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“O dia realmente não poderia piorar”
Foi isso que o jovem rapaz de 16 anos disse assim que saiu de casa. Para começar havia acordado atrasado por causa do maldito despertado que fez a gentileza de não tocar. Em segundo lugar, sua mãe já estava o xingando e o expulsando de casa mais uma vez, seu pai medroso do jeito que era não comentava nem reclamava apenas fingia que nada acontecia, em terceiro, o céu decidiu que era a hora exata para desabar um temporal justo quando não estava com seu guarda-chuva e em último lugar o maldito porteiro não o deixou entra pelo portão o obrigando a ter que pular o muro(de novo).
Realmente o dia não estava fácil, mas o rapaz achava que estava tudo bem e que talvez com o decorre das aulas as coisas fossem melhorar.
E ele não poderia estar mais errado.
A professora não estava no seus melhores dias. Com certeza havia brigado com o marido e como sempre iria descontar nos pobres alunos.
— Vejam quem decidiu aparecer, senhor Trwent Ohany. Talvez devesse compra um galo em vez de um despertado assim aprenderia a acordar cedo. - é ela não estava nada feliz o que fez o rapaz suspirar e revirar os olhos. - Já que o senhor Ohany fez a bondade de nos atrapalhar talvez seja melhor eu reiniciar a aula não acham?
Perguntou retoricamente com um estranho sorriso no rosto fazendo os alunos resmungarem frustrados.
— Deixa eu adivinha “O senhor Moreny viajou de novo sem avisa-la” - questionou se sentando na última cadeira ao lado da janela.
— Pior que isso, ela pegou o diretor junto com a secretaria dentro da sala dele. - Tony Salles seu melhor amigo e cúmplice respondeu sussurrando o mais baixo possível.
Mas o moreno não teve tempo de falar ou esboçar qualquer reação já que o apagador voou na direção dos rapazes e por pouco não a certa o rosto do loiro.
— Se as mocinha já pararam de fofocar eu gostaria de retomar a minha aula. - disse com aquele sorriso perturbador.
Os dois garotos indireitaram-se em suas carteiras e a baixaram a cabeça. O resto da turma estava em total silêncio e até mesmo o zumbido de uma mosca voando era motivo de irritação para educadora.
Quando o sinal tocou anunciando o fim da aula todos saíram rapidamente não dando tempo para que a mais velha reclamasse ou exigisse alguma atividade.
— Achei que ia morrer sufocado. - um de seus colegas comentou andando em direção a sala 15.
— As coisas estão ficando cada vez mais louca nesse colégio. - o moreno reclamou enquanto guardava seu material e pegava o que seria necessário para a próxima aula.
— Nem me fale. Hoje quando eu cheguei aquele porteiro mal encarado quase me prende entre as grades do portão. - desabafou cansado.
— Melhor que pular o muro no meio desse tempestade. - disse sério apontando para a janela.
— Ainda tem mais essa, não tem como o dia ficar pior. - comentou parando em frente a porta da sala de aula.
— Não duvide. Tem sim como piorar. - tocou o ombro do amigo e adentrou na sala.
Trwent estava certíssimo. Assim que as aulas daquele dia terminaram e a tempestade finalmente passou os alunos puderam ir embora para suas casas mais felizes do que dia de pizza na cantina.
Mas para atrapalha toda aquele felicidade alguns valentões do terceiro ano estava perto da saída, já que muitas vezes ficavam esperando para ver se pegavam algum primeiranista desavisado. Trwent não se importava muito com isso além do mais seria muito cansativo se envolver com gente como aquela, principalmente despois das aulas.
Mas naquele dia foi diferente, os cinco rapazes não estavam atormentando nenhum nerd para fazer suas lições ou extorquir seu dinheiro, os terceiranistas estavam nada mais nada menos que encurralando uma garota, que com certeza não estava gostando nada daquilo.
— Me deixem passar. Por favor eu tenho que ir para casa. - pedia segurando firmemente os livos contra o próprio peito.
— Que isso gatinha? Sabe, poderíamos nos divertir nessa tarde e talvez a noite também. - tocou o ombro da garota que rapidamente recuou encostando-se contra a grade.
— Vamos lá, você sabe muito bem que vai gostar. Então por que não para com isso. - outro rapaz segurou o pulso da jovem a puxando para perto.
O olhar de pavor da garota ativou algo que Trwent jamais sentiu antes, não era porquê gostava da garota longe disso, mas sim um extinto protetor. O moreno saiu do campus e chegou bem próximo de onde estava o grupo.
— Deixem a garota em paz, se ela diz não poderiam pelo menos respeita-la. - disse de forma séria.
— Ah!? E quem é você? - O mais alto dos cinco perguntou o encarando intensamente.
— Isso não é assunto seu, então acho melhor da o fora antes de darmos uma surra em você. - o rapaz que parecia ser o líder daquela gang comentou sem o olhar.
— Não é assunto meu, mas ela não parece está feliz então deviam deixá-la em paz. - falou com um pouco mais de impaciência.
— Vaza daqui. - o rapaz o empurrou fazendo com que o moreno caísse com violência contra o chão molhado.
Os outros quatro riram e voltaram sua atenção para a garota que ainda estava ali sem saber o que fazer.
— Se é assim que vai ser, então me deixe revidar também. - Trwent chamou a atenção do grupo e com um soco fez com que o líder da gang caísse no chão.
Os outros quatro ficaram chocados e encararam o rapaz com fúria.
— Você vai se arrepender do que fez. - disseram e correram em sua direção.
E logo uma briga violenta começou, murros e soco era proferidos por ambas os lados.
— Saia daqui agora. - Trwent gritou para a garota que rapidamente obedeceu sem ao menos olhar para trás.
O moreno derrubou mais dois ficado apenas um de pé. O cara puxou Trwent e lhe deu um ajoelhada em seu estômago, já o rapaz deu uma série de soco e chutes, mas mesmo depois do rapaz ter caído no chão o Ohany ainda o esmurrava.
Os alunos que ainda não haviam ido embora formaram um pequeno circulo para apreciar a briga. Os rapazes da gang estavam todos desacordados e o último estava todo ensanguentado.
Trwent havia perdido a noção, batia sem se importa com que iria acontecer e só parou quando alguns professores e o próprio direto chegaram e tiraram o moreno de cima do rapaz.
— Já chega senhor Ohany, o que pensa que está fazendo? - o diretor segurou o ombro do rapaz e o encarou.
— Me solta. - tentou se livrar dos braços do professor mais era inútil.
— Levem esses garotos para a enfermaria e chame seus responsáveis. - disse de forma seria enquanto puxava o moreno junto com o professor para dentro do colégio. - E você senhor Ohany, nós teremos uma longa conversar.
O moreno suspirou irritado e seguiu sem ter tempo de contestar.
É realmente o dia só estava piorando.