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Language:
Português brasileiro
Stats:
Published:
2025-05-05
Words:
2,936
Chapters:
1/1
Comments:
1
Kudos:
8
Hits:
50

Entre Um Beijo e Uma Risada

Summary:

Hyui queria apender a beijar, e quem seria melhor que Tomoya para ensinar?

Work Text:

A brisa da tarde acariciava levemente os galhos das árvores ao redor do parque, fazendo as folhas sussurrarem segredos entre si. Era um daqueles dias em que o tempo parecia desacelerar só para que os detalhes pudessem ser melhor observados: o tilintar distante das correntes do balanço, o farfalhar da grama sob os passos, o brilho tênue do sol que escapava entre nuvens finas, como véus que tentavam esconder o céu.

Tomoya estava sentado em um banco de madeira gasto pelo tempo, os cotovelos apoiados nas coxas, os dedos entrelaçados, o olhar vagando pelo lago à sua frente. Seu semblante era tranquilo, mas os olhos carregavam aquela intensidade típica de quem pensa demais. Ao seu lado, Hyui remexia-se inquieto, os joelhos balançando para frente e para trás como um pêndulo ansioso.

— Então… — começou Hyui, com a voz hesitante, desviando o olhar como se a grama molhada debaixo dos pés tivesse acabado de se tornar extraordinariamente interessante. — Você disse que… sabia como fazer, né?

Tomoya piscou devagar, virando a cabeça para encarar o outro rapaz. Seus olhos castanhos claros brilhavam com a luz do entardecer, e havia uma expressão quase serena em seu rosto, como se estivesse acostumado a esperar que os outros encontrassem coragem em meio ao caos das palavras.

— Sei. — respondeu ele, a voz baixa, quase rouca. — Mas é diferente quando você tá tentando explicar.

Hyui mordeu o lábio inferior. Era um hábito que Tomoya já reconhecia como sinal de nervosismo. Estava tudo ali: a inquietação, os dedos tamborilando no próprio joelho, o desvio constante do olhar. Mas havia também uma coisa nova — algo mais intenso, mais íntimo — que não costumava estar presente nas hesitações cotidianas de Hyui.

— É só que… eu nunca beijei ninguém. — confessou ele de repente, como se aquelas palavras tivessem se libertado por conta própria, cansadas de viver presas. — E… tipo, não é por falta de vontade. Eu só… não sei como se faz. Parece bobo agora que eu falo em voz alta.

Tomoya sorriu, mas não zombou. Era um sorriso sutil, quase imperceptível, que suavizou seus traços e transmitiu uma estranha, mas reconfortante, compreensão.

— Não é bobo. — disse ele, com simplicidade. — Todo mundo começa do zero em algum momento.

Hyui olhou para ele, e havia algo nos olhos dele — talvez um pedido silencioso, talvez um desafio — que fez o ar entre eles vibrar como corda de violão recém dedilhada.

— Você pode me mostrar?

Tomoya não respondeu de imediato. Em vez disso, virou-se para encará-lo completamente. Observou o rosto do outro com atenção — os olhos que não conseguiam sustentar o olhar, o rubor crescente nas bochechas, o jeito como as mãos se entrelaçavam no próprio colo numa tentativa de conter o nervosismo.

— Tem certeza? — perguntou ele por fim, e sua voz tinha um cuidado especial, como se as palavras estivessem envoltas em algodão.

Hyui assentiu rapidamente. — Não precisa ser nada demais. Só… um beijo. Só pra eu saber como é. Só pra entender.

Tomoya inspirou fundo, fechando os olhos por um segundo. Quando os abriu, havia uma firmeza nova ali. Ele se aproximou um pouco mais, até que seus joelhos encostaram nos de Hyui. Seus dedos se moveram com hesitação controlada, pousando levemente na lateral do rosto dele.

— Tá tudo bem? — sussurrou.

— Tá. — a resposta veio trêmula, mas genuína.

Tomoya se inclinou devagar, seus olhos fixos nos de Hyui. O tempo parecia ter parado, a tensão entre eles crescendo como uma maré silenciosa prestes a romper a represa. Os rostos se aproximaram, e o mundo ao redor foi ficando mais difuso, mais distante. E então, com a suavidade de uma pétala tocando o chão, seus lábios encostaram.

O beijo foi breve. Quase uma ideia de beijo. Um toque leve, contido, ensaiado. Quando se afastou, Tomoya manteve os olhos fechados por um segundo a mais, como se saboreasse o eco daquele instante.

Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Hyui se inclinou subitamente para frente — com urgência, com impulso, com a confusão efervescente de quem não sabe o que está fazendo, mas precisa fazer mesmo assim — e o beijou.

Rápido. Confuso. Quente.

Seus lábios se chocaram com os de Tomoya com uma intensidade inesperada, sem a delicadeza do primeiro toque. Era como se Hyui tivesse tentado colocar em ação tudo o que imaginava que um beijo deveria ser, de uma vez só. E, ao mesmo tempo, como se estivesse perguntando com o próprio corpo: “É assim que se faz?”.

Quando se afastou, a pergunta escapou de sua boca, tão nervosa que parecia tropeçar nas próprias sílabas:

— Assim?

O silêncio que se seguiu foi como um campo congelado. Tomoya ficou parado, os olhos arregalados, os lábios ainda entreabertos, como se o beijo tivesse deixado nele um eco físico. Ele não respondeu. Nem se mexeu. Apenas o encarou, como se tivesse esquecido como funcionavam as palavras, os músculos, o tempo.

Hyui, que antes transbordava hesitação, agora transbordava pânico.

— Me desculpa! — disse de forma abrupta, recuando um pouco. — Eu só… eu achei que era pra tentar! Eu fiz errado, né?

Tomoya piscou. Duas vezes. Depois três. E, subitamente, sua expressão mudou. Os ombros relaxaram, a boca se curvou em um sorriso lento, quase relutante. E então, ele começou a rir.

No início, foi uma risada baixa, contida, como se não tivesse certeza de que devia estar rindo. Mas logo se entregou por completo. Riu com o peito, com os olhos, com a cabeça pendendo um pouco para trás. Era uma risada leve, honesta, libertadora. A risada de quem foi pego de surpresa por algo que não esperava precisar tanto.

Hyui o observava em silêncio, os olhos arregalados, até que o riso de Tomoya começou a se infiltrar nele também. Primeiro como um sorriso tímido, depois como uma risada que escapou pelas frestas da vergonha. E os dois estavam ali, rindo sem saber exatamente do quê — talvez da situação, talvez de si mesmos, talvez da forma desajeitada como a vida insiste em ser bonita.

Quando a risada se acalmou, Tomoya olhou para ele, ainda com o brilho nos olhos.

— Não… não foi errado. Só foi… intenso. Rápido demais.

Hyui respirou fundo, tentando conter o calor que ainda queimava em suas bochechas.

— Desculpa de novo. Eu só queria… entender.

— E entendeu?

Hyui hesitou, olhou para o chão, depois para Tomoya, e então deu de ombros com um sorriso contido.

— Acho que sim. Quer dizer… acho que beijei você como se estivesse testando um botão de emergência.

Tomoya riu de novo, balançando a cabeça.

— Foi bem isso mesmo.

O silêncio que se seguiu não era desconfortável. Era o tipo de silêncio que vem depois de algo genuíno, quando não há necessidade de preencher o espaço com palavras inúteis. Os dois ficaram ali, lado a lado, observando a água do lago refletir os últimos traços de luz do sol que começava a se esconder no horizonte.

Hyui respirou fundo.

— Você sempre sabe o que dizer. Sempre sabe o que fazer. Sempre parece… no controle.

Tomoya olhou para ele de lado, os olhos mais suaves agora.

— Nem sempre. Só pareço calmo porque me esforço pra não mostrar o que sinto o tempo todo.

— E o que você sentiu agora?

O silêncio se estendeu. Tomoya olhou para frente de novo, observando a superfície do lago tremular com o vento.

— Surpresa. Confusão. Vontade de rir. Vontade de… não parar o tempo, mas talvez deixar ele andar mais devagar.

Hyui assentiu lentamente.

— Eu gostei.

— Do beijo?

— De tudo. Do jeito como você riu. Do jeito como não me fez sentir idiota. Do jeito como você fez parecer… que tá tudo bem não saber.

Tomoya virou-se mais uma vez para ele. Seus olhos se encontraram, e houve algo ali — algo suave, tênue, não dito — que passou entre eles como uma corrente elétrica silenciosa.

— Tá tudo bem mesmo.

Hyui sorriu, e havia uma paz tímida naquele sorriso. Ele se encostou no ombro de Tomoya, de leve, apenas o suficiente para sentir o calor dele, a presença firme e reconfortante.

— Você acha que eu… poderia tentar de novo? Com mais calma?

Tomoya não respondeu de imediato. Seu braço se moveu devagar, pousando sobre os ombros de Hyui com gentileza. E então, falou com a voz baixa, tranquila, com aquela mesma ternura que vinha carregando desde o início:

— Pode. Quando quiser.

E assim ficaram. Juntos, lado a lado, em silêncio. O céu tingia-se de tons dourados e lilases, e a noite começava a anunciar sua chegada com o canto distante de um grilo. O parque ia se esvaziando, mas aquele banco parecia ser um universo próprio, isolado, onde o tempo realmente andava mais devagar.

Não houve outro beijo naquela tarde. Não precisou. Tudo o que fora dito — e, mais ainda, o que não fora — já havia preenchido o espaço entre eles de forma intensa o suficiente para que qualquer gesto se tornasse apenas uma consequência do que já existia.A brisa da tarde acariciava levemente os galhos das árvores ao redor do parque, fazendo as folhas sussurrarem segredos entre si. Era um daqueles dias em que o tempo parecia desacelerar só para que os detalhes pudessem ser melhor observados: o tilintar distante das correntes do balanço, o farfalhar da grama sob os passos, o brilho tênue do sol que escapava entre nuvens finas, como véus que tentavam esconder o céu.

Tomoya estava sentado em um banco de madeira gasto pelo tempo, os cotovelos apoiados nas coxas, os dedos entrelaçados, o olhar vagando pelo lago à sua frente. Seu semblante era tranquilo, mas os olhos carregavam aquela intensidade típica de quem pensa demais. Ao seu lado, Hyui remexia-se inquieto, os joelhos balançando para frente e para trás como um pêndulo ansioso.

— Então… — começou Hyui, com a voz hesitante, desviando o olhar como se a grama molhada debaixo dos pés tivesse acabado de se tornar extraordinariamente interessante. — Você disse que… sabia como fazer, né?

Tomoya piscou devagar, virando a cabeça para encarar o outro rapaz. Seus olhos castanhos claros brilhavam com a luz do entardecer, e havia uma expressão quase serena em seu rosto, como se estivesse acostumado a esperar que os outros encontrassem coragem em meio ao caos das palavras.

— Sei. — respondeu ele, a voz baixa, quase rouca. — Mas é diferente quando você tá tentando explicar.

Hyui mordeu o lábio inferior. Era um hábito que Tomoya já reconhecia como sinal de nervosismo. Estava tudo ali: a inquietação, os dedos tamborilando no próprio joelho, o desvio constante do olhar. Mas havia também uma coisa nova — algo mais intenso, mais íntimo — que não costumava estar presente nas hesitações cotidianas de Hyui.

— É só que… eu nunca beijei ninguém. — confessou ele de repente, como se aquelas palavras tivessem se libertado por conta própria, cansadas de viver presas. — E… tipo, não é por falta de vontade. Eu só… não sei como se faz. Parece bobo agora que eu falo em voz alta.

Tomoya sorriu, mas não zombou. Era um sorriso sutil, quase imperceptível, que suavizou seus traços e transmitiu uma estranha, mas reconfortante, compreensão.

— Não é bobo. — disse ele, com simplicidade. — Todo mundo começa do zero em algum momento.

Hyui olhou para ele, e havia algo nos olhos dele — talvez um pedido silencioso, talvez um desafio — que fez o ar entre eles vibrar como corda de violão recém dedilhada.

— Você pode me mostrar?

Tomoya não respondeu de imediato. Em vez disso, virou-se para encará-lo completamente. Observou o rosto do outro com atenção — os olhos que não conseguiam sustentar o olhar, o rubor crescente nas bochechas, o jeito como as mãos se entrelaçavam no próprio colo numa tentativa de conter o nervosismo.

— Tem certeza? — perguntou ele por fim, e sua voz tinha um cuidado especial, como se as palavras estivessem envoltas em algodão.

Hyui assentiu rapidamente. — Não precisa ser nada demais. Só… um beijo. Só pra eu saber como é. Só pra entender.

Tomoya inspirou fundo, fechando os olhos por um segundo. Quando os abriu, havia uma firmeza nova ali. Ele se aproximou um pouco mais, até que seus joelhos encostaram nos de Hyui. Seus dedos se moveram com hesitação controlada, pousando levemente na lateral do rosto dele.

— Tá tudo bem? — sussurrou.

— Tá. — a resposta veio trêmula, mas genuína.

Tomoya se inclinou devagar, seus olhos fixos nos de Hyui. O tempo parecia ter parado, a tensão entre eles crescendo como uma maré silenciosa prestes a romper a represa. Os rostos se aproximaram, e o mundo ao redor foi ficando mais difuso, mais distante. E então, com a suavidade de uma pétala tocando o chão, seus lábios encostaram.

O beijo foi breve. Quase uma ideia de beijo. Um toque leve, contido, ensaiado. Quando se afastou, Tomoya manteve os olhos fechados por um segundo a mais, como se saboreasse o eco daquele instante.

Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Hyui se inclinou subitamente para frente — com urgência, com impulso, com a confusão efervescente de quem não sabe o que está fazendo, mas precisa fazer mesmo assim — e o beijou.

Rápido. Confuso. Quente.

Seus lábios se chocaram com os de Tomoya com uma intensidade inesperada, sem a delicadeza do primeiro toque. Era como se Hyui tivesse tentado colocar em ação tudo o que imaginava que um beijo deveria ser, de uma vez só. E, ao mesmo tempo, como se estivesse perguntando com o próprio corpo: “É assim que se faz?”.

Quando se afastou, a pergunta escapou de sua boca, tão nervosa que parecia tropeçar nas próprias sílabas:

— Assim?

O silêncio que se seguiu foi como um campo congelado. Tomoya ficou parado, os olhos arregalados, os lábios ainda entreabertos, como se o beijo tivesse deixado nele um eco físico. Ele não respondeu. Nem se mexeu. Apenas o encarou, como se tivesse esquecido como funcionavam as palavras, os músculos, o tempo.

Hyui, que antes transbordava hesitação, agora transbordava pânico.

— Me desculpa! — disse de forma abrupta, recuando um pouco. — Eu só… eu achei que era pra tentar! Eu fiz errado, né?

Tomoya piscou. Duas vezes. Depois três. E, subitamente, sua expressão mudou. Os ombros relaxaram, a boca se curvou em um sorriso lento, quase relutante. E então, ele começou a rir.

No início, foi uma risada baixa, contida, como se não tivesse certeza de que devia estar rindo. Mas logo se entregou por completo. Riu com o peito, com os olhos, com a cabeça pendendo um pouco para trás. Era uma risada leve, honesta, libertadora. A risada de quem foi pego de surpresa por algo que não esperava precisar tanto.

Hyui o observava em silêncio, os olhos arregalados, até que o riso de Tomoya começou a se infiltrar nele também. Primeiro como um sorriso tímido, depois como uma risada que escapou pelas frestas da vergonha. E os dois estavam ali, rindo sem saber exatamente do quê — talvez da situação, talvez de si mesmos, talvez da forma desajeitada como a vida insiste em ser bonita.

Quando a risada se acalmou, Tomoya olhou para ele, ainda com o brilho nos olhos.

— Não… não foi errado. Só foi… intenso. Rápido demais.

Hyui respirou fundo, tentando conter o calor que ainda queimava em suas bochechas.

— Desculpa de novo. Eu só queria… entender.

— E entendeu?

Hyui hesitou, olhou para o chão, depois para Tomoya, e então deu de ombros com um sorriso contido.

— Acho que sim. Quer dizer… acho que beijei você como se estivesse testando um botão de emergência.

Tomoya riu de novo, balançando a cabeça.

— Foi bem isso mesmo.

O silêncio que se seguiu não era desconfortável. Era o tipo de silêncio que vem depois de algo genuíno, quando não há necessidade de preencher o espaço com palavras inúteis. Os dois ficaram ali, lado a lado, observando a água do lago refletir os últimos traços de luz do sol que começava a se esconder no horizonte.

Hyui respirou fundo.

— Você sempre sabe o que dizer. Sempre sabe o que fazer. Sempre parece… no controle.

Tomoya olhou para ele de lado, os olhos mais suaves agora.

— Nem sempre. Só pareço calmo porque me esforço pra não mostrar o que sinto o tempo todo.

— E o que você sentiu agora?

O silêncio se estendeu. Tomoya olhou para frente de novo, observando a superfície do lago tremular com o vento.

— Surpresa. Confusão. Vontade de rir. Vontade de… não parar o tempo, mas talvez deixar ele andar mais devagar.

Hyui assentiu lentamente.

— Eu gostei.

— Do beijo?

— De tudo. Do jeito como você riu. Do jeito como não me fez sentir idiota. Do jeito como você fez parecer… que tá tudo bem não saber.

Tomoya virou-se mais uma vez para ele. Seus olhos se encontraram, e houve algo ali — algo suave, tênue, não dito — que passou entre eles como uma corrente elétrica silenciosa.

— Tá tudo bem mesmo.

Hyui sorriu, e havia uma paz tímida naquele sorriso. Ele se encostou no ombro de Tomoya, de leve, apenas o suficiente para sentir o calor dele, a presença firme e reconfortante.

— Você acha que eu… poderia tentar de novo? Com mais calma?

Tomoya não respondeu de imediato. Seu braço se moveu devagar, pousando sobre os ombros de Hyui com gentileza. E então, falou com a voz baixa, tranquila, com aquela mesma ternura que vinha carregando desde o início:

— Pode. Quando quiser.

E assim ficaram. Juntos, lado a lado, em silêncio. O céu tingia-se de tons dourados e lilases, e a noite começava a anunciar sua chegada com o canto distante de um grilo. O parque ia se esvaziando, mas aquele banco parecia ser um universo próprio, isolado, onde o tempo realmente andava mais devagar.

Não houve outro beijo naquela tarde. Não precisou. Tudo o que fora dito — e, mais ainda, o que não fora — já havia preenchido o espaço entre eles de forma intensa o suficiente para que qualquer gesto se tornasse apenas uma consequência do que já existia.