sendo atropelado pelo defensor, seu ombro queimando de dor pelo impacto.

Neil se levantou, pegando a bola e disparou em direção ao gol pontuando. Dan comemorou abraçando-o, a buzina soou e Herrera foi substituído.

― Isso foi ótimo. Mas não faça mais, nós não temos como substituí-lo. Diz a capitã

― Sim. Dan. Responde ele

― Ótimo. Agora vamos com tudo. Diz a mulher

Falar era fácil, e com muito esforço foram bem até o intervalo. As pernas de Neil estavam queimando, e seus ombros estavam o matando.

A atenção do atacante foi tomada por Andrew que estava mal com a abstinência. Neil achava que nada sobre o goleiro batia, e isso deixava o garoto curioso. O loiro parecia distante.

― Para com isso. Diz Neil sem perceber

A conversa das Raposas cessaram, e eles olhavam para Andrew e Neil curioso.

― Não estou fazendo nada. Responde o loiro entediado

Era isso que incomodava, Nicky preencheu o silêncio.

― Estamos indo bem.

― Não, isso está errado. Se continuarmos com essa estratégia iremos perder. Temos desvantagem em número. Diz Wymarck

― Sim. Você tem razão. Teremos que trabalhar isso. Diz Dan

Wymarck assente e olha para Andrew.

― Andrew?

― Aqui. Responde o loiro

― Vamos. Alonguem-se. Abby? Chama o treinador

― Estou indo. Diz Abby servindo água e energético para todos, parando ao lado de Neil. ― Como você está?

― Estou bem. Responde Neil

― Obrigado, Neil. Acabei de ganhar dez dólares com essa frase. Nicky comemora

― Quem diabos apostou com você? Questiona Matt

― A sempre um otário. Responde Nicky apontando para Kevin

O moreno parecia irritado, não por perder, mas pela imprudência de Neil.

― Porra Neil. Você é idiota? Lesões não são brincadeira. Minta de novo sobre sua saúde,e eu acabo com você. Entendeu? Fala Kevin

― Entendi. Diz Neil a contragosto

― Vou pergunta de novo. Como você está? Diz Abby

― Est... Dói um pouco, mas eu consigo continuar. Responde Neil

Wymarck repassou as jogadas, e as escalações do segundo tempo. Logo a buzina soou, eles voltaram para linha técnica. As Raposas fizeram uma fila para entrar na quadra. Neil ficou no banco perto de Matt e Renee.

― Por que Andrew faz isso? Ele não se importa com Exy, então qual sentido? Questiona o atacante

― Você gostaria de estar sempre drogado? Indaga Matt

― Tipo ele passa mal e fica desligado. Então, vale a pena? Comenta Neil

― Quem sabe. Veja por você mesmo. Diz Renee

O jogo começou com as Tartarugas arremessando, passando ao lado do gol.

Andrew rebateu a bola. O armador pegou a bola e Allison se chocou com ele, fazendo-o tropeçar e perder a posse da bola, Allison a mandou para frente.

Neil viu seus companheiros de equipe lutarem com unhas e dentes. Wymarck enfim mandou Neil para quadra. Apesar de ser o jogador menos experiente era também o mais rápido e jogava sempre como se sua vida.

Neil não achou para o placar, focando no jogo. Quando faltava um minuto pro fim do jogo. Kevin os colocou em vantagem, foi uma pressão enorme para ambas as equipes. Faltava oito segundos para o fim, quando um dos atacantes das Tartarugas lançou uma bola ao gol, era perto de mais para Andrew defender.

O estalo da raquete fez percorrer um arrepio na espinha de Neil, quando Andrew defendeu o chute, e jogou a bola para longe do gol.

A buzina denúncia o fim do jogo, com a vitória das Raposas. Neil olhou para o placar sem acreditar. O atacante virou para ver Kevin que atravessava a quadra sm direção a Andrew que estava ajoelhado no gol com a raquete no colo.

Neil correu até o gol, Andrew e Kevin pareciam ter uma conversa silenciosa. Andrew cerrava os dentes e respirava com dificuldade. Kevin inspecionou a raquete, com um pouco de pressão esta quebrou, exibindo uma enorme rachadura.

O restante do time apareceu para comemorar. Matt parecia extremamente feliz.

― É assim que se faz, Raposas! Diz o defensor

Andrew largou a raquete e tentou se levantar, mas não conseguia ficar de pé. Nicky segurou o loiro, apoiando o peso do goleiro.

― Essa temporada é nossa! Diz Nicky

― Quase perdemos. Comenta Kevin se levantando

― Calado. Guarde sua reclamação para depois. Reclama Nicky

― Fala sério. O que custa se animar um pouco? Diz Matt

Matt se vira para Allison que já estava arrumada e tomada banho.

― Você é incrível. Diz o defensor

― Vamos oferecer nossas condolências e ir embora. Fala Dan

O time cumprimentou as Tartarugas, e foram até Wymarck, com Andrew indo para o vestiário.

― Parabéns. Agora decidam quem enfrentar a imprensa. Os demais vão tomar banho vocês fedem. Diz Wymarck

― Eu e Renee cuidamos disso. Responde Dan. ― Neil pode usar o chuveiro feminino enquanto isso.

― Quê? Pergunta Neil confuso

― Os chuveiros não tem divisórias aqui. Explica matt

Neil sabia disso, mas não achou que seus companheiros se importassem.

― Sério mesmo? Diz Neil

― Pare com isso, garoto. Por que você sempre parece surpreso quando fazemos gentilezas? Comenta Nicky

― Sim. Neil. Só não use toda água quente. Diz Dan

Ela, Renee e Wymarck foram dar entrevista. Neil tomou um banho rápido, se secou e vestiu suas roupas largas.

Neil passou perto das garotas para que vissem que ele havia terminado. O atacante viu a porta da enfermaria entreaberta, e encontrou Wymarck e Andrew ali. O loiro estava sentado, o frasco de remédio ao seu lado e segurava uma garrafa de Johnnie Walker Blue.

― Se quiser ir pro ônibus, pode ir. Abby e Allison já estão lá. Avisa Wymarck

Neil se sentou, e olhou para os outros dois.

― Por que você pagou as portas do nosso chuveiro, treinador? Indaga Neil

― Achei que alguém precisaria. Responde Wymarck dando de ombros

― Neil é uma tragédia ambulante. Fala Andrew

― Você também é. Fala o treinador amargo

Andrew rir.

― E verdade. E isso me lembra que vou ficar com você nesse fim de semana. Fala o loiro

― Não te convidei. Diz Wymarck calmo

― Não quero lidar com Kevin. Ou vou esfaqueá-lo. Responde o goleiro

― Meu deus, Andrew. Diz Wymarck

― Já vou, Treinador. Responde Andrew

Andrew foi até a porta, parando quando Neil colocou a mão para impedir.

― Como sabia onde a bola iria? Questiona Neil

― O treinador disse algo sobre isso. Responde o loiro

Neil ficou surpreso com a afirmação e a capacidade do outro de lembra de algo assim. Andrew saiu.

― Achei que ele não se importasse. Mas ele não teria salvado nossa pele, se não se importasse. Né? Comenta o atacante

― Se algum dia descobrir a resposta, me conta. Responde Wymarck

Logo as Raposas estavam no ônibus voltando para Palmetto States. Neil estava feliz pela primeira vez em seis anos.

Notes:

N.A: Pode ser que haja um pequeno atraso para lançar o próximo capítulo pois estou entrando em período de prova.

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha.Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!

Chapter 30: Você é como um alvo de tiro!!!

Summary:

Andrew se perguntou como Kevin sobreviveu no ninho todo esse tempo com os Corvos, sendo inimigo de acordar cedo, provavelmente acordava com um balde de água gelada todo dia? Madrugada?

Notes:

N.A: bom dia/ boa tarde e boa noite!!! Demoramos, mas chegamos... Aeeee
POV de Andrew sobre a entrevista!!!

T.W: violência verbal e física
Uso de drogas
Menção a ataque de Pânico

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

O primeiro jogo do campeonato foi brutal para os foxes, os Chacais esmagaram as Raposas. No sábado Neil ia ser apresentado para o mundo ideia de Kevin. Andrew e Nicky tiveram que se certificar de que o atacante estaria acordado e no ônibus no dia seguinte, seu primo comprou uma corneta para esse serviço, foi satisfatório ver Kevin irritado. Se alguém dissesse que Andrew sorriu sem os remédios, ele diria que foi alucinação dessa pessoa.

Todos estavam arrumados no sábado, Wymarck foi acordar-los.

― Como eles te acordaram? Pergunta Wymarck a Kevin

― Não me deixaram dormir. Resmuga o moreno

― Inteligente. Fala o treinador

Andrew entrou no ônibus e adormeceu com embalo. Acordou sobressaltado com o toque de algo.

― Devolva. Ordena Wymarck

O loiro pegou o objeto do chão, uma carteira e a entregou ao treinador, que foi até Kevin que estava dormindo pesadamente. Wymarck o cutucou com o sapato.

― Levante. Levanta essa bunda e se mexa! Diz o treinador em voz alta

Kevin tenta afastar o homem para voltar a dormir.

Andrew se perguntou como Kevin sobreviveu no ninho todo esse tempo com os Corvos, sendo inimigo de acordar cedo, provavelmente acordava com um balde de água gelada todo dia? Madrugada?

O treinador puxa o braço do moreno fazendo-o sentar.

― Te odeio. Diz Kevin miseravelmente

― Quem disse que eu me importo. Que grande ideia. Retruca Wymarck

Andrew o ignora e olha para o lado de fora, eles estavam em frente a um posto de gasolina com uma lanchonete.

― Chegamos? Pergunta o loiro por puro despeito

― Perto suficiente. Responde o treinador

Kevin adormeceu novamente, e o treinador obrigou o jovem a dar voltas no ônibus para despertar.

― Bom dia flor do dia. Zomba Matt

― Foda-se. Xinga Kevin

― Que bom, você é uma pessoa matutina. Diz Dan

― Foda-se você também. Diz ele

Os tremores e a náusea estavam deixando o loiro tonto.

― Kevin. Chama o goleiro

O moreno atravessou o ônibus e entregou os remédios para Andrew, que os bebeu em seco. Quando finalmente Abby e Renee chegaram com café da manhã, o medicamento já havia atingido o sistema de Andrew que decidiu que a tampa do copo era um ótimo brinquedo,e ficou abrindo e fechando-a. O primeiro gole da bebida tinha gosto de papelão vencido, não que o loiro tenha provado isso, mas ele tem certeza que o gosto era horrível. O goleiro deixou de lado a bebida e pegou os donuts que tinha um gosto mais aceitável.

Demorou quinze minutos para chegarem ao edifício do programa de Kathy Fernandi. A apresentadora pareceu feliz em ver Kevin. Andrew não gostou dela, ela parecia aquele tipo de gente que chutava mendigo.

― Kevin. Já faz tempo. Estou feliz que tenha aceitado. Diz a mulher

― É bom vê-la novamente. Diz Kevin com um sorriso

Andrew sentiu vontade de arrancar aquele sorriso falso do moreno, não era real. Era treinado, parecia natural mas era forçado. Dan fingiu desmaiar.

― Vocês foram incríveis. Kevin tem um toque mágico. A equipe melhorou desde que ele se juntou a vocês. Disse ela a equipe

Teoricamente as Raposas continuavam do mesmo jeito, mas ninguém dava a mínima para eles até a transferência de Kevin.

― Eles já estavam no caminho. Fala Kevin

Acredite ou não, Andrew sabia que aquelas palavras eram verdadeiras, Kevin admirava as Raposas apesar de normalmente humilhar-los.

― Claro. Concorda Kathy falsamente. ― Neil Josten, bom dia. Gostou das boas notícias? Você é um dos nomes mais procurados do Exy, logo atrás de Riko e Kevin. Como se sente?

Os olhos de Neil escureceram.

― Não precisava saber. Diz Neil

― Você disse a ele, que também estará no meu programa? Pergunta ela a Kevin

Andrew imaginava que o moreno nem se deu ao trabalho de avisar o pobre coelho que parecia está a um segundo de fugir. Corvade.

― Estavamos curiosos sobre você, o garoto que chamou a atenção do ex-campeão. Continua a mulher sem se importar com o desconforto do outro

― Não. Eu recuso. Fala Neil entediado

A mulher olhou para o outro com desgosto.

― Vamos pense na sua carreira. Seus fãs estão famintos por respostas. Retruca ela

― Eu não tenho fãs. Retruca o atacante

Isso não é mentira... Percebe Andrew

― Ele vai. Responde Kevin

Ah Kevin... Sempre um doce. Cantarola o loiro drogado

Os dois atacantes começam a falar em francês, pela cara de cachorro chutado e irritado de Neil, Kevin havia vencido a discussão.

― Está resolvido. Fala Kevin

― Perfeito. Fala a mulher

Andrew e os outros foram direcionados as arquibancadas do palco.

― Isso não é legal? Nossa mini Raposa vai se apresentar. Fala Nicky muito feliz para um sábado de manhã

― Qual as chances dele fugir antes de começar? Pergunta Andrew com uma alegria forçada pelo medicamento

Seu primo rir.

― Ei vocês dois. Tentem não causar encrenca. Fala Wymarck

― Sim, sim treinador. Cantarola o loiro

― Não é como se fossemos tacar fogo no estúdio? Retruca o defensor

― Eu poderia. Responde Andrew

Nicky riu com humor, e o treinador balançou a cabeça e suspirou pesadamente. Andrew observava o correria dos funcionários no palco fazendo os últimos ajustes. Ele e seu primo riram quando um dos homens tropeçou e caiu.

Logo Kathy estava no palco, começando a apresentar. Andrew se desligou até a mulher dizer o nome de Kevin. A plateia explodiu enquanto o homem elegantemente atravessava o palco com seu sorriso público.

― Kevin não acredito que você realmente está aqui. Acho exagero quando digo que é surreal vê-lo sozinho! Sabe é meio difícil para nós. Diz Kathy

Andrew entendeu a insinuação do comentário da mulher e desejou que ela tropeçasse, caísse do palco e quebrasse o tornozelo.

― Mais espaço. Brinca Kevin

― Vamos falar da noite passada. É bom finalmente vêemos você, mesmo que seja de laranja. Sem ofensa, mas por que Palmetto States? Mesmo que tenha começado como treinador assistente, mas por que ficou com as Raposas quando descobriu que poderia jogar? Pergunta a mulher

Pergunta interessante. Pensa Andrew

O loiro sabia que Kevin optou pelas Raposas, pois elas respeitavam seus limites, e Wymarck nunca recusa um jovem com problemas. Que ali, ninguém cederia a Tetsuji por causa de seu nome, eles não davam a mínima para histórico da pessoa. Neil e o próprio loiro era o exemplo.

― Treinador Wymarck era amigo da minha mãe, e mesmo depois que ela morreu, ele manteve contato. Disse Kevin

O goleiro tinha conhecimento de que havia uma época em que o atacante tentou afastar o treinador ao máximo, a ponto de quase cortar contato.

― Em dezembro quando achei que tinha perdido a esperança, o treinador e sua equipe me receberam sem hesitar. É bom trabalhar com eles. Continua o moreno olhando para sua mão

Andrew podia aponta alguns erros naquela afirmação, afinal teoricamente ele e Seth não gostaram de sua transferência, por motivos diferentes.

― Admito que esperava que você voltasse. Mas de qualquer modo é bom ver em ação novamente. Você merece uma salva de palmas.  Diz a apresentadora e público fez. ― Que pena que vocês cairam contra os Breckenridge. Você marcou três pontos, Seth e o novato empataram fazendo dois pontos. Que tal falarmos de Neil Josten?

― Claro. Responde o moreno

― Quero saber, por que recrutaram alguém tão inexperiente como Neil? Comenta Kathy

― Neil tem garra apesar de sua inexperiência, e é isso que o faz perfeito para as Raposas nesse momento. Comenta Kevin

Dois viciados... Pensa o loiro

― Você fizeram muito por ele, se recusando até mesmo a divulgar seu nome, é verdade? Pergunta ela curiosa

― A segurança de Neil era prioridade. A primavera foi difícil, e ficamos preocupados com ele. O CRE não aceitou de início, mas acabaram cedendo. Fala o moreno

A mulher faz uma pausa.

― Por que não damos uma olhada nele? Indaga a apresentadora. ― Vamos ver o garoto que substituiu Riko Moriyama ao lado de Kevin. Apresento Neil Josten, o mais novo membro das Raposas.

Andrew teve a vontade arrancar os cabelos dela por causa daquelas palavras, os fãs dos Corvos eram sempre sem noção. Neil subiu no palco e sentou ao lado de Kevin.

― Que bela imagem, Kevin tem um par. Comenta Kathy. ― Neil não exagerei quando disse que era uma sensação. Você, um amador que chamou atenção do príncipe do Exy. Como a Dama e o Vagabundo, como se sente?

― Nunca imaginei que estaria aqui, achei que Millport era minha única chance, Kevin era última pessoa que eu esperava ver. Fala Neil

Aquela era uma verdade, Neil se apegava a Kevin como uma tábua de salvação.

― Sorte nossa. Você tem talento. Estaria bem longe se tivesse começado mais cedo. Por que esperou tanto? Indaga a mulher

Coelho medroso. Cantarola sua mente drogada

― Não tinha interesse em esportes. Mas pratiquei para conhecer pessoas. Não imaginei que daria nisso. Comenta o recruta

― Eu tomo seu lugar. Não me incomodo em ficar perto de Kevin. Diz Kathy piscando

Nojenta... Pensa Andrew

Kathy tinha idade para ser mãe de Kevin, e mesma assim...

― Você realmente quer ficar no meio dos atacantes? Questiona Kevin

― Bem, me pareceu que você e Seth tem alguns problemas. Ao contrário de vocês. Comenta ela

― É difícil mudar um jogo quando está formado, mas Neil por outro lado está apenas começando e dar para moldar-lo. Explica o moreno

― Isso quer dizer que você não pretende voltar para Edgar Allen? Ou você continuara em Palmetto States? Pergunta Kathy

Ah como Andrew queria arrancar aqueles dentes de porcelana do rosto dela.

― Ficarei até quando o treinador me quiser. Responde Kevin se recuperando

― Os Corvos ficaram tristes. Riko deve sentir sua falta. Lamenta a mulher

Andrew queria que aquelas luminárias todas caíssem sobre a cabeça dela, para que deixasse de ser estúpida.

― Nos veremos no outono. Diz o moreno

― É verdade, estão no mesmo distrito agora. Qual o motivo dessa grande mudança? Pergunta a mulher

― Prefiro não comentar. Diz Kevin

― Não te contaram? Pergunta Kathy surpresa

― Estamos ocupados. É difícil manter contato. Explica o moreno

― Se é assim. Eu tenho uma surpresa para você. Disse ela

A música que começou a tocar no alto-falante era familiar.

― Rei! Rei! Rei! Gritava a multidão

O loiro se recusou a acreditar até ver Riko Moriyama a alguns metros de distância de Kevin, sorrindo. Andrew se levanta, mas Renee é mais rápido, e pula no colo dele o fazendo sentar e joga seu peso contra o dele, Matt segura seu pulso e Wymarck pega o outro. Andrew tem uma promessa a cumprir e tenta se livrar do aperto.

― Não. Dis Renee indiferente. ― Muitas testemunhas

Ninguém ouviu, afinal ela disse isso seu ouvido.

― Podem soltá-lo gente. Diz ela sem se mover

Os dois homens soltam o loiro, e Renee se levanta. As Raposas perderam um pedaço da conversa.

― Um milagre mesmo. Veja a dupla de ouro está de volta, mas desta vez como rivais. Riko e Kevin agradeço por aturarem nosso fanatismo. Diz Kathy

Andrew vai matar ela, seus funcionários, e Riko.

O loiro achou que não havia perigos em levar Kevin aquele lugar, mas a víbora deu um jeito de sabotar aquilo. Andrew observou um Kevin pálido a beira de um surto, e ele? Não podia fazer nada além de olhar aquele show de horrores do circo, onde a atração principal era o palhaço do Moriyama.

― Pelo que Kevin disse, vocês não se falam há algum tempo. Certo? Pergunta ela ao Riko

― Exato. Você parce surpresa. Responde o Corvo

― Achei que fosse impossível separá-los. Responde a apresentadora

― Dezembro foi um desastre emocional para nós, depois que Kevin se lesionou foi difícil lidar com essa realidade. Que tudo que construímos fosse por água abaixo. Nem ele mesmo poderia. Explica Riko

Andrew ficou impressionado e enojado com a facilidade com que aquele homem mentia, sua obsessão por Kevin era tão doentia.

― Por nove meses? Pergunta Kathy

― Fo inevitável, exy era o centro do nossas vidas. Sempre demos nosso melhor, mas não o que custava. Responde Kevin aborrecido

― Deve ter sido ruim toda a pressão. Comenta a mulher

― Somos humanos, por isso não podemos deixar de ter nossa diferenças, certo Kevin? Indaga o Corvo

― Nenhuma família é perfeita. Acrescenta Kevin

― Bem tememos quando vocês sumiram. Não sabíamos que o pior realmente aconteceu, até o pronunciamento de Wymarck. Disse Kathy

― Pior foi perder tudo de uma vez. Quando assinamos com a seleção nacional só faltava um sonho a realizar,a recompensa pelo nosso esforço. E então Kevin se lesionou. Fala Riko

Andrew levou a mão a braçadeira, o peso e contorno das facas era reconfortante, mantinha ancorado e sob controle. O loiro podia ver pela visão periférica, a máscara da boa Renee cair e estampar um rosto indiferente.

― Tudo mudou. Era difícil aceitar os fatos, era mais fácil ir embora. Disse Kevin muito baixo

― Sinto muito. Diz a apresentadora, e se vira para Riko. ― Veja ele agora. Ele se reergueu, chegando longe esse ano?

― Não sei. Como irmão e melhor amigo. Me preocupo de que Kevin possa se machucar novamente. Será que se recuperaria emocionalmente e psicologicamente de novo? Ameaça o Corvo

A mão de Renee apertou a de Andrew fortemente, era um limite. Uma forma de impedir que o loiro se levantasse.

Andrew sabia como Riko ainda estava nos pesadelos do atacante, pois ele estava no dormitório toda vez que outro acordava ofegante, quando achava que a foxtower era o ninho, ou quando o moreno olhava ao redor em busca de alguém, e se encolhia e chorava.

― Nossa achei que você apoiaria, sabe? Melhor amigo. Acredita no potencial dele era o mínimo que você poderia fazer já que o abandonou. Acusa Neil

Andrew ficou surpreso com a reação de Neil, o garoto quieto que parecia sempre querer fugir. Agora tinha um brilho perigoso nos olhos.

― Ah, me desculpe. Disse Kathy. ― Riko este é Neil, Neil este é Riko. O passado e o presente de Kevin, ou devo dizer o passado e o futuro?

― Respondendo sua acusação, não espero que alguém entenda meu relacionamento com Kevin, é único. Diz Riko

― Era único. Tenho certeza de que tudo acabou quando ele não conseguiu continuar na sua equipe. Retruca o recruta

Ninguém teria coragem de fazer tal insinuação sobre um Moriyama em rede de Televisão ou qualquer outro local que chegaria ao público. Porém Neil Josten que aparentemente tem um problema com os Moriyamas fez. Andrew se perguntou o que havia de errado com o garoto, possivelmente suicida.

― Foi escolha dele. Ficamos tristes por sua ausência, mas felizes pela sua posição de treinador. Fala o Corvo

― Mas não por ter voltado a jogar. Não foi por isso que se transfiriram? Vocês não querem que Kevin jogue de novo,e querem destruí-lo. Você não o quer nos holofotes,e fará com que ele veja sua equipe vencendo novamente. E jogar na cara dele tudo que perdeu enquanto se diverte. Afirma o recruta

― Vou pedir para que diminua seu tom. Avisa Riko

― Não posso. Tenho um probleminha de comportamento. Fala Neil

O efeito das drogas fez Andrew rir dessas palavras

―Probleminha? Indaga o Corvo com um sorriso frio

― Bem, Neil disse algo que eu gostaria de ressaltar. A mudança de distrito, apesar de seu treinador e o CRE terem bons motivos, não acho que a teoria de Neil esteja tão errada com relação a Kevin. Interrompe a apresentadora

― Kevin teve um pequeno papel, mas não tem nada haver com as teorias desse moleque. Não queriamos aceitar mas estamos aqui para inspirar o Sul a trabalhar melhor. Explica Riko

Ah claro... Zomba Andrew

― Querem fazer pelo Sul o que Kevin está fazendo pelas Raposa. Conclui Kathy

― Sim, mas será mais fácil se Kevin estiver conosco. Fala Riko

Andrew se ver tenso com essa palavra, porque Kevin fez dos Corvos a sua vida e as chances do outro aceitar a oferta era grande.

― O quê? Indaga a mulher

― Kevin não vai e não pode jogar conosco. Ele sabe disso e por isso não retornou, pois não queria ser nossa ruína. Mas não significa que ele não poe voltar para nós. Gostaríamos que voltasse como um de nossos treinadores. Explica Riko

Ora ora o reizinho tá com medo de perder seu império de cartas? Medo de perder para um Kevin destro? Zomba Andrew mentalmente

― Escolha difícil, Kevin. Ambas são ofertas tentadoras. Apesar de adorar vê-lo crescer com as Raposas, ver você longe de Evermore me parte o coração. Comenta a apresentadora

― Quer mesmo que ele volte? Não acredito. Fala Neil

― Isso não é da sua conta. Retruca Riko

― Pare de ser egoísta. Kevin sempre quis ser o melhor na quadra, você não tem direito de tirar isso dele. Quer que ele se conforme com menos? As Raposas estão dando a oportunidade de jogar, enquanto vocês oferecem o banco. Ele não tem motivos para aceitar. Retruca o recruta todos surpresos com suas palavras

Ah Coelho. Você está jogando um jogo muito perigoso...

― Palmetto é um desperdício de talento. Retruca o Corvo

― Não tanto quanto a Edgar Allen. Sua equipe está no topo? Grande coisa, parabéns. Diz Neil batendo palmas para enfatizar.― É mais fácil continuar no topo do que começar do zero, como Kevin. Você não faria nem metade do que ele está fazendo. Kevin vai chegar ao topo e vai ser melhor que você. Sabe por quê? Não é apenas talento, ele se esforça. Mesmo estando em menor número não desistirmos. E sim nos esforçamos.

― Vocês perderam ontem. Vocês ainda são piadas. Não sabem nem trabalhar em equipe. Diz Riko

― Sorte sua. Pois se fizéssemos, vocês já seriam derrubados há muito tempo. Insinua Neil

― Sua arrogância é um insulto para nós da primeira divisão. Afinal Palmetto só está na primeira linha por causa do seu treinador. Retruca o Corvo

― Não foi assim que a Edgar Allen se classificou? Questiona o recruta

― Nós temos prestígio, enquanto vocês só piedade e desprezo. Um amador como você não deveria dar palpite. Diz Riko

― Vou dar mais um. Você quer que Kevin fique no banco não por causa de sua saúde, mas sim porque tem medo dos outros verem quem é o melhor. Comenta Neil gesticulando para a tatuagem no rosto

A plateia pareceu chocada, Dan passou a mão no rosto.

― Eu não sou pago pra isso. Fala Wymarck apertando a ponta do nariz

― Porra! Exclama Matt

― Ele é uma Raposa. Diz Nicky. ― Tem uma língua afida como todos nós, mas acho que não pensa antes de falar.

― Eu não tenho medo do Kevin. Eu conheço ele. Fala Riko com um sorriso perigoso

― Você vai engasgar com suas palavras, e espero que vá seu orgulho de sobremesa. Diz o recruta

― Isso é desafio. Estou contando os segundos. Então Kevin laranja ou preto? Qual a cor do seu futuro? Fala Kathy

― Já disse, ficarei em Palmetto por quanto tempo for. Diz Kevin apertando o braço de Neil

Com isso ela chamou os intervalos, Kevin parecia pálido e pequeno ali naquele sofá. Andrew queria sair dali o mais rápido possível.

― Vamos, garoto. Fala Nicky se levantando

As Raposas saem por um caminho diferente de Kevin e Neil, os dois desaparecem. Andrew vai atrás dos dois, encontrando os atacantes no meio do caminho. No corredor Riko tocava a lateral do rosto com um olhar assassino.

― Olá Riko, há quanto tempo? Diz Andrew com uma falsa alegria

― Ora se não é o merdinha do goleiro? Que foi Kevin tá se divertindo com você? Diz Riko cuspindo seu veneno

― Ah Riko, cuidado, se eu fosse você não mexeria nas minhas coisas. Eu não compartilho. Avisa o goleiro

― O Minyard virou uma vadia como a mãe? Uma hora você vai cansar deles, e vai atrás de outro. Diz o Corvo passando ao lado do loiro

Andrew foi ao encontro das Raposas.

― Quando disse que cuidariamos de você, não significa que podia brigar com Riko na Tv. Deveria ter deixado isso claro? Adverte o treinador

― Sim. Retruca Neil

― Tudo bem, treinador. Disse Andrew se aproximando

Ao toque dos dedos do loiro, Neil ficou enrijeceu, seus músculos tensos sub as camadas de camisa. Se afastando o goleiro foi até Kevin que parecia mais calmo.

― Vamos Kevin. Vamos sair daqui. Diz o loiro

Kevin suspira trêmulo.

― O treinador te chama de louco, mas sinceramente você é foda. E eu achando que você era tímido. Comenta Matt

Andrew era ciente da boca de sacola de Neil, mas haviam muitas coisas que não faziam sentido naquele homem. Não quando estava fugindo da família de Riko, não quando dizia ter medo de reconhecer-lo

Neil é um mistério que Andrew se via cada dia mais envolvido, parecia uma armadilha, na qual o loiro sabia que iria cair e mesmo assim fez.

Quando finalmente chegaram ao dormitório.

― Ei. Vamos almoçar juntos como uma equipe. Sugere Dan

― Não. Responde Andrew puxando Kevin consigo

Ao fechar a porta da suíte, Kevin se sentou no chão, e colocou as mãos no rosto.

― Estamos ferrados. Diz o atacante

Nicky e Andrew trocam um olhar.

― Sim, estamos. Concorda Nicky

― Ele não vai deixar barato. Acredite em mim quando digo. Fala o mais alto

― Ei. Diz o defensor sua voz suave, a mesma voz usava para acalmar Andrew.― Nós acreditamos em você.

― Josten não deveria ter feito aquilo. É loucura. Lamenta Kevin

― Ele estava tentando te proteger. Fala Nicky

― Não, ele não deveria. Diz o atacante olhando para os dois em desespero. ― Vocês não entendem? Alguém. Alguém pode morrer.

Na última parte a voz do moreno falha, Nicky olha para Andrew em choque.

― Neil vai se tornar alvo dele. Não importa, ele vai desenterrar coisas do fundo do baú. Vai atrás da família dele. Riko não vai deixar barato. Diz Kevin ofegante. ― Eu sei do que ele é capaz. Ele vai se vingar, vai tentar arruinar nossa temporada. Eu... Eu nunca deveria ter vindo para cá. Eu nunca deveria ter voltado a jogar. Eu nunca deveria ter saído do ninho.

Andrew caminhou até o moreno, Nicky se afastou dando espaço para o loiro.

― Chega. Quer piedade? Tá arrependido? Eu não acredito em arrependimento. Riko vai se vingar? Que se foda, estaremos esperando, nada vai mudar, somos Raposas nunca tivemos paz. Diz Andrew. ― Eu te fiz uma promessa. E vou cumprir. Então pare de surtar.

― Você não pode está lá sempre por mim. Você não pode me proteger para sempre. Isso é perigoso. Fala Kevin rouco

― Quando eu faço uma promessa eu cumpro, Kevin. Diz o loiro se levantando

Nicky podia lidar com o moreno agora, Andrew falhou com a promessa dele, ele não estava lá para proteger-lo hoje. Riko ameaçou Kevin e a única coisa que o loiro podia fazer era assitir.

A raiva tomou conta, ele socou a janela, o vidro quebrando. O som de vidro deve ter assustado Nicky, pois este apareceu no quarto.

― Andrew. Disse o moreno suavemente

― Chame Josten. Fala Andrew

― Andrew, a sua mão está sangrando. Diz seu primo preocupado

― Agora Nicky. Vá. Chamar. Josten. Diz o loiro entre dentes

Seu primo saiu obedientemente. O sangue quente e bem vermelho vivo, era uma contradição, afinal ele estava morto. Não demorou muito para Josten aparecer no quarto, o jovem olhou ao redor, seu olhar pousando no loiro e na sua mão ensanguentada.

― Você poderia ter destruído sua mão com isso. Diz Neil

― Um desastre! Onde eu estaria então? Pergunta o loiro rindo

― Fora da equipe. E Kevin? Indaga o recruta

No ninho...

Neil se aproxima ficando em frente ao goleiro.

― Você é uma caixinha de surpresas. Achei que tinha medo de Riko. Mentiu ou mudou de ideia. Espero que seja a última, ou teremos problemas. Retruca o loiro

― Não menti. Não mudei de ideia. Apenas não tive escolha. Responde Neil

Mentiroso...

― Sempre há escolha. Retruca Andrew

― Ele precisava ouvir aquilo. Refuta o recruta

― Você humilhou-o ao vivo. Riko irá se vingar. Como se sente com esse alvo nas costas? Indaga o goleiro

― Familiar. Responde ele honestamente

― Ele vai pesquisar sobre você. Comenta o loiro. ― Riko tem dinheiro e poder, será fácil para ele chegar a verdade.

― Cale a boca. Retruca o atacante

― Vai fugir? Questiona Andrew

― Sim. Responde Neil

Neil se vira para ir embora, mas Andrew agarra a gola da camisa, seus dedos deixando uma marca na nuca do atacante.

― Fugir não vai te salvar dessa vez. É de um Moriyama que estamos falando. Não pode fugir do passado. Seu rosto será reconhecido agora que é um jogador de primeira divisão. Diz Andrew

― Eu tenho que tentar. Retruca o recruta

― Não. Você só acha que tem uma solução. Pensei que não quisesse ir embora. Comenta o goleiro

― Eu não quero. Concorda o atacante

― O que posso fazer para você ficar? Pergunta o loiro

Andrew tinha encontrado alguém interessante pela primeira vez e não abrirá não, não até resolver-lo. Ele tinha uma promessa com kevin, e para manter Kevin no time precisava de Neil, assim como manter Neil no time precisava de Kevin.

― O quê? Questiona o recruta olhando-o

― Não importa o que seja, portanto que fique. Diz o loiro

― Não posso. Responde Neil

― Você pode. Só esta com medo de ver isso. Diz Andrew

Neil parecia confuso.

― Mesmo que ele descubra a verdade, ele não pode chegar a família principal. Deixe Kevin fazer de você uma estrela. Eles não podem te matar se estiver sob os holofotes. Este ano irei proteger-lo, se ficar ao lado de Kevin. E ano que vem será problema seu,entendeu? Oferece o goleiro

― Por que me ajudaria? Questiona Neil

― Me pergunte depois. Você terá suas respostas em Colúmbia. Aviso de última hora, você vai conosco. Retruca o loiro

― Não. Responde o atacante

― Se quiser ficar, aparecerá as nove para ir conosco. Mas se quiser fugir faça isso logo. Fala Andrew

― Muito pouco tempo. Responde o recruta

― Não seria a primeira vez. Retruca o loiro

Andrew pega o remédio e analisa. Ele odeia aquela pílula mais do que qualquer coisa na vida.

― Tic-tac, diz o relógio. Agora saia. Ordena o goleiro

Neil obedece saindo, ele sabia que o atacante voltaria. Era muito para abrir mão e ir embora.

Notes:

N.A: foquei mais nos pensamentos dele, ou como eu acharia que ele reagiria...

Boas notícias tenho alguns capítulos a frente e estaremos em dia na próxima semana... O próximo capítulo será POV de Aaron está cheio de emoções!!!

Não esqueçam de comentar e deixar seus kudos. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima semana!!!

Chapter 31: A pior mentira é aquela que te faz acreditar que é verdade...

Summary:

O loiro pensa. A garota havia compartilhado muitas coisas sobre sua vida.

― Tipo é seu aniversário, ou algo assim? Questiona ela

― Não. É uma homenagem a um amigo. Responde ele

― Ele tá morto? Pergunta a garota

― Não. É que não nos vemos há muito tempo, é pelo aniversário dele. Diz Aaron

― Sério? Como ele se chama? Questiona Dianna

O loiro se levanta, e apoia sua raquete na parede.

― Bem, eu tenho que ir. Comenta ele

O garoto atravessa a quadra em passos largos. Havia falado de mais, Abram era alguém que conhecia Aaron de verdade, sabia quase tudo sobre ele, tinha conhecimento sobre o que o loiro passara, e do que possivelmente se tornaria.

Notes:

N.A: Bom dia/ boa tarde e boa noite a todos. Hoje é o POV de Aaron vocês já sabem o que esperar dos capítulos dele, então não preciso dizer muita coisa...

T.W: abuso sexual passado e atual
Violência verbal e física
Assassinato
Trabalho sexual infantil
Tentativa de suicídio passada

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Meses se passaram desde que Aaron começara a treinar Exy secretamente. No clube o loiro conheceu uma garota, Dianna Ramirez. A moça tinha hematomas nas pernas que não eram de Exy, mas ninguém parecia se importar. Dianna conhecia Diego Malcolm um órfão, não conhecia Aaron Michael a propriedade.

Os pais da garota viviam um relacionamento ioiô. Seu pai era um cara mau que batia nela e na sua mãe, Dianna também dizia que seu pai a obrigava a fazer coisas que não queria.

A raiva enchia as veias de Aaron, a forma com a garota falava e como seus olhos mudavam, era como se ela tivesse perdido sua alma.

Ao contrário do loiro, Dianna participava de um time de Exy na escola, sua posição era de defensora. Ela ensinava algumas jogadas ao garoto. Rindo quando ele errava repetidamente.

Aaron completara quinze anos, e já era mês de janeiro, repentindo o ritual de soprar as vela para o 14° aniversário de Abram.

― Por que você faz isso? Pergunta Dianna sua voz rouca e grossa

O loiro pensa. A garota havia compartilhado muitas coisas sobre sua vida.

― Tipo é seu aniversário, ou algo assim? Questiona ela

― Não. É uma homenagem a um amigo. Responde ele

― Ele tá morto? Pergunta a garota

― Não. É que não nos vemos há muito tempo, é pelo aniversário dele. Diz Aaron

― Sério? Como ele se chama? Questiona Dianna

O loiro se levanta, e apoia sua raquete na parede.

― Bem, eu tenho que ir. Comenta ele

O garoto atravessa a quadra em passos largos. Havia falado de mais, Abram era alguém que conhecia Aaron de verdade, sabia quase tudo sobre ele, tinha conhecimento sobre o que o loiro passara, e do que possivelmente se tornaria.

Aaron pertencia a família Weninski, nada mudaria isso. Não havia para onde correr. Porém Nathan se enganava ao pensar que estava criando um cão de guarda pra si.

O loiro tinha um esconderijo, e havia comprado um gravador e um toca fitas, há dois meses atrás.

' Olá Abram...

Sabe é engraçado, porque tipo, você nunca vai escutar isso...

*Suspiro*

Hoje é 13 de novembro de 2001. Eu fiz quinze anos e estou praticando Exy, para não perder a manha.

Como eu queria que tivéssemos crescido juntos...

Eu... Eu tenho medo de algum dia receber a notícia de que você está morto. '

' Oi de novo Abram. Hum, Feliz Natal...

Eu sei nossa vida é uma merda...

Às vezes eu sinto que estou me tornando um monstro igual a eles. E isso me dá medo. '

' Oi Abram faz muito tempo, não é?

Hoje é dia 19 de janeiro de 2002.

Feliz aniversário...

Você é o primeiro amigo que eu tive. E eu acho que o único que tenho...

Você nunca vai escutar issl, mas aqui estou eu...

Eu quero renovar minha promessa.

Sabe aquela que fizemos há muito tempo atrás.
Talvez você não se lembre, eu não te culparia se fizesse...

É você e Nicky que me mantem vivo, sabia?

Ah... Falando nele, eu tive notícias. Ele tem um namorado, Erik Klose. Meu primo está muito felizes e isso é bom.

Bom, mas voltando ao assunto vim renovar meus votos...

Eu vou te proteger, não posso prometer que ficarei ao lado. Afinal você merece uma vida normal...

*Suspiro*

A cada dia que passa, sinto que estou mais parecido com eles...'

Essa fora a última mensagem que o loiro gravou para seu amigo, não porque o outro iria escutar, e sim para aliviar tudo o sentia.

Aaron subia as escadas para o apartamento de Romero, fazia dois anos que se mudara para lá, havia quase um ano que tentara se matar. O garoto teria um evento para ir junto dos "carniceiro" daqui a alguns dias, o frio se instalou em seu corpo acompanhado da graciosa náusea.

Afinal seria a primeira vez que o loiro veria Lola e Jackson desde o incidente. Seria mais uma vez que encararia Nathan.

Aaron não queria ir ao evento, mas é claro que ele não tinha escolha, e não diria isso a nenhum deles. Logo o sábado chegou, o loiro não conseguira dormir, seu apetite quase inexistente foi completamente erradicado. Suas mãos tremia ininterruptamente, descer pelo elevador foi quase uma sentença de morte. Romero dirigira até o ponto de encontro. Quatro figuras os esperavam, nenhum deles estava vestido adequadamente para o evento com sr. Moriyama.

Romero foi o primeiro a descer do carro, Aaron respira fundo antes de sair, colocou as mãos no bolso para esconder os tremores. Ignorando os outros parou em frente a Nathan.

― Ora, ora. Há quanto tempo? Vejo que você cresceu. Diz o ruivo

― Ele cresceu? Questiona Di Márcio em um tom divertido

Aaron nem olhou para o homem, mas se forçou a responder a única pessoa que tinha obrigação de fazer.

― Ei. Responde o loiro com a voz suave e estranhamente firme. ― Você não mudou muito.

Nathan o olhou como se pudesse ler a alma do mais novo, e este não recuou sustentando o olhar.

― Você parece diferente. Comenta ele

Aaron sabia que ele não estava falando de sua aparência. O homem se referia ao fato de que o loiro não era mais aquele garoto que se encolhia, que reclamava, ou chorava. Ele apenas obedecia, calado e apático.

― Certo. É melhor entrarmos e nos arrumarmos, não queremos deixar o pessoal esperando. Diz o Weninski

O garoto vestiu seu traje. Ele parecia estranho com roupas socias. Esperou os outros aparecerem. Os homens estavam quasw idênticos, Nathan se destacando por seus cabelos ruivos, e Lola era a mais diferente, primeiro estava mais forte do que Aaron se lembrava, segundo seu vestido azul Royal era um contraste com as roupas pretas e brancas eles usavam.

Todos foram direcionados a um local reservado para Nathan, mas logo o grupo se dispersou se enfiando no meio das outras pessoas ricas. Aaron seguia fielmente o ruivo junto de Di Márcio. Um homem de cabelos pretos com alguns fios brancos aparecendo, tinha uma aparência asiática extremamente elegante, acompanhado de dois homens altos e um jovem. O lorde Moriyama e o mini lorde se aproximaram do ruivo.

― Weninski, faz tempo que não nos vimos. Afirma Kengo Moriyama

― Alguns problemas pendentes. Responde Nathan casualmente

― Hum... Certo. Diz o homem voltando seus olhos para a pequena figura ao lado do ruivo. ― Ora, eu me lembro de você. É o cãozinho de Nathan. Qual é seu nome mesmo?

― Aaron. Aaron Minyard. Responde o jovem ao lado de Kengo

O loiro quase engasga ao perceber que se tratava de Ichirou, o filho do lorde, e o herdeiro dos negócios dos Moriyamas.

― É isso mesmo. Diz Kengo seus olhos percorrendo o rosto do garoto

Aaron manteve seu rosto inexpressivo, não dando nada para o homem trabalhar. Quando o Moriyama mais velho voltou sua atenção a Nathan, o loiro se retirou para o banheiro. O garoto não era acostumado com locais lotados de gente. Jogou uma água no rosto com intuito de acalmar os nervos, quando uma figura apareceu através do espelho. Jackson.

― Olá pequeno. Faz muito tempo. Diz o homem olhando de cima a baixo, olhos de um predador. ― Vejo que você cresceu, em todos os sentidos.

🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨

Um arrepio percorreu sua espinha. Aaron desejou está armado nesse momento. O loiro cerra os dentes, e se vira para encarar o homem, que se aproxima descaradamente. Um brilho prateado chama atenção do garoto.

― Sei que você não vai me obedecer, se eu pedir de modo convencional, então... Diz Jackson com um sorriso perverso levando a faca ao pescoço de Aaron

Aaron sabia que chamar qualquer atenção era inútil, principalmente em um evento cheio de mafiosos. O mais velho ficou em frente ao loiro e segurou seus pulsos, empurrando-o para dentro da cabine e o imprensado contra a parede.

― Sabe, nós formos a Alemanha um dia desses. Eu vi seu primo. Nicholas, não é? Questiona o moreno. ― Ele é bonitinho.

― Fique. Longe. Dele. Diz Aaron entre dentes

― Ah Aari, não fique com ciúmes. Eu prefiro você. Diz o homem

O bile queima sua garganta.

― Ele tem um namorado, sabia? Indaga Jackson. ― Talvez seja genético.

O homem fricciona seu corpo contra o do loiro, o garoto crava as unhas na palma da mão. O moreno o empurra para sentar na privada, o barulho de zíper fez os alertas soarem alto na cabeça de Aaron, Jackson pressiona as laterais da mandíbula do loiro forçando-o a abrir a boca. O gosto do pré-semem invade sua língua, o moreno empurra até o fundo da garganta fazendo-o engasgar. O loiro crava os dentes na carne, o gosto de sangue tomando conta. Plank recua com um grunhido. O mais velho a cabeça do loiro na parede, o deixando atordoado.

― Eu queria começar as coisas devagar dessa vez, mas parece que você gosta das coisas ao extremo. Diz ele a voz tomada pela raiva

― Foda-se. Vocifera o loiro

― Exatamente isso que vou fazer. Diz o homem e se aproxima do ouvido do garoto. ― Te foder.

🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨

O som de uma porta sendo aberta, fez Aaron estremecer. Jackson tapou a boca do loiro, e ficou em silêncio.

― Jackson? Chama Lola

O homem não responde.

― Onde esse cara se meteu? Indaga Romero

O toque do celular de Aaron fez o moreno estremecer. O loiro tateia o bolso em busca do aparelho. Um conjunto de pernas aparece em frente a cabine anunciando a presença de alguém. Jackson afrouxa seu aperto, enquanto isso o loiro aproveita para passar por baixo do braço deste e chegar a maçaneta. O clique da fechadura anuncia que fora destrancada. Jackson o puxa de volta antes que o loiro abrisse a porta, o homem estende a mão para trancá-la novamente, porém antes que fizesse a porta se abre revelando não somente Lola e Romero, mas também Nathan. O moreno congela.

― Que porra você está fazendo? Questiona o Weninski seus olhos escurecendo

― Nada. Responde Jackson soltando o garoto.― A festa estava entediante, então pensei em em divertir um pouco.

Aaron pressiona a mão contra a boca, caminhando até a pia se obrigando a lutar contra o estômago.

― E você seu filho da puta, se sumi de novo assim, eu mesmo vou te matar. Diz Nathan. ― Entendeu?

O loiro assente, fechando os olhos com força.

― Olhe para mim enquanto eu estiver falando. Ordena o ruivo segurando o queixo do garoto e o forçando a olhá-lo

A visão de Aaron fica turva, a náusea aumentando pelo toque repentino.

― Eu quero uma resposta verbal. Você entendeu? Indaga o chefe furioso

Aaron afasta o homem e seu estômago cede. Possivelmente tudo que ele vomitou foi água, pois não havia se alimentado o dia inteiro. O ele tenta controlar a respiração.

― Sim, eu entendi. Responde Aaron sua voz arranhada

O loiro ficou no carro esperando os outros, teve que trocar de roupa afinal aquela havia sujado. Aaron não consegui dormir e nem comer naquela semana. O loiro continuou a treinar Exy no clube com Dianna.

Uma certa tarde a garota chegou cheia de hematomas, e com leve tremores.

― Posso te contar uma coisa? Pergunta ela rouca

― Claro. Responde o garoto analisando-a, ela parecia cansada

― Você não pode contar a polícia. Diz Dianna

― Olha pra mim. Pede ele impassível. ―Eu sei como ninguém, que a polícia não resolve nada.

A garota assente aceitando a resposta.

― Eu te contei que meu pai é horrível, né? Começa a garota

Aaron assente.

― Ele quem fez isso com você? Questiona o loiro

Os hematomas não eram de espancamento, não, eram de mordidas, chupões e marca de asfixia.

― Não somente ele. Responde Dianna sua voz trêmula.

A raiva atinge o garoto, mas não expressa isso na linguagem corporal.

― E a sua mãe? Pergunta Aaron

― Não há muito que ela possa fazer. Responde ela

― Ela não faz nada? Indaga o loiro

― Diego, você não entende. Começa a morena. ― Meu pai é ligado com gente perigosa. Ele... Ele tem uma casa se prostituição. Não há nada que ela possa fazer.

― Sua mãe sofre o mesmo que você? Questiona ele

Dianna acena negativamente. Por um momento Aaron ver sua versão mais nova, acreditando que sua mãe o amava, que algum dia ela voltaria, que se arrependeria.

― Ei, você quer que isso acabe? Indaga Aaron

A garota trava.

―  O que pretende fazer? Pergunta ela. ― Você não entendeu? Meu pai é perigoso. Eu não vim te contar isso porque queria te meter em encrenca. Eu queria tirar isso de mim.

― Tudo bem. Mas se você cansar dessa vida. Diz Aaron rabiscando em um papel. ― Não hesite em me ligar, ok?

Dianna hesitante aceita o papel, ela se levanta atravessando a quadra, e se vira para olhar o loiro.

― Eu... Eu sou um garoto, igual à você. Diz antes de partir

Aaron tenta não pensar sobre a conversa que teve, apenas espera ansiosamente que tome uma decisão. Que escolha sair daquele lugar, pois o loiro faria o que pudesse para livrar ela? Ele? Não importa tiraria aquela pessoa do seu próprio inferno.

Naquela semana inteira, Dianna não apareceu no clube para jogar, não ligou. Parte de Aaron acreditava que ela havia fugido para longe, mas outra parte tinha medo de que o pai dele tivesse descobrido e matasse-a.

Sua teoria foi jogada por água abaixo no sábado a noite, às onze horas seu celular vibrou sob o travesseiro. O loiro olhou para identificador de chamada, esperando que fosse Nathan, porém não era. Um número desconhecido apareceu na tela fazendo seu coração disparar, no quinto toque Aaron levou o telefone a orelha e atendeu. Uma respiração trêmula era quase inaudível pelo microfone.

― Diego? É você? Questiona Dianna, sua voz arranhada rouca e fraca

― Sim, sou eu. Responde ele firme. ― Do que precisa?

― Estou cansado. Sua proposta ainda está de pé? Indaga o garoto

― Claro. Só me diga aonde está, e eu te buscarei. Diz Aaron

― Obrigado, Diego. Diz Dianna. ― A propósito, meu nome é Ítalo. Ítalo Ramirez.

Aaron esperou até que o garoto desligasse o telefone, enquanto esperava a localização, pegou as facas, uma muda de roupa extra, luvas de couro para evitar digitais, um isqueiro e um revólver Taurus RT838 só pro caso de precisar. A mochila tinha um peso familiar nas costas, quase reconfortante. Assim que recebera a mensagem com as coordenadas, partiu com um táxi, parando a duas esquinas antes do local indicado. Um casarão, ostentava luzes coloridas e música lenta.

O loiro entrou pela porta do lado, a porta estava destrancada, lá dentro um grupo de homens entre 40 a 70 se encontravam, algumas garotas adolescentes e jovens sentadas no colo destes. O garoto os ignorou e foi procurar as escadas que dariam aos quartos no andar de cima. Havia uma pequena fila de três ou quatro homens perto de um quarto, a figura feminina ali perto chamando atenção.

Aaron pega uma garrafa de vodka abandonada perto da escada e guarda na mochila para mais tarde. Com a faca no cós da calça ele caminha até a fila.

A mulher de cabelos castanhos escuros, olhos verdes tinha uma enorme semelhança com Ítalo, então Aaron presume que essa seja a mãe ou alguma parente. O bloco de dinheiro em sua mão dizia muito sobre que tipo de pessoa ela era, o próximo homem se moveu para entrar enquanto outro saía. Pegando as notas de cem dólares a mulher gesticulou para que o velho entrasse.

Aaron se moveu mais rápido chegando a porta antes que o homem entrasse.

― Ei. Quem você pensa que é? Tem que esperar na fila para aproveitar um pouco da atração da casa. Fala a mulher

― Ei, pirralho. Você pode participar, portanto que me deixe te foder. Diz o mais velho

A resposta de Aaron foi cravar a lâmina no estômago do homem, afundando, torcendo-a e rasgando a carne até a caixa torácica, o sangue derrama a luva e todos se assustam com a mancha na roupa.

― Abra a porta. Ordena o garoto a mulher

Ela não se move, talvez em choque. Esta saca uma pistolaTaurus GX4 contra a cabeça do loiro, que nem pestaneja puxando o homem mais próximo para usar de escudo. Sem receios já que eram  pessoas de má índole. Quando a morena dispara o primeiro tiro, Aaron joga o homem contra ela, sacando seu próprio revólver e apontando para a mulher. A pistola que tinha caído, ele pegou e colocou no quadril sem tirá-la da mira. Entrando no quarto escuro, uma figura respirava com dificuldade na cama. Ítalo o loiro adivinhou.

O som de uma arma sendo destravada fez Aaron desviar o olhar do garoto.

― Quem é você? Quem te mandou? Indaga o homem

― Sou Diego Malcolm. Responde o garoto

O homem solta um som estrangulado, e depois começa a rir.

― Sério? Mandaram uma criança? Fala ele como se fosse uma piada

Aaron não vira, em vez disso atravessa o quarto para chegar perto de Ítalo.

― Ah... Você é um dos clientes? Questiona o pai de Ítalo

O loiro não responde, em favor de se ajoelhar e tenta virar seu colega de frente para si, o garoto geme de dor, o barulho de metal tilintando chama a atenção do mais baixo. Algemas cortavam os pulsos de Ítalo.

― Não. Diz o garoto abafado pelo travesseiro

Aaron cerra os dentes com força, lutando contra suas próprias memórias.

― Ei, Ítalo. Sou eu. Diz ele baixo

Outro garoto faz um som interrogativo.

― Você. Me dê a chave. Ordena o loiro. ― Eu prefiro fazer isso sem essa coisa. Prefiro olha no rosto da pessoa.

Sr. Ramirez parece hesitante mas se move e jogou a chave para Aaron sem desconfiar da façanha. Após tira as algemas, o loiro vira seu colega de frente, finalmente cara a cara Ítalo o reconhece, se jogando contra o mais baixo em um abraço. O garoto parecia exausto, e cheio de hematomas com os pulsos sangrando, sem contar a ausência de roupas.

― Escute. Você acha que consegue andar? Sussura Aaron

O moreno assente.

― Ótimo. Diz Aaron se desvincilhando do abraço

Aaron leva a mão ao cós da calça, tirando o revólver e destravando discretamente com a direita, puxa Ítalo para mais perto, e dispara o tiro o braço em que o Ramirez segurava a arma.

― Ítalo. Vá. Ordena Aaron

― Seu filho da puta. Diz o homem tentando recuperar a arma que caira o no chão

O próximo tiro acerta a cabeça dando um fim na vida dele. Na verdade Aaron queria matar-lo lentamente, porém devido as circunstâncias, não havia tempo. O som de disparo fez Ítalo parar antes de chegar a porta, e olha para corpo agora sem vida e arrastou seu olhar para Aaron que se levantava agora. Uma mulher entra pela porta, Sra. Ramirez, e corre até o corpo de seu marido.

― Seu desgraçado o que você fez? Diz ela

A mulher pega a arma, Aaron aponta sua arma para ela em aviso.

― Você não pode matar a mamãe. Diz Ítalo em tom de desespero

Aaron suspira, abaixa a arma, pega seu moletom e joga ao seu colega.

― Vão embora então. Fala ele. ― Vocês são livres. Ele está morto.

Ítalo veste o moletom e sai do quarto cambaleando, a mulher o segue. Aaron pega sua mochila no corredor. Com o garrafa de bebida alcoólica começou um incêndio, começando pelo quarto que estava, e foi espalhando o fogo com algumas garrafas de vodka e cerveja que encontrava pelo caminho. Todos no andar de baixo já haviam desaparecido, provavelmente a pedido da dona do bordel.

Aaron não esperou para ver o local queimar, foi embora para seu apartamento, descartando as luvas de couro ensanguentadas e queimando as evidências.

No início da noite do dia seguinte, um carro parou perto do prédio abandonado que o loiro usava como esconderijo. A Sra. Ramirez desceu do carro, e desferiu um golpe contra o loiro.

― Você matou meu marido. Eu o amava! Grita a mulher. ― Você tinha que ser um Malcolm.

A mulher pressiona uma faca contra o pescoço dele, Aaron levou a mão no bolso do moletom para pegar o canivete.

― Você o matou, e me deixou com aquele diabo. Deveria ter matado ele também. Diz ela aumentando a pressão da faca

O sangue começa a escorrer e pinga na mão dela. O loiro crava a faca nas costelas dela, fazendo-a recuar.

― Não me toque. Diz Aaron. ― O único motivo pelo qual te deixei viva, foi porque, o seu filho, que você permitiu que fosse prostituído, te poupou de morrer.

A mulher se levanta e faz uma corte em seu pescoço, mas Aaron foi mais rápido, e colocou pressão ao cortar a garganta dela em único golpe, acertando a artéria que iria direto para o coração. O loiro o observou os últimos espasmos da mulher, o sangue se espalhando no chão. A porta do carro batendo tirou-o do tranze.

― O que você fez? Diz Ítalo com olhos marejados

Aaron para de respirar.

Não. Não. Não. O que foi que eu fiz...

A culpa o atinge.

― Ítalo. Chama o mais baixo. ― Não entenda mal. Ela não era diferente do seu pai, ela consentia com isso.

― Não. Ela me amava. Ela sempre estava lá por mim. Você não entende o que é isso, porque você nunca teve família. Diz o moreno com raiva. ― Você não é diferente dos Malcolms. Minha mãe me contou que vocês são ligados a máfia.

Aquelas palavras não deveriam significar nada, mas doeram muito. Ele sempre lutou para ser diferente deles, e mesmo assim aqui está Ítalo, confirmando as suspeitas de Aaron.

― Eu te disse para ir embora. Diz Aaron. ― Você é livre. Nada mais te prende aqui. Comece uma nova vida, com um novo nome em outro lugar. Quebre todas as conexões que seu pai tinha com a máfia.

Ítalo recua alguns passos e sai correndo para longe. O loiro o observa, e estanca o seu sangramento. Quando terminar, dirige até a costa com o carro da Sra. Ramirez, e queima ele e o corpo da mulher. Tentando se livrar daquele peso que ficou em seu peito. Após aquele dia ele nunca mais falou com Ítalo. O garoto nunca mais o ligou, ele simplesmente desapareceu da vida de Aaron.

Notes:

N.A: Olá a todos, gostaram? Não sei como me sentir sobre esse capítulo. Estou passando para avisar que no meio da semana lançara um capítulo, não é de nenhum dos personagens de POV original daqui. Mas vai ajudar vocês a entenderem um pouco da trama. Dito isso, neste final de semana teremos o POV de Neil.

Vcs são livres para pedir POV de outros personagens...

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até o próximo capítulo!!!!

Chapter 32: O que você ver em mim... É apenas a ponta do iceberg

Notes:

N.A: Bom dia/boa tarde e boa noite a todos vocês!!!! Como prometido temos um novo capítulo. Estava planejando ele a tempos, mas tive alguns bloqueio criativo para desenvolver este capítulo... POV: ???

5000 palavras de puro caos!!! Leiam os avisos galerinha!!!

T.w: prostituição
Violência verbal e física
Abuso sexual
Incesto
Pedofilia
Alcoolismo
Assassinato
Menção a pesadelos

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Ítalo Ramirez nasceu em uma família pobre, até seu pai Hector herdá os negócios da família. Ítalo tinha cinco anos quando presenciou seus pais brigarem pela primeira vez, algo como gritos e coisas sendo quebradas.

A sua mãe Diana saiu com raiva naquela noite deixando Ítalo nas mãos do pai, este homem bebera uma garrafa inteira de vodka enquanto ignorava seu filho. Hector perdera a sobriedade rapidamente.

― Oh querida, venha aqui. Diz o homem a Ítalo

O garoto se move timidamente pela sala em direção ao seu pai que estava sentado no chão.

― Ah Dianna, me desculpe. Diz Hector sua voz arrastada

― A mamãe não está em casa. Responde Ítalo

― Shhh. Dianna venha cá. Fala o seu pai

― Meu nome não é Dianna papai, meu nome é Ítalo. Responde o garotinho

― Sabe. Eu sempre quis ter uma menina. Mas sua mãe não quer me dá uma menina. Fala o homem

Ítalo não sabia o que dizer, então não disse nada, apenas assentiu.

Com o passar do tempo as brigas foram acontecendo com mais frequência, e eram mais violentas. A ponto de Hector bater em Diana. A mulher sempre irritada descontava sua raiva no seu filho.

― Por que você tinha que nascer um menino? Disse ela em meio a uma fas surras

O garoto chorava, apesar de não ter culpa se sentiu muito culpado.

Quando o garoto tinha nove anos as coisas melhoram para os pais dele, e pioraram para ele. Em meio a uma das brigas de seus pais, Ítalo resolveu intervir e separá-los.

― É tudo culpa sua, seu pirralho. Diz Diana

― Minha filha, Dianna minha querida. Diz Hector

Ítalo congela sem esperar.

Não era coincidência... Pensa o garoto

― Quê? Questiona sua mãe

― Nossa pequena Dianna. Responde o homem. ― venha aqui.

― Eu não sou...

Sua fala foi interrompida pela mulher.

― Seu pai tá te chamando. Diz ela

Um pensamento passou pela cabeça do pequeno, que talvez se entrasse nesta loucura de seu pai, os dois parassem de brigar.

O garoto se move com medo de não obedecer-los e apanhar.

Apartir deste dia ele nunca mais foi chamado pelo seu nome verdadeiro em casa. Não, Dianna era quem ele se tornara. Por dois anos aquilo até que foi bom, sua mãe começou a amá-lo, seu pai não brigava mais com sua esposa, estava tudo perfeito. Até que não estava mais.

Aos onze anos, Ítalo não usava mais roupas masculinas, usava saias, vestidos,a única roupa que parecia razoavelmente masculina era seu uniforme de Exy. Seus cabelos estavam na altura dos ombros, e o fato de ainda não está passando pela puberdade ajudava a confusão de gênero para os outros. O garoto não se incomodava, não mesmo, o que lhe incomodava era os toques que seu pai começara a lhe dá. As mãos em suas coxas, os dedos se demorando nas costas, os selinhos que o homem dava que o moreno tinha certeza que isso não acontecia em famílias "normais". Mas Diana dizia que estava tudo bem, então resolveu deixar pra lá.

Em algum momento de setembro seus pais brigaram, e Diana saiu no meio da noite, não se sabia para onde. Talvez para esfriar a cabeça, quem sabe?

Hector invadiu o quarto de Ítalo no meio da noite tirando o garoto do sono.

― Sua mãe é uma vadia, ela me deixou. Diz o homem segurando o punho do moreno. ― Mas você, não é como sua mãe, não é Dianna?

O garoto não pode deixar de estremecer com o toque, o aperto causando dor ao mais novo.

― Me responda, Dianna. Fala seu pai furioso

― Não. Não, eu não sou como ela. Responde Ítalo

O homem se senta na cama, e puxa o menor para perto, e afaga seus cabelos.

― Não. Afinal você ficou, porque você ama seu pai, certo? Diz Hector afundando os dedos nos fios de cabelo quase preto

Ele o amava? O garoto não sabia o que dizer, mas mesmo assim assentiu.

Seu pai levantou o queixo do mais novo, pressionando os lábios antes de se aprofundar no beijo. Algo gritava dentro do garoto que isso estava errado. Ítalo queria ter coragem e força para empurrar o homem, talvez se tivesse feito nada daquilo teria acontecido. Talvez ele não se sentisse tão sujo. Ele consentiu afinal, não é mesmo? Ele não o afastou, não fez nada para impedir, apenas ficou ali.

Mas nada se compara a dor que sentiu, ou as lágrimas que derramou, ou ao sangue que ficou nos lençóis. Ha! Quem se importa?

A manhã seguinte o atingiu, o enjôo que se instalou dentro dele juntamente com o nojo de si mesmo e o vazio. As lágrimas já estavam rolando antes mesmo que Ítalo pudesse impedi-las, o soluço escapou de sua boca era quase visceral, se mexer doía. Os lençóis escondiam sua nudez. Ele simplesmente não conseguia. Ele queria gritar, queria chorar, ir embora, mas não podia estava preso aquela cama mal podendo se mover.

Sua respiração e o zumbido nos ouvidos, abafaram o som da porta, uma mão pousou em seu ombro fazendo seu estômago revirar. Ele estremece.

― Acalme-se meu amor. Diz uma voz feminina, sua mãe?

Ítalo se vira para vê-la, estremecendo com os pequenos movimento, a visão turva de lágrimas. A sua frente a mulher que era praticamente seu reflexo, os mesmos olhos verdes o encaravam.

― Mãe. Diz o garoto rouco. ― Você me odeia?

Ele nunca soube porque perguntou aquilo, mas no fundo tinha medo que sua mãe respondesse que sim. Talvez sentisse nojo dele, ele não a culparia pois ele mesmo sentia.

― Não, meu amor jamais. Diz Diana suave

―Mas eu sou nojento. Eu deixei isso acontecer, eu permitir que ele fizesse.

A mulher o interrompe colocando o dedo sobre os lábios.

― A mamãe não te odeia. Ah Ítalo, você é tão corajoso. A mãe te ama. Diz Diana

Diana acariciou os cabelos do seu filho que desabou em lágrimas em seus braços. Ítalo estava feliz pois sua mãe não se importava com quão nojento ele fosse, ela o amava e isso para o garoto bastava. Ela sempre estava lá para o moreno, sempre o pegava nos braços toda vez depois que seu pai o destruía, todas às vezes que se sentia vazio.

Com um tempo não foi apenas seu pai que o abusava, eram outras pessoas, homens dos quais ele não conhecia. Hector sempre dizia para que se comportasse,mas Ítalo estava cansado de tudo, e uma que revidou houve consequências.

Seu corpo doía tanto por fora quanto por dentro, os hemetomas foram percebidos por seus professores e colegas de classe, mas nenhum deles ousou perguntar a causa, apenas uma garota ruiva, Katelyn resolveu se aproximar, ela trazia consigo uma caixa de primeiro socorros. A garota limpara os cortes e colocou gelo para desinchar os hemtomas, não perguntou nada em todo período que trabalhava em suas feridas.

― Vá a polícia. Quem quer que fez isso não vai parar. Diz ela antes de sair, sua voz tinha um tom triste

Ítalo tinha medo demais para contar. Ninguém nunca se importou, e Katelyn vivia em um mundo completamente diferente dele. O garoto se levantou e caminhou, sem rumo, ao passar por uma delegacia, as palavras da ruiva ecoaram em sua cabeça. Ele pensava que talvez se denunciasse, não apenas livraria sua pele como também ajudaria sua mãe.

Ao contar seu relato, Ítalo percebera uma coisa, não chegaria em lugar nenhum, um dos policiais era um homem que o garoto reconhecia, ele cliente de seu pai.

Ao sair do departamento o garoto se sentia pesado, não parecia um alívio, não pois isso chegaria ao seu pai, e Ítalo sofreria as consequências, mas e sua mãe?

Não. Não. Não...

Ítalo correu o mais rápido possível, com medo de que algo acontecesse com a mulher se não chegasse a tempo. Aparentemente a notícia chegou o mais rápido que o moreno imaginava. Ao chegar em casa, Diana estava agachado no chão, seu rosto ensanguentado enquanto Hector estava de pé em frente a mulher com um cinto enrolado no punho que pingava sangue. Ítalo tinha certeza que não pertencia ao seu pai.

― Mãe. Mumurra o moreno

Hector virou a cabeça para olhá-lo, em passos largos cruzou a sala, Ítalo estremeceu.

― Viu só o que você fez. Sua puta, você é igual a ela, a sua mãe. Uma vadia. Diz o homem

Um golpe o atingiu tão rápido que ele mal percebeu, o garoto sabia que viria depois, era inútil lutar contra aquilo, revidar só pioraria as coisas.

Mais tarde quando tudo estava mais calmo, sua mãe se aproximou dele e sussurrou:

― Nunca mais faça isso.

Foi neste dia que Ítalo descobriu que era melhor ficar calado, que nada ajudaria. As lágrimas rolaram solitárias.

O garoto vivera anos nesta sua vida miserável, sem se importar, permitiu que o usassem, era sua forma de proteger Diana. Pois ela era a única que o amava. A única que sabia o quão podre ele era, e mesmo assim não tinha nojo de abraçá-lo e amá-lo.

Certo dia viu um garoto novo no clube de Exy, seus cabelos castanhos claros faziam par com seus olhos âmbars, sua pele pálida estava meia tingida de hematomas que dizia muito sobre o garoto, de forma que dava para ver certinho marcas de dedos em seu pescoço. Uma das suas mãos estava enfaixada, não parecia se importar com nada, e talvez o que chocasse os outros era sua indiferença.

Diego Malcolm um garoto órfão que sofrera vários abusos em casas adotivas, antes de ser adotado por Romero, um homem cujo nenhum dos colegas do clube havia visto. Era três anos mais novo que Ítalo e muito baixo para alguém de treze anos, porém tinha grande facilidade em aprender movimentos. O moreno resolveu aproximar do loiro.

― Oi, seja bem-vindo ao clube. Eu me chamo Dianna. Diz Ítalo

― Ah, obrigado. Me chamo Diego. Responde o mais baixo sem realmente fazer contato visual

O loiro mexia nas bandagens nas mãos verificando, e uma mancha vermelha chama atenção do mais velho.

― Você está sangrando. Afirma o moreno

O mais novo olhou para ele com olhar de quem dizia " não brinca"

― Você não deveria forçar a sua mão. Ou por acaso é sua mão dominante? Indaga o mais velho

― Sim é a minha mão boa. Responde o loiro. ― Mas vai sarar logo.

― Dói? Pergunta Ítalo

― Não. Responde Diego

― Ah, para, vamos não minta. Diz o moreno pegando a mão o do novo

Um toque de leve na ferida não causara nehuma reação, nem os mais fortes. Nenhuma reação ou estremecimento, apenas indiferença e vazio.

Com um tempo Diego começou a frequentar mais o clube, e passou bastante tempo ao lado de Ítalo, nunca perguntando apenas aceitando os pedaços de sua vida quando contara, sem julgamentos ou palavras, apenas um olhar que sustentava. Ítalo sentia que poderia contar qualquer coisa ao loiro. O clube se tornara um refúgio para o moreno, ali não havia seu pai. Não tinha toque indesejado. Ele e o mais novo se tornaram mais próximos com um tempo, Ítalo sentia seu coração acelerar a cada vez que via o outro garoto, nunca havia acontecido anteriormente, ele sentia seu rosto esquentar quando estava perto de Diego.

― Então. O que seu pai faz? Questiona Ítalo

― Contador, eu acho. Diz Diego pensativo

O garoto não falava muito sobre a sua vida, agia como se nada importasse. Foi por isso que quando seu amigo soprou as velinhas Ítalo ficou surpreso.

 

― Por que você faz isso? Pergunta o garoto curioso. ― Tipo, é seu aniversário ou algo assim?

― Não. É uma homenagem a um amigo meu. Responde o loiro

― Ele tá morto? Pergunta o moreno

― Não. É que não nos vemos há muito tempo. É pelo aniversário dele. Responde o mais baixo

― Sério? Como ele se chama? Questiona Ítalo

Diego se levanta, apoiando a raquete na parede. O moreno sabia que ele tinha encerrado a conversa.

― Bem, tenho que ir. Comenta ele

O loiro se afasta em passos largos, deixando Ítalo sozinho com seus próprios pensamentos.

Quem era esse amigo?

Onde ele estria agora?

Será que eles mantém contato?

Ítalo não tinha as respostas para isso, e sabia que o loiro não lhe daria.

Volta para casa depois do clube sempre fora ruim, o deixava vazio, pois sempre acontecia a mesma coisa todas noites, não havia paz. Somente sua mãe estava lá para reerguer-lo, pois era tudo que ela podia fazer, certo?

Diego começou a se fechar nos próximos dias depois do incidente, parecia desligado e distante. Ítalo sabia que algo estava o incomodando, mas não tinha coragem de perguntar, tinha medo que o outro se fechasse ainda mais e se afastasse. Ítalo queria que seu amigo se abrisse, e confiasse, a preocupação com Diego estava afetando sua vida em casa.

― Dianna! Você está me ouvindo? Questiona Hector irritado a mesa

O moreno estremece, ele não havia escutado nada que o homem tinha dito.

― Ora querida, o que está te distraindo? Pergunta seu pai

― Não é nada. Responde Ítalo

Ítalo tinha dezesseis anos, e não sabia o que era ser "normal", e essa palavra era desconhecido no vocabulário do moreno.

Na tarde seguinte o garoto foi para o clube, Diego parecia melhor do que nos dias anteriores, seus movimentos eram mais trabalhados, e não mecânicos, não automáticos.

Ao sair do local ao anoitecer, Ítalo percebe o carro de seu pai e comgela, Hector sai do automóvel, parecia furioso, o homem caminhou para ficar em frente ao seu filho.

― Dianna, minha filha. Quem era aquele garoto loiro e baixo que você estava conversando? Questiona Hector

― Ninguém. Responde ele

― Entre no carro. Ordena o homem e Ítalo fez.― Não minta para mim. Eu vou perguntar de novo. Quem era aquele garoto?

O moreno não sabia o que responder. O que ele era? Um amigo? Um colega?

― Diego. Diego Malcolm. Responde o mais novo

Seu pai congelou por um momento, seu rosto perdeu a cor, antes de girar a chave da ignição.

― Malcolm? Questiona o homem

― Sim. Responde Ítalo

A viagem foi silenciosa, ao chegar na casa, Hector disse:

― Se afaste dele.

― Por quê? Indaga o garoto

― Lembre-se, você me pertence. Pra você não existe amizade. Diz o mais velho e deposita um beijo no pescoço dele.― Não existe namoro. Você será minha pra sempre.

O enjôo se instala em. Ele teria que se afastar de Diego? Não fazia sentido, por que isso tinha que acontecer? Por que ele não podia ter nada? Já  havia roubado tanto,sua inocência, sua personalidade, sua individualidade. Não era o suficiente?

Uma mancha vermelha borrada apareceu em sua visão. Ele havia dissociado? Ele não sabia dizer, mas conforme seus sentidos voltaram ao normal, o garoto percebera que Hector o olhava furioso, ele desviou o olhar, e sentiu que estava segurando algo? Não, apertando. A mancha de sangue chama sua atenção, suas unhas estavam cravadas no braço do homem fazendo alguns furos na pele.

Estou ferrado...

Seu palpite estava certo, ele foi arrastado para dentro do casarão. Foi uma noite difícil, as marcas foram feitas para lembrá-lo sobre aquela noite, era quase possessivo e obsessivo. Seria difícil esconder-las de todos, Ítalo não tinha permissão para faltar a escola ou ao clube. Então ele marcou presença no colégio, e foi para o estádio, Diego estava no lugar de sempre, sentado com as costas contra a parede.

Ele parece bem... Pensa Ítalo

Os olhos âmbars se voltam para o moreno, o encarando brilhante e vazios ao mesmo tempo. Ítalo caminhou até o loiro, seu corpo dolorido, com leves tremores, ele sentia que se parasse agora suas pernas cederiam. O mais alto se sentou ao lado de Diego, suas coxas se tocando, o corpo do loiro ficando tenso antes de relaxar. Ítalo sempre estranhou o comportamento do mais novo, sempre calado, atento, impassível. Foi então que o moreno lembrara todos os estremecimentos , e aversões ao toque de quando não estavam jogando. O mais alto pensou que talvez. Só talvez o loiro entenderia.

― Posso te contar uma coisa? Pergunta Ítalo

― Claro. Responde Diego analisando-o

― Você não pode contar a polícia. Me prometa. Diz o moreno seu coração começando a acelerar

― Olha para mim. Pede o loiro indiferente.― Eu sei como ninguém que a polícia não resolve nada.

Ítalo assente se preparando para dizer os próximas palavras, sua boca parecia extremamente seca, os nós querendo se formar em sua garganta.

― Eu te contei que meu pai é horrível, né? Fala o mais alto

O loiro assente e fala:

― Ele quem fez isso com você?

A forma como Diego disse aquilo, direto e sem filtro dizia muito mais do que qualquer coisa que comentara nos últimos tempos.

― Não somente ele. Responde o moreno trêmulo

― E a sua mãe? Pergunta o mais novo inabalável

― Não há muito que ela possa fazer. Minha mãe está lá para me segurar depois. Responde Ítalo

― Ela não faz nada? Indaga Diego de forma acusatória

― Diego, você não entende. Começa o maior. ― Meu pai é ligado com gente perigosa. Ele... Ele tem uma casa de prostituição. Não há nada que ela possa fazer.

― Sua mãe sofre o mesmo que você? Questiona o loiro

Ela sofria o mesmo que ele? Não, não sofria, mas se Ítalo não fizesse essa parte do trabalho, seu pai com certeza obrigaria-a fazer isso também. O moreno nega com a cabeça. Algo nos olhos de Diego escurece.

― Ei, você quer que isso acabe? Pergunta o loiro

Pera o quê? Pensa ele

Ítalo se surpreende com a pergunta do mais novo. É claro que o moreno queria que aquilo acabasse, mas era perigoso, e o que Diego podia fazer afinal? E se ele se machucasse?

― O que pretende fazer? Pergunta Ítalo. ― você não entendeu? Meu pai é perigoso. Eu não vim te contar isso porque queria te meter em encrenca, eu queria tirar isso de dentro de mim.

Eu achei que você entenderia... Ele não completa

― Tudo bem. Mas se você cansar dessa vida. Fala Diego rabiscando em um papel. ― Não hesite em me ligar, ok?

O moreno hesita antes de pegar o papel, os oito dígitos o encaravam. Ele se levanta e atravessa a quadra, se vira para olhar o loiro que mantinha sua impassibilidade.

― Eu... Eu sou um garoto igual a você. Diz ele antes de partir

Ítalo não queria ver a reação do outro, o papel já pesava uma tonelada em seu bolso.

Eu fiz besteira de novo...

Eu deveria ter ficado calado...

O moreno prometeu a si mesmo que não voltaria mais ao clube, que não encararia mais o loiro, que não o colocaria mais em risco. Ele poderia aguentar tudo aquilo, passou quase cinco anos suportando aquilo. Pelo menos era isso que ele dizia a si mesmo, Ítalo passara dias encarando o papel, todas as noites? Madrugada? Depois que todos os "clientes" saiam, seus dedos pairavam sobre o telefone de sua mãe, de forma que o moreno já havia decorado todos os dígitos que compõem o número de telefone de Diego.

Talvez a gota d'água para Ítalo foram as algemas que cortaram seus pulsos? Ou talvez o álcool que colocaram em seu sistema? O moreno não fazia ideia, mas quando se deu conta estava discando o número do loiro, estava fraco demais para se arrepender. O outro atendeu.

― Diego? É você? Pergunta ele rouco e fraco

― Sim, sou eu. Responde o loiro.― Do que você precisa?

Do que ele precisava? De muitas coisas. Parar de se sentir sujo, queria sua mãe, queria ser normal.

― Eu estou cansado. Sua proposta ainda está de pé? Indaga o moreno

― Claro. Só me diga aonde está e eu te buscarei. Responde Diego

Aquelas palavras por algum motivo aliviaram o peso que ele sentia.

― Obrigado, Diego. Responde o mais velho.― A propósito meu nome é Ítalo. Ítalo Ramirez.

O moreno esperou alguns segundos antes de desligar, se atrapalhou um pouco para mandar a localização, antes de ser puxado para continuar seu " trabalho". O garoto perdeu a noção do tempo, começando a dissociar, as vozes pareciam abafadas nos ouvidos. Então tudo que perguntassem ou dissessem ele tava respondendo "não".

O aperto nos seus pulsos sumiu, mas os cortes sangravam, ele sentia o sangue escorrer. Alguém o virou, uma cabeleira castanha e olhos âmbars o encaravam.

Diego... Sua mente forneceu

Ítalo se jogou contra o loiro abraçando-o, esquecendo-se que estava nu, o outro não pareceu se importar.

― Escute. Você acha que consegue andar? Sussura Diego

O moreno assente contra o ombro do outro.

― Ótimo. Diz o loiro se afastando para mudar de posição

O loiro levou a mão as costas, e a outra puxou Ítalo para mais perto, o próximo som que o moreno ouviu foi um disparo que o assustou.

― Ítalo. Vá. Ordena Diego

― Seu filho da puta. Silaba Hector

Ítalo corre até a porta percebendo uma mancha vermelha pela visão periférica, houve outro disparo, e o moreno parou para ver o que era, no chão em alguns metros estava seu pai, um monstro, sem vida. O sangue se espalhou rapidamente, o garoto arrastou seu olhar até Diego que ainda segurava a arma e se levantava. Uma porta bate contra o corp de Ítalo, sua mãe entra pela porta e corre até o corpo de Hector.

― Seu desgraçado o que você fez? Diz Diana

A mulher pega a arma, mas o loiro aponta o revólver, o coração de Ítalo pula com a ameaça.

― Você não pode matar a mamãe. Diz ele desesperado

Diego abaixa a arma, tira o moletom e joga para o moreno

― Vão embora então. Diz o loiro calmo.― Você são livres. Ele está morto.

Ítalo veste o moletom e sai do quarto com sua mãe a calcanhares.

― Acabou tudo! Grita ela aos homens lá fora. ― Formos invadidos. Logo, logo outros igual ao garoto chegaram. Os Malcolms.

O que quer que aquilo significasse fez a grande maioria se mover, sua mãe repetiu as mesmas palavras no andar de baixo e todos se moveram. Diana e Ítalo entraram no carro e partiram para sua casa.

― Filho, você conhecia aquele garoto? Pergunta sua mãe no dia seguinte

― Sim, ele é um amigo. Responde o moreno sem pensar

― Você não pode ser amigo de um Malcolm. Diz ela

― Por quê? Questiona o garoto

― Por que eles são ligados a máfia, não sei exatamente qual, mas sei que são ligados a assassinato. Explica Diana

― Impossível. Diego, não seria. Deve haver outros Malcolms. Fala Ítalo incrédulo

― Baltimore? Sinto muito te informar, mas sim ele é um deles. Fala a mulher

― Ele é adotado. Responde o moreno

― Ele não é diferente deles. Você viu, ele não hesitou em matar Hector. Olha eu sei que seu pai era horrível, mas uma coisa é alguém falar que vai matar, outra coisa é fazer-lo. Explica sua mãe. ― Ele ia me matar, você viu com seus próprios olhos. Os Malcolms não se importam com que você sente. Isso se trata de briga de máfias, o garoto, Diego apenas te usou para chegar ao seu pai, e logo virá nos matar também.

Ítalo se recusava a acreditar naquelas palavras. Sua mãe anunciou que eles iriam embora daquela casa a tarde, para algum lugar, ele estava com sono e assim que o carro começou a andar ele adormeceu. Quando acordara estavam em um lugar que não reconhecia, sua mãe não estava no carro. O moreno saiu do carro, a figura de Diego estava de pé com uma faca ensanguentada na mão, alguns centímetros a sua frente estava, sua mãe? O sangue dela espalhado pelo chão, a garganta cortada o sangue ainda jorrando.

― O que você fez? Diz Ítalo a beira das lágrimas

Diego olha para ele, e impalidece.

― Ítalo. Chama o loiro. ― Não entenda mal. Ela não era diferente do seu pai, ela consentia com isso.

―  Não. Ela me amava. Ela estava sempre lá por mim. Você não entende o que é isso, porque você nunca teve família. Diz o moreno com raiva. ― Você não é diferente dos Malcolms. Minha mãe me contou que vocês são ligados a máfia.

― Eu te disse para ir embora. Fala Diego após um tempo.― Você é livre. Nada mais te prende aqui. Comece uma nova vida, com um novo nome em outro lugar. Quebre todas as conexões que seu pai tinha com a máfia.

Ítalo recua alguns passos e começa a correr, ele não sabia para onde estava indo, apenas correu até perder o fôlego, até suas pernas cederem. Uma hora se passou e o garoto pegou toda a reserva de dinheiro que estava depositado na conta de seus pais, partiu no primeiro ônibus disponível.

Quase três anos se passaram desde que se mudara para Carolina do Sul, desde que mudara de identidade.

Ethan Remus Torrez um fugitivo que tentou cortar sua relação com a máfia, com a sua origem. Ele sabia como era acordar todos os dias ofegante, se sentindo sujo, sabia qual era ter a sensação de ter seu corpo violado, mas ninguém sabia disso, pois ele não se envolvia com as pessoas. Ethan normalmente não sente nada pelas pessoas em geral, mas existem três pessoas que o moreno odeia profundamente. Seth Gordon, Riko Moriyama e Aaron Minyard ou Diego Malcolm qual você preferir.

Ethan havia sido recrutado pelas Raposas time da universidade de Palmetto States. Sua primeira temporada ali, o dia da reunião o moreno iria conhecer os outros dois calouros que também havia entrado no mesmo ano.

Seu coração deu um salto quando deu de cara com Andrew Minyard. Um garoto loiro, olhos âmbars com 1,52 de altura com pele pálida. Extremamente semelhante a Diego. Outro garoto tinha cabelos e olhos castanhos escuros, com pele bronzeada. Nicholas Hemmick primo do loiro.

Ethan ficoi inquieto com a ideia daquele ser Diego. Foi por isso que ele passou dias pesquisando a fundo sobre Andrew ou Diego. Haviam algumas informações irrelevantes sobre ele. Mas achara algo interessante, Andrew Minyard tinha um irmão gêmeo, Aaron.

Bingo!

Ethan chegou a conclusão de que Diego Malcolm era na verdade Aaron Minyard, que estava morto desde os sete anos. O primeiro fato que confirmava isso era que havia registro de Andrew na Califórnia até os treze, e aos dezesseis anos se mudara para Colúmbia com sua mãe Tilda Minyard, que morreu alguns meses depois por overdose, seu primo tornando seu guardião. Enquanto Aaron mal tinha registro quando estava vivo. Segundo fato era que as cicatrizes não haviam como ter desaparecido, principalmente os cortes feios na mão e uma leve queimadura, essas não haviam em Andrew.

Ethan ignorou Andrew e Nicky por bastante tempo, mas então Kevin apareceu se mudando para Palmetto States trazendo muitos problemas.

O pior veio um mês depois, Riko Moriyama apareceu em um bar perto da casa do moreno.

― Ethan. Chama o Corvo

― O que você quer? Não é a mim que você quer. Diz Ethan

― Tem razão. Eu quero que você traga, Kevin para os Corvos. E eu consigo o que quero. Diz Riko

― Blá, blá, blá. Odeio gente mimada. Boa sorte, vá procurar outro otário. Diz o moreno

― Você irá fazer isso. Afirma o Corvo

― Definitivamente não. Retruca Ethan e se vira para ir embora

― Claro que você vai, Ítalo Ramirez. Diz Riko

O moreno para e se vira para olhar o outro jovem que sorria friamente.

― O que será que a galera vai achar quando souberem que seu brinquedo favorito está em Palmetto States. Continua o Corvo

Ethan morde o lábio suprimindo as respostas.

― Que porra você quer? Questiona ele entre dentes

― Já disse, traga os Corvos. Fala Riko

― Já disse que não. Que culpa eu tenho se sua esposa não te quer mais. Retruca o moreno

― Nesse caso, tire Andrew do meu caminho. Fala o Corvo

― Eu posso fazer isso, mas eu não te devo nada, porque faria isso por você? Retruca Ethan

― Posso falar seu paradeiro para os clientes do seu pai. Tenho certeza que ficaram emocionados para ver você. Ameaça Riko

Ethan tava seriamente pensando em afogar aquela ratazana no próprio esgoto.

― Vá se foder. Retruca o moreno.― Ok, eu faço, mas não ache que pode me controlar.

Foi assim que Ethan teve que parar de ignorar o grupo do tal "monstro", esse apelido não fazia sentido para ele. O moreno começou a juntar informações sobre Andrew, ele não passou-as para Riko, afinal não foi isso que outro pediu.

Ethan fuçou o fundo dos arquivos para achar Andrew Doe. Onze casas, a última sendo de Richard e Cassandra Spear.

O filho deles era ligado a polícia que intrigante...

Ele guardou isso para usar em algum momento futuro.

No fim do ano letivo, todos tinham o sentimento de querer enforcar a galinha Kevin.

Neil Josten era o novo recruta, não havia muitos registros sobre ele quando Ethan procurou. Foi assim que o moreno chegou a conclusão de que havia algo de errado, e aparentemente não foi o único a chegar a mesma conclusão, Andrew também percebera. Porém o loiro tomou medidas drástica, a ponto de droga o garoto para obter informações, Ethan teve que se envolver naquilo antes que desse em besteira, e acabou chamando atenção demais. Ele não sabia quem era Josten, mas sabia que conhecia, pelo menos dissera um nome intrigante ao confundir Andrew, ou seja, o recruta conhecia Aaron.

Quando Neil resolveu que podia se meter em encrenca, dessa vez Riko, Ethan sentiu que estava fudido, agora ele tinha mais carga de trabalho, Andrew e Neil para ficar de olho. Seth teve uma overdose e uma lesão, já não podia mais jogar.

Um problema a menos,Obrigado...

O banquete de outono tudo foi por água abaixo quando Neil humilhou pela segunda vez, e Ethan admite achou divertido.

Pobre Jean... Pensa o moreno

Ethan seguiu Neil e Riko sem que percebessem, e ouvira a verdade sobre o recruta, Nathaniel Weninski era seu nome que aparentemente tinha ligação com os Moriyamas, era uma arma importante para eles. Ele saira assim que percebeu vozes se aproximando.

Mais tarde o moreno pesquisou sobre Nathaniel Weninski, aparentemente filho do homem que era suspeito de ser o açougueiro de Baltimore, que fora declarado morto há oito anos. Nathan o seu pai estava preso por outra acusação. Ele também tinha ligação com os Malcolms. Ethan se deu conta que Neil, na verdade conhecia a verdadeira identidade de Aaron, ou seja estava mentindo para se manter ali. Se ele fosse atraí Nathan, atrairia também os Malcolms e Aaron, e Ethan usaria disso sua chance de acabar com o loiro, encontraria a fraqueza de Diego, e o esmagaria psicologicamente.

Notes:

N.A: Finalmente chegamos a história de Ethan!!!! Tinha umas pessoas curiosas sobre ele então aqui estamos!!!

Ethan é uma Raposa, que tem uma mente muito confusa e distorcida. Muita terapia ajudara... Eu realmente fiquei muito triste porque ele e Aaron não conseguiram se entender. E isso virou uma bola de neve... Culpem os pais do nosso pequeno por isso!!!

Agradeço a minha beta sky_whitney coisas, afinal sou muito indecisa... E que estava tão empolgada quanto eu.

Neste sábado sem falta capítulo de Neil.

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!!

Chapter 33: Em meio ao beco sem saída...

Summary:

― Ele vai mandar mensagem pra mim. Responde o mais velho

Fazia quase um ano desde que havia se livrado do seu último celular, não tocara em nenhum depois da morte da sua mãe. Não achava necessário; não tinha mais ninguém no mundo para quem pudesse ligar.

― Neil. Chama Nicky preocupado

Notes:

N.A: bom dia/ boa tarde e boa noite galerinha!!! Hoje POV de Neil novamente aeeee. Este capítulo bateu o recorde de palavras com um total de 6600.

Espero que gostem!!! Estamos quase chegando ao momento que muitos esperam e eu tbm é claro...

T.W: Violência verbal e física
Menção a máfia
Uso de drogas (remédios)
Menção a personagem morto
Menção a tentativa de assassinato

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Apesar de portar bastante dinheiro, Neil só usava quando necessário, para fugir e sobreviver. Uma vez que documento falsos bons eram bem caros mesmo com os contatos de sua mãe. Agora que o jovem havia comprado briga com Riko Moriyama não seria tão fácil fugir, e isso só levantaria suspeitas.

Neil não tinha intenção de fazer gastos, mas seus companheiros o arrastaram para as compras na terça-feira, com o pretexto de que o banquete de outono seria logo e ele não tinha nada apropriado para usar.

― Em algum momento vai ter que vestir as roupas. Fala Nicky

― Ou eu posso não ir. Sugere Neil

― Você vai. Os outros querem te conhecer. Diz Kevin como se não tivesse problemas com Riko

― Não me importo com eles fora da quadra. Retruca o mais novo

― Veja bem Neil, você zombou de Riko na Tv, então se você não for ele vai achar que está com medo. Diz Andrew drogado

Neil estava com medo e Andrew sabia disso. Nicky foi olhar as camisas ao redor enquanto Neil revirava os cabides com calça.

― Você convidaria Allison? Questiona Neil a Kevin. ― Tipo ela e Seth estavam animados para irem.

― Ah Neil, não faça os outros limparem suas besteiras. Fala Andrew debochado

― Cale a boca. Essa sua teoria é uma besteira até que prove contrário. Retruca Neil

― Quando eu provar, você vai criar coragem para falar com ela? Questiona o loiro fingindo surpresa

Neil cerrou os dentes, Andrew riu e se afastou, deixando os dois atacantes ali.

― Não vou convidá-la. Porque nós dois temos culpa nisso. Fala Kevin quebrando o silêncio

― Você acha que Andrew está certo? Indaga o mais baixo

― Sim.

― Não se mata alguém por um jogo. Refuta o jovem

― Isso não é apenas um jogo. Eu sei que Riko planejou isso. Sei do que ele é capaz. E nem quero entender o que se passa na cabeça deles. Fala o moreno

Neil não entendia a lógica de Riko. Afinal ele vira bastante violência, seu pai era o açougueiro e matava aqueles que ousavam o desafiar, e não outra pessoa.

― Tá bom chega de fala disso. Diz Nicky se aproximando

O moreno carregava algumas roupas no braço, e parecia vibrar de empolgação.

― Tenho bom gosto pra roupa, né? Se quiser provar pode ir, mas eu sei que iram se servir. Fala ele

― Por que eu provaria? Indaga o mais novo confuso

― São pra você. O treinador reclamou com a gente e nos ameaçou de nos colocar em uma maratona. Você consegue me imaginar nisso? Eu não. Reclama o defensor

― Não há nada de errado com as minhas roupas. Retruca Neil

― Não discuta comigo, é perda de tempo fazer isso. Fala o moreno afastando as roupas do alcance do outro. ― Agora pegue as calças.

Neil teve que respirar fundo para arrastar a raiva.

― Nunca mais saio para fazer compras com vocês. Diz o atacante

― Como se você pudesse. Estou começando a entender porque Andrew nos largou aqui. Que bom que ele não liga pra minha opinião. Comenta Nicky

― O quê? Indaga o mais baixo

― Foco, Neil. Pare de enrolar. Fala o defensor

Neil pegou as roupas, mas logo essa foram rejeitadas. Quando terminaram de escolher foram para o caixa pagar. Eles sairam para encontrar Andrew digitando em um celular.

― Que porra é essa? Parece lata velha. Comenta Nicky

― E desde quando ligo pra sua opinião? Retruca Andrew

― Não comprou um teclado pra ele? Questiona o defensor

― Por quê? Não é como se ele fosse mandar mensagem para alguém. Diz o loiro jogando o telefone para Neil que o agarrou

― Ele vai mandar mensagem pra mim. Responde o mais velho

Fazia quase um ano desde que havia se livrado do seu último celular, não tocara em nenhum depois da morte da sua mãe. Não achava necessário; não tinha mais ninguém no mundo para quem pudesse ligar.

― Neil. Chama Nicky preocupado

Neil tentou devolver o telefone, mas o moreno se recusou a pegá-lo.

― Neik, a gente precisa que fique com o celular. Precisamos manter contato com você, saber se está bem. Fala ele

― Afinal você sempre arranja uma forma do outros quererem te matar. Diz Andrew

― Por precaução Neil, ficaremos mais tranquilos sabendo que podemos entrar em contato com você. Explica Nicky

― Eu não posso. Nicky eu... Diz Neil sua voz fraca

― Ok, tudo bem. Vamos dar um jeito. Diz o mais velho

Nicky tirou o celular das mãos de Neil, e a sensação ruim permaneceu. O atacante foi para o carro. A viagem para o Campus foi silenciosa.

Naquela noite Neil estava se vestindo para o treino noturno, Kevin foi expulso dali pela disposição dos ítens na sala. Andrew estava sentado no banco, sóbrio com o celular de Neil a sua frente.

― Não tem quem aguente tanto problema. Fala o loiro

― Não preciso de um celular. Retruca Neil

Andrew tira um telefone do bolso, parecido com o de Neil só mudando a cor. Ele discou um número, a música que tocava pelo aparelho do atacante fala de fugitivos. Neil atravessou o cômodo e recusou a chamada.

― Você não tem graça. Diz o atacante

― E você é? Amarrou uma corda no pescoço e entregou a ponta para Riko. Eu disse que cuidaria de você. Então por que está dificultando as coisas? Comenta o goleiro

― Só consegui sobreviver oito anos, pois ninguém sabia de mim. Afirma Neil

― Mas esse não é motivo. Observa Andrew

― Estamos fazendo aquilo de novo? Questiona o atacante

― Que tal você começar. Fala o loiro

― Eu só ganhei um celular para que meus pais soubessem que eu estava vivo. Começa o mais novo.― Levei meu telefone quando fugir. Me recusei acreditar que estavam mortos. Achei que algum dia eles ligariam e falariam para casa. Mas na única vez que o celular tocou, o homem exigiu que eu entregasse o dinheiro dele. Então não tenho mais. E para quem eu ligaria?

― Nicky, o treinador, sei lá não ligo. Diz o goleiro

― Me lembrei do porque não gosto de você. Retruca o mais alto

― Estou surpreso que tenha esquecido. Fala Andrew

― Não esqueci. Diz Neil empurrando o celular para perto de Andrew. ― Teve haver outro jeito.

― Pare de ser um covarde. Claro que é difícil para um fugitivo, mas tente algum dia, quem sabe goste. Sugere o loiro

― Por que você não enfia esse telefone goela abaixo. Sugere atacante

― Viu. Fala o goleiro divertido

Andrew gesticulou para que Neil se aproximasse. Andrew discou o número de mais alto.

― Seu celular está tocando. Atenda. Diz o loiro

Neil atendeu gélido.

― Seus pais estão mortos, você não está bem e não vai melhorar. Não é novidade para você. Você ainda é Neil Josten e eu sou o cara que te manterá vivo. Não me importo se você vai ou não usar esse celular, mas ficará com ele pois vai precisar algum dia. Diz o goleiro erguendo o queixo de Neil e encontrando seus olhos. ― E nesse dia você vai lembrar da nossa promessa e vai me ligar. Entendeu?

Neil assente, Andrew se afasta. O atacante olha para o espelho com vontade chora. Essa era a segunda promessa que fazia com um Minyard. Seus olhos queimavam, ele sentiu os olhos de Andrew sobre ele, e se recusou a olhar para o goleiro.

― Se você estiver terminado de causar problemas, pode fazer a sua pergunta. Kevin deve estar te esperando. Fala Andrew

― E você não vai colaborar. Completa o atacante

― Richard Spear é uma cara desinteressante, e inofensivo. Nada será encontrado para incriminá-lo. Fala o loiro

― Sério? Sua reação foi exagerada para um mal-entendido. Comenta o mais alto

― Não gosto dessa palavra. Diz o goleiro

― Exagerada? Indaga Neil

― Mal-entendido. Responde Andrew

― Uma palavra um tanto peculiar para ficar incomodado. Fala o atacante

― Como se você pudesse opinar. Retruca o loiro

Andrew parte, e Kevin entra os dois treinam. O atacante tenta esvaziar a mente.

Na manhã seguinte Neil quase teve um ataque cardíaco quando o celular tocou. Era Nicky que havia mandado uma caretinha. E depois veio Dan:

Nicky disse que você tá
com celular u.u

Sim

Já estava na hora,
Pensei que teria.

Neil guardou o telefone, na hora do almoço havia tantas mensagens, porém leu todas elas. O garoto se assustava a cada vez que o telefone tocava. E Nicky ficou perturbando o dia inteiro. Quando a paciência de Neil finalmente se esgotou e ele retrucou digitando com cuidado.

O que você vai fazer quando
ficar sem mensagens disponível

???
Nosso plano tem mensagens
ilimitados. Não acaba. E não
é por falta de tentativa :)

Neil suspirou sem ter o que fazer. Na sexta-feira havia tantas mensagens não lidas. Eles jogariam contra USC-Columbia nessa noite.

Nicky começou a conversa com Neil, e o celular do atacante vibrou uma caretinha enviada pelo mais velho.

― Viu? É assim que pessoas normais reagem ao telefone. Comenta Nicky satisfeito

― É por isso que você não para de me manda mensagem? Indaga Neil

― Andrew me pediu para cuida disso. E é assim lido. Retruca o mais velho

― Cuida do quê? Pergunta o atacante

― De você, óbvio. Afinal você teria tocado no telefone essa semana? Indaga o defensor

― Ele é para emergência. Então não. Responde Neil

― Ah claro. Duvido muito que você o usaria, mesmo se tivesse uma emergência. Zomba Nicky

― Você não sabe. Retruca o atacante

― Acabei de te livrar de uma terapia intensiva, para sua mente ferrada. Fala o defensor

― Obrigado, então? Fala Neil

― Não diga isso como se fosse uma pergunta. Mas vitórias são vitórias. Fala o mais velho

Nicky volta a tagalerar sobre coisas aleatórias. Pensar em ver Riko no dia seguinte azedou seu humor. Neil enfiou o celular na mochila e afastou os pensamentos.

O banquete de outono iria acontecer na universidade de Blackwell, ninguém estava empolgado como evento. Nicky convidou Jim da sua turma como acompanhante.

O banquete seria um evento de dois dias, mas Raposas iriam embora naquele ainda. Neil se viu nervoso por causa de Riko. Kevin estava surtando quando estavam perto da universidade. Claro que não era apenas Riko que Kevin temia, logo ele teria que ver seu antigo time Inter, e o homem que o criou.

Quando chegaram ao Campus de Blackwell.

― Ei, ei. Você vai romper alguma coisa se continuar respirando desse jeito, Kevin. Diz Kevin

Neil olhou para direção e viu Kevin encolhido e pálido, respirando pesadamente, enquanto Andrew estava a sua frente de braços cruzados.

― Olha para mim. Vai ficar tudo bem. Você acredita em mim, né? Tranquiliza Andrew

― Eu acredito em você. Responde Kevin rouco

― Mentiroso. Fala o loiro e rir

O ônibus da Edgar Allen já estavam lá.

― Podem sair. Diz o treinador

Alguns sairam, Kevin, Neil e Andrew ficaram.

― Você tem dez segundos para beber o máximo que conseguir. Fala o treinador dando uma garrafa vodka ao Kevin

Neil saiu depois de um tempo. Nicky estava com a mochila de Neil e a entregou. As Raposas usaram o vestiário da equipe visitante.

Wymarck examinou sua equipe depois que terminaram de se trocar, o homem deu olhar preocupado a Kevin, Andrew estava ao lado do moreno.

― Você, tente se comportar dessa vez. Nada de comprar briga hoje. Diz Wymarck a Neil

― Sim, treinador. Retruca o jovem

― Então, vamos. Diz o homem

Na quadra tudo estava arrumado para banquete. Haviam 14 equipes, 250 atletas além de noventa acompanhantes e funcionários. Neil nunca tinha visto tanta gente numa quadra de Exy. Foi fácil localizar onde as Raposas ficariam, pela fitilha, o mais incrível ainda era o fato de que ficariam de frente com os Corvos.

― Puta que pariu. Diz Dan

― Ah, que clichê. Isso vai ser divertido. Vamos Kevin. Diz Andrew alegremente

Kevin seguiu Andrew mesmo em tremores.

Ali na mesa estavam as 22 Corvos todos de preto, e se sentados de forma idêntica.

― Riko. Dan Wilds. Fala a capitã

― Quem não te conhece? Você é a mulher que comando uma equipe da primeira divisão. Você faz um excelente trabalha, apesar dos desvantagens. Comenta Riko

― Que desvantagens? Indaga ela

― Precisa mesmo que eu diga. Esse evento só dura dois dias, Hennessey. Provoca o Corvo

Neil ficou confuso, mas a raiva de Matt foi suficiente.

― Cuidado, Riko. Diz o defensor

Dan o acalmou, um dos Corvos trocou de lugar ficando em frente a Neil. Jean Moreau ostentava o número '3' tatuado na bochecha, defensor dos Corvos e um velho amigo de Kevin.

― Seu rosto é familiar. Comenta Jean com sotaque

― Teve ser por causa de programa. Responde Neil

― Ah, sim. Deve ser isso. Qual é o seu nome mesmo? Alex? Stefan? Chris? Indaga o Corvo

Neil sentiu seu estômago revirar, aqueles nomes significavam uma coisa, que Riko havia achado sua resposta. O jovem respira recuperando a postura.

― É Neil. Responde o atacante

― Hum? Você não tem cara de Neil. Diz Jean

― Culpe minha mãe. Foi ela quem me deu. Diz Neil

― E como ela está, a propósito? Indaga Riko

― Ei, para de hostilizar minha equipe. Não é lugar para isso. Fala Dan

― Estou apenas sendo educado. Rebate Riko

― Oi, Kevin. Diz Jean

― Jean. Diz Kevin em voz baixa

Os dois se encararam.

― Jean. Ei, Jean Valjean. Ei. Ei. Oi. Chama Andrew

Jean bufou e olhou para Andrew, que estendeu a mão. O aperto de mão foi forte a ponto de irritar o Corvo.

― Sou Andrew. Ainda não nos conhecemos. Fala o loiro

― Eu sou grato por isso. As Raposas são uma vergonha, mas você. É pior, um goleiro que não liga para sua função. Diz Jean

― Não acha que passou do limite? Interveio Renee

― Você deve ser péssima para alguém como ele te substituir no gol. Fala uma jogadora dos Corvos

― É a primeira vez que nossa equipes encontram. Precisamos começar assim? Fala a goleira das Raposas

― Vocês são ruins de qualquer forma. Rebate uma garota ― Vale a pena?

― A gente se diverte mais do que vocês, então sim. Retruca Renee

Neil estava cansado de ouvi toda aquela patifaria calado.

― Diversão é pra crianças. Diz Jean

Ao olhar para Renee o homem ficou calado. Todos notaram sua distração.

― Você não tem competência. Você não tem o direito de jogar contra a gente. Fala o defensor dos Corvos

― Então por que vieram? Ninguém quer vocês aqui. Diz Matt

― Vocês roubaram algo que não pertence a vocês. Diz um Corvo

― Não roubamos nada, Kevin está conosco porque quer. Retruca Dan

― Não diga nada. Kevin só está com vocês para ensinar como se joga. Fala o Corvo. ― Conhecemos Kevin muito melhor que vocês. Sabemos que a incompetência de vocês. Vai irritá-lo.

― Ele fala o que pensa, e nós também. Agora cala a boca e vá cheirar a bunda do seu dono. Retruca Ethan frio

― Eles sabem o que eu sinto. Eles precisam de mais dedicação do que isso. Fala Kevin

― Você não vai ficar. Diz Jean, soava como um ordem. ― Aceite nossa oferta antes desistirmos, Kevin. Seu bichinho de estimação é um peso morto.

― O quê? Você tem um bichinho de estimação? Cadê ele, Kevin? Indaga Andrew a Kevin

― Não interrompa, Doe. Diz Jean irritado

Andrew e Nicky olharam para o homem, um com sorriso macabro e outro com puro ódio.

― Boa tentativa, mas você não pode derrubar quem já está na merda. Diz Andrew

― Chega. Se não tem nada de bom. Para dizer, então não fale. Diz Dan

― Então é por isso que seu recruta não disse nada. Porque não tem nada "de bom" para dizer? Diz Riko apontando para Neil

― Deixe ele em paz. Retruca Matt

― Ele tava tão corajoso da última vez. Comenta Riko.―Era apenas showzinho?

Neil tentou contar até dez, mas quando chegou no quatro até Riko abrir a boca.

― É um covarde igualzinho a mãe.

― Olha cara entendo a sua frustração já que você sempre foi visto como um produto, e não tem valor fora da quadra. Eu não tô nem aí pros seus problemas " com o papai". Retruca Neil

― Neil. Tenta Kevin nas Neil o ignora

― Sei não é culpa sua de ser fudido mentalmente e física com ego maior que seu cú a ponto de não conseguir ter uma conversa decente. Mas existe um limite de paciência, e a minha já esgotou a muito tempo. Agora dá para você por favor, cala a porra da boca e nos deixa em paz. Continua o atacante

Todos pareciam em choque com as palavras do homem, a tensão foi cortada por uma risada. Era Ethan.

― Matt vá buscar o treinador. Diz Dan

Matt saiu rapidamente.

― Você não pode falar uma coisa dessa. Fala Jean horrorizado

― Ele não deveria ter me provocado. Eu estava quieto. Diz Neil

― Que porra essa? Questiona Jean em francês para Kevin

― Ele já veio assim. Retruca Kevin no mesmo idioma

― Você tinha que ter dado um jeito nele quando passou dos limites pela primeira vez. Por que não mostrou qual era o lugar dele? Retruca o defensor dos Corvos

― Neil não tem nada haver com ele. Ele é uma Raposa. Responde o atacante das Raposas

― Ele não é uma Raposa! Diz Jean

― Estranho. Tenho certeza que o contrato que assinei estava escrito Palmetto States. Retruca Neil em francês também

― Isso não muda os fatos. Esqueceu quem te comprou? Fala o francês

― Ninguém me comprou. Fala o mais novo

― De que porra você tá falando? Indaga Kevin confuso

― Não é possível. Você não sabe. Fala Jean incrédulo. ― Vocês são tão burros. Como ainda estam vivos?

― O que está acontecendo? Diz Wymarck aparecendo

Neil olhou ao redor, seu coração estava batendo forte demais.

― Levantem. Vamos mudar de mesa. Avisa o treinador

Neil se levanta se afastando.

― Riko quer falar com você mais tarde. É melhor obedecer se não quiser que todos saibam que você é filho do açougueiro. Diz Jean em um francês rápido

O arrepio percorreu a espinha de Neil, Kevin ao seu lado soltou um som estrangulado. Neil saiu o mais rápido possível.

― Vai fugir? É o que você faz de melhor, não é? Fala Jean

Neil evitou olhar para Kevin quando mudaram de mesa.

― Neil... Tenta Kevin em francês

― Não, Kevin. Aqui não. Amanhã conversaremos. Retruca Neil no mesmo idioma

― Andrew sabe? Questiona o moreno

― Em partes. Ele não sabe meu nome. Responde o mais novo

― Ele sabe quem você é? Indaga o maior

― Eu disse não. Aqui não. Responde Neil

Kevin se levanta saindo com Abby.

― Neil. Você está bem? Fala Dan

― Ele parece bem? Pergunta Andrew

Dan lhe dar um olhar irritado, Andrew se inclina para olhar para Neil por trás da capitã.

― Eu avisei. Fala ele

― Senta direito Minyard. Diz Wymarck ao loiro e se vira para o atacante. ― Não disse pra você não se meter em encrenca?

― Sim, já sabia que isso ia acontecer. Só não estava preparado. Estou bem. Fala Neil

O treinador parecia cansado, mas o atacante também estava.

Quando Kevin voltou um pouco depois. Após o jantar as equipes se dispensaram para se divertir. Ou jogarem vôlei, ou dançar.

― Podem ir. Se divirtam... Eu não. Não me importo. Mas chega de briga, ok? Fala Wymarck para as Raposas

Todos se dispensaram, deixando Neil, Andrew, e Kevin na mesa.

― Não ouviram. Vão. Diz o homem

― Ah treinador, estamos nos divertindo. Ah deixe a gente recuperar o fôlego. Fala Andrew humorado

― Vou contar até trinta segundos. Fala o treinador

No vinte Kevin saiu com os outros dois. Onde ele ia conseguia se envolver em qualquer conversa. Parecia empolgado e tinha muito assunto. Neil viu Allison na pista observando algo e balançando a cabeça. Os Corvos estavam indo em direção a Kevin.

― Andrew. Chama Neil

― Ah, lá vem eles. Kevin estamos companhia. Fala o loiro

― com licença. Despede Kevin

Kevin foi para o lado do goleiro. Os Corvos pararam em frente aos três. Renee apareceu pegando o braço do moreno e estendendo a mão livre.

― Jean, né? Me chamo Renee Walker. Não tivemos tempo para conversar mais cedo. Diz a goleira com um sorriso gentil

― Jean Moreau. Diz ele

― Neil Josten. Somos atacantes titulares dos Corvos. Queríamos que você visse como é uma equipe ofensiva de verdade. Diz um dos Corvos

― Em que sentido? Pergunta Matt ao lado de Neil. ― Matt Boyd, defensor titular que vai destruir seus objetivos em outubro. Prazer.

― Somente seu. Considerando que namora uma prostituta. Diz um atacante dos Corvos

― Stripper. Espero que saiba distinguir as duas profissões, ou terei que me preocupar com seu desempenho acadêmico. Diz Dan abraçando Matt pela cintura

Neil guardou essa informação bem longe no momento.

― Hennessey, né? Um belo nome considerando sua intensidade. Fala um Corvo

― Ficamos decepcionados de você não fazer parte do entretenimento. Diz o outro atacante

Matt teve vontade de esmagar os ossos destes, mas Dan passou por ele, se aproximando do atacante, que respirou o perfume dela, a resposta da morena foi uma sapatada nas bolas do Corvo que se afastou.

― Hennessey. Aquela que te trata bem se tiver disposto a pagar e acaba com sua raça se sair da linha. Bem, essa garrafa já tem nome nela, seu babaca. Diz Dan calma

A mulher se virou e voltou para Matt.

― Cadê a educação, Dan? Pergunta Neil sarcástico

― Faça o que mando, não o que faço, novato. Diz ela com humor

― Kevin Day. Diz uma voz estrondosa

Parado ali há alguns metros estava Tetsuji Moriyama.

― Mestre. Quanto tempo. Diz Kevin com medo

Os Corvos quebram sua posições. O treinador Moriyama estendeu a mão para Kevin que aceitou com relutância.

― Açougueiro. Chama Jean em francês baixo

Neil olhou para o outro que gesticulou para Riko que deixava a quadra. O atacante o seguiu sem opções. Riko olhou ao redor do vestiário, depois seguiu para um escritório. Os dois se encaravam de lados opostos da sala.

― Nathaniel, quanto tempo. Diz Riko

O sangue de Neil gelou ao ouvir seu nome depois de anos, e tentou ao máximo não transparecer seu desconforto.

― É Neil. Retruca o atacante

― Não minta pra mim. Você não vai gostar das consequências. Tive uma grande surpresa quando os resultados de DNA sairam. Diz Riko em um meio sorriso. ― Kathy me deu seu copo de lembrança em troca de um beijo. Ela tá se tornando uma bela de uma papa-anjo.

Neil se sentiu burro por ter deixado tal pista para trás, seus anos fugindo haviam lhe ensinado a não deixar rastros, mesmo assim, ele caiu. Isso rederia uma bela surra de sua mãe se estivesse viva.

― Me explica uma coisa. Sei que Kevin não te reconheceu porque é cego por Exy. Mas me questiono o que você está fazendo. Diz o moreno

― Só me virando eu não sabia que nossas famílias tinham negócios juntas, caso contrário não teria assinado. Responde Neil cruzando os braços com força

Riko atravessou a sala, e ficou muito perto de Neil, que queria com todas as forças se afastar. Os dois tinham quase a mesma altura com Riko sendo apenas cinco centímetros mais alto.

― Mentira. Rebate Riko

― Não é. Não quis dar problemas a sua família. E não cause a minha. Eu só vou ficar por um ano, e depois vou embora, eu prometo. Disse Neil em um tom desesperado

― Não quer problemas? Você custou uma fortuna e oito anos de problema para minha família. Diz o Corvo

― Como assim? Aquele dinheiro era do meu pai. Comenta o mais novo

― Não. Aquele dinheiro era nosso porque te compramos. Diz o moreno

― O quê? Indaga o atacante das Raposas

O mundou virou de cabeça para baixo.

Isso não pode ser verdade... Repetia ele em sua mente

― Você não estava fugindo do seu pai, Nathaniel. Você estava fugindo do chefe dele. Continua Riko

Não era irônico? Porque agora parece que ele tinha falado a verdade a Andrew, no fim parte de sua história era realmente verdadeira e ele nem sabia.

― Não acredito em você. Diz Neil trêmulo

― Se recusa acreditar é pior do que não saber a verdade. Comenta o Corvo. ― Fale com Kevin. Ele vai te explicar tudo resumido e detalhado para seu cérebro de passarinho entender. Aprenda seu lugar. Não vou mais suportar seu desrespeito.

Neil sentia que não havia escapatória.

― Entendo você é um grande babaca. Fala Neil

Riko iria partir para violência, mas Matt apareceu.

― Deixa meu time em paz. Comece uma briga e faço com que o CRE te suspenda. Fala o defensor

Riko o encarou, controlando-se.

― Depois você implorará pelo meu perdão. Mau vejo a hora de negar. Diz o Corvo

Riko se vira e sai. Matt observou-o e olhou para Neil com preocupação.

― Neil? Indaga Matt

Neil se acalma,e segura o telefone no bolso com todas as forças.

― Riko não vai com a minha cara. Devo ficar chateado? Fala o atacante

― O treinador vai te matar. Diz o mais alto

Tomara... Pensa ele

― O que os olhos não vêem o coração não sente. Brinca Neil

― Sério. Riko está te perseguindo. Afirma Matt

― Ele faz isso com todo mundo. Comenta o atacante

― O que quer que Jean tenha dito a Kevin, o afetou pois ele tá enchendo a cara. Comenta o defensor

― Não foi o que ele disse, mas o que eu falei. Contei a Riko que eu e Kevin tirávamos sarro dele, e não deixei Kevin se defender. Mente Neil

― Você é um figurão, sabia? Agora vamos voltar. Sugere Matt

Andrew, Kevin, Dan e Renee estavam contra a parede do estádio esperando.

― Ah, Neil voltou. Achei que tinha morrido lá. Comenta Andrew

― Posso falar com Kevin? Questiona Neil

― Hoje não. Eu o darei a você amanhã. Retruca o loiro

Neil assente, tudo parecia silencioso.

― Quem é Doe? Questiona o atacante

― Eu. Responde o goleiro. ― Como eu não tinha sobrenome então me deram esse. Mudei meu sobrenome quando fui adotado. Nicky não te contou?

― Ele deu a história resumida. Retruca o mais novo

Andrew sorriu e deu de ombros, logo o time foi embora, Neil com Riko e seu pai na cabeça.

Neil acordou no sofá da sala de Wymarck, pois não queria lidar com seus companheiros de equipe, Kevin em especial. O jovem teve que lutar com todas as forças para não fugir do apartamento antes que o mais velho percebesse.

― Poderia me dizer. Por que você adora comprar briga com Riko? Indaga o treinador

― Ele que começou. Murmurou Neil

― Você tem o quê, cinco anos? Não dê imbope  a ele. Eu já te disse de que família ele veio. Responde o treinador

― Eu sei, treinador. Ressalta o atacante

― Você disse a mesma coisa ontem. Não minta pra mim, quando o assunto é sério. Diz o mais velho

― Não consigo evitar. Diz o jovem

Neil terminou de comer, Wymarck serviu para si mesmo outra caneca de café.

― Estou achando que te julguei mal. Só não sei em que parte. Algo não está se encaixando. Confessa o homem

― Você está soando como Andrew. Retruca Neil

Neil olhou para Kevin e perguntou:

― Por que ele arrisca tanto só pra te manter aqui?

― Eu fiz uma promessa a ele. Eu disse que daria uma motivação pra viver depois que tomasse os remédios. Responde Kevin

― Ele concordou com isso? Por quê? Questiona o mais novo

― simples. Ele tem esperança e descrença. Responde o moreno

Quando saiu do estádio se sentiu mais leve. Pela primeira vez na vida, Neil não estava pensando no futuro. Parou de contar os dias para a partida contra os Corvos e reduziu a quantidade de notícias que lia e assistia. Passava seu tempo com os companheiros de equipe, Seth foi bem recebido pelos veteranos, até Kevin e Nicky ficaram calados.

Neste período descobriu algumas coisas, o verdadeiro nome de Renee era Natalie, mas recebeu outro quando foi adotada. É que Dan e Renee não se davam bem.

― Foi péssimo. Eu realmente não achava que o treinador faria tal coisa. E que nos déssemos bem depois do time dela ter humilhado o meu. Admite Dan

― Ela levou pro lado pessoal. Afirma Renee amigável

― E como superaram isso? Indaga Neil confuso

― Não tivemos escolha. As Raposas não queriam mulheres, e nem uma capitã no time. Continua Dan

― Tivermos que enfrentar juntas isso. Foi a única forma de sobreviver. Era tudo encenação no início. Demorou quase um ano para perceber que nos tornamos amigas. Diz Renee

― Só me dei conta no verão quando falava com as meninas. Afirma a capitã

As "meninas" eram as colegas de palco dela quando ainda trabalhava de stripper no ensino médio para se sustentar. Ela, a tia e o primo. Dan pretendia se tornar treinadora no futuro e Matt a apoiava.

Matt era filho rico de uma boxeadora profissional e um cirurgião plástico. E tinha grande amor pela sua mãe.

Allison voltou a falar com Neil depois da volta de Seth. Neil pegou um susto quando ela fez.

Neil gostaria de compartilhar algumas coisas. A única informação que ele deu, era que teve um amigo de infância, e o clima pesou quando perguntaram aonde ele estava e Neil respondeu que ele estava morto.

Seus companheiros de equipe descobriram coisas dele, como o fato dele odiar legumes e adorar frutas, e que sua cor favorita era cinza.

Neil foi para biblioteca e jurou ter visto sua irmã gêmea. Mas seguiu para uma mesa vazia e encontra Nicky.

― Ei, Neil tudo bem? Pergunta ele

― Oi Nicky, o que faz aqui? Indaga Neil

― Projeto e estudo. É para isso que servem as bibliotecas, eu acho. Diz Nicky e se anima. ― Ei acabei de ver sua irmã gêmea, há muito tempo perdida.

― Essa piada funcionaria contra seu primo. Retruca o mais novo

― É. Você tem razão. Não que seja improvável. Diz o moreno

― O quê? Indaga o atacante. ― Achei que irmão gêmeo de Andrew estivesse morto.

― É complicado. Sabe eu não entrei em detalhes porque não é da conta de Dan e Matt. Mas como você é um de nós, então eu posso contar. Diz ele e olha ao redor.―Te falei que Tilda deu Andrew, certo? Isso é apenas metade da história. A verdade é que ela colocou os dois no sistema de adoção, mas ela mudou de ideia uma semana depois.

― E ela pode fazer isso? Indaga Neil

― Sim o sistema permite. Só leva as pulseirinhas de identificação dos bebês e teria os de volta. Explica Nicky. ― Mas ela se sentiu culpada de abandonar os dois filhos e pegou um. Pois segundo ela era apenas o que poderia sustentar. Me pergunto será que ela pegou de acordo com a ordem alfabética, Aaron antes de Andrew, ou será que enfiou a mão na gaveta e tirou a primeira pulseirinha que achou?

Nicky parecia refletir sobre a questão.

― Cada um tinha metade de chance de se ferrar. Os dois sairma em desvantagem. Andrew foi para orfanato, e Aaron se tornou um saco de pancadas para Tilda. Continua ele

― Andrew sabe? Pergunta Neil

― Sim sabe. Em algum momento ela soltou essa informação ou algo assim. Enfim eu te contei que Aaron morreu aos sete anos. Mas, hum... Bem, como posso te explicar isso? Questiona o moreno. ― Antes de Andrew e Tilda se mudarem para cá. Meu primo achou o diário de Aaron, existiam coisas perturbadoras escritas lá, nada que uma criança de sete anos ou menos escreveria. A última página escrita era 18 de novembro de 1993, eu acho? Dava a entender que ele seria entregue a alguém, pelo menos é isso que Aaron escreveu lá. Por isso, eu acho que o irmão de Andrew pode está vivo.

Neil ficou chocado com essa afirmação. E Nicky o encara.

― Bem, não deveria ter dito isso. Ok, tudo bem vou deixar você estudar. Fala o moreno se levantando

O atacante o observou-o ir. Saber do outro lado da história o deixava enjoadl, pois isso não dava e ele nem a esperança de Mickey está vivo. Ficar ali não ia resolver nada para os nervos de Neil. O jovem se levantou e saiu correndo sem rumo.

Notes:

N.A: Hoje eu terminei de escrever o capítulo do Andrew, e estou finalizando o de Aaron, pois eu progredir bastante no dia que fiquei com insônia, então segunda-feira eu termino de escrever.

Você são livres para pedir POV de outros personagens...

Agradeço a minha beta sky_whitney por me ajudar a agilizar as coisas para continuar os capítulos ❣️

Não esqueçam de comentar e deixar seus kudos. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima semana!!!

Chapter 34: Um fugitivo nunca chega muito longe...

Summary:

Andrew havia se envolvido em uma briga, e agora Neil e Kevin iriam para o treino enquanto Nicky e Andrew iriam para a sessão. Bem... Andrew iria fazer a sessão enquanto o moreno o esperava. A sala de Betsy era aconchegante, o sofá era grande o suficiente para que pudesse deitar, mas ele nunca fez. A caneca de chocolate quente esquentava os dedos frios, era tudo familiar.

― Então me conta, como foi sua semana? Diz Bee

― Ah... Você ficou sabendo? Seth teve uma overdose. Diz Andrew com uma animosidade que apenas os remédios poderiam fazer

Notes:

N.A: Bom dia/ boa tarde e boa noite pra vocês!!! O POV de Andrew galera, é a continuação do capitulo anterior, e chegamos ao segundo livro na perspectiva do nosso baby. Aproveitem!!!

T.W: automutilação
Violência verbal
Uso de drogas ( remédios)
Menção a overdose
Menção a personagem morto
Menção a abuso passado

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Andrew sabia que Neil retornaria foi por isso que as roupas estavam guardadas.

― Você acha que ele virá conosco? Mesmo depois do que fizemos? Questiona Nicky

― Acredite quando eu digo que ele vem. Diz o loiro com o cigarro nos dedos

― E por que ele não viria? Ele tá ferrado de qualquer jeito. Diz Kevin observando a garrafa de vodka vazia. ― Ele não deixaria algo tão besta como aquilo atrapalhar.

― Besta? Pergunta Nicky e olha para seu primo em busca de algo. ― Meu Deus, você são impossíveis.

― Eu sou o monstro, lembra? Diz Andrew com um sorriso afiado

O defensor estremece, sua expressão muda.

― Eles estão errados. Diz ele e se move para entrar no quarto

Kevin olha para o loiro de fofma interrogativa.

― Ele é sempre assim? Indaga o atacante

― Vá procura o que fazer, Day. Retruca o goleiro

Às nove Neil apareceu na porta do dormitório.

― Olha quem veio. Interessante. Diz Andrew

O loiro move a mão, Neil tenta se afastar do toque mas é inútil, a pulsação era acelerada contra os dedos. Parecia uma pequena balada, a pele do outro era quente, um completo oposto das mãos frias do goleiro.

― Lembre disso. Agora você não é mais o coelhinho fugindo. Fala o mais baixo

O atacante pareceu surpreso, Andrew sai da suíte com um Nicky triunfante e Kevin mesquinho. Os amigos de Seth apareceram, provavelmente para chamar Seth para sair.

Isso não é bom... Andrew não pôde deixar de pensar

Allison verifica os bolsos de seu namorado em busca dos comprimidos, e não acha nada.

― Não sou idiota. Retruca Seth

Discordo... Pensa a mente drogada do loiro

A loira o silenciou com um beijo, Matt e Dan sairam do quarto, pareciam aliviados ao ver Neil.

― Neil, você chegou. Diz Matt. ― Seth e Allison vão sair, e o resto de nós vamos assistir filmes, tem algum pedido?

― Vão sair do Campus? Sério? Pergunta Nicky meio incrédulo

― Não é da sua conta. Retruca Allison

― Renee volta logo. Ela vai pegar algo sem álcool para vocês. Comenta Matt

Fizeram planos para ele sem contatá-lo que original...

― Que pena. Hoje eu vou pagar a bebida de Neil. Retruca Andrew

― Tá zoando. Fala Dan irritada

― Infelizmente a resposta é não. Retruca ele rindo

― Juro por Deus Andrew. Se ele se machucar. Fala a capitã

― Vai fazer o quê? Indaga o loiro colocando mais uma vez a linha entre o time

― Misericórdia, Dan. Não é como se fossemos matá-lo. Retruca Nicky tentando amenizar

Vontade é que não falta...

― Parece até que não confia em nós. Continua o moreno

E quem faz isso?

― Ninguém confia. O que vocês estão tramando? Pergunta Matt

Kevin se move provavelmente farto de tanta baboseira.

― Até mais, Dan. Diz o loiro batendo os dois dedos na têmpora

― Eu disse que ele não vai. Retruca a mulher

― Sério? Isso não parece ser uma escolha sua. Retuca o goleiro. ― Nós demos a escolha à ele.

Andrew vai atrás de Kevin, pois nunca se sabe como Riko irá se vingar, uma vez que já vandalizaram o estádio e a universidade de Palmetto. O moreno está parado na frente do carro esperando o goleiro abrir a porta, Nicky aparece logo atrás do loiro, empolgado para quem sabe que estão com alvo muito grande nas costas. Quando Neil chega eles partem para sweetie's, tiveram que esperar por uma vaga.

― Precisamos de pó de biscoito. Você vai querer ou não? Questiona Andrew

― Tenho escolha? Indaga Neil

― Sim. De agora em diante. Retruca o goleiro

O atacante não parece acreditar nas palavras, mas mesmo assim nega. Andrew mandou-o se trocar, Kevin e ele arrumaram uma mesa enquanto isso, silêncio tomou conta. Os tremores ainda não estavam tão fortes e loiro não estava desesperado pelo pó, então aproveitou seu sorvete.

― Sabe que... Começa Kevin mas Andrew o interrompe

― Diga algo e eu enfio essa colher ba sua goela.

O moreno foi esperto o suficiente para ficar calado. Logo Nicky e Neil apareceram, o coração do loiro erra a batida quando encontra os olhos do atacante, azuis nos âmbars.

― Por que demoraram? Pergunta Kevin

Nicky apenas deu um sorriso malocioso. Seu primo iria dirigir até Eden's Twilight, mas eles não aproveitariam tanto. Mas estava tudo bem porque eles tinham algumas garrafas meio vazias de bebidas em Colúmbia.

― De quem é essa casa? Indaga Neil

― É nossa. Responde Nicky. ― Deixei Alemanha para cuidar de Andrew, sabia? Era eu ou meus pais super religiosos, eu presumir que era melhor ficar comigo. Comprei essa casa pra nós. Meu pai assinou e Erik me ajudou a pagar. Uso meu salário para hipoteca.

A verdade era que quando Tilda morreu, Nicky teve certo receio de que  Andrew morasse na mesma casa que a mulher faleceu, então resolveu comprar outra não muito longe do colégio na época para não atrapalhar a vida cotidiana do loiro.

― Então por que ficaram com Abby no verão? Questiona o atacante

― Simples. Andrew não atravessaria o estado todos os dias. Responde seu primo

Aquilo pareceu satisfazer a curiosidade do outro. Quando chegaram a boate Andrew e Neil foram pegar as bebidas, Roland ficou surpreso ao ver o recruta.

― Sem nada dessa vez. Avisa Andrew

Roland entregou as bebidas para o loiro, e para Neil uma lata de refri e um copo vazio. O atacante verificou o copo para ver se não tinha nada suspeito.

Esperto...

― Paranóico. Comenta o loiro

― Olha quem fala. Retruca o mais alto. ― Não deveria beber também.

― Sei meu limites. Diz o goleiro

― Pó de biscoito? Indaga o atacante

― Apenas para acalmar abstinência, sem danos. Lembra do jogo? Verdade por verdade. Retruca Andrew

― Não gosto e não confio em você. Diz Neil

― Um começo. E isso não vai mudar. Fala o loiro

― Você está me mantendo por causa de Kevin. Mas e quando ele cansar? Questiona o atacante

Em partes é verdade...

― Mantenha o interessado. Responde Andrew

E a mim também...

― Você pode me proteger do meu passado? Questiona o mais alto

Interessante...

― O chefe do seu pai. Adivinha o goleiro

― Sim. Ele está preso por agora, mas o chefe do meu pai não vai parar. E provavelmente vai me matar. Diz Neil

― Complicado. No entanto, ao alcance. Retruca o mais baixo indiferente

Andrew não se importava em morrer por uma promessa, portanto que pudesse cumprir-la. Os três homens encheram a cara enquanto Neil apenas observava, Andrew levou Kevin para o carro, e Neil ajudou Nicky. O atacante ficou incrédulo quando o loiro se colocou no banco do motorista. Alguns tempos depois o celular de Nicky começou a tocar e este atendeu.

― Treinador? Sabe que horas são? Pera o quê? Como assim? Certo, certo. Diz seu primo e desliga

O mais velho parecia abalado.

― O que houve? Pergunta Kevin bêbado

― Seth teve uma overdose. Responde o defensor

― De novo? Indaga Andrew

― Sim. Ele quase morreu. Está em coma. Diz o mais velho abalado

― Seth teve uma overdose? Questiona Neil

― A questão é ele estava limpo há anos. Ele toma antidepressivos. Curioso, não? Diz o loiro

― Estamos voltando? Pergunta o atacante

― Vamos amanhã, afinal estamos bêbados e drogados, e eu sem remédios. Responde o goleiro

Quando chegaram em frente da casa, Andrew foi o primeiro a sair do carro.

― Vamos conseguir jogar? Pergunta Kevin

Por que será que não estou surpreso?

― Kevin, ele tá em coma. Não sabem quando vai acordar, e se vai ter danos. Diz Nicky

― Como se fizesse falta. Fala o atacante

Andrew tinha que admitir que Kevin era meio ranzinza quando estava bêbado, mas não discordava da afirmação do homem. O loiro confessa que Riko foi esperto o suficiente para fingir uma história, porém de alguma maneira seu plano deu errado. Seth estava vivo o que significa que ele falhou feio. Neil não parecia abalado, algo nos seus olhos refletia normalidade, o loiro se perguntou que tipo de vida vivera para se acostumar com a morte.

― Sua indiferença diz muito. Comenta Andrew apontando o cigarro para Neil

― É difícil me afetar com isso. Diz Neil. ― Por que ele faria isso?

― Ele não fez. Retruca o loiro

Andrew entrou na casa sem se dá ao trabalho de ligar as luzes.

― Ele queria uma válvula de escape, sabe não pensar e não sentir. Só foi estúpido escolher as drogas. Comenta o goleiro

― É por isso que você bebe? Para não sentir. Fala o atacante

Andrew olha para o mais alto, estavam muito perto, os olhos de Neil eram como chamas azuis que hipnotizava a quem os olhasse.

Perigoso... Disse sua mente

O loiro achou ingenuidade do outro comentar algo assim, pois a verdade era que ele não sentia nada. Pois sentir era perigoso, o deixaria vulnerável, não podia sentir pois haviam arrancado essa capacidade quando ainda era muito jovem.

― Não sinto nada. Retruca Andrew. ― Então não seja estúpido.

― Kevin é apenas um passatempo? Indaga Neil

O quê?

― Seth não tentou suicídio. Ele não faria isso. Responde o loiro

― O quê? Indaga o atacante

― Seth só toma antidepressivos quando está brigado com Allison. Acrescenta o goleiro

― Não havia pílulas quando ela revistou, eu vi. Continua o mais alto

― Exatamente. Concorda Andrew

― Então como? Questiona Neil

― Não foi por opção. Minha teoria é que o plano de Riko foi por água abaixo. Comenta o loiro

― Você acha? Pergunta o atacante

― Coincidência demais, não acha? Fala o goleiro. ― Riko está tentando derrubar Kevin.

― Certo. Diz o mais alto desacreditado

― Kevin avisou que ele agiria ainda hoje. Diz Andrew

― Não acredito em você. Diz Neil

― Então não faça. Fala o loiro se afastando. ― Mas sei que estou certo.

― Se tiver, não posso deixar os outros se machucarem. Eles não merecem isso. Diz o atacante

Andrew poderia dizer a ele que as Raposas estão dispostas a sangrar umas pelas outras, mas isso não ajudaria em nada para acalmar Neil.

― Não precisa. Riko não tentará de novo. Seria ruim ficar abaixo do número mínimo de jogadores. Tetsuji não permitiria, afinal é ele quem está ganhando montes com isso. Explica o goleiro

Neil fica em silêncio provavelmente associando, pensando em fugir.

― Sei onde estou me metendo. Agora pare de ser estúpido. Você fica. Fala Andrew

O atacante assente, o loiro pega seu cigarro de volta, e dar a cópia da chave da casa, em votode confiança.

― Durma um pouco. Voltaremos amanhã. Fala Andrew

O goleiro foi ajudar Kevin a entrar, este tropeçava nos próprios pés.

Andrew havia se envolvido em uma briga, e agora Neil e Kevin iriam para o treino enquanto Nicky e Andrew iriam para a sessão. Bem... Andrew iria fazer a sessão enquanto o moreno o esperava. A sala de Betsy era aconchegante, o sofá era grande o suficiente para que pudesse deitar, mas ele nunca fez. A caneca de chocolate quente esquentava os dedos frios, era tudo familiar.

― Então me conta, como foi sua semana? Diz Bee

― Ah... Você ficou sabendo? Seth teve uma overdose. Diz Andrew com uma animosidade que apenas os remédios poderiam fazer

― Certo. Sim fiquei sabendo. Como você se sente sobre isso? Pergunta a mulher gentilmente

― Nada. Eu só acho engraçado, Tilda também morreu de overdose. Comenta o loiro e rir

― Você diz a sua mãe? Ah, você me disse que ela havia morrido, só não havia dito como. Isso causou algum impacto a você? Pergunta a psiquiatra

Isso causou algum impacto? Não. Não causou. Eu nunca senti nada por ela...

― Não. Eu só gosto de te manter informada. Diz ele

― Entendi. Isso é bom. Algo mais que você queira compartilhar ou comentar? Questiona Bee

― Estou mantendo Neil por perto. Diz Andrew animado

― Achei que não gostasse dele. Fez um novo amigo? Fala a mulher

― Eu não gosto dele. Só estou fazendo isso  por Kevin. E não diha bobagens, eu não tenho amigos. Diz o loiro desleixadamente

― Claro. Renee e Kevin? Você chama eles de que? Comenta a psiquiatra

― Nada. Apenas interesses temporários. Fala o jovem

― Mas pelo que me lembro, Renee não tem um apelido? Nee? Questiona Bee

― Nossa Bee, não sabia que você também tinha memória aidética. Diz ele fingindo surpresa. ― Isso não significa nada. Você tem um apelido, Renee tem, e Neil também.

― Se você diz. Fala ela

Quando a sessão acabou, Andrew encontrou seu primo conversando com a recepcionista. O loiro achava engraçado e interessante como ele tinha uma enorme facilidade para se envolver em qualquer lugar. Logo ele e Nicky partiram para o estádio, todos pareciam estarem meio envolvidos seus exercícios. Renee se aproximou do goleiro.

― Olá Renee. Vai voltar ao dormitório hoje? Indaga Andrew

― Sim. Já arrumamos as coisas. Retruca a loira

O loiro assente, e vai para o vestiário se trocar, ele faz isso com lentidão, simplesmente por falta de interesse, e também porque adorae irritar Kevin e o treinador. Após um minuto Nicky se junta a ele, o loiro já está quase totalmente vestido.

― Sua vontade é contagiante. Comenta seu primo sorridente

Andrew ia retrucar mas a porta do vestiário se abre, os dois jovens se entre olham, Nicky dar de ombros.

― Andrew Joseph Minyard o que você fez? Questiona Wymarck irritado

― Alguém acordou virado pra lua. Sussura o defensor

― Não foi eu. Retruca o loiro

― Saía daí! Grita o treinador

― R.I.P Andrew. Boa sorte. Diz Nicky

O loiro faz um gesto obceno para ele, e vai em direção a porta. Andrew sai r Wymarck está parad a sua frente, já a equipe estava fingindo fazer exercícios e não escutar nada.

Idiotas...

― A polícia está na linha querendo saber sobre você. Explique ou ficarei com a versão deles. Diz Wymarck

― Não era eu. Repete Andrew

Talvez seja meu irmão gêmeo. Ah pera, ele tá morto... Brinca a mente drogada do mais baixo

Wymarck parece confuso, mas não parecia duvidar das palavras do outro, o homem leva o celular ao ouvido.

― Qual o problema, oficial... Higgins, certo? Questiona o treinador

Quem?

― Ah, treinador. Diz o loiro

O que diabos? Por que ele estaria ligando depois de tanto tempo? Questiona a parte racional do seu cérebro

Sentiu saudades... Zomba o drogado

Wymarck fiz sinal de silêncio, mas o loiro se move pegando o telefone e tenta colocar distância, porém o treinador o impediu.

O DDD era de Oakland realmente, o mesmo número que o loiro discara várias vezes anos atrás, era mesmo desde antes de se mudar.

― Não me faça esperar o dia inteiro. Ameaça o mais velho

Andrew levou o celular ao ouvido.

― Porco Higgins, é você? Pergunta o loiro

― Sim, você parece surpreso? Fala um voz áspera que apenas anos de fumo poderia dar

― Sim, estou surpreso. E eu não gosto de surpresas. Retruca o mais novo

― Eu sei. Eu só queria saber como você está. Fala o porco

― O quê? Não enrole. Você não ia me ligar agora, só para ficar de papo furado. Então diga o quer. Retruca o goleiro

― Eu preciso que você me ajude. Começa Phil

― Não. Responde Andrew e desliga

O loiro observa o celular voltar a tocar, o jovem se solta e se afasta de Wymarck, encosta-se na parede e atende o telefone.

― Você desligou na minha cara? Indaga o homem

Fico surpreso por ele esquecer que posso fazer isso...

― Quê? Não desliguei na sua cara. Fala ele

Phil suspira.

― Andrew, eu preciso que você me escute, por favor. Pede o mais velho

― Cale-se. Retruca o loiro desligando

O telefone logo começa a tocar novamente, Andrew tinha que admitir que o porco ers insistente, ele realmente esperava que homem fosse desistir. No sexto toque o goleiro atendeu.

― Fale. Diz Andrew

― Hum... Recebemos uma denuncia relacionada a uma das suas casas adotivas anteriores, é por isso que preciso da sua ajuda, Andrew. Começa Higgins

― Volta. Quem disse? Questiona o loiro apertando o celular em sua mão

― Não posso dizer, é confidencial para proteger a testemunha. Fala o mais velho

― Chega de desculpas porco. Eu sei onde você trabalha e com quem. Retruca o goleiro

― Eu sei. Temos que impedir que isso aconteça. Não temos prova e achei que você ajudaria. Para que isso não aconteça novamente, a vítima se recusa a cooperar. Fala Phil. ― É sobre os Spears.

― Isso significa que tem criança na casa dela. Conclui Andrew sentindo-se perto da sobriedade e ao mesmo tempo louco pra caralho

― Sim. Responde o porco

― Ela não deveria...

O loiro é interrompido.

― Se isso te preocupa significa que algo a ser encontrado, certo? Indaga o homem

― Não pergunte isso. Retruca o goleiro

― Por favor Andrew, você preciso me ajudar. Implora o mais velho

― Eu disse não. Responde Andrew

― E Richard Spear? Indaga Phil

― Me deixe em paz. Me ligue de novo e te mato. Retruca o loiro e desliga

Não é engraçado? Você passou tanto tempo fugindo disso, não é? Dizia uma viz em sua cabeça

Fugitivos nunca chegam tão longe, lembre disso...

Cass te amava, todos aquele choro era mentira?

Rá você é uma criança de orfanato, ela não tem obrigação de te amar...

Uma risada escapa dos lábios.

Histeria... Sua mente diz

― O que é engraçado? O que eu perdir? Pergunta Nicky saindo do vestiário

É verdade ele tem Nicky, certo?

Você não tem nada, e nunca terá...

― Nada. Não se preocupe. Responde o mais baixo

Andrew não queria preocupar-lo, não era problema dele.

― O que você fez? Pergunta Wymarck

Aquilo não soava como uma acusação, tinha um tom de preocupação escondido.

― O que te faz acreditar nisso? Questiona o goleiro

― Além do óbvio? Por que a polícia de Oakland estar ligando? Replica o treinador

― Ele só queria conversar. Responde Andrew uma meia-verdade

― Minta de novo e teremos problemas. Retruca o mais velho

― Ele trabalhava no sistema ajudando crianças com esportes. Quase como você. Explica o loiro

― Você saiu de lá há seis anos. Retruca Wymarck

Teoricamente eram três anos...

― Sim, na verdade estou lisonjeado dele se lembrar de mim. Diz o goleiro indo em direção. ― Vejo você amanhã.

― Onde pensa que vai? Indaga o treinador impedindo sua passagem

― Indo embora. Eu não disse que te vejo amanhã. Talvez tenha dito baixo. Fala Andrew

Seu corpo inteiro estava formigando, a roupa parecia esquisita em seu corpo.

― Nós temos treino. Nosso jogo é sexta-feira. Diz Dan

Ele não ligava pra nada disso.

― Você tem a Joana D'arc do Exy. Faça sem mim. Retruca o loiro

― Diga o que diabos está acontecendo? Pergunta Wymarck

Tantas coisa. Mas nada era da conta deles. Andrew sentia que se não saísse logo teria um ataque de Pânico.

― Acho que estou doente. Seria ruim se eu infectasse a equipe. Diz o loiro tossindo

― Já chega. Você não pode sair. Responde Kevin impaciente

Infelizmente o loiro estava esgotado, os remédios fazendo seus batimentos acelerarem, ele estava enjoado, e sentia que ia vomitar a qualquer instante.

― Não posso, Kevin? Não diga o que posso ou não fazer. Me coloque na quadra hoje, e saio de vez. Não me importo com a porra do treino, essa equipe estúpida e seus joguinhos. Diz o goleiro com um sorriso perverso

Pera, ele disse isso?

Seu peito parecia mais pesado agora.

― Chega. Não temos tempo pro seus surtos. Retruca o atacante

Sua pele se arrepiou pronto para uma briga, o desejo de pegar as facas o corroendo. Porra os remédios o deixando louco pra caralho.

Que estranho ele não parecia com Tilda? Usando qualquer motivo para recorrer a violência. Ao invés de pegar as facas ele se vira e soca a parede a dor o impedindo de pensar, o próximo soco foi parado por Wymarck. A mão do homem queimando o seu pulso.

Me solte!!

― Estou indo. Diz Andrew se livrando do toque do homem

Ninguém o impediu dessa vez. O loiro correu até a torre das Raposas, seus fantasmas o perseguindo por todo o perímetro.

Notes:

N.A: Então o que acharam? Estou começando a entender como é escrever sobre Andrew. O diálogo aconteceu de acordo com que achei poderia ser. A cabecinha de Andrew ficou meio confusa com os remédios.

Os capítulos seram lançados normalmente, as aulas começaram pessoal. Tenho capítulos para duas semanas, então vou ter que me virar para escrever os próximos.

Agradeço a minha beta  por me ajudar a agilizar as coisas para continuar os capítulos ❣️

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima semana!!!!

Chapter 35: Não posso sentir falta do que nunca tive...

Summary:

Aaron percebera que não fora feito para fazer amigos, não depois da galera do parque, não depois do que aconteceu com Ítalo.

Então no auge de seus dezesseis anos ele não tinha nada para fazer, e estava entediado. Romero voltaria essa tarde da "viagem" da busca incessante para achar Abram.

Notes:

N.A: bom dia/boa tarde e boa noite pessoal. Hoje estamos no POV de Aaron e as coisas não ficaram mais fáceis, mas nunca é, né?

T.W: uso de drogas
Assassinato
Violência verbal e física
Assédio
Overdose
Menção a abuso passado

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Aaron percebera que não fora feito para fazer amigos, não depois da galera do parque, não depois do que aconteceu com Ítalo.

Então no auge de seus dezesseis anos ele não tinha nada para fazer, e estava entediado. Romero voltaria essa tarde da "viagem" da busca incessante para achar Abram.

Aarons estava trancado no quarto do moreno pois Lola visita o apartamento de vez em quando, e o único cômodo que ela não tinha acesso era onde seu irmão dormia. O loiro deitado na cama enquanto encarava o teto bege um contraste com as paredes azuis escuras com círculos cinza e vermelho escuro. O garoto gostava de dormir na cama pois ela era macia e quente, nas primeiros meses era difícil, mas com o passar do tempo ficou mais fácil adormecer agora que mantinha uma faca debaixo do travesseiro.

Aaron acorda com algo gelado no calcanhar, o garoto pisca associando, uma figura de cabelos pretos o observa.

Romero. Sua mente fornece

― Levanta, pirralho. Diz o homem

O loiro fecha os olhos o sono ainda na porta, e afunda mais nos cobertores, e novamente alguém tenta puxar sua perna, ele chuta fraco o moreno. Ele ouve um suspiro e logo em seguida sente algo cair do outro lado do colchão, Aaron se vira para ver Romero deitado sem camisa ao seu lado, provavelmente cansado.  O garoto junta toda coragem que tem para se levantar. Indo para sala deitar no sofá, não tão macio quanto a cama que estava, porém o sono havia deixado seu corpo, e como se sentia desperto foi dá uma corrida, esticar os membros dolorido por falta de mobilidade. O mais novo mandou uma mensagem avisando a Romero que sairia e voltaria em algumas horas.

Correr era libertado, o ar que preenchia seu peito e renovava tudo que tinha preso esses tempos. O loiro só parou quando ficou sem fôlego, seu reflexo dizia que estava na hora de cortar o cabelo e retocar a tinta, o castanho desabotava quase deixando seu cabelo loiro escuro. Aaron caminhou até um mercado, o telefone lhe mostrando que passava das 20:00. Uma mensagem intocável de Romero dizia:

Volte agora

Isso fora a uma hora atrás, era estranho, pois o moreno nunca mandava mensagem. O loiro discou o número do mais velho.

― Onde você está? Pergunta Romero

― Em algum mercado meio longe de casa. Hum, comprando tintura de cabelo. O que você acha que combina mais comigo? Morena pêssego ou ruiva fervente? Fala o mais novo, uma piada obviamente

― Que porra tirou esses nomes de uma revista play boy por acaso? Aqui diz que você está muito longe de casa. Como isso aconteceu? Pergunta o homem seriamente

― Corrir. Linha reta e para frente sempre. Diz o loiro

― Estou quase chegando. Retruca o Malcolm

― Tá bom, me espera do lado de fora. Responde Aaron

Romero desliga , e o loiro continua a sua busca, adicionando outras coisas a cesta, quando ele chega ao caixa a mulher o olha com cara de que achava que ele não poderia pagar, ele ficaria ofendido se ligasse pra opinião dela. Fiel ao que dissera Romero o esperava do lado de fora da loja, apoiado na sua caminhonete enquanto olhava o garoto com frieza. O garoto caminha lentamente até o mais velho, duas garotas passam por ele cochichando algo. O mais novo entra no carro sem dificuldade (talvez um pouco), esperando que o outro faça o mesmo. Quando o carro finalmente começa a andar, ele se sente relaxa, sua pernas doem um pouco, os músculos desacostumados pela falta de uso. Ele olha para o seu reflexo, a roupa larga esconde a sua falta de músculo, e pouco que tinha era dos treinamentos de combate que realizava, ele parecia um pouco desleixado.

― Então. Por que me mandou mensagem? Questiona Aaron sem tirar os olhos da paisagem

― Nathan apareceu no apartamento. Começa Romero. ― E você não estava.

― Ele poderia ter me ligado. Fala o loiro calmamente

― Esse não é o problema. Diz o mais velho. ― O problema é que você sumiu por quatro horas sem notícias. Você entende a situação.

― Pela amor de Deus, eu fiquei naquele apartamento trancado a semanas, e você está está reclamando porque eu saí por algumas horas. Você não é MEU dono. Diz o mais novo irritado

Romero pisa no acelerador, o resto da viagem acontece em silêncio. Quando a raiva deixa o corpo do loiro ele sente mais do nunca que está ferrado. O Malcolm não era pior do que Lola r Jackson, porém Aaron se sentiu nauseado quando avistou o prédio. O garoto ainda lembrava da última vez que apanhara, foi quando ele quebrou o braço de Benjamin, e desafiou o sr. Rostoff, daquela vez o moreno havia usado os gatilhos do mais novo. Aaron se pergunta se será pior dessa vez.

Foi igual a última vez, os cortes foram reabertos e o loiro ainda cheirava a cigarro, a nicotina embreguinada em sua roupa, e a pouca liberdade que tinha fora tomada, pois ele não tinha mais permissão de sair sem Romero. Mesmo com raiva o garoto teve que abaixar a cabeça e obedecer.

Na sexta-feira o Malcolm estava saindo, o loiro não sabia para onde, e também não tinha vontade de perguntar. Aaron estava deitado no sofá quando o moreno apareceu em sua visão.

― Levante-se. Fala Romero

― Pra quê? Questiona Aaron sem se mover

― Vamos sair. Retruca o mais velho

O loiro se levantou, e uma sacola de presente foi empurrada para ele, o garoto pegou e abriu, era uma roupa. Ele não precisou perguntar apenas fou se trocar no banheiro. Uma calça jeans azul clara com alguns rasgos, com uma camisa de manga longa branca com uma caveira estampada, e por fim uma jaqueta jeans combinado com a calça. Aaron tinha que admitir que era um belo look, apesar de não ser seu habitual, calçando seus converse preto cano alto ele se sentia pronto pra sair.

Romero já estava lá fora o esperando no carro, assim que o loiro entrou o homem deu a partida, onde quer que estivessem indo o mais novo não conhecia, e a falta de informação também não ajudava em nada a ansiedade que sentia.

Quando chegaram ao local era 20:00, era um prédio de três andares com um letreiro neon verde e Violeta Joker's Paradise escrito nele, os dois entraram direto, nenhum dos homens havia pedido a identidade (falsa) do mais novo. Algo dizendo a Aaron que o moreno já esteve ali muitas vezes antes. Um grupo de mulheres seminuas dançando no palco dizia que o loiro não deveria está ali.

Romero e Aaron tomaram alguns drinques antes que o Malcolm saísse para algum lugar, o loiro por sua vez continuou no bar, afinal seria ruim se o mais velho voltasse e não o visse ali. Algum tempo se passou eram 22:00 e o loiro havia virado mais alguns shots enquanto esperava o outro retornar, um homem que não parava de olhar-lo anteriormente se aproximou, sentando ao lado do garoto.

― Olá, está sozinho? Questiona o mais velho com voz meio arrastada

― Não. Retruca o loiro, o que tecnicamente não era mentira

― Está com quem? Pergunta o homem pousando a mão em sua coxa

Aaron automaticamente olhou para mão, e depois para o homem.

― Quero um Johnnie Walker com muito gelo. Pede o loiro ao barman

O homem começa acariciar a parte interna da coxa do mais novo, que conta até dez em todos os seis idiomas que sabe. Quando finalmente seu pedido chega ele joga o conteúdo no rosto do mais velho, e quebra o copo de vidro na cabeça do homem que finalmente se afasta cambaleando e xingando.

―   desculpe vou pagar pelo copo também. Me sirva outra dose. Diz Aaron

Com um tempo sua visão começa a ficar turva com o tanto de álcool que ingerira, o mais novo cansa de esperar e vai atrás de Romero. Meio cambaleante passa pelas pessoas quase caindo quando esbara em uma mulher, e se desculpa com a voz arrastada. Não muito longe, ele acha Romero com duas mulheres cada uma sentada de cada lado seu, o loiro não deixa de notar quão bonito o moreno é, a jaqueta de couro meio deslizando pelos seus braços exibindo músculos e uma regata preta, sexy seria a palavra certa.

Aaron caminha até o homem que não parece notar muito a sua presença, somente quando o loiro senta em suas coxas o Malcolm finalmente olha para ele, o garoto não dá tempo para o homem reagir e beija o mais velho, a mulher a sua esquerda se afasta. Aaron ia recuar, mas Romero retribuiu o beijo e puxou o mais novo para perto. O loiro se afasta dos lábios do homem e beija o pescoço do Malcolm, a outra mulher se move beijando o moreno. Aaron se afasta e volta para o bar.

No dia seguinte Aaron não fazia ideia de como havia chegado em "casa", mas estava deitado no sofá, com a mesma roupa da noite anterior, o loiro se move para tomar banho. Nada parecia tão fora do normal, sem hematomas ou marcas. O garoto foi para sala. Romero não parecia está em lugar nenhum.

Talvez ele esteja com uma das mulheres... Fornece sua mente

A lembrança do beijo da noite passada atingido Aaron. Ele beijou Romero, o pior de tudo, Romero retribuiu o beijo e puxou para perto. De repente o loiro não poderia mais ficar ali, o ar era pouco de mais para seus pulmões respirarem. Não importa se ele seria punido depois, o garoto tinha que sair dali. Então novamente ele correu, seus pés o levaram ao clube de Exy, o loiro sem pensar duas vezes pegou uma raquete e um balde de bolas e começou a rebatê-las.

Por que eu fiz isso?

Eu não gosto disso, então por que fiz isso...

Rebateu a bola com mais força.

Eu não gostei quando Lola e Jackson me tocaram, então por que permitir que Romero fizesse?

O aperto na raquete aumenta, junto com a força do chute.

O pior de tudo, ele retribuiu? Isso faz dele igual a sua irmã e Jackson, certo?

Pior é que dormimos sob o mesmo teto, não tenho permissão para sair. E se ele for igual a eles, é apenas uma questão de tempo até que aquilo aconteça de novo...  Conclui ele

Ele rebate as jogadas até sua mente se acalmar. Quando finalmente faz, o garoto sente náusea pois saira sem permissão, o loiro vasculha os bolsos do moletom e da calça em busca de seu telefone. Não está com ele, o garoto esqueceu no balcão antes de sair correndo. A sua pele formigava porque ele tinha que voltar. Voltar para Romero, ou teria problemas não só com o homem, e sim com Nathan, que era quem mandava em toda a galera. Aaron voltou para o prédio correndo, subindo as escadas afinal odiava o elevador, chegou ao apartamento sem fôlego. A porta estava destrancada, o loiro congela e gira a maçaneta lentamente.

Na sala, Romero estava sentado no sofá, na mesa de centro estavam dois celulares (um deles sendo de Aaron), um copo e uma garrafa de whisky. A respiração ofegante do garoto chamou atenção do moreno, que se levantou em um movimento rápido e cruzou a sala, um soco atingindo o rosto de Aaron que cambaleia sem esperar pelo golpe, o moreno segura o garoto pelos cabelos e o joga no chão. O loiro perde o fôlego quando o homem aperta seu pescoço impedindo que o ar entre no corpo do mais novo. A visão de Aaron fica turva, talvez ele esteja desmaiando? Romero chega a mesma conclusão já que se afasta, o loiro ofega tentando buscar desesperadamente por ar. O Malcolm chuta suas costelas repetidamente. Quando finalmente o excesso de raiva do mais velho passa Aaron tem quase certeza que fraturou pelo menos três ou quatro costelas, e tem alguns hematomas. O loiro não pede desculpas, ele não faz nada, apenas encara a raiva mal contida nos olhos do moreno. O garoto tenta não se mover, e muito menos se levantar, fica apenas parado.

― Por que será que você parece andar em círculos? Você acha que sou palhaço? Fala o homem. ― Não brinque comigo, Minyard... Isso é perigoso. Lembre que único que tem algo a perder é você.

Era estranho ouvir o sobrenome Minyard novamente depois de anos. Foram o quê? Nove anos? Infelizmente ele já não compartilha mais esse sobrenome. Aaron Michael apenas, fora isso que decidiu quando percebeu verdade.

― Lembre-se que você não tem nada, e não passa de um brinquedo temporário para Nathan, logo ele perceberá que você é inútil, igual a sua mãe. Tilda, né? Diz Romero. ― Eu sei que você não se importa mais com ela a muito tempo, mas advinha? Ela tem outro filho.

A respiração de Aaron engata.

O quê? Não. Não. Não. Isso só pode ser mentira...

― É Ari, você tem um irmão, sabe o que é pior tudo? Ele é seu irmão gêmeo. Ou seja, seria uma pena se ele fosse morto por engano, não é mesmo? Continua o Malcolm

―  Você está mentindo. Murmura o loiro pois precisava que fosse

― Não pretendíamos te contar, afinal faz três anos que a sua mãezinha o encontrou. Andrew Joseph Doe. Fala o moreno. ― Se não acredita em mim, por que não entra e olha os arquivos por você mesmo.

O garoto se levanta mesmo que seu corpo protestasse com os movimentos, e caminha lentamente suas pernas se recusando a funcionarem, mas nada se compara o peso e o aperto que sentia em seu peito.

Na mesa da cozinha estava uma pasta de papel pardo um pouco desabortado pelo tempo. As mãos de Aaron tremeram ao tocá-las, lentamente ele abriu e olhou o conteúdo. Ali estava a foto de um garoto idêntico a ele pregada em um maço de papéis, o primeiro papel era uma cópia da certidão nascimento de ambos.

Nome: Andrew Joseph Doe

Gênero: Masculino

Nascimento: Gêmeos

Ordem de nascimento: Primeiro

Data de nascimento:

Mês:                Dia:       Ano:

Novembro.   04.         1986

Hora:

03:12 a.m

Local do nascimento:

Hospital central de San José, St. Maria.

Pais.
Pai:
Mãe: Tilda Eve Minyard

Logo depois há uma foto de um par de gêmeos um ao lado do outro, parecendo dormir pacificamente, um segurando a roupa do outro. O próximo papel é um dos registros de adoção 'recente', segue um total de onze casas antes de Tilda. O próximo é uma nova certidão de nascimento ' Andrew Joseph Minyard '. Aproxima coisa que tem na pasta são fotos. Uma delas Tilda e Andrew no aeroporto, com a placa atrás dizendo " Bem-vindo à Colúmbia". O coração de Aaron salta, incapaz de acreditar em tal coisa. Pois ele precisava que fosse mentira, afinal se fosse verdade isso significaria que seu irmão passou três anos na mão de Tilda, o quanto de coisa que poderia acontecer neste período, o loiro tenta não cair no abismo de sua mente. Aaron aperta os papéis em sua mão com força para deixá-lo amassado, era engraçado como eles conseguiram tirar coisas do fundo do poço só para manipular-lo, era sufocante como eles apertaram a coleira dessa vez.

― É verdade. Admite Aaron. ― Mas porque me contar só agora? Se queria me manter na linha deveriam ter me contado quando discutiram.

― Não. É bom ver você no benefício da dúvida. Retruca Romero. ― E naquela época já haviam apertado a coleira, lembra?

A respiração do loiro engata, treze anos em dezembro, as iniciais cravadas como um lembrete daquela noite. A cicatriz permanecia em sua pele zombando, o mostrando a verdade sobre ele.

― Romero? Nós podemos fazer um acordo? Começa o garoto

― Não tenho interesse em fazer nada com você. Retruca o moreno

― Escute primeiro, depois me diga se está de acordo. Fala o loiro

O homem gesticula para que ele prossiga.

― Certo. Eu não vou deixar que Andrew continue com Tilda. Então eu vou me livrar dela. Eu darei meu jeito para fazer isso. Explica Aaron

― E como isso é um acordo? Não vejo benefícios. Interrompe o Malcolm

― Essa é a parte que eu preciso que você entre, você vai ligar para Nicky depois que tiver terminado, fale sobre a morte de Tilda. Se meu plano dê certo Nicky ficará com Andrew. E então vocês terão a garantia completa de que não vou me mover. Não arriscaria colocar um gatilho sobre a cabeça de nenhum deles, e principalmente de Nicky. Explica o mais novo

― E se tiver errado e ele não ficar? Sugere Romero

― Ele vai ficar. Retruca o loiro

― Certo, eu aceito. Você já sabe o que vai acontecer se tentar sair da linha. Ressalta o Malcolm

Aaron assente.

Três dias depois o garoto havia tingido seu cabelo da cor natural, loiro meio perolado, era estranho ver seu reflexo, havia se acostumado com o castanho. Aaron estava no carro viajando para Colúmbia na Carolina do Sul, com Romero dirigindo, o loiro estava com sono o percurso durava quase nove horas então ele resolveu que dormiria.

Quando o garoto acordou haviam chegado no destino, conforme o plano o Malcolm estacionaria a cinco quadras da casa de Tilda para evitar suspeitas, o loiro fazia todo percurso à pé.

Um gorro e o capuz ajudavam a esconder os fios de cabelo, juntamente com uma máscara descartável para esconder um pouco do rosto, afinal seria ruim se alguém o confundisse com Andrew.

Demorou quinze minutos para chegar a residência do melhor, era uma casa média, bem mais cuidada do que ele esperava.

Eram 10:00 horas da manhã, Andrew estava na escola, numa quarta-feira. Era um bairro calmo, não havia pessoa na rua, talvez tivessem trabalhando ou estudando. Aaron andou até o final da rua em busca de câmera de segurança haviam duas casas que possuíam, mas não pegavam a casa da Tilda.

Ótimo...

O mais baixo rodeou a residência e entrou pela porta dos fundos à força é claro, mas não foi difícil o mulher nunca ligou muito para segurança. O garoto colocou as luvas antes de girar a maçaneta para evitar deixar digitais. Uma vez dentro saira na cozinha.

Uau. Que original...

Aarons andou pelo andar de baixo, explorando a casa, uma sala de estar e latas de cerveja era familiar, um banheiro debaixo da escada. Algo chamou atenção do loiro em cima da cômoda havia molduras com fotos, uma delas estava Tilda mais nova e sua família. Outra estava Nicky bebê no colo da loira, o rosto inexpressivo. As outras fotos eram de Andrew, Aaron roubou uma delas, uma que parecia ser da formatura do fundamental e o loiro olhava para câmera inexpressivo mostrava mostrando cotoco.

Aaron voltou para cozinha e sentou no no balcão, um tempo depois uma figura de cabelos loiros longos, maquiagem meio borrada, vestia uma camisa que obviamente não a pertencia. Era Tilda, ela estava mais magra do que o loiro lembrava. A mulher olhou para ele, não pareceu assutada, talvez achasse que ele fosse Andrew.

― Olá, Tilda. Cumprimentou o mais novo

Tilda estava usando uma droga injetável, ele não sabia o que era, e nem tinha interesse em saber. A mulher arregalou os olhos em surpresa, e um pouco de confusão. O garoto desceu da bancada, e caminhou até a mesa, e parou na ponta.

Ainda é uma drogada afinal...

O loiro bateu três vezes na madeira com os dedos.

― Me diga, como é viver com a culpa de ter matado seu próprio filho? Questiona Aaron em tom frio e firme

― Cale a boca! Ordena Tilda

― Não sou eu quem deveria cala a boca, mas sim você. Você é repugnante, ninguém sentiria sua falta. Nem seu irmão, você fez isso consigo mesma. Você se livrou da única pessoa que te amava. Mas agora não há mais ninguém para lamentar sua morte. Não há ninguém para chorar por você no seu túmulo. Você é uma vadia, drogada. Que foi capaz de me vender. Eu amava você. Diz ele a verdade

O garoto se lembrava de quando era criança e achava que ela o amava, e que ele era culpado pela raiva dela. Por outro lado a mulher agora parecia confusa.

― Foi essa casa que você comprou com o dinheiro que conseguiu comigo? Ah, veja o quão miserável você está? Parece ter muito mais idade do que tem. Você estar acabada, parecendo aquelas putas mais rodadas do que não sei o quê. Continua ele e sorrir

Um estranho reconhecimento passa pelos olhos dela, Tilda vira o rosto, pega um frasco, e tira três pílulas antes de fechar o frasco.

Rá. Eu sabia. Aí está minha resposta...

Enquanto a loira engole, o garoto se aproxima ficando a um braço de distância.

― Você destruiu a minha vida. Eu sou apenas uma boneca, como você. Sou um objeto, não uma pessoa. Eu sou um monstro. Admite o garoto em voz alta pela primeira vez

― Você é um monstro. Sabe o que eu percebi? Você nunca me amou. Você tentou me matar, me espancou, puxou uma faca para mim, e depois para se livrar de mim, você me vendeu. Mas sabe eu sou seu pesadelo. Você tentou me matar então, por que não devolver o favor?

A raiva tomando conta do mais novo, Aaron agarrou a garganta da mulher, enquanto destampava o frasco com a outra mão.

― Você quer se livrar de mim? Nunca mais quer me ver, não é mesmo? Indaga o loiro sentindo um sorriso se formar

A mulher não conseguiria responder, sem ar para passar na sua traquéia, ela abriu a boca. Aaron virou o frasco inteiro na boca dela, sem se importar com a quantidade que tinha, quando sentiu o frasco vazio, tampou a boca para que não cuspisse as.

Que estranho, isso já aconteceu comigo? Se perguntou ele

Tilda havia feito isso, Jackson, Lola e Romero, a mesma tática. No fim ele não era diferente deles afinal.

A mulher começou a engasgar, e o garoto a soltou, a loira caiu de joelhos no chão parecia prestes a vomitar. Aaron saiu colocando o gorro,capuz e máscara, antes de caminhar, mandou uma mensagem para Romero.

Está feito
Estou chegando aí...

Não era engraçado? Ele passara tanto tempo tentando não se torna igual a eles aqui estava ele, fazendo algo que eles fariam. Agora era apenas apostar que Nicky ficaria para ficar com Andrew.

Assim que entrou no carro Romero deu a partida, e mais nove horas de viagem para voltar para Maryland, Baltimore.

Na manhã seguinte, Romero ligou para Nicky para dar a notícia de que Tilda havia morrido por overdose. Aaron estava ansioso, mas não perguntou. Naquela tarde ele teve permissão para sair,o garoto foi ao prédio abandonado, ele precisava contar a Abram, afinal era seu amigo.

O loiro se sentou no terraço, com o gravador, apertou o aparelho com força, não o suficiente para quebra, mas deixar marca em seus dedos. O garoto colocou o objeto no chão, e começou a gravar.

' Oi Abram há quanto tempo?

Bem, não faz tanto tempo assim...

Hoje é 20 de março 2003

E tenho novidades, advinha?

Eu tenho um irmão. De sangue, alguém que compartilho o mesmo DNA que eu. Um gêmeo...

Então se você ver um cara idêntico a mim fora de Baltimore, é ele.

Andrew. Esse é o nome dele...

Somos idênticos, eu não se isso é bom ou ruim...

Mas sabe o que me deixa mais puto, eles demoraram. Três malditos anos para me contar que eu tinha um irmão...

Sabe lá o tanto de coisa que poderia ter acontecido, ou deve ter com ele...

O pior é que eu posso fazer absolutamente nada para ajudá-lo. Eu queria proteger ele...

Ra, talvez estejamos destinados a nunca nos encontrarmos...

*Suspiro*

É sério cara, algum dia vou fazer você ouvi todas essas fitas. Quando nos encontrarmos..."

E se nos encontramos. Pensa o loiro

O peso no peito de Aaron não foi embora, pois sua família não teria paz enquanto ele vivesse na tutoria de Nathan e seus capangas. Sua mãe o condenou a isso, mas foi ele que fez com que apontassem suas armas contra o pescoço de seus familiares.

O loiro se sentiu mais leve quando Romero o contou que ele estava certo, que Nicky havia ficado. Mesmo que o garoto tivesse colocado uma gargalheira sobre o pescoço com vários cadeados e uma corrente o deixando preso em Baltimore. Mas tudo bem Aaron Michael nunca teve algo, e tudo que um dia teve escapava pelos seus dedos como água.

Notes:

N.A: Então o que acharam? Como vocês podem ver estamos nos 16 anos de Aaron ou seja estamos chegando perto na rota normal aeee!!!

Estou trabalhando nos próximos capítulos de Andrew e Aaron. E farei o possível pra entregar nos finais de semana.

E mais uma vez agradeço a minha beta sky_whitney por me ajudar a agilizar os processos 💮❤️

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!

Chapter 36: Não olhe para cova!O morto pode abrir os olhos...

Summary:

No domingo de tarde, quando Neil retornou para a torre com os monstros, a última coisa que ele esperava era um Matt saltitante. Bem ele já esperava, talvez, mas Dan, Allison e Seth estavam lá. As duas mulheres o olharam com curiosidade.

― O que eu perdir? Pergunta o atacante

― Tem... Bem uma caixa, uma encomenda pra você? Não sei. Mas tem seu nome nela. Diz Dan

O coração do mais novo deu um salto. Seria uma brincadeira de Riko? Algo chantagioso? Seria algo relacionado ao seu pai? Ele achou que tinha tempo. Isso não era bom. O rosto preocupado dos veteranos fez o jovem forçar a indiferença.

Notes:

N.A: bom dia/boa tarde e boa noite a todos vocês. POV de Neil em dia eeee!!! Espero que gostem do capitulo

T.W: violência verbal e física
Menção a personagem morto
Menção a abuso passado
Uso drogas ( remédios)
Menção a máfia
Menção a tráfico de pessoas

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Outubro chegou tão rápido que Neil se sentiu sufocado. Faltava pouco para a partida com os Corvos.

As Raposas tiveram um recorde de seis vitórias e uma derrota, sendo que a única perdida foi contra os Chacais. As Raposas estavam unidas e mais fortes, porém a chance de vencer os Corvos era zero. Quanto mais a partida se aproximava mais os jogadores ficavam nervosos, exceto Andrew que parecia está se divertindo graças ao remédio.

Às 15 horas as Raposas estavam no estádio para evitar as confusões que surgiriam. Quando faltava uma hora para a partida os torcedores começaram a se acomodar nas arquibancadas. Kevin parecia super nervoso o que era compreensível, era seu antigo time.

― Você consegue jogar hoje, Kevin? Pergunta Abby preocupada

― Se estou respirando, então sim. Disse Kevin. ― Esse jogo também é meu.

― Palavras de vida ou morte. Minha expectativa é que meu ataque consifa chegar a casa de dois dígitos. Kevin conto com você. Neil, faça pelo menos cinco gols hoje ou vou te fazer correr uma maratona. Diz Wymarck

― Cinco gols? Questiona Neil incrédulo

― Não acha isso exagero? Questiona Seth

― Ele marcou quatro na semana passada. Retruca o treinador

― Sim, mas estamos falando da Edgar Allen. Retruca Seth

― E daí? Ou ele marca cinco gols, ou corre quarenta e dois quilômetros. Retruca Wymarck

― Jesus, treinador. É cara, boa sorte. Diz Seth a Neil

― Dan e Allison foco na defesa, se eles não poderem marcar, eles não ganham. E Andrew jogue como se eles tivessem ameaçado te privar de sorvete, ok? Diz o treinador

Andrew riu disso. Quando a buzina soou Neil e Kevin ficaram tensos.

― Vamos logo acabar com isso, para enchermos a cara. Diz o homem

Alguns de seus companheiros de equipe se animaram. Era a forma de Wymarck de animar o grupo, apesar de não funcionar assim para Neil.

Quando as Raposas apareceram no campo de visão dos torcedores, o estádio vibrou com a saudação dos mesmos. Logo os Corvos apareceram, o grito de guerra parecendo mais uma  ameaça. Neil não pode deixar de se preocupar com a saúde mental deles.

Após o aquecimento Neil ainda não se sentia pronto. A Edgar Allen iria começar com a bola de com o cara-coroa.

― A escalação inicial das Raposas. Número dois Kevin Day. Anuncia o narrador

Kevin agarrava a raquete com muita força, entrou na quadra.

― Número dez, Neil Josten. Anuncia o narrador

― Cinco gols. Lembrou Wymarck

Neil entrou assumindo sua posição, Allison era armadora, Nicky e Renee defensores e Andrew o goleiro.

Logo os Corvos entraram, Riko parou ao lado de Kevin e disse algo, e outro respondeu. Quando finalmente o goleiro dos Corvos entrou que Riko voltou pro seu lugar, após um rápido abraço em Kevin.

A torcida foi a loucura, mas as Raposas sabiam que era apenas um show.

A buzina sinalizou o início do jogo, Neil trotou pela quadra. E foi até seu marcador, Johnson. Allison pegou a bola e a jogou para Andrew que a mandou para outro lado da quadra. Neil e Kevin se moveram para alcançar a bola.

Kevin estava sendo marcado por Jean, o que piorava as coisas, pois o defensor não era apenas o mais forte, mas também um grande amigo do atacante. A disputa pela bola foi intensa, sendo vencida por um segundo por Kevin que mal teve tempo para mirar antes de arremessar, sendo derrubado por Jean.

A bola quicou perto de Neil que tentou pegá-la, mas Johnson impediu sua jogada, dando golpes fortes em sua raquete fazendo-o perder a posse. Neil correu atrás de Johnson que interceptou a bola, o atacante se chocou contra o outro, fazendo-o tropeçar. Neil foi o primeiro a se recuperar e ir atrás da bola, que Allison e seu marcador brigavam. O Corvo venceu e arremessou.

A bola passou de raquete por raquete, e Riko pontuou em apenas dois minutos de jogo. Andrew ficou olhando para trave até o brilho sumir, Neil teve esperança que o goleiro se animasse.

― Vamos nessa. Disse uma voz e Neil obedeceu

Mais uma vez as equipes tiveram que brigar pela posse. E Riko marcou novamente.

― Que humilhação. Vocês são perda de tempo. Diz o atacante dos Corvos

Riko e Andrew ficaram frente a frente e trocaram algumas palavras, antes do árbitro recomeçarem. Em trinta minutos Ethan e Matt entraram no jogo, melhorou muito considerando o fato de que eram os melhores defensores que as Raposas tinham.

Matt e Riko se chocaram, a bola estava perto do gol e Andrew rebateu arremessando-a para Neil, que fez uma jogada combinada mandando-a em um ângulo que Kevin só precisava golear. Esta foi um sucesso, a torcida vibrando com as Raposas.

Matt recebeu um cartão amarelo em uma briga com Riko. E o Corvo foi cobrar o pênalti, fazendo um gol por triz. O primeiro tempo foi brutal, e Neil recebeu uma cotovelada e teve que sair da quadra.

― Ele poderia ter quebrado seu nariz com isso. Diz Abby limpando a bagunça

― Mas não fez. Posso voltar? Responde ele

― Não com o rosto assim. Retruca ela

O gosto de sangue na boca era familiar.

― Daqui a pouco eu volto para ver como está. Diz Abby

Todos estavam preparados para o pênalti de Neil. Ele consegui marcar um ponto, mas logo voltou a sangrar.

― Vale a pena levar uma surra, se isso te fizer marcar mais gols. Brinca Matt

― Não gosto da ideia. Declara Neil

Matt riu e voltou para sua posição. No fim do primeiro tempo estavam três pontos para as Raposas e seis para os Corvos.

O segundo tempo foi uma ruína, as Raposas estavam exaustas. Andrew tropeçando cada vez mais. Quando jogo terminou, o placar final treze a seis. Todas as Raposas estavam exaustas, Kevin, Neil e Andrew jogaram uma partida inteira. Andrew perdeu o equilíbrio ao tentar pegar sua raquete. A equipe foi até o gol, e o atacante foi até lá com passos cambaleantes, com Kevin ao seu lado.

― Então. Se divertiu? Pergunta Kevin

― Ah Kevin Day. Não sei porque ainda te mantenho por perto. Retruca Andrew

― Raposas. Achei que vocês estavam a altura, mas vejo que não passou de blá blá blá. Ah Kevin como você decaiu. Não deveria ter levantado só pra ser derrubado. Fala Riko

― Estou satisfeito. Responde Kevin. ― Não com o desempenho deles e pontuação, e sim espírito de equipe. E isso é o suficiente para mim trabalhar.

As Raposas ficaram surpresas com essa afirmação.

― Quantas boladas no capacete você levou hoje? Pergunta um dos Corvos

Kevin sorriu satisfeito, e estendeu a mão para ajudar Andrew a levantar. Renee abraça o goleiro para equilibrá-lo. Enquanto o moreno distraía os Corvos.

― Obrigado pelo jogo. Vejo vocês nas semifinais vai ser uma revanche interessante. Promete Kevin

Riko pareceu irritado com aquela confiança.

― Um único homem não é capaz de carregar um time. Desista, não seja burro. Diz o Riko

― Um é o suficiente para começar. Retruca Kevin

― Obrigada pelo nada e boa noite. Vamos cair fora. Disse Dan

As Raposas foram para o vestiário, Andrew ficou no banheiro. Wymarck tomou uns minutos antes que a imprensa viesse.

― Sabe quando disse que jogariamos contra a Edgar Allen vocês me disseram que não tinham chance, agora olhem para vocês fizeram seis pontos em um dos melhores times. Deveriam está orgulhosos. Fala o treinador

― Orgulho de sermos esmagados pelos Corvos? Desculpa, treinador mas não posso. Diz Ethan

― Qual é Ethan. Vocês todos foram ótimos. Houve muita melhora de lá pra cá. Diz Seth

― Estou orgulhosa. Você não entende como é isso porque está apenas começando sua carreira. Diz Allison

― Allison tem razão. Não foi uma perda total. Melhoramos e como Kevin disse " quando enfrentarmos os Corvos, vamos fazer eles abaixarem a bola". Diz Dan

― Ele disse isso? Questiona Seth surpreso. ― Quem diria que o baba-ovo deles, finalmente cortou as conexões.

Kevin deu um olhar irritado.

― Ótima. Kevin, Neil? Chama Wymarck

― Quarenta e dois quilômetros? Fala Neil

― Não. Apartir da próxima semana todos voltam as suas posições originais inteiras, agora que vocês dois aguentam jogar partidas inteiras. Renee Bem-vinda de volta ao gol. Fala o mais velho

As Raposas ficaram felizes com a nova informação.

― Vamos repassar os detalhes do jogo amanhã. Dan e Kevin a imprensa é com vocês. O resto vão tomar banho e se arrumar pra gente encher a cara. Continua o treinador

No dia seguinte os monstros arrastaram Neil para a loja de fantasias por causa do halloween.

― Você não acha que somos muito velhos para se fantasiar? Pergunta o atacante

― O que seria o halloween sem fantasia, Neil? E te trouxemos aqui para você escolher, se não iria te vestir de empregada francesa. Responde Nicky

― Alguém realmente usa isso? Questiona Neil ao ver algumas fantasias ridículas, como de uma caixa de leite escrita 'pessoa desaparecida'

― Ah, essa é perfeita para você,Neil. Diz Andrew e rir da reação do garoto. ― Olha Nicky? Uma vaca. Acho que deveria escolher essa.

― Tetas de vaca. Eu deveria ser um touro, para dizer que meu negócio é que nem o do Matt. Fala Nicky

― Você já viu o pau de Matt? Questiona Kevin

Nicky não respondeu, e o atacante se apressou para achar sua fantasia. Quando terminou foi ver as decorações. O celular de Neil tocou, era Dan:

Onde vocês estão?

Neil mandou o nome da loja e Dan respondeu:

Me avisem quando voltarem!!!

Neil fechou o celular e teve uma ideia.

― Nós deveríamos convidar as outros também. Sugere o atacante

― Como assim? Pergunta Nicky surpreso

― Sabe eu acho que nós temos que parar de dividir o time em dois ou não vamos sobreviver até as semifinais. Argumenta Neil

― Não temos que fazer nada. Retruca Andrew

― Não estou pedindo para serem amigos. Apenas para se suportarem. Explica o atacante

― Bem pode convidá-los, mas não acho que iram. Diz Nicky

― Bem diga a eles virem se tiverem coragem. Fala o goleiro pegando um macacão de presidiário

― Pera, sério? Pergunta o defensor surpreso

― Não vai fazer diferença. Diz o loiro

Nicky sorriu continuou a procurar uma fantasia. Neil ficou só enrolando até o defensor vim tomar seu espaço.

― Não esquenta, deixa que eu te ajudo. Diz Nicky

― Vou de universitário. Responde Neil

― Não você vai de cowboy zumbi. Retruca o defensor

― Tá inventando. Fala o atacante

― Calado. Acho que vou te banir das compras. Diz Nicky

― Eu tentei, mas não funcionou. Retruca Neil

Após as compras eles retornaram para torre das Raposas, Neil ia para seu dormitório, quando Nicky o puxou.

― Vai pra onde? Experimente. Fala o defensor

― Vou ver Dan. Ela me mandou mensagem, acho que tem algo de errado. Comenta Neil

― Ela usou pontuação? Pergunta Nicky

― Ela nunca faz. Retruca o atacante confuso

― Faz quando tá braba. Pra dá ênfase ou algo assim. Explica o mais velho

Neil foi até o quarto dela e bateu, Dan atendeu e saiu para o corredor, e olhou para a porta aberta dos primos.

― Fecha isso. Alguém veio pelo Andrew. Falei para ele esperar na cafeteria e voltar quando vocês retornarem. Mas ele ainda não apareceu. Responde a capitã

― Quem era? Indaga Nicky preocupado

― Sim. Este é o policial Higgins, de Oakland. Diz ela quando um homem aparece vestido casualmente

― Uau, polícia de Oakland? Você não acha que está muito longe de casa? Fala o defensor seus olhos alternando entre preocupado e proteção

― Não estou a trabalho. Só quero falar com Andrew. É um assunto importante. Ele está aqui? Fala Higgins

― Andrew não tem nada pra falar com você. Diz Nicky em um tom frio

Tanto Neil quanto Dan ficaram surpresos da forma como o defensor reagira, todos estavam acostumados com um Nicky alegre, descontraído, sempre cheio de graça e brincadeiras.

A porta dos primos se abre revelando ninguém menos do que Andrew.

― Oh, estou vendo uma miragem. O que o porco Higgins faz longe de casa. Diz o loiro descontraído e alegre

― Andrew precisamos conversar. Disse Higgins

― Não. Não precisa, vai embora. Diz Nicky

― Eu sei que você não veio por minha causa. Veio para a caça as bruxas e não vou te ajudar. Agora me dê uma razão para não te matar. Fala o goleiro

― Eu estava errado daquela vez, mas agora acho que estou no caminho certo. Fala o policial.― Mas ninguém quer testemunhar. As outras crianças não vão dizer. Eu só tenho você.

― Crianças? Da última vez você disse que era uma. Quantas ela teve? Indaga Andrew

― Se está interessado é porque há algo a encontrar. Tudo que precisa dizer é sim ou não, eu te dou um nome e você me responde, e então vou embora. Fala Higgins

― Está mentindo. Cai fora ou... Diz o loiro

― Drake. Fala o policial interrompendo o outro

Andrew fica em silêncio, assimilando e se aproxima do homem.

― Quantas crianças, porco? Questiona o goleiro

― Seis, depois de você. Responde Higgins

Andrew se moveu pelas escadas e o policial o seguiu.

― Você disse que não seria um problema. Pondera Dan

― E não é. Diz Nicky

― Quem é Drake? Pergunta a capitã

― Não faço ideia. E não cabe a mim responde. Diz o defensor indo para o quarto

Dan e Neil esperaram Andrew voltar alguns minutos depois.

― Isso é uma festa ou inquisição? Pergunta o loiro

Dan tentou impedi-lo de entrar em seu dormitório, mas o goleiro lhe deu um sorriso afiado e perigoso.

― Por que a polícia está atrás de você? Indaga ela

― Não é da sua conta. Responde ele

― Se não interferir na minha equipe. Você precisa de Renee? Fala Dan e dando espaço para ele passar

― Ah Dan. Não preciso de ninguém, tchau. Diz Andrew com deboche

O goleiro entrou no seu dormitório.

― Vamos. Diz Dan a Neil

O atacante a seguiu para o dormitório, onde o resto da equipe estava os dois se sentaram.

― Como foi? Pergunta Matt

― Higgins disse que precisava de Andrew como testemunha. Mas não sobre o que. Comenta Dan

Ninguém perguntou nada a Neil, que tinha pouco ciencia sobre a história. Que uma investigação contra um dos ex-pais adotivos, mas não lhe deu nomes. Neil não sabia quem era Drake, mas isso causou uma reação no loiro. E se perguntou se o goleiro colaborou ou não. O atacante resolveu mudar de assunto.

― Andrew disse que eu poderia chamar vocês pra festa de Halloween no Éden's Twilight, no dia 27. Fala o recruta

― Tá brincando. Diz Matt

― Andrew não se envolve conosco. Disse Dan

― Ele abriu uma excessão. Ele disse que vocês não aceitaram. E como a nossa partida será em casa chegaremos em Colúmbia às 22hs. E aí, vocês topam? Explica o atacante

― Eu vou. Responde Renee. ― E vocês?

― Não tenho nada a perder. Responde Allison dando de ombros

― Não sei não. Fala Seth inspecionando o copo de cerveja

― Não é como se tivéssemos algo melhor pra fazer. E nós vamos. Devide a loira

― Como você convenceu Andrew? Pergunta Dan

― Eu perguntei. Responde Neil

― E ele concordou, sério? Pergunta Matt incrédulo

― Sim. Diz o mais novo confuso

― Vamos ir fantasiado? Questiona Matt

― Sim, precisamos. Segundo Nicky. Fala o atacante

― Certo temos que comprar fantasia. Preciso saber o que vão usar para agente não repetir. Comenta Allison

― Vou ter que descobrir qual é a minha. Comenta Neil

― Ué, você não sabe? Questiona a capitã

― Talvez Nicky tivesse apenas a ideia. Fala ele se levantando. ― Já volto.

Acontece que cowboy zumbi era real.

Para alguém que não gostava de socializar, Andrew havia feito reserva para não ficarem esperando. A equipe jantou no Seettie's, nove pessoas fantasiadas, a tentativa de socialização não foi tão ruim apesar de Andrew tentar dificultar, enquanto Neil tentava não se envolver. Quando estavam na sobremesa o efeito dos remédios de Andrew haviam diminuído, a equipe pareceu apreensiva e preocupada. Kevin percebeu o início da abstinência colocou o frasco de remédios em cima da mesa. O loiro olhou para o recepiente como se ele o tivesse o ofendido.

― Alguém está pedindo pra morrer. Diz o goleiro a Kevin. ― Não quero sangue no meu sorvete.

Kevin deu de ombros e o guardou. Os veteranos não entenderam, mas logo Matt pessoa puxou assunto. Como Neil não estava interessado perguntou a Kevin em francês.

― Por que fica com os remédios dele?

― Somente em dias de jogo ou quando não quer tomar. Porque se ele ficar com ele, ele tomará, e intensidade dos desejos é muito forte. Retruca o moreno

As Raposas pareciam curiosas pelo francês, e Andrew estava distraído.

― Não é o treinador, né? Tomara que não seja outra quase morte. Comenta Nicky meio em pânico

― Que horror. Fala Dan

― É só Bee! Sendo idiota. Olha isso. Fala Andrew

Nicky olhou para tela e riu, e depois passou para Neil que não reagiu, e entregou o celular a Andrew que digitou a resposta.

― Ela está com treinador? Pergunta a capitã

― Ele e Abby a convidaram. Responde o loiro

― Por que ela te mandou mensagem? Indaga Neil

Neil percebeu que o goleiro parecia gostar da psiquiatra. Optou por não comentar sobre isso.

Logo as Raposas estavam indo para o Eden's Twilight, graças a amizade de Andrew e Nicky com os funcionários, a equipe não precisou esperar para entrar e Allison usaria o estacionamento VIP. Eles conseguiram uma mesa fácil. Andrew e Neil foram para o bar para pegar os shots. Roland demorou um pouco para atendê-los.

― Fazendo amigos é? Nunca pensei que esse dia chegaria. Comenta o barman quando viu as Raposas

― Dobro sua gorjeta se parar de falar besteiras. Retruca o loiro

Roland contou o número de pessoas e começou a preparar as bebidas, ele fez vinte ao invés de oito.

― Quantos motoristas na rodada? Questiona o homem

― Só dois. Responde o goleiro

Roland coloca duas latas de refrigerante. Neil e Andrew retornaram a mesa, mas as Raposas só começaram a beber depois que Nicky e Allison retornaram. A equipe foi rápido em beber as doses. Andrew e Renee foram buscar mais bebidas.

― Tem certeza que é seguro? Questiona Dan

― O quê? Indaga Nicky

― Deixa Andrew sóbrio por uma noite. É algo que podemos lidar? Explica ela

― Ele não está sóbrio, ele está em abstinência. Sempre tem alguma coisa no organismo. Confia em mim, eu saberia se estivesse sóbrio. É... É inconfundível. Diz o defensor. ― No verão vocês iram ver com ele é. Em maio começa a reabilitação.

― Até que enfim. Comenta Kevin

― Claro que você está ansioso. Mas não vá se decepcionar. Espero que esse tempo todo tenha sido necessário, e tenham o calmado. Comenta Nicky

― Nova regra. Nunca mais diga "Andrew" e "acalmar" na mesma frase. Oh meu Deus... Diz Matt

― Isso não é blasfêmia? Pergunta o moreno por causa da fantasia de Deus grego do casal

Matt aponta para a direção que um homem estava fantasiado de luva amarelo-neon. Nicky rir. As Raposas estavam julgando as fantasias das pessoas quando Andrew retornou, sem Renee. Neil estranhou mas resolveu não comentar, logo o pó de biscoito apareceu, somente Neil e Matt ficaram de fora. Os demais viraram os copos.

Quando Renee voltou algumas Raposas já tinham ido para a pista de dança. Andrew foi de novo ao bar com Neil a tiracolo.

― Não se esconda. Isso foi ideia sua. Lide com isso. Fala Andrew

― Não é tão fácil assim. Disse Neil

O atacante não tinha como explicar seu desconforto, ele daria uma meia-verdade.

― Nunca fiquei o suficiente para conhecer pessoas. Não sei como me encaixar, eles tem personalidade. Como você conseguiu ficar afastado por tanto tempo? Indaga ele

― Não tenho interesse neles. Retruca o loiro

― Kevin sim, e Nicky, mas e Renee. Fala o mais alto

― Que tem ela? Questiona o goleiro entediado

― Ela não é interessante? Indaga o mais novo

― Ela é útil. Esclarece Andrew

― Só isso? Questiona Neil

― Esperava outra resposta? Indaga o mais baixo

― Talvez. Muitos acham que vocês tem um caso. Mas Renee disse que não. Por quê? Indaga o atacante

― Isso importa? Retruca o goleiro

― Deveria ser irrelevante, mas... Tenta Neil. ― Só estou tentando entender.

― Você é uma via de mão dupla. Uma hora você é tão interessante que me faz te querer por perto, outra é tão idiota que tenho vontade de te chutar. Retruca Andrew

― Esquece. Vou perguntar a Renee. Retruca o atacante

― Pare de evitá-la então. Diz o loiro

Neil não respondeu, quando voltaram Renee já estava na pista. Andrew, Neil e Kevin observaram seus colegas de equipe dançando.

No domingo de tarde, quando Neil retornou para a torre com os monstros, a última coisa que ele esperava era um Matt saltitante. Bem ele já esperava, talvez, mas Dan, Allison e Seth estavam lá. As duas mulheres o olharam com curiosidade.

― O que eu perdir? Pergunta o atacante

― Tem... Bem uma caixa, uma encomenda pra você? Não sei. Mas tem seu nome nela. Diz Dan

O coração do mais novo deu um salto. Seria uma brincadeira de Riko? Algo chantagioso? Seria algo relacionado ao seu pai? Ele achou que tinha tempo. Isso não era bom. O rosto preocupado dos veteranos fez o jovem forçar a indiferença.

― Neil. Diz a capitã suave

― Onde está? Questiona ele rouco

Matt corre para o quarto deles, e traz uma caixa pequena de papelão, estava lacrada fitas e nenhum sinal de violação, havia um bilhete colado de um jeito que se alguém tentasse tirar rasgaria.

NEIL JOSTEN. "10" RAPOSAS. PALMETTO STATE. SC.

Com cuidado o atacante tirou as fitas adesivas que fechava a caixa, o bilhete caiu no chão intacto mostrando que havia mais coisas escrita no verso.

SE VOCÊ NÃO É NEIL, ENTÃO. CAI FORA BABACA INTROMETIDO!!! MAS SE FOR NEIL APROVEITE O CONTEÚDO. ^_^

A letra era legível e razoável, havia tinta de caneta nas bordas. Abrindo a caixa um papel plástico preto escondia o conteúdo, um walkman, com algumas fitas numeradas ao lado e outro bilhete lá dentro que dizia.

COMPREI EM UMA LOJA DE ANTIGUIDADES. ME CUSTOU UM OLHO DA CARA, E NÃO, NÃO SOU CAOLHO.

O walkman veio com fone, e como as fitas estavam numeradas, Neil pegou a número '1' temendo o conteúdo. A fita começou a rolar.

' Olá Abram...'

O mais novo para a fita arregalando os olhos. Só haviam duas pessoas que o chamavam de "Abram", sua mãe e quem ele recusava acreditar, Mickey seu primeiro amigo. O que quer que estivesse naquelas fitas, ele não estava pronto para ouvi-las na frente dos veteranos. Ele tirou os fones do ouvido e colocou o toca-fitas na mochila.

― Volto mais tarde. Avisa o atacante e não espera a resposta sai correndo com a caixa nos braços e a mochila no ombro.

Neil corre para o estádio, onde ninguém iria no domingo, exceto Kevin se pudesse. Assim que chega o jovem digita o código, e vai para as arquibancadas e se senta, tira o aparelho e rebobina a fita.

' Olá Abram...

Sabe é engraçado, porque tipo, você nunca vai escutar isso...

*Suspiro*

Hoje é 13 de novembro de 2001. Eu fiz quinze anos e estou praticando Exy, para não perder a manha.

Como eu queria que tivéssemos crescido juntos...

Eu... Eu tenho medo de algum dia receber a notícia de que você está morto. '

A primeira fita termina e Neil está confuso.

Pera, quinze anos? Me disseram que ele tinha morrido aos treze anos? Eles estavam mentindo? Questiona se Neil

Neil ainda se lembra nitidamente do dia em que disseram que Mickey estava morto. Quando disseram que o haviam estruprado, quando lhe disseram que se ele tivesse vivo fariam de novo. Só de lembrar disso a raiva enche as veias do jovem. A questão era eles haviam mentido ou não? Neil não se permitiu sentir esperança quando pegou a segunda fita.

' Oi de novo Abram. Hum, Feliz Natal...

Eu sei nossa vida é uma merda...

Às vezes eu sinto que estou me tornando um monstro igual a eles. E isso me dá medo. '

Mickey nunca seria como eles... Pensa o atacante

A terceira fita começa a tocar.

' Oi Abram faz muito tempo, não é?

Hoje é dia 19 de janeiro de 2002.

Feliz aniversário...

Você é o primeiro amigo que eu tive. E eu acho que o único que tenho...

Você nunca vai escutar issl, mas aqui estou eu...

Eu quero renovar minha promessa.

Sabe aquela que fizemos há muito tempo atrás.
Talvez você não se lembre, eu não te culparia se fizesse...'

Neil pausa a fita, ele lembrava da promessa que rodeava a sua cabeça em todos anos que fugira.

" Algum dia vamos sair daqui. Quando esse dia chegar vamos poder jogar exy livremente. Eu vou te proteger. Isso é uma promessa"

Doía tanto agora lembra dela, então Neil deu o play.

'É você e Nicky que me mantem vivo, sabia?

Ah... Falando nele, eu tive notícias. Ele tem um namorado, Erik Klose. Meu primo está muito felizes e isso é bom.

Bom, mas voltando ao assunto vim renovar meus votos...

Eu vou te proteger, não posso prometer que ficarei ao lado. Afinal você merece uma vida normal...

*Suspiro*

A cada dia que passa, sinto que estou mais parecido com eles...'

Que porra é essa? Pensa Neil

As mãos do mais novo tremiam, seus olhos queimando.

Ele estava vivo... Conclui o atacante

O que ele quis dizer com não pode ficar ao meu lado?
Que mereço uma vida normal?

Neil nunca teria uma vida normal, talvez ele tivesse uma esperança que o atacante não possuía. Com as mãos trêmulas ele pegou a quarta fita.

' Oi Abram há quanto tempo?

Bem, não faz tanto tempo assim...

Hoje é 20 de março 2003

E tenho novidades, advinha?

Eu tenho um irmão. De sangue, alguém que compartilho o mesmo DNA que eu. Um gêmeo...

Então se você ver um cara idêntico a mim fora de Baltimore, é ele.

Andrew. Esse é o nome dele...

Somos idênticos, eu não se isso é bom ou ruim...

Mas sabe o que me deixa mais puto, eles demoraram. Três malditos anos para me contar que eu tinha um irmão...

Sabe lá o tanto de coisa que poderia ter acontecido, ou deve ter com ele...

O pior é que eu posso fazer absolutamente nada para ajudá-lo. Eu queria proteger ele...

Ra, talvez estejamos destinados a nunca nos encontrarmos...

*Suspiro*

É sério cara, algum dia vou fazer você ouvi todas essas fitas. Quando nos encontrarmos...'

Neil queria sacudir Mickey até ele perceber que merecia o mundo inteiro.

Baltimore o atacante se perguntou se o loiro ainda morava lá, seu pai estava preso. Neil se perguntou se Aaron ainda vivia no porão de sua antiga casa, provavelmente não.

O mais novo agarrou a próxima fita sem pensar duas vezes.

' Ei Abram...

Feliz aniversário... 17°

Me pergunto como você está? Se ainda está vivo? Eu posso está gravando uma fita para alguém morto, mas enfim...

Agora você deve está maior do que eu, não que eu seja alto de qualquer maneira... Estou no meu auge dos 1,50 de altura, tenho altura média de um garoto de treze anos'

' Oi Abram de novo...

Hoje é dia 19 de agosto de 2005

Eu vi Andrew. Não pessoalmente, Exy. Ele joga Exy, com as Raposas Palmetto States, Nicky também joga, eu os vi...

Ele é incrível. Ambos estão na faculdade, e eu estou orgulhoso dele...

Eu parei de treinar. Eu larguei Exy junto do clube que frequantava. Eu tinha medo de alguém juntar os pontos... As semelhanças entre mim e o goleiro das Raposas. Eu posso ter mudado um pouco aparência, mas ainda compartilhamos o mesmo rosto...

Agora mudando de assunto...

Nathan está preso. Eu não moro mais com Romero. Moro perto dele, mas não no mesmo teto, existem condições para que eu fizesse isso. Mas... Enfim...

Não tem um dia que não me pergunte. Aonde será que ele tá? Será que ele ainda lembra de mim? Afinal fazem sete anos que não nos vemos...'

Neil sentia uma estranha agitação ao perceber que só faltava três fitas para escutar, um pouco de medo correu pelas suas veias. Assim pegou a próxima fita.

' Hum... Abram, eu não sei se você vai escutar isso. Bem, quem sabe?

É dia 5 de novembro 2005 às seis da tarde, e eu Mickey Mouse estou surtando...'

Neil rir e continua.

' Eu sinto que fiz besteira. Eu entrei em contato com Andrew... Mandei um bilhete de feliz aniversário e um celular antigo descartável que era meu

Antes que você pense que é por esse que os capangas de Nathan falam comigo, eu digo que não. Não é, eles me deram um celular quando eu tinha cartoze anos e me proibiram de mudar, ou minha família teria problemas...

Bem voltando ao assunto, eu o mandei pra ele... Nós trocamos algumas conversas, ele não acreditou o que eu agradeço da alma que eu não possuo...

Eu liguei pra ele, eu ouvir a voz dele. E pela primeira vez eu percebi que Andrew era real. E agora...

Agora eu não consigo me livrar de sensação de que tem algo faltando. Mas isso não existe, pois eu nunca tive nada... Não posso sentir falta do que nunca me pertenceu...'

Neil queria tanto abraçar Mickey, queria dizer a ele tinha seu amigo, seu primo, seu gêmeo e poderia ter as Raposas. O atacante sentia vontade fe chorar, pois quando estava fugindo ele tinha sua mãe, e um ano que passou sem ela se sentia solitário, agora ele possuía as Raposas. Enquanto seu amigo não tinha ninguém para proteger-lo.

O jovem pegou a penúltima fita, ela começou a tocar.

' Parabéns Abram, é seu 18° ano

Feliz aniversário...

Você é oficialmente alguém que manda no seu próprio nariz..

Qual é a sensação? Eu soprei as velinhas por você. Faço isso todos os anos. Mas sabe... Eu nem sei se você gosta de aniversários. Você gosta?

Eu odiava o meu até descobrir que compartilho com outra pessoa, agora eu sopro as velinhas por ele também. Isso parece infantil, mas é o que eu posso fazer...'

Neil agarrou a última fita com tanta força que teve medo de quebrá-la, olhou para ela por um bom tempo antes de colocá-la pra tocar.

' Olá Neil Josten, Abram eu finalmente te encontrei...

E vá se foder, eu achei que você estava morto...

Sei... É meio contraditório o tanto de fitas que eu gravei pro que estou agora, mas... Eu realmente não acredito que finalmente te encontrei...

Tipo qual era a probabilidade de você está a nove horas de distância de mim, no mesmo local que meu primo e meu irmão estão...

E desculpe demorar tanto a te contatar, eu me recusei a acreditar por meses que era você. Não,é mentira eu já sabia que era você, mas eu achei que você estaria melhor agora, sem mim. Mesmo assim aqui estou contradizendo tudo...

Hoje é 25 de outubro de 2006, resolvi que era um ótimo dia para dizer foda-se para tudo que pensei nos últimos três meses, obrigado.

Mas como eu não sei se você quer falar comigo, eu enviei um celular descartável. Você pode jogar-lo fora ou pode discar o único número que tem gravado aí,  é de um novo celular descartável que tenho, não o meu oficial que os carinhas de Nathan usa, é outro. Vou esperar até 3 de novembro para você me ligar, e se não fizer eu não tentarei contato novamente...'

As mão de Neil tremiam enquanto ele vasculhava a caixa para achar o celular, o atacante percebeu o fundo da caica era falso, retirando-o lá estava o telefone e o carregador. Com dedos trêmulos Abram o ligou, a tela se iluminando a imagem de um pôr do sol. Neil foi até os contatos e discou o único número que tinha.

― O número chamado não existe, por favor verifique o número discado e tente novamente. Diz Mickey

O atacante não pode deixar de notar a semelhança entre a voz dos gêmeos. Andrew tinha a voz meio grave e rouca pelo fato de fumar, já Aaron tinha a voz rouca e meio arranhada.

― Mickey. Diz Neil um soluço escapa de seus lábios

Todo esse tempo que Neil o loiro estava morto agora isso parecia tão irreal.

― Abram. Diz o loiro firme

― Eles me disseram que você estava morto. Fala o mais novo tentando enxugar as lágrimas

― Eu imagino que isso foi traumático. Mas se me matar fosse fácil, Tilda teria feito isso. Retruca ele. ― Ei Abram, somos igual barata, quando você acha que matou, ela sai andando como se nada tivesse acontecido.

O atacante dar uma risada em meio às lágrimas.

― Eu senti sua falta. Diz Neil

― Eu também. Responde Aaron

― Mickey, onde você está? Pergunta o mais novo

― Eu voltei a jogar exy. Responde o loiro

Aquilo era uma promessa que eles se encontrariam.

― Lembra de quando eu disse que te protegeria mesmo que não pudesse ficar ao seu lado, é isso que estou fazendo. Continua o mais velho

― Eu não concordei com isso. Retruca Abram

― Eu sei, e isso não é um adeus. Eu prometo, iremos nos encontrar, mas não agora. Responde Mickey

― É questão de tempo até meu pai vim até mim. Ele ainda está preso, mas quando saí virá atrás de mim. Responde Neil

― Abram, escute. Até que isso quando isso acontecer eu estarei ao seu lado. No contrato que Tilda assinou estava escrito ' Weninski', mas é você quem eu prometi proteger, seja qual nome você estiver. Não deixarei que ele te machuque, nem ele, nem seus capangas e nem os Moriyamas. Responde o loiro

― Promete que virá? Pergunta o atacante

― Eu prometo. Agora eu tenho que ir, estão me ligando. Até amanhã. Me ligue ou mande mensagem. Responde Aaron

Neil não sabia o que sentir quando a ligação foi encerrada, o alívio e o peso da promessa o mantendo ancorado.

Notes:

N.A: E então o que acharam? Finalmente algo mexe nessa história, quebrando as conexões...

Boas novas eu estou quase terminando o capítulo de Andrew, ou seja, vai ser lançado no prazo também!!!

O que será que Aaron está fazendo agora???

Agradeço a minha beta sky_whitney por me ajudar a agilizar algumas coisas nesta fic. 🍓🦝

Não esqueçam de comentar e deixar sua estrelinha. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!

Chapter 37: Sou um monstro ferido...

Summary:

Andrew deveria ter imaginado que ir para a torre não ajudaria em nada. Que seus demônios ficariam mais forte naquele local isolado, mas que ele poderia fazer? Ter um colapso na frente de seus colegas de equipe? Com certeza não. O ar demorou a chegar em seus pulmões. Ele ia morrer? A risada de Drake ecoava em seus ouvidos juntamente com as promessas sussurradas de Steven.

Se você disser por favor com jeitinho eu paro...

A náusea se instalava em seu estômago. Ele ia vomitar, sua pele arrepiada.

― Andrew? Andrew? Você pode me ouvir? Respire. Disse uma voz feminina, Bee? ― Inspire por 4 segundos. Segure por 7, e expire por 8 lentamente.

Notes:

N.A: bom dia/boa tarde e boa noite POV Andrew galera!!!

T.W: violência verbal e física
Sintomas de abstinência
Menção de abuso passado
Uso de drogas (remédios)
Ataque de pânico

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Andrew deveria ter imaginado que ir para a torre não ajudaria em nada. Que seus demônios ficariam mais forte naquele local isolado, mas que ele poderia fazer? Ter um colapso na frente de seus colegas de equipe? Com certeza não. O ar demorou a chegar em seus pulmões. Ele ia morrer? A risada de Drake ecoava em seus ouvidos juntamente com as promessas sussurradas de Steven.

Se você disser por favor com jeitinho eu paro...

A náusea se instalava em seu estômago. Ele ia vomitar, sua pele arrepiada.

― Andrew? Andrew? Você pode me ouvir? Respire. Disse uma voz feminina, Bee? ― Inspire por 4 segundos. Segure por 7, e expire por 8 lentamente.

Quando ele discou o número de Bee? A quanto tempo ela estava tentando falar com ele?

Seguindo as instruções sua respiração se acalmou um pouco.

― Você pode me dizer três coisas que você ver? Pergunta Bee

― A camisa de Nicky, super Nintendo e o sofá. Responde o loiro e ouve a mulher cantarola

― Duas coisas você pode sentir?

― O chão e a porta. Responde ele

― Ok. Uma emoção que está sentindo? Fala ela

― Ah, Bee. Eu não sinto nada. Responde o goleiro

― Mesmo assim, aqui estamos. Quer falar sobre isso? Indaga Betsy

― Não. Replica Andrew

― Tudo bem, estarei aqui quando estiver pronto para conversar sobre o assunto. Fala a mulher gentilmente

― Eu sei. Até mais, Bee. Fala o loiro e desliga

A sensação de suor em sua pele estava o incomodando, um banho se fazia necessário naquele momento. Ele não fechou os olhos temendo que se fizesse os fantasamas voltassem a atormentá-lo.

O loiro foi para estacionamento, pois o dormitório se tornaria sufocante. Assim ele poderia esperar para vê se  os outros estavam bem, afinal qual a chance de Nicky matá-los ao volante? Muitas é claro. E Renee logo estaria ali, e então ele poderia aliviar a tensão da semana. Sentado a meio-fio o jovem esperou até o GS aparecer no estacionamento da torre. Tinha terminado seu quarto cigarro quando Nicky e os amantes do exy surgiram, seu primo se apressando mais que os outros, Kevin continuava brabo com ele, enquanto Neil o olhava com curiosidade.

― Se está doente então por que estar aqui? Questiona Kevin

― Relaxa. Kevin, nada que uma soneca e vitamina C não resolva. Retruca Andrew

Nicky se aproximou bloqueando a visão do mais novo.

― Ei, tá melhor? Pergunta ele

Andrew sabia que seu primo não estava se referindo a sua mentira descarada, mas sim sobre o seu surto.

― Ah Nicky, não seja esquisito. Retruca o loiro

― Estou preocupado. Você me conhece. Responde o defensor

― Isso não é problema seu. Diz o goleiro, a sua forma de acalmar seu primo

O som da caminhonete de Matt soou pelo estacionamento, Andrew sinalizou para que Nicky afastá-se. O mais baixo esperou até que os veteranos se aproximarem.

― Renee, você chegou. Posso pegar você emprestada? Eu sabia que poderia. Fala o goleiro sem esperar a resposta dela

― Precisa de algo? Questiona Renee

― Já está comigo. Responde ele se levantando e sai do estacionamento sem olhar para trás

Não demorou muito para que Renee o alcançasse, caminhando ao seu lado, a mulher lhe lançou um olhar preocupado.

― Você está bem? Pergunta a loira

― Por que não estaria, Nee? Indaga ele alegremente

A goleira deu de ombros, não voltou a falar, ao chegar ao clube os dois envolvem as bandagens no punho, Andrew tirava as facas das braçadeiras, pois confiava em Renee.

Os remédios lhe davam uma energia inexplicável, mas tudo que o loiro queria era que o efeito parasse logo.

Os primeiros rounds foram os mais difíceis, Renee ganhou a maioria deles. Mesmo cansados nenhum dos dois pararam. Quando o efeito dos remédios finalmente deixou o corpo do goleiro, este sentou.

― Por que não desistiu? Indaga ele

― Seria uma vergonha desistir antes de você. Responde a mulher docemente

― Cuidado, Nee.  As pessoas podem achar que você é boa. Diz o loiro calmamente

― É verdade, seria ruim as pessoas terem  a ideia errada de mim. Diz ela sem emoção

― Ops. Onde está a outra Renee? Brinca Andrew

Renee sorrir e senta ao seu lado.

― Sobre hoje. Isso será um problema? Indaga ela

― Não. Isso é um problema meu. Diz o mais baixo

― Tudo bem. Mas se precisar de algo pode me pedir. Afirma a goleira

Ele sabia que Renee o ajudaria com o quer que fosse, mas Andrew aprendeu a não ser um fardo para os outros, pois você nunca sabe o que vem em troca. Afinal tudo na vida dele tinha um preço, Cass tinha um que era Drake, o de Tilda era as surras, de Nicky eram os remédios.

Parte do loiro sabia que Renee nunca pediria nada que não tivesse ao seu alcance, ela não o machucaria pois ela  o entendia. Às vezes Andrew queria ser como ela e superar seu passado.

― Não é algo seu para você lidar. Responde Andrew

― Diz o imã de problemas. Zomba Renee

― Não, tenho certeza que este é o nosso atacante, Neil. Retruca o loiro

― Nosso? Tinha quase certeza que era seu. Diz ela com humor

Por algum motivo, essa frase fez o coração do goleiro disparar, o loiro olhou para mulher ao seu lado.

― Cuidado, alguém pode achar que você sabe contar piadas. Retruca ele

― Sim, sim. Diz a mulher sorrindo. ― Bem, vamos, Nicky não parou de me mandar mensagem.

Os dois se levantam, a dor no corpo era mais uma distração de sua realidade, os puxões nos músculos como um lembrete de suas ações. Não demorou até que chegassem ao dormitório.

― Te vejo amanhã. Diz Renee. ― Vai ao treino?

― E perder a oportunidade de dar boladas nos calcanhares dos outros? Indaga Andrew sem expressão. ― Sim estarei lá.

Andrew vai para o seu quarto, os olhos preocupados de Nicky o encaram.

― Que bom que chegou. Jantar? Diz o moreno vestindo seu sorriso gentil

O loiro poderia mandá-lo se foder, mas não fez, apenas assentiu. Com um pulo seu primo foi a cozinha e começou a preparar algo para o outro comer.

― Sabe, eu contei aos outros sobre Higgins. Apenas a versão amenizada. Fala o moreno

― Por quê? Indaga o loiro

― Por que o quê? Eu contei ou a versão amenizada? Questiona o mais velho

― Por que não disse tudo? Fala Andrew

― Oras, não era da conta deles. Responde Nicky

― Onde está Kevin? Questiona o goleiro

― Ou está assistindo seu maldito Exy, ou está dormindo emburrado. Responde seu primo mexendo algo na panela

― Se tiver algo picante aí, eu te jogo pela janela. Comenta Andrew

― Isso é pimentão. Não é picante. Comenta o moreno. ― Eu não faria uma coisa dessas sabendo que você não gosta.

O loiro dar de ombros, e sobe no balcão agarrando uma garrafa de vodka que havia escondido de Kevin, assim que toma o primeiro gole o goleiro sente os olhos de Nicky nele.

― Isso não faz bem pra sua dieta. Reclama o mais velho

― Você está começando a soar como Kevin. Responde Andrew

Nicky solta a espátula e leva a mão ao coração.

― Meu próprio primo. Diz ele ofendido

Se Andrew tivesse drogado riria disso, porém no momento ele está começando a se sentir vazio, suas entranhas parecendo mingau. Seria a falta dos remédios?

Nicky preparou um prato para seu primo, era extremamente colorido, e o loiro não confiava nisso. Ouvi-se por aí que quanto mais colorido mais perigoso é. O goleiro empurrou tudo que fosse vermelho ou amarelo para longe, a vantagem é que Nicky fazia comida boa por isso ele comeu boa parte.

― Acho que Erik virá no natal, tomara que ele venha. Diz o moreno animado. ― Talvez eu já vê-lo este ano. Você ficará bem?

― Eu não sou criança, e não é como se eu dependesse de você. Diz o loiro

― Tem razão, você sabe se cuidar, quer dizer eu me preocupo atoa. Eu só não quero que você se sobrecarregue. Fala seu primo

A porta do quarto se abre revelando um Kevin culpado e arrogante, que carregava consigo aquele ar de sou-dono-da-porra-toda, pelo menos era que os outros achariam, Andrew não pode deixar de notar a tensão em seus ombros e maxilar, o atacante não era burro de pressioná-lo, foi por isso que o mais alto sentou ao lado do loiro, esperando-o reconhecer. Andrew não se importava até o momento em que Kevin começa a mexer no suporte da mão machucada.

― O que você quer, Day? Questiona o loiro entediado

― Treino noturno. Diz Kevin cerrando os dentes

― Não. Diz o goleiro

O moreno abriu a boca para dizer algo, mas a fechou como se pensasse melhor, o homem se levanta e sai da cozinha. Andrew achou que ele fosse dormir até ouvir a porta da frente se abrir. Nicky o olha de forma interrogativa. O loiro se levanta para ir atrás do atacante.

Kevin caminhava em direção ao dormitório de Neil.

― Tá indo aonde? Pergunta Andrew friamente

― Avisar a Neil que não vai ter treino hoje. Responde o moreno como se fosse óbvio

― Você acha que ele ainda está acordado? Questiona o goleiro

― Tem razão. Ele pode está no estádio. Retruca o atacante mexendo no suporte novamente

Andrew revira os olhos diante dessa frase, mas parte dele acreditava nas palavras do outro.

― Tudo bem. Chame o outro viciado, estamos indo para quadra. Fala o loiro. ― Esperarei no estacionamento, você tem cinco minutos.

Andrew disse a si mesmo que estava se livrando de um problema. Lida com Kevin ansioso era pior do que se tivesse tagarelando sobre exy, afinal o loiro sabia o quão sombria era a mente humana, que podia chegar a lugares tão profundo que era difícil voltar a superfície.

O goleiro fumou um cigarro enquanto esperava os Exy amantes aparecerem, mandou uma mensagem a Nicky.

Indo para quadra
Vá dormir antes de
ter uma concussão

Quase imediatamente o outro respondeu.

Primo arco-íris
Cuidado. Não vá assassiná
os dois

Eu já sei onde esconder
o corpo

Primo arco-íris
(⁠☉⁠。⁠☉⁠)⁠!

Prédio abandonado de obras

Primo arco-íris
É um ótimo lugar!!

O loiro guardou o celular e terminou seu cigarro enquanto esperava Kevin e Neil aparecerem, eles foram ao estádio.

Na sexta-feira eles teriam um jogo, o carro de Abby anunciou a presença de Allison.

― Nossa ela veio. Isso vai ser interessante. Diz Andrew drogado

― Pra você, só se for. Retruca seu primo

Nicky era uma pessoa fácil de se apegar aos outros, e apesar dele e Allison não se darem bem, ele estaria disposto a ajudá-la.

― É para mim, é claro. Responde o loiro saindo do carro

Andrew entrou primeiro e foi ao sofá, e deu uma olhada geral, Allison parecia ruim dava pra ver o cansaço nos seus olhos e a preocupação.

― Ela é mais forte do que qualquer um de nós. Comenta o fantasma do time, Ethan

Nicky caminhou até a loira.

― Ei. Há algo que possamos fazer? Pergunta o moreno

Esta não respondeu, mas seu primo estava acostumado com esse tratamento e não saiu do lado dela até Renee e Dan aparecerem. Logo Wymarck apareceu.

― Pode ir na frente, Allison. Nicky levará suas coisas. Diz o treinador

Allison se levantou e saiu.

― Ela não deveria está aqui. Não é um  bom momento. Fala Nicky

― Ela escolheu isso. Retruca o mais velho

― Não é uma boa ideia. Diz o defensor

Se fora uma escolha de Allison, Andrew a apoiaria ela havia renunciado a sua própria riqueza e de alguma forma havia vindo parar com as Raposas.

― Relaxa, Nicky. Ela vai jogar. Diz o goleiro sorrindo. ― Temos que ficar de olho nos dois viciados aqui.

― Bem, eu e Dan passamos a semana inteira descobrindo uma maneira de melhorar nosso ataque. E como nenhum de vocês joga partidas inteiras. A solução que achamos não é bonita. Fala Wymarck. ― Renee jogará como defensora até acharmos uma maneira melhor.

Eu ouvir errado?

― Isso é piada, né? Questiona Nicky

― Só há Dan no ataque para substituição, e não sabemos se Allison vai sair em algum momento. Explica Renee

― Não é isso, é que bem... Quem será o goleiro no segundo tempo? Questiona seu primo

Wymarck olha para Andrew, que olha ao redor esperando que alguém apareça, ou veja outro goleiro novato. Adivinha? Não há.

― Isso significa? Indaga Andrew

― Temos um acordo. Responde o homem

― Por quanto tempo terei que fazer isso? Questiona o goleiro

― O quanto você puder. Então está nessa ou não? Questiona o treinador

― Vamos ver. Responde o loiro rindo

Andrew se desliga tentando guardar energia, não era a primeira vez que faria algo assim, a abstinência era algo ruim mesmo tendo uma distração. A abstinência chegaria mais rápido principalmente quando gastava energia para defender o gol. O loiro abria e fechava seu armário quando Kevin o impediu.

― Você não vai durar o jogo inteiro sem seus remédios. Diz o atacante

Me diga algo que não sei...

― Provavelmente não. Mas vou dar um jeito. Responde o loiro

― Ele já fez isso antes. Tranquiliza Matt

― Sim. Outubro passado. Quando o CRE começou a pressionar a gente pelo resultado. Andrew fez milagre. Completou Nicky

Andrew não chamava de milagre, afinal tudo que ele fez foi se esforçar na sua tarefa e confia nos seus companheiros para fazerem as suas.

― Então você vai fazer, porque o treinador pediu. Diz o atacante entre dentes

― Cuidado, Kevin. Seus ciúmes tão aparecendo. Comenta Andrew

― Você me disse não por meses. E bastou o treinador pedir pra você dizer sim. Por quê? Questiona Kevin

― Simples. É divertido dizer não a você. Estou me divertindo, você não? Fala o goleiro aproximando-se

Kevin empurrou Andrew contra o armário.

Ah que pena que você é tão covarde com Riko...

Não me toque. Não me toque...

O loiro sorriu a faca em suas mãos apontando contra o peito do atacante cortando-o superficialmente, um aviso. Kevin recua entendendo a mensagem.

― Kevin, você está bem? Questiona Matt

― Tudo bem. Diz o moreno

Andrew se aproximou de Kevin apontando a faca contra o peito largo de Kevin, bem em direção do coração, apesar do outro respirar com cuidado, seus olhos escurecem antecipando uma briga. Pela visão periférica, o loiro vira Matt se aproximar, mas Kevin fez menção para que não se envolvesse, em nenhum momento desviando os olhos do goleiro.

― Ah, Kevin tão previsível. Você teria mais sucesso se pedisse coisas que pode ganhar. Fala o loiro

― Eu posso ganhar. Você só é idiota demais para admitir. Retruca Kevin rouco

― Vamos ver, mas não vá chorar quando falhar. Responde Andrew saindo

Que se foda Kevin e suas expectativas...

Ele está tentando me manipular...

Andrew entrou no ônibus e foi para seu lugar de costume, ignorando Abby e Allison que já estavam lá. Não demorou muito para que Kevin aparecesse tomando seu assento, este nem se quer olhou na direção do loiro. Nicky apareceu dando a todos os outros um olhar preocupado e foi para seu lugar deixando espaço para Neil. Quando Matt chegou no ônibus Andrew percebeu que algo estava errado. Neil e Wymarck foram os últimos a chegarem. O goleiro os ignorou.

Belmont era uma universidade sem sal, todos haviam se trocado, Neil pareceu nervoso com algo.

― Até quando vai ficar assim? Questiona Andrew

― Por que não fica quieto? Diz Neil entre dentes

― Não posso, tenho uma personalidade ruim. Retruca o goleiro

― Raposas, aqui. Chama Wymarck. ― Daqui a dez minutos inicia o aquecimento. Nem pensem em arranjar briga, senão vou deixá-los pra trás.

As Raposas se aqueceram, e logo foram chamados a quadra e tomaram suas posições, Andrew parou ao lado de Allison.

― Dê seu melhor. Vença por Seth também. Diz Andrew e caminha até o gol

Os remédios do loiro estava a todo vapor na primeira metade do primeiro tempo. Não demorou para lentidão o atingisse seu suor era frio. Mas todos lutaram bem até o intervalo.

― Para com isso. Diz Neil olhando para Andrew

― Não estou fazendo nada. Retruca o goleiro o que era verdade

― Estamos indo bem. Comenta Nicky

― Não isso está errado. Se continuarmos assim iremos perder. Temos desvantagem em número. Diz Wymarck

― Sim. Você tem razão. Trabalharemos nisso. Fala Dan

― Andrew? Chama o treinador

― Aqui. Retruca o loiro

― Vamos alonguem-se. Abby? Fala Wymarck

O goleiro voltou a ignora a equipe, o cansaço tomando conta, céus ele estava enjoado. O loiro olhou para a garrafa de água sem interesse um leve tremor se mostrando presente. Andrew tomou a água ignorando a sensação amarga de quando se misturava com ácido de seu estômago.

O segundo tempo não foi mais fácil, os braços do goleiro pesavam toneladas e a cada minuto ficando mais difícil segurar a raquete. Quando faltava pouco para o fim um atacante das Tartarugas lançou a bola na área do pênalti.

Canto esquerdo encima... Fornece sua mente

Seu corpo se moveu rápido rebatendo a bola para longe. A buzina soou anunciando o fim do jogo, os joelhos de Andrew cederam se recusando a sustentar seu peso, o loiro se recorda de ouvir o estalo da raquete, mesmo assim a  inspeciou, nada parecia errado.

Kevin e Neil estavam no gol, o ar se recusando a entrar nos pulmões do loiro. Céus ele está morrendo? A náusea ameaçando-o. Logo as Raposas estavam ao seu redor.

― É assim que se faz, Raposas! Diz Matt

Andrew largou a raquete e tenta se levantar, ele sentia que iria cair quando um braço passou pelos seus ombros. Ele quase empurra a pessoa.

― Essa temporada é nossa! Diz Nicky ao seu lado

― Quase perdemos. Comenta Kevin se levantando

― Calado. Guarde sua reclamação para depois. Reclama seu primo

― Fala sério. O que custa se animar um pouco? Indaga Matt

Andrew adoraria que eles tivessem essa conversa depois, tudo que ele queria agora, era vomitar. Assim que terminaram de cumprimentar o outro time, Andrew foi para o vestiário, seu estômago finalmente cedeu, o gosto ruim tomando sua boca, o loiro se levanta trêmulo e vai até a cabine tomar seu banho e termina antes de todos, os tremores pioraram. Ele tinha que tomar os remédios, assim que chegou a enfermaria, revirou a caixa de primeiro socorros, onde o frasco e a bebida estavam, com as mãos fracas abriu a tampa e tomou uma pílula, o peso do comprimido familiar em sua língua. Logo os tremores se acalmaram, a garrafa e Wymarck sendo seus companheiros.

― Temos que resolver essa situação o quanto antes. Fala o treinador

O loiro não respondeu. Neil aparece.

― Se quiser ir pro ônibus, pode ir. Abby e Allison já estão lá. Avisa Wymarck

Neil como o covarde que é, ficou.

― Por que você pagou as portas do nosso chuveiro, treinador? Indaga o atacante

― Achei que alguém precisaria. Responde Wymarck

― Neil é uma tragédia ambulante. Retruca o loiro

― Você também. Refuta o treinador

Andrew rir, mas não discorda.

― É verdade. Isso me lembra que vou ficar com você nesse final de semana. Fala Andrew

― Não te convidei. Diz Wymarck calmo

Você nunca faz...

― Não quero lidar com Kevin. Ou vou esfaqueá-lo. Retruca o goleiro

― Meu Deus, Andrew. Reclama o mais velho

― Já vou, Treinador. Anuncia o loiro

Andrew caminha até a porta, mas Neil coloca a mão o impedindo.

Acho que as pessoas acham que vou brigar com a porta. Ha! É a segunda vez só essa semana...

― Como você sabia onde a bola iria? Questiona o atacante

― O treinador disse algo sobre isso. Responde Andrew

Neil ficou surpreso e Andrew saiu, indo para o ônibus onde conversou animosamente com seu primo até o efeito dos remédios passarem.

Andrew passou o final de semana na casa de Wymarck, evitando Kevin. O loiro tinha razão quando disse que o atacante explodiria em sua cara. No domingo à tarde, o dormitório estava estranhamente silencioso, afinal ele dividia o quarto com duas pessoas barulhento e de personalidade forte. O primeiro quem o goleiro encontrou foi Kevin, jogado no pufe com o laptop no colo um jogo antigo dos Trojans rolando, afinal a segunda obsessão de Kevin além da Edgar Allen eram eles.

Andrew parou ao lado do moreno que levantou os olhos verdes e estranhamente sóbrios. Um sentimento percorreu seu rosto. Mágoa? Raiva? O loiro não sabia nomear.

― Olha quem resolveu dar as caras. Diz o atacante

― Ah, Kevin. Sentiu saudades? Zomba o mais baixo drogado

― De você? Não. Retruca ele com desgosto. ― Você não vai brincar com suas facas?

― Ah, Day. Não pense que manda em mim. Você não é capaz. E eu não gosto disso. Diz Andrew sentindo seu sorriso aumentar

― Ou o quê? Vai me ameaçar com suas facas? Ah não, espera, você já fez isso. Cospe o atacante. ― Você não diferente de Riko.

O loiro sentiu um estranho arrepio, seu corpo se preparando pra lutar.

― Cale a boca. Fala Andrew

― Mas você não é Riko. Fala Kevin entre dentes. ― E eu não sou Jean.

O moreno se move para sair da sala, e antes que perceba Andrew se moveu impedindo-o, sua mão envolvendo o pulso do atacante.

― Nunca mais me toque. Eu não vou ser mais um dos seus brinquedos que você brinca até quebrar. Se quiser brincar com alguém vá atrás de Neil, já que você passa muito tempo olhando para ele. Fala Kevin.  ― Me pressione novamente, e eu saio de Palmetto States e volto pra Edgar Allen. Pelo menos ele é um monstro que eu sei lidar.

― Que porra é essa, Kevin?

Pelo menos ele é um monstro que sei lidar...

Foi isso que pensou de Drake quando Tilda apareceu, não era engraçado? Ele era o monstro agora.

Você machucou o Kevin. Você é um monstro...

― Andrew! Uma voz chamou sob a névoa. ― Andrew!

― Hey, Nicky tem uma rachadura no chão. Diz ele drogado levantando os olhos para expressão de preocupação de seu primo

As mãos do moreno pairava sobre o rosto do loiro.

― Ei garoto, você chegou. Retruca Nicky suave

― Onde está Kevin? Indaga Andrew

― O mandei para o quarto. Fala seu primo ligando a TV e colocando um filme. ― Acho melhor vocês esperarem a poeira abaixar.

O moreno se senta no sofá, e deu algumas batidinhas sinalizando para que Andrew também fizesse. O loiro fez, os dois assistiram Rei Leão, e depois Andrew fumou perto da janela.

Notes:

N.A: peguei pesado? Acabando com o relacionamento de Andrew e Kevin...

Estou trabalhando no capítulo de Aaron, mas o que estou terminando é o de Neil. Qual eu terminar primeiro eu lanço...

Agradeço a minha beta sky_whitney por me ajudar a agilizar algumas coisas 🎶💜

Não esqueçam de comentar e deixar seus kudos. Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!

Chapter 38: Dois lados de uma mesma moeda: o belo e a fera

Notes:

N.A: bom dia/boa tarde e boa noite pra vcs que chegaram aqui. POV de Aaron galerinha.
As partes que contém * são sonhos!!!

T.W: violência verbal e física
Menção a abuso sexual
Pesadelos
Assédio
Abuso sexual
Lutas clandestinas
Automutilação

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Aaron estava completando dezoito anos, sozinho, assombrado por cada sombra do apartamento de Romero. O sono era uma coisa escassa nos meses de novembro e dezembro. São 3:43 da manhã e o loiro soprou as velinhas para seu gêmeo. Fazia quase dois anos que não tinha notícias da sua família. Tudo bem ele tinha feito a sua escolha.

Janeiro chegou tão rápido quanto se foi, Romero ainda não havia retornado, Aaron estava entediado. Quando março começou o Malcolm retornou estressado, o loiro tentou não cruza o caminho dele até que se acalmasse. Três dias depois, a poeira abaixou.

― O que houve? Pergunta Aaron

― Nathan foi preso. É uma acusação menor, então não vai demorar para sair. Fala Romero

O coração de mais novo erra a batida. Ele queria perguntar sobre Abram, mas fazer isso só levantaria suspeitas. Logo ele ficaria na dúvida.

― Hum... Vou correr um pouco, e passarei na academia na volta. Avisa Aaron e pega o celular

O moreno assente. O loiro desce as escadas correndo, a queimação nos pulmões o mostrando que ainda está vivo. Fazia um ano desde que Aaron havia começado a frequentar a academia, sua resistência estava maior.

O jovem tomou seu caminho até o prédio abandonado, subindo as escadas conhecidas, o breu do local não o assustando. No telhado em um pequeno depósito escondia seu gravador e as fitas. Pegou uma sem olhar, esta não tinha numeração o que significava que estava vazia. O loiro se sentou e observou o céu azul profundo, suspirou e colocou para gravar.

' Ei Abram...

Feliz aniversário... 17°

Me pergunto como você está? Se ainda está vivo? Eu posso está gravando uma fita para alguém morto, mas enfim...

Agora você deve está maior do que eu, não que eu seja alto de qualquer maneira... Estou no meu auge dos 1,50 de altura, tenho altura média de um garoto de treze anos'

Havia tantas coisas que Aaron queria dizer a seu amigo e tantas perguntas, mas nenhuma delas seria respondida por uma gravação. O loiro numerou a fita e a colocou com as outras.

Após a academia o mais novo retornou ao apartamento, tomou um rápido banho enquanto se livrava dos pensamentos. A noite ele sairia para o clube, não de Exy, o de luta. Lutas clandestinas, ou seja, ilegais. O dinheiro que ganhava ali serviria para o seus planos no futuro. Era sujo, mas ele já não tinha nada limpo a muito tempo. O jovem sairia às oito da noite e retornava às uma da manhã, Romero nunca perguntava aonde estava, às vezes o esperava acordado outras não. O moreno era uma pessoa complicada, do qual Aaron havia desistido de tentar entender.O local era teoricamente embaixo de um bordel, então provavelmente o mais velho teria tirado suas conclusões.

Neste clube valia tudo, inclusive as facas que Aaron carregava. O loiro aprendeu que não podia competir na força, ele usava a sua velocidade e sua altura a seu favor. Lá ele tinha uma identidade falsa Peter Robson.

Aaron tinha clube de Exy à tarde, como ele tinha praticamente se formado nos estudos, não tinha praticamente nada para fazer em "casa".

Maio chegou, Nathan ainda estava preso. O tempo de calor queimando a pele do loiro, os trinta minutos de caminhada da academia até o apartamento se tornando uma tortura. A bolsa batendo em seu quadril sem um ritmo uniforme. Suas pernas queimando pelos exercícios, por uma vez Aaron usou o elevador, apertou o botão do andar de Romero e fechou os olhos. O som anunciou a chegada ao seu destino.

O jovem abriu a porta e ouviu murmúrios, a contra partida estranhou.

― Isso não está certo. Fala uma voz masculina. Este era, Jackson?

O coração do loiro errou a batida.

O que diabos Jackson está fazendo aqui?

― É uma situação temporária. Responde Romero

Aaron caminha silenciosamente até a sala, três figuras conhecidas estavam sentadas no sofá. Romero parecia pensativo.Lola segurava uma caneca de café enquanto observava seu irmão. Jackson fumava um cigarro sua cabeça jogada em um ângulo estranho por cima do sofá, por isso foi o primeiro a avistar o loiro. Com um movimento rápido, Plank se levantou com um sorriso feroz.

― Ari. Fala o homem

Os irmãos Malcolm olharam para o loiro em questão. Jackson se aproxima do jovem, este tapa o nariz para não sentir o cheiro. Aaron precisava de muita força de vontade para não recuar quando o mais velho ficou a sua frente.

― Jackson. Diz Romero em tom de aviso

― O que Ron-Ron? Ele já tem dezoito anos. Fala Plank e olha novamente para o loiro

Os olhos do mais velho percorrem Aaron o causando desconforto, o loiro se move para passar pelo homem, uma mão grande o agarra pelo cotovelo.

― Que mal-educado. Não te ensinaram a ouvir quando uma pessoa mais velha fala? Ouvir e obedecer. É pra isso que serve um cão. Fala Jackson

― Vai pro inferno, Jackson. A única pessoa que eu devo obediência é ao Nathan. Retruca Aaron

― Ah Ari, acho que você esqueceu que tenho mais valor para Nathan do que Nathan. Retruca o homem

Mantenha-se calado. Mantenha-se calado. Mantenha-se calado. Imploraca sua mente

― Não esqueci, mas também não sou obrigado a aceitar suas merdas. Você diz que tem mais valor que eu, mas quem ele gastou dinheiro foi comigo. Retruca o loiro

O mais velho o empurra contra a parede, seu sorriso maníaco, a cabeça do menor doendo pela pancada.

― Puta também custa dinheiro, sabia? Fala Jackson

― Então você nunca conheceu a lei do homem casado,que dá mais valor as putas, do que a esposa. Zomba o mais novo

― Ah Ari, não me provoque. Você tem uma boca muito esperta. Mas um cãozinho não precisa de uma língua, não é mesmo? Diz o mais velho

― Você parece até uma vadia masoquista, não consegue ficar quieto. O que você gosta de ser fodido por, Jackson? Fala Lola

Jackson se pressiona mais contra Aaron e morde seu pescoço, fazendo as entranhas do mais novo se revirar.

― Vocês dois se comportem. Não vou permitir essas besteira no meu apartamento. Diz Romero

― Tudo bem, podemos terminar isso no motel. Retruca Jackson

― Vá se foder sozinho, seu retardado. Vocifera Aaron

Jackson é puxado para longe do outro por Lola e Romero. A mais velha arrasta Plank para o sofá para sentar ao seu lado, já seu irmão leva Aaron forçando-o a sentar no chão da sala com eles.

― Pode ser que Nathan fique na prisão mais tempo do que esperávamos. Diz o Malcolm e suspira

― Droga! Por que Mary tinha que fazer besteira! Fala a mulher com raiva

Aaron se manteve quieto durante todo resto da reunião deles. Quase a noite, os outros dois foram embora, deixando os moradores sozinhos enfim. O loiro tomou seu banho.

Nathan está preso. O que significa que terei que lidar com Lola e Jackson com mais frequência... Reflete ele

O jovem não queria estar perto deles, era desconfortável, olha para eles significava lembrar daquela noite de dezembro, dos toques, das cicatrizes que nunca sairam de sua pele.

Romero permanecia na sala, o brilho da TV iluminando seu rosto.

― Com que frequência isso vai acontecer? Pergunta o loiro

― O quê? Indaga o Malcolm

― Jackson e Lola. Responde o mais novo

― Bastante. Eles estão no meu ciclo pessoal a mais tempo que você. Retruca o moreno

Aaron sabia que nada facilitaria, mas doía ter que aceitar isso, ele não significaca nada ali. Que era literalmente um objeto a visão deles. O loiro resolveu não discutir. Naquela noite o cansaço se instalou na suas veias, seus olhos se fecharam.
*
Uma figura de um garoto loiro sendo arrastado escada abaixo por mãos femininas. Um quarto conhecido demais para aaron. Quanto tempo ele viveu ali? Seis anos? Pera aí, aquele era ele?

A figura masculina subindo na cama era, Jackson? O sangue na cama se espalhava, os gritos do garoto ecoava pelo quarto. Porém, aquela criança não era Aaron. Não se via o rosto da criança, mas os fios loiros e pele pálida diziam muito. Aquele não era Aaron, pois sua pele não estava marcada por nenhuma cicatriz.

Aaron parecia está assistindo aquilo, horrorizado. A mulher que apareceu ao seu lado tão pálida e doente quanto ele, era Tilda.

― Você fez isso a ele. Tentou salvá-lo? Diz ela debochada. ― Você só fez piorar a situação dele. Não queria que ele sofresse? Ha, você literalmente colocou uma arma na cabeça dele. E acredite ou não, será você a pessoa a puxar o gatilho.

Aaron estava preso ao chão, não conseguia acordar. Ele estava dormindo? Ele também não podia fechar os olhos, os gritos de Andrew fazendo seus ouvidos zumbirem. Jackson olhou em sua direção.

― Eu nunca prometi que não tocaria nele. Você quer se divertir um pouco também?*

Com um sobressalto Aaron acorda, sua respiração ofegante, o zumbido ensurdecedor, e em segundos o loiro estava no banheiro debruçado na privada o cheiro de vômito se infiltrando no ar.

E se tudo que fiz foi em vão? Pensa ele

O jovem precisava acreditar que sua família estava bem, mas doía duvidar, não saber de nada.

Naquele final de semana, quando Jackson e Lola apareceram no apartamento de Romero, Aaron passou o dia fora se recusando a voltar a ficar no mesmo ambiente que os três patetas. Era mais fácil fugir do que encarar seus traumas era difícil conviver com as marcas e lembrar de cada momento, e o motivo pelo qual aconteceu.

Na segunda-feira Aaron estava tomando café quando o Malcolm sentou a sua frente.

― Precisamos conversa. Percebi que você não gosta muito deles. Começa o homem

Por que será, né?

― Eu resolvi que como você tem dezoito anos. Você pode ter seu próprio apartamento. Continua o mais velho. ― Porém existem algumas condições para isso acontecer.

― E quais seriam essas condições? Pergunta o loiro entediado

― Primeiro você não pode escolher um lugar longe; segundo você não pode passar mais do que 14 horas fora do local; e terceiro e último é que teremos que colocar um rastreador em você. Fala Romero

O mais novo arqueia uma sombracelha em pergunta.

― Vamos colocar um rastreador dentro de você, no seu corpo, já que você pode "esquecer" seu celular. Para temos certeza de onde está. Fala o mais velho

O jovem pensa um momento.

Acho que é melhor fo que ficar aqui. Tem que suportar Jackson e Lola...

― Eu aceito. Fala Aaron

― Certo. Certo, essa semana começaremos a resolver isso. Diz o mais velho

No dia seguinte, o rastreador havia sido implantado, apesar de saber onde estava localizado, o loiro não tinha permissão para retirá-lo e se fizesse seria entendido como sinal de traição. Em três dias Aaron estava morando em um pequeno apartamento simples. Sua TV tinha canal de esportes e documentários, simples mas necessário.

No início o jovem estranhou viver sozinho, já que apesar de seus responsáveis o negligenciarem eram sempre uma figura constante em sua vida.

Às vezes Romero aparecia na casa do mais novo sem avisar, sempre causando espanto.

No mês de agosto, a temporada de Exy estava retornando com os times universitários, o jovem gostava do esporte e estava empolgado para esta. Os times do Sul eram razoáveis em termos de estatística, tirando os três grandes é claro. O loiro pesquisou sobre eles os jogadores eram intelectuais, alguns se destacando pela sua força de ataque, ou pela sua defesa ou pelo espírito de equipe como os Trojans.

Numa sexta-feira de agosto o loiro estava assistindo o jogo das Raposas de Palmetto States, quando a escalação chamou sua atenção:

― Representando a defesa: ele veio de Nova York, vestindo a camisa número 4. Matthew Boyd. E representando a camisa 8, um calouro das Raposas, vindo de Colúmbia. Nicholas Hemmick. E representando o gol, ele também é um calouro e vem de Colúmbia. Vestindo a camisa de número 3. Andrew Minyard. Diz o narrador

Aaron não conseguia acreditar no que seus olhos tavam vendo. Ali na tela, seu primo e seu suposto irmão gêmeo num time de Exy universitário. O loiro assistiu o jogo com muita atenção, a bebida esquecida na mão já havia algum tempo. A vitória foi do outro time. O mais baixo se sentia aliviado não pelo jogo, mas sim porque sua estava viva e seguindo em frente. Aaron odiava aqueles picos de esperança que tentavam chegar nele.

Uma semana depois, Aaron se encontrava debruçado em um computador da biblioteca, buscando o histórico de Andrew e Nicky. Achou algumas coisas que ele listou como interessante.

1. Nicky conseguiu a tutela de Andrew.

2. A casa que os dois moravam estava em Colúmbia, e estava no nome de Nicky.

3. Andrew tomava medicamentos, por conta de um incidente na boate Eden's Twilight onde ambos trabalhavam.

4. Andrew era um dos melhores goleiros do ensino médio e universitário.

O peito do loiro queimava com algo que não sabia nomear. Lembrava muito adrenalina, talvez até mesmo algo infantil? Ele precisava desabafar, deixou a biblioteca e correu até seu esconderijo, e sentou-se na beirada do telhado, suspirando começou a gravar.

' Oi Abram de novo...

Hoje é dia 19 de agosto de 2005

Eu vi Andrew. Não pessoalmente, Exy. Ele joga Exy, com as Raposas Palmetto States, Nicky também joga, eu os vi...

Ele é incrível. Ambos estão na faculdade, e eu estou orgulhoso dele...

Eu parei de treinar. Eu larguei Exy junto do clube que frequantava. Eu tinha medo de alguém juntar os pontos... As semelhanças entre mim e o goleiro das Raposas. Eu posso ter mudado um pouco aparência, mas ainda compartilhamos o mesmo rosto...

Agora mudando de assunto...

Nathan está preso. Eu não moro mais com Romero. Moro perto dele, mas não no mesmo teto, existem condições para que eu fizesse isso. Mas... Enfim...

Não tem um dia que não me pergunte. Aonde será que ele tá? Será que ele ainda lembra de mim? Afinal fazem sete anos que não nos vemos...'

Agora havia um aperto no peito de Aaron, expor seus pensamentos fora doloroso, porque parte sua tinha medo de ser esquecida, era a mesma que desejava se aproximar de sua família foi esta parte "egoísta" dele que queria que sua família ficasse por perto. Porém havia outra a mais racional, que sabia que era melhor não se envolver mais, pois só causaria problemas, este lado desejava que Abram o tivesse esquecido, que mesmo que causasse feridas nele seria melhor.

O loiro desceu as escadas calmamente, a escuridão engolindo-o, mas não o amedrontando, afinal não era no escuro que lhe causava arrepios, e sim os monstros que andavam pelas ruas. Ele mesmo já havua se tornado, não é?

Os dias se passaram tão rápido, quando menos se esperava era metade de outubro, após assistir um jogo de Exy, as Raposas vencendo finalmente quando Andrew assumiu o gol durante toda a partida. Foi incrível de 67 chutes ao gol apenas 3 de fato entraram, o que parecia surreal na perspectiva do jovem. Aaron desligou a TV não interessado nas entrevistas pós-jogo, arrumou-se para ir ao local combinado onde aconteceria as lutas clandestinas.

Usando um moletom preto surrado, uma calça jeans escura e um all Star amarelo o loiro estava pronto para sair. Os dois canivetes faziam companhia durante a caminhada, o ar meio frio fazendo sua pele se arrepiar, mas ele estava acostumado.

O local era abandonado, parecia uma quadra de futebol haviam muitas pessoas ao redor, pessoas ricas dispostas a apostar nos "lutadores" como peões. Ali poderia ser um verdadeiro mata-mata. Raphael que era "agente" de Peter (que era Diego, que na verdade era Aaron) foi o primeiro a avistá-lo chegar ali.

― Ei cara, pronto pra hoje? Indaga o homem

O loiro apenas deu de ombros sem responder, e analisa o mais velho. Raphael era um homem alto que tinha por volta de trinta anos de idade, sua aparência intimidadora escondia sua energia divertida, poderia se dizer que era um adulto que não cresceu mentalmente. Aaron podia julgá-lo, pois também era.

Os oponentes eram aleatórios, às vezes criminosos ou pessoas que queriam ganhar a vida "fácil". A grande maioria das vezes adultos que riam da cara do loiro que nem se incomodava. Era melhor se subestimado e surpreender, do que ser superestimado e decepcionar. Hoje não parecia ser diferente, o homem que entrara tinha ar de arrogância, olhou para Aaron dos pés a cabeça com desdém e deu um sorriso de deboche.

― É uma pena, esmagar uma criança tão pequena. Diz o homem com voz rouca de fumo. ― Mas não se preocupe, eu não vou te quebrar todo se você implorar.

O loiro nem se incomodou com a provocação, sua expressão calma e indiferente.

O locutor anuncia o início, o mais velho parte para cima do mais novo, chutando suas costelas, o loiro ofega não esperando o golpe, porém se recupera antes que o homem lhe dê outro golpe, imprensando a perna do outro enquanto usa a sua força e seu peso para derrubá-lo. Aaron cai de joelhos enquanto o mais velho ainda preso a ele bateu as costas contra o chão, o loiro não se levantou e não esperou que outro fizesse. Com a mão livre levou ao pescoço do homem, enquanto pressionava o seu joelho ao tórax deste com intuito de apagá-lo rapidamente. O homem desistiu quinze segundos depois quase sem ar. O mais novo se levantou e deixou o "ringue".

― Você foi muito bem, cara. Diz Raphael com tapinhas nas costas

Algumas lutas se seguiram antes que Aaron fosse chamado. Seu próximo oponente era um homem mais velho com olhar faminto. Algo nele o lembrava Nathan.

― Cuidado com esse cara, ele conhecido como Javert. E gosta de usar golpes sujos. Avisa Raphael

― Eu também sei jogar esse jogo. Fala Aaron

O que tecnicamente era verdade, o loiro vivera bastante tempo com os capangas de Nathan para saber disso. Exercutá-los não era um problema, mas o loiro não sabia com quem estava lutando, ou seja, primeiro conhecer para depois se adaptar e manipular.

Javert era intimidador, exibia suas cicatrizes de batalha.

― Ora, um pirralho. Você é rápido garoto, mas você não passa de um coelho pronto pra ser devorado. Fala o homem

O loiro bate palma lentas em deboche.

― Nossa, suas palavras me deixaram emocionado. Diz o jovem em tom entediado

No próximo momento, o som do corpo de Aaron batendo contra o chão foi ouvido, Javert apertando o pescoço do loiro com força o suficiente para quebrar. Uma faca fora cravada no abdômen do homem, e é torcida, o sangue escorre manchando a mão do mais novo. O homem vomita sangue e quando leva a mão a boca percebe seu erro, pois afrouxou o aperto. Aaron pega a segunda faca e corta a garganta de Javert. O sangue espirrando pelo seu corpo, conseguindo sair. O narrador declara o vencedor.

Na manhã seguinte, Aaron toma café com Raphael precisando conversar com o mais velho.

― Então. Qual assunto? Fala o homem

― Estou comprando outro celular descartável. Isso significa que vou mudar de número. Explica o loiro

― Certo. Mas e quanto ao outro? Indaga o mais alto

― Estou sem recarga. E não é bom ficar com o mesmo número. Você sabe que aquilo é ilegal. Fala o mais novo

― Certo. Certo, você tem razão. Diz o homem

Aaron sai deixando o dinheiro para conta. A verdade é que o loiro tinha outra ideia em mente, pois seu aniversário estava chegando. Algo passou pela sua cabeça, boba porém preocupante o suficiente para que o perturbasse.

No mesmo dia, o loiro comprou um celular, e plano temporário para mantê-lo a curto período. Já seu celular antigo, com o canivete gravou as iniciais 'AM' que significava Aaron Michael, mas também Andrew Minyard. O jovem guardou o celular em uma caixa no local secreto. E com celular novo discou o número de Raphael que atendeu imediatamente:

― Este é meu novo número, salve-o. Diz Aaron e desliga sem esperar a resposta

No final de outubro, Aaron coloca uma recarga em seu antigo celular dw quinze dias, era o suficiente para aguentar até seu aniversário e a segunda semana de novembro. Com hesitancia mandou uma mensagem a Raphael de seu novo celular.

Preciso que você faça
algo pra mim

R:
Claro! Do que precisa?

Me encontre na mesma
lanchonete de sempre
em meia hora

R:
Ok!

O loiro colocou o celular no bolso. Seu antigo telefone no envelope, juntamente com um papel escrito com sua caligrafia:

FELIZ ANIVERSÁRIO, ANDREW  ◉⁠‿⁠◉

Ele havia reescrito o bilhete várias vezes, quando se estressou escreveu rápido, com medo de que mudasse de ideia e o jogasse fora novamente. Havia também deixado mensagens escritas no celular de seu novo número. Era uma ideia arriscada. O loiro nem sabia porque estava fazendo isso, talvez cansado de fugir?

Só dessa vez... Ele disse a si mesmo

Indo ao ponto de encontro com Raphael, o homem parecia nervoso com aquele pedido repentino, o loiro se sentou a sua frente e colocou o envelope em cima da mesa.

― Preciso que você entregue isso para mim. Fala Aaron

― O que é isso? Indaga o mais velho

― Um presente. Diz o mais baixo

― Ok. Aonde devo entregar? Pergunta Raphael

O loiro entrega um papel com as informações, e espera enquanto o home ler.

― Colúmbia? Indaga ele

― Sim. Retruca o jovem

― Isso não fica à... Não sei, nove horas daqui? Questiona o mais alto escandalizado

O mais novo suspira e se recosta na cadeira.

― Então? Vai fazer ou não? Pergunta Aaron friamente

― Claro, eu faço você sabe que nós é parça. Fala Raphael

― Que bom. Diz o loiro

Na segunda-feira Aaron recebe uma mensagem:

R:
Missão cumprida!!!

Obrigado...

R:
Disponha (⁠◠⁠‿⁠◕⁠)

O loiro afundou no colchão na tentativa de dormir. Dormir uma noite inteira se tornara um luxo do qual o mais novo não desfrutava há muito tempo, a camiseta deixava amostra seus braços mal-cicatrizados, ainda muito visíveis assim como os cortes nos dedos. A contragosto ele se levanta, afinal ainda tinha uma rotina a seguir, a vida não esperaria Aaron ficar bem, nunca fez assim como o jovem nunca esteve bem.

Sexta-feira era seu aniversário e de Andrew. Hoje era dia de jogo para as Raposas, Aaron se recusou a sair do sofá durante toda a noite, esperando o momento em que Nicky e Andrew emtrariam em quadra. Quando o seu gêmeo apareceu na tela, Aaron sussura:

― Feliz aniversário, Andrew.

Naquela noite a equipe perdeu o jogo, mas Aaron se sentia quente. Andrew e Nicky pareciam tão bem, talvez o loiro não devesse ter interferido na via deles. Talvez seu gêmeo não ligasse, jogasse fora aquilo que Aaron mandou, afinal não havia nome e nem data. E ele entenderia, seria melhor assim, pois se eles se aproximasse demais acabaria machucando-o. Aaron nunca pôde ter nada, era dessa maneira que as coisas funciovam 'Tão perto, mas tão longe'
*
Aaron andava em um corredor conhecido, paredes tingidas de bege uma cor sem graça. O loiro parou em frente a uma sala, o escritório de Nathan. A porta foi aberta por alguém, ali dentro três figuras se encontravam, Nathan é claro e dois homens amarrados a cadeira. As pessoas moviam a boca, mas nehum som saía.

Aaron atravessou a sala parando em frente ao Weninski, que falava mas o outro não conseguia ouvi-lo. Quando uma faca foi posta em suas mãos ele sabia o que fazer. Se virou e sem hesitar esfaqueou as outras duas figuras, suas mãos cheias de sangue.

― Aaron. Sussurrou uma voz

O loiro piscou, levantando os olhos encontrou os olhos castanho escuro, Nicky? O mais novo recuou alguns passos, e desviou o olhar encontrando o seu espelho, Andrew.*

Aaron acorda sobressaltado, seu celular avisava que já era de manhã, levantou-se do sofá e desligou o canal de esportes. Observou suas mãos por muito tempo. Ele os matou, pois era um monstro.

A água fria do banho fazia seu corpo tremer, porém afastava os pensamentos, Aaron abrira sem perceber as cicatrizes do braço, fazendo-as sangrar, só dando conta quando a água do ralo descera rosa. Desligando o chuveiro, começou a estancar o sangramento e fazer o curativo.

O loiro quase teve um salto quando seu telefone descartável vibrou, o mais novo verifica-o esperando uma mensagem de Raphael, mas os dígitos que aparecem eram de seu antigo número, uma estranha agitação se instalou enquanto ele verificava a mensagem.

Não...

Aaron sentiu seus lábios levantarem involuntariamente em um meio sorriso.

AHA... Eu sabia.

qm é você?

Você é ganhou um
celular ouija.

O loiro sabia que seu senso de humor era péssimo, no entanto ele não conseguia evitar. Aarons estava morto afinal.

Isso não responde
a minha pergunta

Não diga isso a
ninguém, ok?
Nem mesmo ao Nicky.

Afinal seria ruim se isso chegasse ao seu primo, que era uma pessoa imprevisível, porém quando a resposta demorou a vim Aaron começa a sentir mais ansiedade e brinca:

Morreu?
Acho que agora somos
gêmeos fantasmas
5.
4.
3.

Foda-se

.     ◉⁠‿⁠◉ Não curto essas
coisas, não.

Quem?

O loiro revirou os olhos, ele teria que ceder um pouco.

Tilda não te contou?
Você tem um irmão!

Sim?

Ao menos que você tenha
esquecido o nome de seu
gêmeos, Andrew Joseph
Minyard!!

Aaron estava começando a achar que seu irmão não sabia de sua existência.

Aaron?

Não. É um cosplay da
Britney Spears

Prove

Prova o quê? Que sou cosplay da Britney spears? Pensa ele

Ligação?

Aaron não esperou a resposta, confidencializou seu número e discou. Andrew o fez esperar, atendeu apenas no terceiro toque.

― Não posso falar no momento, ligue mais tarde... Diz ele em vez de saudação

― Tá de brincadeira? Diz uma viz idêntica a sua, só que mais alta e grossa, talvez um pouco rouca

Era real... Pensa ele

― Porra! Exclama Aaron

A surpresa de Aaron foi tão grande que seu celular escorregou de sua mão. Ele se apressou para ajuntá-lo, a resposta demorou.

― Onde? Onde você está? Pergunta Andrew

Dã... É claro que ele ia perguntar isso, né tonto... Se reprende o jovem

O loiro estalou a língua incrédulo, se levantando do sofá, ele vai até o quarto o único cômodo que tem fechadura além da porta da frente. Era precaução, ele nunca sabia quando Romero ou qualquer outra pessoa apareceria.

― Não posso te dá essa resposta. Diz Aaron enfim

― Comp descobriu meu endereço? Indaga seu gêmeo

Besteira... Pensa o outro

Aaron meio que não achou que fosse uma pergunta séria, afinal Andrew e seu primo eram jogadores de Exy, se alguém jogasse seus nomes em uma pesquisa diria que moravam em Colúmbia, e uma pesquisada mais a fundo revelaria isso, porém mesmo assim o loiro respondeu:

― Foi fácil, Nicky. A casa está no nome dele, assim foi fácil, e vocês são jogadores de Exy foi assim que descobri da sua existência.

Não era totalmente mentira, mas também não era toda a verdade.

― Que irônico. Pensei que estivesse morto. Zomba Andrew

― E eu achei, que era filho único. Todos acham que estou morto, isso é bom eu acho? Retruca Aaron

― Cansou de está morto? Pergunta seu gêmeo rispidamente. ― Você está com problemas?

Aaron não quero precupá-lo, se continuasse a ligação seu irmão faria mais perguntas, estas quais ele não tinha permissão e nem coragem de responder. Ele não deveria ter feito isso, se alguém cogitasse que isso aconteceu, o corpo de sua família nunca mais seria encontrado.

― Eu queria que você soubesse que estou vivo, mas estou me arrependo disso, Andrew... Eu sinto muito. Fala ele

Seu peito doía ao encerrar a ligação e bloqueia o número, desliga o celular e afunda na cama. Doía o desejo de querer algo. Ia doer, porém era mais seguro afastá-lo.

Eu poderia está ao lado dele... Pensa Aaron

Aaron afastou qualquer esperança que tinha, levantou em um pulo, e correu até suas pernas doerem até que a única dor que sentisse no peito fosse a falta de ar. Porque dores físicas eram algo que ele podia lidar, ao contrário das emoções que se tornaram erradas em sua visão. Sentir algo significava fraqueza.

Aaron foi ao seu esconderijo, sentou-se a beira do telhado, o suor escorrendo apesar do ar gelado de novembro. Então ele começou a gravar para desabafar.

' Hum... Abram, eu não sei se você vai escutar isso. Bem, quem sabe?

É dia 5 de novembro 2005 às seis da tarde, e eu Mickey Mouse estou surtando...

Eu sinto que fiz besteira. Eu entrei em contato com Andrew... Mandei um bilhete de feliz aniversário e um celular antigo descartável que era meu

Antes que você pense que é por esse que os capangas de Nathan falam comigo, eu digo que não. Não é, eles me deram um celular quando eu tinha cartoze anos e me proibiram de mudar, ou minha família teria problemas...

Bem voltando ao assunto, eu o mandei pra ele... Nós trocamos algumas conversas, ele não acreditou o que eu agradeço da alma que eu não possuo...

Eu liguei pra ele, eu ouvir a voz dele. E pela primeira vez eu percebi que Andrew era real. E agora...

Agora eu não consigo me livrar de sensação de que tem algo faltando. Mas isso não existe, pois eu nunca tive nada... Não posso sentir falta do que nunca me pertenceu...'

Doía admitir que aquilo o afetava, que era real. Talvez as coisas fossem diferentes em outro lugar. No momento, Aaron tinha que se contentar com que tinha, que era nada.

Notes:

N.A: Aaron se autodepressiando, meu deus! Boas novas estamos chegando ao período do livro, aeeee

Estou em período de prova, então significa que vocês ficarão duas semanas sem capitulo galera...

Agradeço a minha beta sky_whitney por me ajudar a agilizar algumas coisas aqui 😘🍓

Não esqueçam de comentar e deixar seus kudos.Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!

Chapter 39: Uma faca não me cortaria como seu sorriso faz...

Summary:

Posso te ligar?

Cinco segundos depois uma chamada salta na tela.

— Mickey? Chama Neil

— Abram. Fala o loiro

— Às vezes eu penso que isso não é real. Comenta Neil

— O que não é rea? Indaga Mickey

— Você vivo e falando comigo. Explica o mais novo

— Ei tenho a mesma sensação, a diferença é que eu tive três meses para aceitar. Fala ele e suspira. — Sabe? Parte minha temia que você não ligasse.

Notes:

N.A: E aí galera!!! Bom dia/boa tarde e boa noite queridos. Faz tempo né?
POV Neil galera aproveitem e olhem as tags

T.W: violência verbal
         Menção a abuso sexual
         Assassinato
         Abuso sexual
         Ataque de Pânico

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Na segunda-feira Neil foi atrás de Renee sabendo que suas agendas eram parecidos, a loira pareceu surpresa ao vê-lo.

— Oi, Neil. Que raridade. Fala ela

— Tá ocupada? Quero falar com você por um minuto. Fala Neil hesitante

— Acho vou parar de apostar com Andrew quando se trata de você. Ele  me avisou que você viria e eu disse que não. Fala a goleira.
—Respondendo você. Não estou ocupada. Podemos conversar andando?

Neil concordou e os dois começaram a caminha.

— Andrew te explicou o motivo? Questiona Neil

— Na verdade não. Responde Renee

— Já te perguntei isso. Mas por que Andrew gosta de você? Indaga o atacante

— No ano passado Andrew me levou ao Éden's Twilight. Ele não acreditou nessa fachada ele me pediu a verdade e eu contei. Disse a loira gesticulando para si mesma.— Andrew descobriu que temos mais incomum. Só muda a nossa sorte e fé.

— E a psicose. Acrescenta Neil

— Talvez não. Sou uma pessoa ruim que se esforçar para ser boa. Fala ela despreocupada. — Eu cresci com a minha mãe e seus namorados barra-pesada. Era impossível não ser encrenca. Eu era aviãozinho deles. Com um tempo subir e recebi tarefas mais arriscadas. Fazia o que me mandavam sem me importar com quem se machucasse. Por sorte, eu não era esperta e foi presa, meu advogado diminuiu minha pena quando virei testemunha, mas eu não podia voltar pra casa. Minha mãe e seu namorado foram para prisão sob muitas acusações. Os dois morreram em uma briga na cadeia.

— Sinto muito. Disse o mais novo parte dele desejando que alguém tivesse essa coragem com seu pai

— Não sinta. Eu os odiava, e não estaria aqui se ela não tivesse morrido. Diz a goleira caminhando. — Depois disso eles me mandaram para o orfanato, eu dificultei a vida nas minhas famílias adotivas. Stephanie Walker ouviu, e entrou com o pedido de adoção, nos mudamos pra Dakota do Norte. Ela me deu um novo nome, uma nova fé e uma nova chance para mudar de vida.

Neil percebeu o quanto Andrew e Renee eram parecidos, a diferença é que Renee tinha Stephanie para transformá-la, enquanto Andrew sempre fora negligenciado. O atacante finalmente entendeu o medo inexistente na loira.

— Por que você e Andrew não ficam juntos? Questiona Neil de repente meio vazio

— Como assim? Ficar junto como? Fala Renee

— Por que você ainda não o chamou para sair? Indaga o atacante sentindo o gosto amargo

A loira pareceu refletir, os dois entraram na loja, olhando as prateleiras.

— Por que está me perguntando isso. Você nunca pareceu interessado. Comenta ela

— Não estou. Retruca ele

A verdade é que nem ele sabia o porquê dessa curiosidade, talvez as Raposas tivessem colocando minhocas em sua cabeça.

— Deixa pra lá. Disse Neil se virando para ir embora

— Não faço o tipo de Andrew. Não tem nada rolando entre a gente. Fala Renee finalmente

— Foi o que Allison disse. Mas todos acham que tem. Acredito que você sabe das apostas. Você disse "não" para mim, mas porque não explicou isso aos outros? Indaga o atacante

— Ganhamos muito mais calados. Com o pote aumentando, eu e Allison dividimos, eu doou para caridade e ela usa para fazer as unhas. Explica a loira

— E o que Andrew ganha com isso? Diversão enquanto os outros batem cabeça? Indaga o mais novo

— Paz. Retruca a mulher

— Não entendo. Fala Neil

Renee hesita enquanto analisa uma carteira de couro.

— Andrew disse que você me faria perguntas. Quando perguntei até onde deveria falar, ele disse que não se importava. Sabe quando disse que não fazia o tipo de Andrew, falei sério. É porque sou mulher. Fala ela

Neil demorou uma pouco para entender.

— Ah. Então Andrew e Kevin... Começa ele

— Ah, na verdade não. Disse Renee

Neil pensou que aquilo fazia sentido, já que Kevin respirava Exy.

— Mais ninguém sabe da sexualidade de Andrew. Comenta Neil

— Até onde sei, apenas eu e você. Confirma Renee

— Mas e Nicky? Questiona o atacante

— Se ele sabe nunca contou. Retruca a goleira

— E por que você me contou? Indaga o mais novo

— Ele sabe que você nunca vai usar isso contra ele. Tenta a loira

Neil percebeu que a loira tinha razão, afinal nunca se importara com a sexualidade de seus companheiros.

— Se ele não se importa, então porque ele não me contou quando perguntei. Comenta Neil

— Talvez quisesse que nós interagissimos. A sombra de quem eu era e o que me conecta com Andrew, e talvez com você. Explica Renee. — Não sei a sua história, se você compartilhou algo com ele. Ele nunca me disse nada, e não fará. Todos nós temos problemas. Não significa que seja parecido. Os outros não entenderam apesar de tentar. É reconfortante achar alguém que passou pelas mesmas coisas e nos compreenda. Se um de nós pôde te ajudar, estamos aqui.

Neil não sabia o que responder, ele tinha tanto para perguntar, mas isso só levantaria mais dúvidas, ele não estava preparado para compartilhar. Renee esperou algo, quando não veio ela assentiu e mudou de assunto.

— Agora que matei sua curiosidade você poderia me ajudar. Preciso de uma opinião masculina sobre o presente de Andrew. Para seu aniversário. Ele não comemora, mas nada me impede de presenteá-lo. Ele faz vinte anos sábado. É uma data importante, né? Fala Renee

— É, acho que sim. Disse Neil

— Estou pensando em algo prático que ele possa usar. O que acha? Continua ela animada

Neil não podia deixar de pensar que era aniversário de seu amigo também, ele mandaria uma mensagem ou ligaria para ele mais tarde. Após duas lojas Renee achou o que realmente queria, e foi para sua aula. Neil retornou a torre, não havia ninguém no quarto, o atacante pegou seu celular, o celular que Mickey lhe deu e mandou mensagem:

                                    Posso te ligar?

Cinco segundos depois uma chamada salta na tela.

— Mickey? Chama Neil

— Abram. Fala o loiro

— Às vezes eu penso que isso não é real. Comenta Neil

— O que não é rea? Indaga Mickey

— Você vivo e falando comigo. Explica o mais novo

— Ei tenho a mesma sensação, a diferença é que eu tive três meses para aceitar. Fala ele e suspira. — Sabe? Parte minha temia que você não ligasse.

Neil arregalou  os olhos diante dessa informação.

— Por quê?

— Porque eu achei que você tivesse esquecido. Não porque você quisesse, mas porque era necessário. Fala Aaron

— Eu queria que você estivesse aqui. Fala Abram. —  por que você não vêm?

— Vou te dar dois motivos. Primeiro, seria como puxar o gatilho na cabeça de Andrew e Nicky. Segundo, é como mostrar a sua localização a eles. Então não, não irei até aí, não agora, a menos que seja inevitável. Responde o loiro

— Caso não tenha percebido, eu já estou aqui perto da sua família, Riko o  filho de Kengo já sabe quem eu sou. É questão de tempo até que ele saiba também. Fala Neil

— O Corvo? Sim, eu sei que ele sabe sua identidade. Eu meio que tenho acesso a alguns arquivos dele. Responde Mickey — De modo não convencional. E sim, é questão de tempo, mas precisamos ganhar tempo. Nenhum dos capangas se moverá enquanto Nathan estiver na cadeia.

— Eu sei, mas nada impedirá de Nathan me achar. Responde Abram

— Sim, porém quando ele fizer moverá seus capangas principais. Lola, Jackson e Romero, eu vou saber, eu te avisarei. Tranquiliza Aaron

— Mickey, sobre Andrew e Nicky. Seu primo acha que você está vivo, e Andrew sabe da sua existência, mas acha que está morto. Eu posso contar a eles sobre você? Questiona o atacante

— Não Abram, algumas coisas devem permanecer enterradas. Será mais fácil se eles acharem que estou morto. Continue fingindo que não sabe de nada. Comenta o mais velho. — Agora tchau, nos falamos mais tarde ou amanhã. Cuide-se.

No sábado Nicky aparecera no dormitório de Neil.

— Ah, graças a Deus. Fala Nicky

— Que houve? Questiona Matt

— Sinto que vou morrer. Minha mãe me ligou para desejar feliz aniversário pra Andrew. Fala o mais velho

— Isso é ruim? Indaga o mais alto

Nicky pareceu desconfortável, mas respondeu:

— É... Nós não falamos muito. Desde que descobriram que sou gay, e não falam com Andrew desde que fiquei com a guarda dele.

— Por que eles ligaram? Indaga Neil

— Pra nos convidar pro jantar de Ação de Graças. Diz Nicky — E eu desliguei na cara dela. Eu não sabia o que fazer. Não consegui dizer não.

— Então por que não disse sim? Fala Matt

— Bem não é tão simples. O convite só vale se Andrew for. E nem em mil anos ele toparia. Retruca o mais velho

— E o que você quer que eu faça? Indaga Neil

— Me dê moral e suporte. Afinal se eu fizer ele vai rir na minha cara e dizer não. Mas você é diferente, ele está mais aberto as suas sugestões. Fala o moreno

— Não acho que seja assim que funciona. Ressalta o atacante

— Eu cresci naquela casa. É difícil para mim desistir dos meus pais. Talvez eles tenham mudado. Eu quero a minha mãe de volta. Você nem imagina como eu sinto falta dela. Fala Nicky baixo e desesperado

Doeu em Neil, pois ali parecia uma criança, ele não deveria se importar, mas e se fosse a mãe dele? Ela não era a melhor mãe do mundo, porém fez com que ele sobrevivesse.

— Espere aqui. Disse o mais baixo

Nicky pareceu esperançoso. Neil foi direto a Andrew que fumava.

— Ah, Neil. E aí? Fala o loiro

— Podemos conversar? Pergunta Neil

— Não é um bom dia. Volte amanhã. Retruca o goleiro

— Não estragaria sua festa se não fosse importante. Fala o atacante

— Seu sarcasmo é uma delícia. Diz Andrew

— Dois minutos. Retruca Neil

— Tão insistente. Retruca o loiro

O loiro vai até o quarto e Neil o segue.

— Tic-tac. Tem minha atenção, agora mantenha-a. Avisa Andrew

— A mãe de Nicky ligou. Começa o atacante

— Tempo esgotado. Fala o loiro

O goleiro se move para sair, mas Neil coloca o braço impedindo-o sem tocá-lo.

— Ela o convidou para o jantar de Ação de Graças, e ele só pode ir se você for. Explica o mais novo

— A resposta é não. Ficaremos com Abby, ela não é uma péssima cozinheira, mas nunca peça doces a ela. Responde o loiro medicado

— Por que não vai? Indaga Neil

— Vamos se dizer que eu e Luther não nos damos bem. Fala Andrew

— Ok, mas por quê? Tem haver com a sua mãe? Questiona o atacante

— Tilda? Ela não era minha mãe. Cass. Ela poderia ter sido. Ela me queria. Andrew Joseph Spear. Isso soa bem. Fala o loiro

— Spear? Repete Neil

— Richard Spear. Sim, esposa dele, meu último pai adotivo. Continua o goleiro

— Sim, você mencionou. O que deu errado? Tilda? Questiona o mais novo

— Bem. Sim e não. Quando Tilda morreu, Luther estava disposto a me devolver para Cass. Mas isso não poderia acontecer, poderia? Fala Andrew

— Pera quê? Ela te fez alguma coisa? Indaga Neil

— Cass, nunca faria nada comigo. Responde o loiro

— Qual era problema então? Fala o atacante

— Isso é uma outra história. Quando Luther disse que me mandaria de volta, eu contei um segredo pra me certificar de que ele não faria. Fala o goleiro

— Ele contou? Advinha Neil

— Não. Ele preferiu não acreditar em mim. E isso é mil vezes pior, sabe. Responde Andrew

— Depende do segredo. Fala o mais novo

— Verdade. Mas se digo que uma pessoa de meio neurônio entenderia, e disser que estou errado. Não estou disposto a discutir. Não vejo sentido. Explica o mais baixo

— Ele não acreditou ou afirmou que você estava errado? Existe uma diferença. Comenta o atacante

— Você é mais esperto do que parece. Fala Andrew

Neil não demorou para juntar as peças.

— Ele disse que foi um mal-entendido. Diz Neil

Andrew congela, e isso é o suficiente para a resposta do outro.

— Não diga isso. Odeio essa palavra. Não use. Por que se arriscaria assim? Fala o loiro

— Andrew. Tenta o mais novo

— Não. Avisa o loiro

Neil escolheu bem as próximas palavras, ele fez isso por Nicky.

— Isso foi a três anos. Talvez ele esteja arrependido. Fala o atacante

— Você não diria isso se conhecesse Luther. Fala Andrew

— Eu posso fazer. Fala Neil

— Ah, Neil. Ele é um fanático, você mal aguenta Renee, é arriscado ele te acusar de está endemoniado. Zomba o goleiro

— Isso seria divertido. Comenta o atacante — Vamos todos juntos, por Nicky. E de qualquer jeito Kevin não pode ficar sem supervisão, e você encheria o meu saco. Vamos ser um bando de jovens desequilibrados na casa de um pastor.

— Ou podemos ficar. Sugere o goleiro

— Sem graça. Rebate o mais novo

— Apelar pelo meus interesses é golpe baixo. Comenta Andrew

— E funciona? Fala Neil

— Você adoraria que sim. Retruca o loiro

— Por favor? Pede o atacante

— Odeio essa palavra. Rebate o goleiro

— Sua psiquiatra sabe da sua aversão a palavras? Zomba o mais alto — E de qualquer modo deixe que Nicky tente novamente, se eles o decepcionarem ele finalmente perceba e se distancie.

Andrew parece pensar, o loiro agarra a camisa de Neil sem toca sua pele, mas o atacante sente um arrepio.

— Última chance. Mas diga para mudar a data, e dar um jeito para que todos nós irmos. Beleza? Declara o goleiro

— Certo. Comenta Neil

— Vamos nos arrepender disso. Principalmente Nicky, se o pai dele acabar morrendo. Fala o loiro soltando Neil — Agora você está em dívida comigo. Agora chega de papo. Mande meu primo covarde voltar.

Neil saiu do quarto, Nicky parecia nervoso do lado de fora.

— Duas coisas. Eu e Kevin temos que ir. E você tem que mudar a data. Fala Neil a Nicky

— Tudo bem. Espera Andrew topou? Fala Nicky quando Neil assente — Ah você é uma de Deus.

— Eu duvido. Retruca o atacante

— Bem. Como você conseguiu? Indaga o defensor

— Eu perguntei. Retruca o mais novo

— Claro que sim. Se eu fizesse, o único local qual iríamos seria ao hospital. Fala Nicky — Bem, vou ver se remarco pra esse final de semana, no domingo. Quanto mais cedo melhor.

— Boa sorte. Diz o atacante

Nicky o abraça e vai pro dormitório. Neil retorna ao seu dormitório e termina de assistir o filme com Matt.

Mais tarde naquela noite, ele subiu as escadas e sentou no topo observando o corredor e se tornou Abram:
         
                                        Está acordado?

Mickey:
Sim

                             Ligação ou mensagem?

Mickey:
Ligação é mais difícil
de alguém tentar
rastrear ou pegar algo

                                                   Certo...

Abram disca e no terceiro toque seu amigo atendeu:

— Olá Mickey. Feliz aniversário. Sussura Neil

— Obrigado. Como foi seu dia? Indaga ele

— Hum... Cheio de emoções. Fala o atacante se lembrando da conversa com Andrew — Luther, esse nome parece familiar?

Mickey cantarola pensativo.

— Luther Hemmick? Indaga ele

— Sim. O pai de Nicky. Complementa Abram

— Não me lembro muito dele. Mas eu sei que ele nunca fez nada por mim, mesmo sabendo o histórico de drogas de Tilda. Diz Aaron e estala a língua — Mas buscando o histórico dele. Ele é pastor e busca ovelhas. Maria foi uma delas. Ele deu uma "escolha", ou ela se ferrava no campo de concentração ou ela aceitava ao Deus dele. Maria cansou de ser torturada, Abram. Ela tinha 15 anos quando se casou com ele. Maria e Tilda tinham a mesma idade.

Neil apertou os lábios.

— Mas por que está me perguntando? Aconteceu alguma coisa? Questiona o loiro

— Bem, sim e não. Diz Abram e se apressa — Ele convidou Nicky e Andrew para um jantar.

Outro lado da linha ficou em silêncio por tanto tempo, que o atacante teve que verificar se outro ainda estava na linha.

— Isso não faz sentido. Diz Mickey por fim — Luther foi a razão pela qual Nicky para Alemanha. Ele é um babaca fanático que não vai contra seus próprios ideais.

Neil cera os punhos.

Talvez eu não deveria ter aceitado...

— Você não acha que ele pode ter mudado? Indaga Neil

— Pessoa que já tem sua mentalidade formada são difíceis de mudar. Luther passou muito tempo achando que isso era certo. Explica o loiro

— Mas, e nós? Indaga Abram temendo a resposta

— Não somos diferentes. Responde Aaron

O mais novo apertou o telefone.

— Quando você vem? Questiona o atacante

— Ainda não. Não é o momento. Responde Aaron

As Raposas tinham terminado o treino de quinta-feira, quando Nicky recebeu uma ligação, pela sua reação não era uma notícia boa, Andrew parou ao seu lado com a toalha nos ombros.

— Que foi? Luther mudou de ideia? Diz o loiro seu tom animado pelos remédios

— Isso não pode ser... Em que canal? Indaga o mais velho ignorando Andrew — Treinador, ligue a TV no canal 12.

O treinador não entendeu, mas fez:

[ Voltando ao caso; o corpo de um pastor, identificado como Luther Hemmick, de 47 anos foi encontrado nesta madrugada de quinta-feira, dia 9 de novembro.
O corpo do homem foi encontrado com marcas de ferimento de tiro, porém a autópsia confirmou que Luther havia morrido por asfixia antes mesmo de ser baleado.]

— Oh, eu acho que o castigo divino caiu sobre ele. Brinca Andrew

[ Imagens de segurança mostram Luther buscando um homem, identificado como Drake Spear horas antes do incidente. Drake trabalhava como fuzileiro naval, no estado da Califórnia. As digitais encontradas no corpo de Luther eram compatíveis com a de Drake. O mesmo homem foi encontrado esquartejado à quilômetros do local]

— Nicky? Chama Andrew

A TV foi desligada, o outro homem não responde, a máscara de Nicky caindo diante das Raposas, o jovem havia enterrado as mãos no cabelo puxando-o.

— Nicky. Chama Andrew mais firme

— Não. Não. Não. Diz o defensor desesperado, as lágrimas brotando

As Raposas observam o goleiro se aproximar do seu primo que parecia distante, o loiro foca nos braços de Nicky na tentativa de fazê-lo parar os cabelos.

— Ele está morto. E você não pode mudar isso. Fala Andrew meio entediado, é quase como se os remédios tivessem escapado de seu sistema

— Eu sei. Diz Nicky abaixando as mãos, um soluço escapando

Neil observa Kevin murmura algo para o treinador.

— Movam-se Raposas. Fala Wymarck

Renee foi a primeira a se mover, Dan e Matt a seguindo, os últimos a se mover são Seth e Allison. No fim, restando apenas Kevin, Andrew, Nicky, Ethan e Neil.

Nicky se moveu se afastando de Andrew.

— Vão ao dormitório sem mim. Diz o defensor antes de sair correndo

— É melhor nos apressarmos. Comenta Kevin se movendo para os chuveiros

Neil se demorou no banho, muitos pensamentos se passando em sua cabeça, que ele se recusa a achar que era verdade. O atacante foi o último a terminar, todos se acomodaram no carro e partiram a torre. Naquela noite, Neil mandou uma mensagem a Mickey, mas ele não respondeu. E nem nos dias que se seguiram. Nicky não jogou a partida de sexta-feira e no sábado foi o velório de Luther, o defensor ficou quieto durante todo esse período.

O dia de Ação de Graças chegou, os monstros passaram este dia na casa de Abby junto com Wymarck. A enfermeira dividiu as tarefas para todos os convidados. O jantar ficou pronto de tarde. Quando Nicky perguntou a Neil qual era seu prato favorito, o atacante optou pela verdade e disse que nunca tinha comemorado. Nunca fora prioridade para sua família.

— Ah, pobre Nelly. Zomba Andrew

— Não é a comida o importante. O que importa é a família. Não exatamente aquela que nasceu, mas aquela que nós escolhemos. Como esta. A pessoa que deixamos fazer parte da nossa vida. Pessoas com quem nos importamos. Fala Nicky

— Todo esse sentimentalismo vai me fazer vomitar. Retruca Andrew

O seu primo rir.

Todos ajudaram a limpar. Estavam bebendo vinho, Nicky ofereceu uma taça a Neil.

— Nem no feriado? Pergunta o defensor quando o atacante recusou

— Ele é menor de idade. Declara Abby

— Kevin e Andrew também, e ninguém impede. Ressalta Nicky

— Também não incentivo. Diz a enfermeira

Kevin abre a boca para dizer algo, mas Andrew o interrompe:

— Deixem o coelho em paz. Ninguém sabe o que sua boca esperta pode dizer.

Ninguém mais tentou persuadir Neil a beber, o atacante se divertir naquele dia.

Ninguém esperaria que a segunda-feira seria um inferno, todos estavam reunidos para o treino da tarde, tudo estava calmo a nível das Raposas. Estavam no meio do treino quando um som ecoou pelo alto-falantes falante da quadra, sons que pareciam grunhidos a voz que veio em seguida fez o sangue de Neil gelar.

— Oh, você é tão apertado, meu pequeno.

Aquela era uma voz inesquecível, Jackson.

Andrew olhava para um ponto da quadra, paralisado, seu sorriso maníaco congelado, o atacante seguiu seu olhar e se arrependeu do que vira.

🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨

Na tela, aparecia uma gravação. Havia muito sangue na cama, o garoto (que mais parecia uma garota) não lutava, seus pulsos e braços ensanguentados, este estava algemado. Não dava para ver o rosto da criança, mas os fios loiros e a pele pálida que mais parecia vermelha por causa dos ferimentos, dizia muito sobre quem poderia ser. A quem visse parecia Andrew, mas Neil sabia que aquele na verdade era, Mickey.

A figura encima da criança era Jackson, a pele brozeada e as tatuagens no braço por si só já falava algo.

— Quem dera Tilda fosse apertada como você. Fala Jackson

🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨🚨

Neil se moveu rápido arremessando uma bola no telão, ele se sentia enjoado, ele ia vomitar. O atacante não levantou os olhos, os alto-falantes ainda rolando o áudio, assim como os gemidos e grunhidos.

Uma risada cortou o ar, histérica e sombria. Neil levantou os olhos, encontrou seus companheiros de equipe pálidos, uma Renee sombria e Ethan o reflexo de Neil, seguindo o olhar para a direção do som, Andrew estava curvado sobre o corpo, doía vê-lo assim.

Nicky se moveu para se aproximar do goleiro.

— Andrew?! Chama seu primo — Andrew!

O som dos alto-falantes foram desligados, em segundos o treinador aparecera na quadra, com Abby a calcanhares.

Nicky se movia como se quisesse acalmar um animal encurralado, mas quando ele se aproximou demais de Andrew o golpe veio.

— Movam-se Raposas, agora! Ordena Wymarck

Todos se moveram, Neil também porém não para o vestiário, e sim para fora do estádio. Ele precisava de ar, queria apagar tudo que vira e ouvira. Mickey não merecia aquilo, ninguém merecia. Neil sentia raiva, culpa, nojo daqueles que tocaram-o. O atacante deixou Andrew com treinador, Abby e Nicky, pois ele mesmo estava em pânico. Neil falaria com o goleiro depois. Ele digitou para Mickey:

                         Preciso falar com você

Nenhuma resposta, o seu amigo não respondia desde o aniversário. Será que haviam os capangas de seu pai descoberto seu paradeiro? Ou será que suspeitaram que Aaron poderia ter os traído? E se eles tivessem matado Mickey? Não. Neil não queria pensar nisso. Ele tinha que acreditar que seu amigo estava bem.

Neil ficou fora durante muito tempo, quando finalmente se acalmou seus pés o levaram ao local onde Andrew estava, na casa de Abby. A porta estava fechada, mas Neil era habilidoso em invadi então fez, ele se jogou no sofá deixando seus olhos se fecharem. Acordou sobressaltado com o som de armário fechando, ele demorou um tempo para associar a onde estava. Neil foi a cozinha e avistou Wymarck mexendo na cafeteira, o homem se virou e analisou-o.

— Você conseguiu dormir? Pergunta ele

— Talvez algumas horas. Responde Neil

— Volte a dormir ainda é muito cedo. Responde Wymarck

— Não acho que vou volta a dormir. Responde o atacante com sinceridade

— O que foi aquilo ontem? Perguntou o treinador

— Nada. Estou bem. Responde o mais novo automaticamente

— Cá entre nós, você nunca esteve bem. Retruca o homem — A polícia está investigando quem fez aquilo, parece que foi algum hacker.

Como não foi nenhuma pergunta, Neil apenas ficou em silêncio. Wymarck saiu para caminhar, e o atacante se forçou a dormir. Quando acordou novamente foi bela voz alegre de Andrew medicado, que parecia está reclamando sobre não ter nada decente para o café da manhã.

Na cozinha, Kevin e Nicky pareciam deploráveis e Betsy cansada. Abby parecia nervosa, Andrew logo avistou Neil.

— Ah, Neil voltou. Nós achamos que tinha se perdido. Fala o goleiro

— Nunca me perco. Retruca Neil

— Mas também não se encontra. Melhor assim, já que está aqui vá coisas para o café e vê se troca de roupa. Não queremos você como um cadáver ambulante com roupa de Exy. Fala o loiro sorrindo e jogou as chaves do carro para Neil

O atacante se moveu. Quando retorna só estão os adultos ali. Neil apenas colocou as coisas na mesa e saiu. Tomou um banho, trocou de roupa e verificou as raízes ainda escuras. Estava com a mão maçaneta da porta, quando ouviu a exclamação de Abby:

— ... Tipo de trauma com outro não vai resolver nada. Só vai piorar as coisas. Eu entendo, mas não acho que essa seja o melhor caminho.

— É a única solução ética. Diz Betsy

— Você não pode... Diz Abby que é interrompida por Wymarck

— Ela pode. Se ela acha que é a melhor opção, não vou impedir. Confio nela para fazer o melhor pelas minhas crianças.

— Obrigada. E desculpe, eu sei que isso significa para temporada. Fala a psiquiatra

— Se preocupe com Andrew, eu me preocupo com a temporada. Responde o  treinador

— Andrew não vai concordar. Levá-lo significa deixar Kevin só. Desde que Andrew começou a protegê-lo, o máximo que se afastam são nas aulas. Especialmente agora que Riko está no distrito. Fala a enfermeira

— Ele não precisa concordar. Quem decide é Betsy. Retruca Wymarck

Neil entrou na cozinha. Betsy não pareceu surpresa em vê-lo.

— Pra onde vão levá-lo? Pergunta Neil

Abby se assusta.

— Neil, não ouvi você entrar. Fala ela

— Pra onde? Pergunta novamente o atacante

— Hospital Easthaven. Vou tirá-lo dos remédios. Responde a psiquiatra

— O quê? Questiona ele incrédulo

— Não é oficial. Preciso da aprovação do júri, o Sr. Blackwell e o advogado de acusação de Andrew está discutindo com Sr. Waterhouse. É mais provável que partiremos logo. Fala Betsy

— Vai interná-lo. Conclui Neil

— Andrew ficará 24 horas supervisionado, esse fora um dos termos que teve que concordar no tribunal fosse reabilitado. Fala a mulher

— Quanto tempo? Pergunta o atacante

— Não sabemos. Mas levando em consideração a incapacidade de Andrew cooperar quatro a cinco semanas. Diz Wymarck

— Será um milagre se estiver conosco até o ano-novo. Estão forçando-o a passar pela abstinência e recuperação ao mesmo tempo. Diz Abby em tom preocupado

— É tudo ou nada. Você sabe disso. Diz Betsy

— Faça isso. Ordena Neil

Pois não havia motivos em manter Andrew em algo que não funcionava, a forma como reagira ao vídeo fora desumana, os remédios tiram a noção do loiro.

— Prometo que vou tentar. Nos deseje sorte. Diz Betsy

Neil fez o café da manhã na presença de Kevin e Nicky.

— Quem você acha que fez aquilo? Indaga Nicky mexendo nas bandagens no braço do qual Andrew havia o ferido

—  A pergunta é como alguém tinha aquela gravação? Nicky, aquilo era horrível. Aquele era Andrew... Diz Kevin

Neil tinha um palpite de quem poderia ter aquela gravação, dois na verdade: Opção um e mais provável, un dos capangas de seu pai fez isso para afetá-lo; ou a segunda opção provável, mas descartável, era que de alguma forma Riko conseguiu. No entanto, Neil não compartilharia suas teorias.

— Kevin? Chama Andrew fora de vista

Kevin derrubou a cadeira na pressa de encontrá-lo. Neil os observou do batente, enquanto isso Andrew parecia procurar ferimentos no moreno.

— Ainda inteiro. Mas até quando? É uma péssima ideia, Bee. Você sabe disso. Diz Andrew

— Qual problema? Pergunta Kevin

— Novidades. Querem me tirar dos remédios. Alguém avise aos médicos no que estão se metendo! Talvez me tranquem de vez. Brinca o loiro

— Se livrar dos remédios? É cedo demais. O que você acha que está fazendo? Pergunta o atacante a Betsy

— Veja ele é a pessoa quee mais me quer sóbrio, mas só se for no tempo certo. Eu te avisei, não avisei? Quem vai cuidar dele quando for embora? Não posso confiar nele vagando sozinho, e o treinador não vai ficar com ele o tempo todo. Kevin exige dedicação integral. Fala Andrew

— Daremos um jeito. Retruca Wymarck

— Não me convenceu. Tente novamente. Responde o loiro

— Eu cuido dele. Diz Neil

Andrew se aproxima do atacante, para vê-lo melhor, talvez tivessem vendo sua alma.

— Você? Pergunta Andrew continua ele quando o outro não responder — Ah, Neil. Seu senso de humor é péssimo, mass dessa vez não está enganando ninguém. O que está tentando fazer?

— Assumir a responsabilidade. Responde Neil em alemão

— Oh que surpresa vejo que ainda estava escondendo cartas manga. Fala o loiro mesmo idioma — Não gosto de mentirosos.

— Mesmo assim aqui estamos. Retruca o atacante

— Você era um bom mentiroso, mas dessa vez não está enganando ninguém. Você acha que vou acreditar que não vai fugir de Riko? Talvez não esteja mais aqui quando eu voltar. Diz o goleiro

— Se eu quisesse fugir teria feito quando Riko descobriu quem eu sou. Eu até pensei em fazer, mas decidi ficar. Confiei em você. E agora, se puder, confie em mim. Não vou a lugar nenhum. Vou cuidar de Kevin até voltar. Fala o mais alto

— Confia em você. Zomba o goleiro e segura o queixo de Neil com força — Você mente demais, e mesmo assim acha que vou confiar a vida dele a você?

— Então não acredite em 'Neil'. Acredite em mim. Fala Abram

— Ah, mas quem é você? Você tem um nome? Indaga Andrew

— Se precisar de um, me chame de Abram. Diz o atacante

— E eu deveria acreditar nisso? Questiona o loiro

— Levo o mesmo nome que meu pai. Abram é meu nome do meio; é o que minha mãe usava quando estava tentando me proteger dele. Pergunte a Kevin se não acredita em mim. Ele sabe. Diz Neil pesava dizer aquele nome ao mesmo tempo que era reconfortante

— Talvez eu pergunte. Diz o goleiro

Andrew não o soltou, estava avaliando-o, Neil pegou a mão do loiro e pressionou por baixo da camisa no abdômen, onde havia uma cicatriz. Andrew abaixou o olhar como se pudesse vê o que há lá.

— Entende? Não vou abandonar Kevin, não importa o que Riko faça. Nós dois estaremos aqui quando você voltar. Fala Neil

— Alguém mentiu pra mim. Isso é demais para alguém que só fugia. Retruca Andrew

— Grande parte é verdade. Talvez tenha amenizado. Se sobrevivermos no final do ano letivo, eu te conto a verdade. E de qualquer modo é sua vez no jogo de verdades. Retruca o atacante

Andrew retirou as mãos, parecia pensativo. Foi até Kevin e disse em inglês:

— Vai ter que servir, né? Bee, eu vou ver se Nicky respira. Depois podemos ir, tá? Quanto maia cedo começarmos, logo terminaremos isso.

Logo Betsy e Andrew se foram, deixando os monstros para trás.

Notes:

N.A: Já tinha esse capítulo pronto a quase um mês, mas fiquei ocupada e com preguiça de passar pro AO3. Dito isso ainda vai atrasar o capítulo de Andrew, mas prometo que vocês terão um capítulo semana que vem!!!

O que será que aconteceu com Aaron pra ele não responder?!?

Agradeçam a minha beta sky_whitney por me ajudar nas ideias dos capítulos
Não esqueçam de comentar e deixar seus kudos.Obrigada por ler esse capítulo 😊

Até a próxima!!!!

Notes:

Espero que tenham gostado do capítulo. Dêem seus kudos e comentem.

Onde será que estar Aaron? 👀👀

E no próximo capítulo de Andrew vamos ver os capítulos do livro pelo seu POV.

Vou escrever um capítulo sobre o por que dessa atitude da Tilda com Andrew. Vou lançar o capítulo de Aaron junto com este.

Essa fanfic também se encontra no Wattpad
https://www.wattpad.com/story/385163858?utm_source=android&utm_medium=link&utm_content=share_writing&wp_page=create&wp_uname=Starminyard