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Talvez Felix tenha se deixado levar pela empolgação quando alugou esse apartamento.
O bairro era calmo, perto do hospital onde trabalhava, e ficava apenas a dois quarteirões da praia. Além disso, estava a três ruas da casa de Seungmin e Christopher, o que parecia conveniente demais para ser apenas uma coincidência.
No entanto, ele não imaginava que o apê seria tão… temperamental. Porque não era apenas um imóvel, parecia um organismo vivo, uma criatura cheia de manias que insistia em testar sua paciência.
Era o armário da cozinha que insistia em ficar entreaberto, soltando aquele rangido irritante sempre que alguém passava perto; o interfone, que funcionava apenas quando queria (às vezes a voz chegava cortada, outras vezes nem tocava); o interruptor da varanda, que acendia a luz da sala de estar, sempre surpreendendo as visitas.
E o chuveiro… bom, naquela manhã, o chuveiro decidiu se aposentar.
Felix girou o registro, esperando sentir a água morna escorrer pelo corpo, mas nada desceu — apenas um chiado fino e vacilante. Ele suspirou, apoiando a testa contra o azulejo frio do box, e o eco do barulho engasgado do chuveiro parecia zombar da sua frustração silenciosa.
Inspirou fundo, tentando se lembrar de todos os motivos que faziam aquele apartamento valer a pena (ruas tranquilas, tardes ensolaradas na varanda, o cheiro de maresia que entrava pela janela do quarto) e suspirou de novo, esforçando-se para ignorar as pequenas consequências negativas de ter escolhido esse lugar.
Entretanto, por mais irritante que o apartamento fosse, cada obstáculo doméstico vinha acompanhado de uma solução: Hyunjin, o faz-tudo gostoso do bairro.
Às vezes, Felix se sentia culpado por depender tanto dele (desde trocar uma lâmpada até montar uma estante). Mas Hyunjin tinha uma paciência infinita, mãos habilidosas e um jeito natural de lidar com esses desastres, como se entendesse cada problema apenas olhando para os objetos.
Então, Felix pegou o celular, abriu a aba de ‘conversas frequentes’ no aplicativo de mensagens e procurou o nome de Hyunjin.
oiie, adivinha só..
o chuveiro parou de vez kkkkk
consegue passar aqui hoje?
Ele ficou encarando a tela por alguns segundos depois de enviar a mensagem, sentindo uma pontada de vergonha ao perceber que suas conversas com Hyunjin se resumiam quase sempre a pedidos de ajuda e comprovantes de pagamento.
O telefone vibrou dois minutos depois, Hyunjin sempre responde rápido.
Kkkkkkk
Chego em cinco ;)
Felix soltou um suspiro preguiçoso, se enrolou no roupão de banho e foi até à cozinha, sentindo o piso frio sob os pés descalços.
Era até engraçado pensar que, há alguns meses, ele não precisava de ninguém para lidar com pequenos defeitos da casa, conseguia dar conta sozinho de uma porta emperrada ou de uma tomada com mau-contato. Mas, com o tempo, os problemas começaram a aparecer em sequência, como se tivessem combinado entre si. E, junto com eles, a presença de Hyunjin no apartamento 261 foi se tornando cada vez mais comum.
Os donos antigos devem estar querendo me expulsar desse umbral, só pode ser isso! — pensou enquanto tomava um gole de água — Um gay loiro e introvertido incomoda muita gente mesmo, né? Acho que eu deveria fazer uma limpeza espiritual.
Ele tentou se lembrar de quando esses eventos começaram a ficar mais frequentes, quantas vezes na semana Hyunjin ia fazer uma visita e quanto dinheiro ele já gastou com essas besteiras.
Três meses, aproximadamente? Três meses inteiros que, no mínimo duas vezes na semana, Felix se via obrigado a acionar o seu “super-herói particular” para salvar o dia.
A campainha tocou, e Felix correu todo desleixado até a porta, abrindo e dando de cara com Hyunjin — caixa de ferramentas na mão, cabelo levemente bagunçado e um sorriso tranquilo no rosto, como sempre.
“Oi… Chegou rápido.” Felix disse, dando espaço para que o homem entrasse.
“Eu tava no andar de baixo, vim consertar a tv da senhora Kim.” Hyunjin respondeu, entrando com a naturalidade de quem já conhecia o caminho.
O Hwang atravessou a sala sem hesitar, e Felix, quase no automático, seguiu atrás dele.
“E aí? O armário da cozinha ainda fica rangendo?” Hyunjin perguntou por cima do ombro, com um sorriso discreto.
“Sim… não tem jeito. Acho que vou ter que trocar.”
“E a pia da lavanderia?” murmurou, pousando a caixa de ferramentas no chão com calma “Ainda tá com aquela goteira?”
“Ah, não, não. Você conseguiu resolver direitinho aquele dia.” Felix coçou a nuca, meio tímido. Hyunjin ergueu o olhar e sorriu de canto, como se estivesse satisfeito consigo mesmo.
“Que bom” Ele se ajoelhou para abrir a caixa, mexendo nas ferramentas com precisão quase descuidada “E a lâmpada da varanda-”
“Esse apartamento realmente tem muitos defeitos” Felix interrompeu, soltando uma risada tímida.
Hyunjin levantou uma sobrancelha, ainda vasculhando entre os equipamentos como se tivesse todo o tempo do mundo.
“Ou talvez ele só goste de inventar desculpas pra eu vir aqui.”
Felix piscou, surpreso pela ousadia, mas não conteve o sorriso que se formou no canto da boca. Estavam flertando agora?
“Bom, se for isso… então ele é mais esperto do que eu pensei.”
Hyunjin riu baixo, aquela risada rouca que fazia cócegas no ouvido de Felix e tornava a situação desnecessariamente mais intensa do que deveria ser.
“Vamos ver o que mais ele vai aprontar hoje.” disse, erguendo-se com calma.
Ao passar por Felix, roçou de leve o ombro dele, quase como se fosse um acidente. O loiro engoliu em seco, acompanhando-o com o olhar até o banheiro.
Hyunjin entrou no espaço estreito, ligou o chuveiro e inclinou a cabeça, atento à pressão da água, que era quase inexistente.
“É…” Hyunjin comentou, com um sorriso de canto “Pelo visto, a saída tá entupida.”
Ele ergueu o braço, girando a peça com facilidade, os dedos longos deslizando pelo encaixe como se conhecessem cada detalhe. Felix se apoiou no batente da porta, observando em silêncio, seus olhos seguiam cada movimento — o jeito que Hyunjin se inclinava, o braço musculoso estendido, a expressão concentrada — e o Hwang, percebendo o olhar persistente, soltou uma risada curta, sem se virar completamente.
“O que foi?” Felix piscou, confuso.
“É que toda vez que eu venho aqui, você só fica parado… me olhando.”
“Eu não-” Felix pigarreou, como se tivesse sido pego no flagra “Isso não é verdade.”
“Tá me chamando de mentiroso?” Hyunjin arqueou a sobrancelha, mordendo o lábio para segurar uma risada.
Felix desviou o olhar e coçou a nuca. É, talvez ele realmente olhasse demais para Hyunjin… mas quem poderia culpá-lo? Deus perdoe um jovem solteiro por sonhar acordado!
Hyunjin soltou uma risadinha baixa, inclinando a cabeça antes de encará-lo de novo.
“Fofo.”
E Felix sentiu o estômago revirar com a palavra, o calor subindo até as orelhas, ele nem percebeu quando começou a enrolar distraidamente uma mecha loira entre os dedos.
Hyunjin percebeu. Percebeu também o decote frouxo do roupão, que revelava um pedaço de pele dourada de Felix. Por um instante, sua respiração prendeu na garganta, e o impulso de olhar por mais tempo foi quase irresistível.
Tentando disfarçar a tensão, ele voltou a mexer no chuveiro, girando o registro e apertando a peça com mais força.
“E então, como foi o plantão, doutor?” perguntou, casual, ainda mexendo nos encaixes.
“Hoje é meu dia de folga, consegui trocar de turno com um colega.”
“Ah, é?” Hyunjin pressionou a língua contra a bochecha, um sorriso atrevido aparecendo no canto da boca “E aquele seu namorado… não vem hoje?”
A provocação saiu solta, quase descuidada. Felix piscou, arqueando uma sobrancelha.
“Namorado? Que namorado?” retrucou, sem acreditar no rumo da conversa “Você tá falando do Chris ou do Seungmin? Eles são só meus amigos. E estão noivos, aliás, se isso tira a sua dúvida.”
Hyunjin soltou um “ah” prolongado, e a risada baixa que escapou parecia mais satisfeita do que surpresa. Mas Felix não teve tempo de interpretar o que aquilo significava. De repente, o cano vibrou e o chuveiro soltou um jato violento de água gelada, atingindo Hyunjin em cheio.
“Merda!” ele resmungou, as costas arqueando com o choque térmico, sentindo a pele se arrepiar de imediato por baixo da camisa encharcada.
Hyunjin arfou, fechando o registro rapidamente. A água ainda pingava do queixo quando ele sacudiu a cabeça, os fios escuros colando na pele. Passou a mão pelos cabelos, empurrando-os para trás, e o movimento fez sua franja pingar ainda mais.
Os lábios de Felix se entreabriram. O olhar, antes tímido, percorreu sem pressa o tecido colado ao corpo de Hyunjin, que moldava cada curva dos músculos. O algodão da camisa estava grudado como uma segunda pele, transparente em alguns pontos, revelando o contorno dos ombros largos, da linha firme do abdômen e até o desenho discreto dos mamilos rígidos pelo choque da água gelada. Felix engoliu em seco, sentindo as pernas pesarem como se estivessem coladas ao chão.
Hyunjin olhou para ele e só então Felix percebeu que estava encarando, puxou uma toalha dobrada no canto da pia e se aproximou devagar.
“Toma, pode se secar com ela.”
“Valeu.” Hyunjin pegou a toalha, mas antes de passá-la no próprio corpo, deu um meio sorriso ao notar o jeito que Felix desviava o olhar rápido demais — como se não tivesse acabado de praticamente devorar ele com os olhos.
“Você disfarça mal, sabia?” sussurrou Hyunjin, o tom baixo e divertido, Felix riu em resposta.
“Do que você tá falando?” respondeu, o sorriso se alargando “Eu não fiz nada.”
“Uhum, claro...” Hyunjin levou a toalha ao rosto, secando os cabelos escuros.
Sem pressa, ele abaixou a toalha até a barra da camisa encharcada. Puxou o tecido grudado, revelando um vislumbre do abdômen antes de secar a pele em movimentos lentos. O olhar dele, no entanto, permanecia fixo em Felix, intenso o bastante para atravessar qualquer pensamento que tentava se formar na mente do loiro.
Filho da puta, tá fazendo de propósito. Os olhos de Felix o traíram, descendo pelo torso definido de Hyunjin, acompanhando cada gota que escorria lentamente até desaparecer sob o cós da calça.
Seu coração disparou, batendo alto demais, e ele quase acreditou que Hyunjin pudesse ouvir. Levou a mão ao próprio peito numa tentativa inútil de disfarçar, o gesto apenas arrancando uma risada do moreno.
“Então… hm… e o meu banho?” a voz de Felix saiu entrecortada, e ele quase precisou de força física para arrancar os olhos do corpo molhado e voltar ao rosto dele.
Hyunjin mordeu o lábio inferior, os olhos se fechando em pequenas meias-luas, um sorriso contido que não escondia a satisfação. Em silêncio, voltou-se para o chuveiro, girou o registro e ajustou a peça com firmeza. O metal rangeu e, logo em seguida, um fluxo constante de água quente começou a cair.
“Pronto. Agora tá funcionando direitinho.” Ele se afastou um passo, enxugando distraidamente a nuca com a toalha que Felix havia emprestado. Então, virou o rosto devagar, arqueando uma sobrancelha em provocação “Quer testar?”
O cérebro de Felix disparou, e ele rezou para todos os deuses que não estivesse interpretando errado, como das outras vezes. O jeito que Hyunjin falava, o olhar firme, as provocações, tudo parecia aberto demais. Convidativo demais.
“Calma” Felix pigarreou, como se precisasse da própria voz para se orientar “Só pra eu ter certeza, nós estamos tipo… nisso mesmo?”
“Nisso?” Hyunjin repetiu, com um sorriso enorme que destacava as covinhas em suas bochechas.
“Você sabe… isso que tá acontecendo agora.” gesticulou, desajeitado “Porque, se não for, eu vou parecer um idiota”.
Hyunjin deu dois passos lentos até ficar mais perto. O cheiro amadeirado e levemente adocicado de seu perfume ficou mais forte, misturando-se ao vapor que já tornava o ar pesado.
“Não, você não é idiota.” a voz dele saiu baixa, rouca “Eu tô dando em cima de você faz algumas semanas, só que você parece gostar de fingir que não percebe.”
O coração de Felix deu um pulo dentro do peito, e ele riu, nervoso. Então isso significa que todas as outras vezes…
“Você tava mesmo dando em cima de mim nos últimos dias?” ele deu um soquinho leve no peito de Hyunjin, arrancando um sorriso travesso do outro “Fala sério! E eu já tava surtando achando que tava entendendo tudo errado.”
A mão de Hyunjin deslizou, brincando com a alça do roupão de Felix, puxando-a levemente.
“Você é meio lentinho, sabia?” murmurou, com um sorriso torto e ousado.
Antes que Felix pudesse responder, os lábios de Hyunjin deslizaram pelo pescoço dele, traçando beijos lentos e firmes, como se quisessem marcar cada centímetro de pele. Felix estremeceu, o corpo reagindo imediatamente, os dedos agarrando os ombros de Hyunjin.
“Então até aquele desconto…” Felix começou, tentando manter a provocação no tom de flerte.
“Uhum…” Hyunjin respondeu, mas dessa vez ergueu o rosto com um pequeno biquinho, os olhos brilhando de uma forma quase infantil, manhosa. O gesto fez Felix soltar uma risada abafada, incapaz de disfarçar a reação ao charme inesperado.
“Não acredito que você me deu um desconto de vinte e cinco por cento porque queria me comer.” disse, sorrindo, observando cada reação de Hyunjin.
Hyunjin corou instantaneamente, mas não recuou. O biquinho permaneceu, provocador, enquanto ele afundou o rosto no pescoço de Felix novamente.
“Não fala desse jeito…” murmurou, rouco, os lábios se arrastando pela clavícula, a língua umedecendo a pele.
“Por que não?” Felix riu, envolvendo o pescoço de Hyunjin com os braços “É a verdade.”
Hyunjin sorriu levantando o rosto, alternando o olhar entre os olhos castanhos de Felix e sua boca rosada. Sem aviso, aproximou-se e o beijou. Primeiro leve, uma pressão suave, depois mais profundo, a língua deslizando entre os lábios de Felix, doce e quente, explorando cada movimento.
As mãos de Felix foram direto à nuca de Hyunjin, puxando de leve os cabelos, sentindo cada fio escorregar entre os dedos. E o moreno arfou, erguendo-o pelas coxas e o apoiando contra a pia, se encaixando no meio de suas pernas.
Felix agarrou a camisa molhada de Hyunjin, puxando-a pela cabeça com força, expondo os ombros largos e o peitoral marcado. Hyunjin mordeu o lábio inferior, uma mania que Felix estava começando a achar incrivelmente adorável, e desabotoou a calça jeans.
“Dá pra ir mais rápido?” provocou, a respiração entrecortada “A conta de água vai chegar alta.”
“O zíper emperrou.” Hyunjin riu baixinho, e o vapor do banheiro deixava suas bochechas ainda mais rosadas.
“Meu Deus, tá vendo quando eu falo que tem algo de errado com esse apartamento? Tudo quebra ou dá errado.” Felix brincou, levando as mãos até o zíper de Hyunjin, ajudando-o com cuidado.
Quando a calça finalmente deslizou pelas pernas dele e caiu no chão, Hyunjin não hesitou em puxar a boxer para baixo. Seus olhos encontraram os de Felix, e ele abriu um sorriso suave antes de buscar novamente seus lábios.
O loiro gemeu contra a boca dele, uma das mãos de Hyunjin subiu até a alça do roupão, puxando-a com uma calma enlouquecedora, enquanto a outra guiava o tecido macio para longe do ombro de Felix.
“Você é tão lindo” Hyunjin murmurou, a voz grave e embargada pelo desejo, enquanto espalhava beijos molhados pelo maxilar do rapaz, deslizando lentamente e provando a pele.
Seus dedos apertaram a cintura estreita de Felix com firmeza, que prendeu as pernas em torno de seu quadril, buscando mais proximidade. Hyunjin o ergueu com facilidade, como se não pesasse nada, atravessando o vapor que se espalhava no banheiro.
O som da água ecoava pelo espaço quando ele entrou no box, colando Felix contra a parede fria. E o contraste entre o calor dos corpos e da água com a superfície gelada fez um arrepio percorrer a espinha do loiro, que soltou um gemido abafado contra os lábios de Hyunjin.
“Você não tem ideia do que faz comigo” Hyunjin murmurou, com a voz baixa, como se implorasse sem querer.
Ele sorriu contra a boca do Lee, deslizando as mãos pelas coxas fortes e sentindo cada músculo se contrair sob seu toque. Felix segurou firme na nuca dele e mordeu de leve seu lábio inferior (talvez estivesse pegando a mania de Hyunjin), piscando inocentemente antes de soltar uma risada curta.
“Acho que tenho, sim.” e, sem esperar por uma resposta, pressionou o quadril contra o de Hyunjin, arrancando um gemido urgente do moreno.
A respiração dos dois se misturava em ondas curtas, ritmadas pelo barulho da água caindo sobre suas peles já escorregadias. Hyunjin roçou os lábios pelo maxilar de Felix, descendo até o pescoço, onde deixou beijos demorados, interrompidos por pequenas mordidas. O loiro arqueou contra ele, prendendo ainda mais as pernas em torno de seu corpo.
“Hyun…” Felix arfou, puxando o queixo dele para cima, obrigando-o a encarar seus olhos antes de beijá-lo outra vez, dessa vez sem suavidade.
O beijo foi molhado, faminto, e Hyunjin gemeu alto, as mãos tremendo levemente ao segurar mais forte as coxas dele. Felix desceu uma mão pelo abdômen de Hyunjin, aproveitando a sensação da pele molhada, até alcançar o que queria. A mão pequena envolveu a base do pau de Hyunjin, bombeando-o devagar, explorando cada reação do moreno.
Hyunjin arfou alto, a cabeça batendo de leve contra o vidro do box, e Felix sorriu diante da cena. Havia algo de intoxicante em vê-lo assim, cedendo, perdido entre gemidos manhosos e olhares que imploravam por mais.
“Ah- Felix…” Hyunjin engasgou com a própria saliva, os olhos semicerrados e o corpo tremendo com a onda de prazer que percorria o seu corpo.
“Ainda não.” Felix deu um sorriso atrevido, descendo do colo de Hyunjin e invertendo as posições.
Ele pressionou o rosto contra o vidro do box, empinando o quadril contra a pelve de Hyunjin. As mãos grandes encontraram rapidamente sua cintura, apertando levemente a pele macia.
“É muita loucura eu querer isso com você?” Felix perguntou, olhando Hyunjin por cima do ombro.
“Não é não” Hyunjin se inclinou, o pau arrastando-se preguiçosamente sobre a curva da bunda de Felix “Eu posso realizar todos os seus desejos.”
Uma das mãos de Hyunjin deslizou pela bunda de Felix, afastando suavemente uma das nádegas enquanto roçava com firmeza, sentindo cada reação do corpo do menor.
“Como você… é brega” Felix riu, sem fôlego, sentindo Hyunjin estremecer contra ele
“Você acha?” Hyunjin perguntou, com um biquinho que logo se transformou em um sorriso provocador, enquanto apertava mais firme a cintura de Felix, aproximando-se ainda mais.
Sem nenhum aviso, Hyunjin entrou devagar, sentindo Felix se apertar e abrir sob ele. Sua testa encostou no vidro, respiração se misturando à de Felix, e sussurros abafados escapavam contra seu ouvido: promessas bregas e ousadas, gemidos contidos, cada palavra queimando mais entre eles.
Hyunjin se afastou, quase saindo por completo, apenas para empurrar de volta, mais fundo, mais urgente, fazendo Felix arquear, apoiando-se nele como se fosse uma âncora. Cada movimento desajeitado era intensificado pela água quente que escorria pelos corpos colados, tornando tudo mais escorregadio e íntimo, e Hyunjin gemeu o nome de Felix como se fosse a única coisa que ainda conseguisse pronunciar.
“Felix…” ele murmurou, a voz grave e trêmula num pedido quase suplicante. Sua mão percorreu a curva das costas do loiro, acariciando a pele macia com cuidado, como se quisesse acalmar cada arrepio que ele mesmo provocava.
Então Felix fechou os olhos, sentindo os dedos de Hyunjin traçarem caminhos lentos por sua pele, contraste delicado com a pressa dos quadris. E o corpo maior se inclinou, os lábios roçando a orelha molhada de Felix antes de deixarem um beijo breve, quase hesitante.
O suspiro que escapou dos lábios de Felix quebrou a tensão do ar, arrancando de Hyunjin um gemido baixo, instintivo, que vibrou contra sua pele. A partir dali, os movimentos ficaram mais irregulares, quase impacientes. Hyunjin se afastava e empurrava de volta, mais rápido e com mais força, a respiração pesada contrastando com o som da água que batia no box.
Felix arqueava contra ele, unhas arranhando o vidro em busca de apoio, o corpo se rendendo ao impulso forte que o preenchia. E o barulho de pele molhada se chocando e respirações rápidas ecoava pelo banheiro, fazendo Hyunjin perder ainda mais o controle.
O Lee virou o rosto de leve, a boca entreaberta soltando um gemido rouco quando Hyunjin empurrou outra vez, tão fundo que seu corpo inteiro tremeu. Ele não conseguia pensar em nada além da sensação que o consumia, do calor que o invadia sem pausa.
O vapor da água tornava o ar pesado, e ainda assim, nenhum dos dois parecia se importar. Felix se empurrava de volta, pedindo mais sem precisar falar, enquanto Hyunjin o segurava contra si, gemendo entre dentes e sentindo-o se apertar ao redor dele.
“Ngh- Hyunjin” Felix sussurrou, as pernas fraquejando e os olhos revirando enquanto gozava contra o vidro.
“Porra. Porra, Felix” Hyunjin choramingou, a voz quase não escapando pela garganta enquanto ele pressionava mais firme contra ele, até a pressão em sua barriga se aliviar.
Os corpos tremeram juntos, respirações pesadas e entrecortadas, enquanto a água quente escorria sobre eles. Felix apoiou a cabeça no ombro de Hyunjin, sentindo o peito do mesmo subir e descer rapidamente. Ele virou o rosto, admirando os traços delicados do Hwang — as sobrancelhas franzidas, os lábios volumosos e vermelhos, o rosto corado.
“Fofo.” Felix sussurrou, com um sorriso, depositando um beijo suave na bochecha de Hyunjin, que ficou ainda mais vermelho, quase impossível de suportar “Até que ter um apartamento todo fudido vale a pena.”

K52 (Guest) Sun 17 Aug 2025 03:58PM UTC
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