Work Text:
Antoine não era nada senão uma pessoa que trabalha duro.
Ele continuamente trabalha até moer os ossos para manter tudo em ordem e, por isso, Nelly realmente o admirava. Ele usa seu privilégio para ajudar tantas pessoas, mas, por Deus, isso faz muito difícil passar algum tempo com ele.
Seu cérebro parecia fixado em seus objetivos, mesmo nos momentos de silêncio em que não havia nada para fazer. Nada nunca prende toda a sua atenção, nem mesmo ela, sua esposa amorosa.
"Há quanto tempo ele está aqui?"
A mulher cruzou os braços sobre o peito enquanto observava Antoine, que estava atualmente debruçado sobre seu novo projeto, olhos escuros firmemente fixados na tela do computador. Sua filha suspirou pesadamente pelo nariz.
"Desde o momento em que ele voltou do aeroporto depois de lhe levar."
Seus olhos se arregalaram para o tamanho de pratos de jantar.
"Isso...!" Ela respirou fundo em um esforço para se acalmar. "Eu sabia que uma viagem de uma semana inteira com Brenda era uma notícia boa demais para ser verdade. Eu vou cuidar disso, querida, não se preocupe."
Mimi acenou com a cabeça e saiu do escritório com um abraço na mãe.
Assim que ouviu as portas se fecharem, Nelly tirou o cardigã grosso e a camisa de manga comprida que estava vestindo, deixando-a apenas de leggings, pelas quais Antoine era doido, e uma camiseta fina que pouco fazia para disfarçar a cor do sutiã. Seus passos eram leves, mas não completamente silenciosos, não adiantaria ela se espreitar nele, seus reflexos eram treinados depois de anos de muito abuso.
Mesmo a distância, ela podia sentir a tensão em seus músculos, como se ele estivesse pronto para uma luta. Ele pulou apenas um pouco quando ela colocou as mãos em suas omoplatas, mas ele rapidamente se enrijeceu, soltando um zumbido de reconhecimento.
"Você voltou mais cedo?"
"Na verdade, cheguei bem na hora."
Suas mãos vacilaram e ela sabia que suas sobrancelhas escuras estavam levantadas como sempre acontecia quando ele estava saindo de um transe relacionado ao trabalho. A cadeira se virou, mas suas mãos nunca deixaram sua pele, agora descansando em seu peito forte enquanto ele olhava para sua esposa. Suas pupilas dilataram, ultrapassando lentamente a cor deslumbrante de suas íris enquanto ele observava seu traje.
"Você tem certeza?"
Ela riu. "Eu tenho a queimadura de sol para provar."
Antoine grunhiu, obviamente não acreditando muito nela, ou ele simplesmente não queria admitir que não havia obedecido à sugestão dela de tirar uma folga enquanto ela estava fora.
"Você deveria voltar no dia 5." Ele tentou argumentar enquanto seus olhos voltavam para seu trabalho.
Ela conhecia aquele olhar. Era para encerrar essa conversa para que ele pudesse voltar ao trabalho. Mas ela sabia exatamente o que fazer para distraí-lo.
"É o dia 5, meu amor. Talvez você precise fazer uma pausa. Que tal subir comigo e tomarmos um bom banho quente? Mimi disse que ia sair com seus amigos hoje.”
Seu toque migrou lentamente pelo peito até a mandíbula e suas pálpebras tremularam sob a atenção. Mas ele rapidamente ficou tenso novamente, pegando o jogo dela.
"Desculpe amor, eu tenho trabalho a fazer."
Antoine tentou virar a cadeira para trás, mas Nelly deu um passo entre as pernas abertas, prendendo-o com o corpo. Seu lábio inferior se transformou em um beicinho verdadeiramente mimado e ela fungou.
"Mas eu senti sua falta, baby. Eu só quero passar algum tempo com você."
Ela podia realmente ver sua vontade começando a desmoronar. Mais um passo. Lágrimas encheram seus olhos.
"Você não quer passar tempo comigo?"
Ele sabia que eram lágrimas de crocodilo, mas elas puxaram a massa de culpa em seu peito de qualquer maneira.
"Não faça isso. Eu disse não. Aqueles olhos de cachorrinho não funcionam sempre. Caralho... Tudo bem."
Imediatamente, suas lágrimas desapareceram e ela sorriu para ele. "Ótimo! Talvez eu também mostre os novos biquínis que eu comprei na viagem."
Antoine gemeu e deixou Nelly puxá-lo em pé, abandonando seu trabalho inacabado.
"Você é uma mulher cruel." Ele reclamou enquanto ela o arrastava até a porta.
Ela olhou para o marido com uma piscadela. "Eu só sei onde bater."
Embora ele não admitisse isso em voz alta, Antoine concordou de todo o coração. Nelly definitivamente sabia como fazê-lo ceder.