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Language:
Português brasileiro
Stats:
Published:
2021-06-28
Updated:
2021-10-13
Words:
18,792
Chapters:
7/?
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1,056

Young God

Chapter 7: Chapter VI

Chapter Text

• 2021 •




Maravilha e terror se misturavam em Kara, guerreando para tomar conta dela. Ela estava aterrorizada que tenha morrido e deixado crianças tão jovens órfãos, dos horrores que sua primogênita foi obrigada a ver e infligir e dos horrores que vinham em direção a Terra. Mas ela estava maravilhada também; maravilhada em ter filhos - três filhos lindos, fortes e inteligentes - e desses filhos serem de Lena, maravilhada com todo o futuro a frente com Lena, maravilhada com a própria ideia de Lena e um mundo com Krypton de volta, guiado por suas próprias mãos. A última vez que Kara sentiu tantos sentimentos bons e ruins digladiando por ela foi quando contou que é a Supergirl para Lena. Não acabou bem para nenhuma delas, ou o Multiverso, dado o que veio a seguir. Na verdade, deu para uma pessoa: Lex. Ele certamente se deu bem. Até que não deu mais, graças a ela e a Lena.

 

Um sorriso involuntário repuxa os lábios de Kara, memórias dos bons dias - embora tensos - em que era uma equipe com Lena outra vez. Mas o sorriso logo morreu. Tão logo Lex estava na prisão outra vez, Lena se afastou de Kara tanto quanto poderia sem se mudar de cidade, pelo que Kara era grata. Seria mais difícil dormir com o batimento cardíaco de Lena tão longe. As coisas não estavam tão ruins quanto antes de derrotarem Lex, mas certamente não era como era antes de Lex ser Lex e arruinar tudo contando segredos que não lhe pertenciam e nem eram de sua conta. Elas estavam em Guerra Fria. Mas não duraria muito, é certo, as gêmeas nasceriam em alguns poucos anos, tempo suficiente para Kara e Lena realmente se reconciliarem, casarem e terem adoráveis bebês de olhos azuis-cristal. Kara realmente sorriu dessa vez ao lembrar dos filhos. Lori e Liz eram como Lena, praticamente cópias da morena, exceto pelos olhos azuis-cristal; Louis, por outro lado, é parecidíssimo com o pai de Kara, com os mesmos olhos azuis e cabelos dourados, mas alto e forte como Kal-El.

 

Liz gostava de falar, foi o que Kara descobriu entre a viagem de nave até a Estação e a chegada na sala de reunião. A jovem falou longamente sobre ela mesma e os irmãos. Lori é a mais velha, nascida oito minutos antes dela, e tinha mais do que um pouco de descontrole de sua própria raiva por muito tempo, até garantindo um Anel do Poder da Tropa dos Lanternas Vermelhos anos atrás; fora isso, Lori era membro da Guilda Científica e a representava no Alto Conselho de Nova Krypton desde os 22 anos, além de trabalhar como cientista e executiva na L-Corp, cuja no ano seguinte ela assumiria o cargo de CEO, substituindo Lex Luthor Jr., que substituiu Lena dada a juventude e indisponibilidade emocional ou de saúde mental de Lori em substituir a mãe, como era devido; além dos cargos de grande prestígio na Terra e em Nova Krypton, Lori era um membro da Liga da Justiça, e, ocasionalmente, ajudava na Liga da Justiça Sombria a pedido de Diana ou Madame Xanadu - que, um pouco mais tarde, Kara descobriu ser a mãe de Lena, uma feiticeira poderosíssima, que, mais de mil anos antes atendia pelo nome de Nimue Inwudu, irmã dos igualmente lendários Morgana Le Fey, a Dama do Lago e o Rei Arthur Pendragon. Kara se casaria com a herdeira viva da lenda arthuriana. Chocante. Sobre Louis, Liz falou que ele é dois anos mais novo e um irmão mais novo em absolutamente tudo, um cientista tanto para a Guilda quanto para a L-Corp, mas que preferia atuar como o herói Superlad pela Terra; ele também namorava Damian Wayne, o filho de Bruce Wayne e uma das filhas de Ra' Al'Ghul - Kara tinha a distinta sensação de que Liz não aprovava muito o relacionamento do irmão. Quanto a ela mesma, Liz declarou ser alérgica a papelada e que passava tanto tempo quanto possível no laboratório, eventualmente iria substituir Genevieve - a Diretora de P&D de Lena desde a L-Corp se tornou L-Corp - em P&D, mas que estava no Conselho Científico desde o ano passado; Liz também se identificava como assexual, e não se sentia atraída pela ideia de relacionamento ou sexo, mas que planejava casar-se com uma kryptoniana através da Matrix e dar continuidade a Casa de El.

 

Kara tinha filhos e eles eram o futuro glorioso da Casa de El.

 

 

O dia tinha sido ocupado entre terminar seu mais novo grande artigo - uma exposição sobre a situação em Corto Maltese envolvendo um Conquistador Estelar e uma força-tarefa paramilitar secreta do governo americano composta de prisioneiros perigosos, geralmente saídos da Penitenciária de Belle Reve - e parar não um, não dois, mas três assaltos a banco com reféns. E ainda havia a maldita reunião de staff, que era onde Kara agora estava. Katherine de Economia falava longamente sobre a atual crise que ela mesma cobria, mas Kara só lhe dispensava ¼ de atenção enquanto escrevia por debaixo da mesa uma matéria sobre os assaltos de banco do dia - os três estavam conectados entre si e disponibilizavam de uma imensa disciplina e estrutura, se Kara não tivesse super-velocidade, pelo menos um grupo de assaltantes teria se safado com o dinheiro.

 

— Danvers, estamos, por acaso, lhe entediando?

 

Kara levantou a cabeça, não parando de digitar.

 

— De forma alguma, Andrea. — respondeu. — Estou apenas finalizando minha matéria sobre os assaltos de hoje. E… — olhou para o tablet e sorriu: — Terminei. Quer que eu mande por e-mail agora, ou somente depois que a reunião se enterrar?

 

— Eficiente. — Andrea elogiou (ou pelo menos Kara achava que era um elogio, isso é, sempre era difícil saber com Andrea) com um pequeno sorriso. — Mande imediatamente, Danvers.

 

— É claro.

 

Kara rapidamente enviou para Andrea a matéria, desligando o tablet e o deixando por cima da mesa. Passou-se minutos antes que Andrea se dirigisse a Kara:

 

— E o artigo sobre Corto Maltese, Danvers?

 

— Só resta a edição, que terminarei antes do fim d

 

— Kara está escrevendo sobre Corto Maltese? — William a interrompeu no meio da frase. Kara o olhou, nada pouco feliz. — Corto Maltese é meu.

 

— Dificilmente acho que seu salário o permite comprar um país, William. — Andrea diz secamente. — Mesmo um tão quebrado e caótico quanto Corto Maltese. — ela sorri brevemente, e então continua muito seriamente: — Não sei o que lhe deu a ideia de que Corto Maltese é seu, William. O artigo sempre foi de Kara. E sempre será de Kara. Dispensados.

 

Kara deixou rapidamente a sala de reuniões, voltando para a mesa. O artigo foi rapidamente editado e enviado, e através das paredes de vidro do escritório, Kara viu Andrea sorrir - aparentemente satisfeita.

 

Entretanto, o dia ainda não havia terminado, e quando chegou perto do fim do expediente, todos se reuniam na frente da tela no bullpen. A imagem era ao mesmo tempo maravilhosa e aterrorizante. Seres escuros e alados, com brilhantes olhos vermelhos pairavam sobre Metropolis, armados com armas de plasma escuras, e enfrentando eles era uma deusa. Não era o Superman nem o Superboy, mas uma Supergirl (loira???) que os enfrentava, visão de calor e respiração congelada deixando-a facilmente, golpes de mãos enluvadas, precisos e mortais. Sob o ataque da filha de Kara, caíam como moscas. Eram os parademônios de Darkseid. Já na Terra.

 

Já havia começado.

 

Kal-El e Kon-El se juntaram a Lori loira nos céus, os três terminando eficiente e rapidamente de despachar os parademônios, e quanto não se captava sons, Kara podia ver os lábios de Kal se mexendo. A câmara repentinamente saiu do foco dos primos e da filha de Kara, mostrando os - provavelmente - cem parademônios em divergentes estados jogados dentro de um grande contêiner de energia vermelha. Não energia, Kara pensou, lembrando-se do dia anterior e das revelações sobre a mãe de Lena. Magia. Lena é a filha de uma poderosa feiticeira dos tempos da lenda arturiana, e a própria Lena também é uma feiticeira, se seus filhos também são. Com o contêiner de magia, Lori se virou para o espaço e voou para longe, Kal e Kon no rastro.

 

Kara saiu da Catco o mais rápido que conseguiu, ativando o terno assim que pôde e saiu em disparada nos céus, voando o mais rápido possível para a Fortaleza da Solidão. A loira seguiu a voz do primo, chegando em uma grande sala cheia de telas holográficas e um computador quântico kryptoniano. Aqui, ela pode dar uma boa olhada em Lori; o supersuit é de um azul mais escuro que o da loira, as botas vão até bem abaixo dos joelhos e, assim como as luvas que chegam perto dos cotovelos, são vermelhas, uma capa de cintura parte do cinto e desce pelos quadris até quase os tornozelos, e para finalizar, o brasão de El é vermelho sobre amarelo. O rosto era mais surpreendente: enquanto no dia anterior Lori era quase uma cópia de Lena, os olhos a única coisa para dizer que é filha de Kara, agora não havia nada para dizer que Lori é filha de Lena Luthor, dos cabelos dourados ao rosto.

 

— Deve ser o Steppenwolf.

 

Dizia uma mulher de trinta poucos. Ela é muito bonita, de cabelos castanhos-escuros longos e ondulados, olhos castanhos e lábios carnudos cobertos de batom vermelho-escuro, e em seu dedo médio direito um grosso anel verde com o símbolo da Tropa dos Lanternas Verdes.

 

— Darkseid geralmente o envia na frente. — concordou Lor-Zod. — Jessie está certa.

 

— Hope, vire esse planeta de cabeça para baixo se for preciso, mas encontre Steppenwolf ou quem quer que esteja liderando os parademônios . — ordenou Liz. — Oi, mãe.

 

Kara sorriu para a jovem, que desmanchou a cara séria e devolveu o sorriso.

 

— Quem a senhora acha que deve ir contar do futuro para a mamãe? — Lori virou para ela.

 

— Não eu. — Kara respondeu de imediato. — Lena não quer me ver nem pintada de ouro.

 

— Nunca pensei que ouviria algo do tipo na minha vida. — murmurou a Lanterna Verde, parecendo impressionada. — Jessica Luthor. Esposa de Lexa e Lanterna Verde 2814.6. — Kara pegou a mão oferecida. — Devo dizer que a senhora envelheceu como vinho.

 

— Você está dando em cima da minha mãe, Jessica?

 

— Devo lembrá-la de que sou uma mulher feliz e casada há sete anos? — Jessica solta sua mão. — Por que você não vai? Ou Liz? Ela só precisava olhar pra cara de vocês.

 

— Você conhece a minha mãe?

 

Liz questionou sarcasticamente. Jessica balançou a cabeça:

 

— Você tem um ponto.

 

— Lena Luthor não precisa saber com antecedência.

 

Kal-El se pronunciou. Kon discretamente se afastou do mais velho, se posicionando sutilmente atrás de Kara; a loira o olhou com ultraje, mas o jovem clone só deu de ombros inocentemente. A Lanterna Vermelha soltou um assovio impressionado e sorriu, parecendo ansiosa. Lori colocou as mãos na cintura, parecendo crescer de tamanho, e Liz olhou, temerosa, para a irmã gêmea.

 

— Quaisquer que sejam seus motivos para chegar a essa conclusão, não serão levados em consideração. — se pronunciou Lori polidamente.

 

— Por acaso a minha opinião não importa?

 

— Foi o que ela disse. — Jessica respondeu animadamente.

 

— Não.

 

Ante a resposta clara da irmã gêmea, Liz pigarreou e disse:

 

— De repente, quero comer tacos. Lorelai. Venha.

 

 

Kara posou com as filhas no beco deserto em Narvarte Poniente. Os supersuit rapidamente desapareceram, substituídos por roupas civis e, no caso de Kara, o óculos. Lori liderou o caminho entre as ruas do bairro mexicano até um pequeno restaurante cujo a placa dizia La Regina em vermelho brilhante. O salão não era grande, mesas de ferro como as na calçada, mas estava cheio; e de uma jukebox de aparência antiga, uma canção antiga de Alejandro Sanz saia, misturando-se ao murmúrio da clientela.

 

— Aqui tem o melhor taco do mundo. — murmurou Liz animadamente. — E chili. E o molho caseiro de Señora Regina é o melhor em, tipo, dez galáxias diferentes.

 

— Parece uma mina de ouro.

 

— Não faz a menor ideia.

 

Elas se sentaram na última mesa vazia na frente da janela e um rapaz com não mais de dezoito anos se apressou para anotar os pedidos, se mostrando um pouco com a quantidade e o contínuo pedido de pimenta; aparentemente, Lori ama loucamente jalapeno.

 

— E para beber, senhoritas?

 

Pergunta o rapaz em espanhol.

 

— Tequila! — Liz se entusiasma.

 

— Corona. — Lori diz, olhando mortalmente para a irmã gêmea. — Nada de tequila. Kara?

 

— Uh, Corona também.

 

O rapaz terminou de anotar os pedidos e rapidamente deixou a mesa, desaparecendo atrás do balcão.

 

— Eu tenho uma coisa para te pedir.

 

Anunciou Liz repentinamente, focada na irmã gêmea. Kara olhou para a mais nova, que de repente lembrava a Kara de si mesma.

 

— Rao me ajude. — murmurou Lori. — O que você quer?

 

— A InGen.

 

— De Jurassic Park ? — disse Kara, franzindo o cenho.

 

— O quê? — Liz balançou a cabeça. — Não! Certo, o nome é o mesmo, mas a proposta é totalmente diferente. Nada de dinossauros.

 

— A International Genetics Laboratories , ou InGen Labs, trata de melhoramento genético, engenharia genética, essas coisas. — informa Lori a Kara. — Atualmente vale cerca de 500 milhões. Por que eu deveria gastar 500 milhões para te dar um brinquedo novo, Elizabeth?

 

— Porque, Lorelai, nas minhas mãos, esse brinquedo de 500 pode mudar o mundo e eventualmente valer alguns bilhões.

 

— Eventualmente?

 

— Eventualmente.

 

— Me escreva uma proposta detalhada, cubra tudo. Pessoal, financeiro, laboratórios, tudo. E marque uma reunião.

 

— Ah, não. — lamenta. — Uma proposta, sério? Isso é um monte de papelada!

 

— Você sempre pode usar o próprio dinheiro e comprar por si mesma.

 

— 500 milhões não é nada para a L-Corp.

 

Kara se esforçou para desarregalar os olhos. As garotas falam casualmente de comprar laboratórios de 500 milhões, mas não era de se admirar, tendo sido criadas por Lena, que gastou 780 milhões de dólares em um capricho na CatCo. Kara sabia que, agora, o patrimônio da família Luthor alcançava dois dígitos no bilhão, em pé de igualdade com Bruce Wayne, mas nos próximos trinta anos ela certamente deve ter triplicado a fortuna da família. Sem falar da dela própria e das crianças. Aparentemente, Liz poderia usar o próprio patrimônio pessoal para comprar os laboratórios de 500 milhões de dólares. Tal riqueza era estarrecedora para Kara.

 

Em Krypton, pela maior parte de sua vida, Kara foi a única herdeira dos bilhões acomulados desde Erok pela Casa de El, mas aos treze anos, ela era jovem demais para realmente ter noção do quão rica era, apesar de estar ciente de que tudo o que ela quisesse, ela teria. A Terra se revelou radicalmente diferente. Os Danvers estavam mais que confortáveis, embora certamente não milionários; como bio-engenheira e cientista, Eliza e Jeremiah ganhavam bem o suficiente para moraram em um recanto de classe média a beira-mar na Califórnia, mas eles sabiam como poupar seu dinheiro, e ensinaram a Kara a poupar seu dinheiro. Era a razão pela qual ela se saia muito bem morando sozinha e pagando toda a comida que tinha de consumir; não fazia mal que Cat Grant lhe pagasse muito mais do que uma secretária comum receberia, nem que o alto nível de salário continuasse quando ela passou para repórter. Andrea também a pagava muito, muito bem, melhor que Cat ou mesmo Lena - Lena era extremamente generosa para os padrões de CEO do dinheiro antigo. Ela dizia que, se seus funcionários recebessem muito bem, então não haveria motivos para eles a traírem. Funcionava na maioria das vezes. Jess, a Secretária, recebia muito mais do que a própria Kara recebia em seus dias de secretária e é leal a Lena como um cachorrinho.

 

— A questão é o dinheiro. — disse diplomaticamente Lori. — Faça a proposta. Marque uma reunião. Se o conselho concordar, então a InGen é sua para fazer o que quiser.

 

— Temos realmente envolver toda a porra do conselho?

 

— Quer ou não a InGen?

 

Lori arqueou a sobrancelha exatamente como Lena.

 

A filha de Kara é exatamente como Lena. E a kryptoniana está loucamente orgulhosa.

Notes:

Tanto o Arrowverse quanto o DCEU colocam o nascimento do Lex no começo dos anos 80, mas aqui, eu o coloquei em 97, o mesmo ano do nascimento de Clark, os dois são, portanto, da mesma idade. Na minha linha do tempo, Lex tinha 13 anos quando a Lena nasceu, em 92, e 18 quando o Lionel levou ela para a casa dos Luthor, em 97, então ele tem sido adulto por toda a vida dela; o Clark saiu como Superman aos 22 anos, em 2001 e, dois anos depois, em 2003, a Kara chegou.