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Chapter 2: Missão cumprida

Notes:

"Ah você está muito obcecada neste ship" Cala a boca

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Eles voaram até a pequena casa de Rex, que não ficava tão distante do prédio dos guardiões, apenas algumas ruas à frente. Mark carregando Rex como se o mesmo fosse uma peça rara de um museu. Seus olhos vidrados por trás das lentes dos óculos, a respiração já mais densa, seus pensamentos voando apenas para o que ele queria fazer naquele momento com o homem em seus braços. O mesmo homem por quem ele já nutria sentimentos há um bom tempo. 

Rex suspirou dramático.

“ Argh, to tão… quente…”, e soltou outro gemido falso, só para garantir que Mark não tivesse um segundo sequer para pensar com clareza. Mark rosnou, as mãos já apertando a cintura fina do ômega com força.

O ruivo mordeu o lábio inferior, as bochechas rosadas, e sussurrou: “Faz alguma coisa, Alfa…”

Mark não precisou de mais convite.

Ele colou os lábios nos de Rex outra vez, as mãos descendo pelas coxas enquanto entrava pela janela aberta da casa. Tirando a máscara rapidamente, puxando um pouco de cabelo junto pela força. Os beijos eram selvagens, desajeitados, desesperados. As mãos dele tremiam de tanta vontade, cada toque acendendo mais ainda o fogo dentro dele.

Rex sorria entre um beijo e outro, vitorioso, se derretendo com cada toque mas sem perder a consciência de que essa era a maior vitória da sua vida.

Mark arfava, beijando a linha do maxilar, descendo pelo pescoço, mordendo de leve e sentindo o outro tremer em seus braços.

A casa estava silenciosa, exceto pela respiração acelerada dos dois. A luz do luar entrava pela janela do quarto, iluminando o suor já se formando na nuca de Rex — seu cheiro doce e picante, típico de um Ômega no cio, enche o ar como um convite irrecusável.  

Mark se senta na cama, encostando as costas contra a cabeceira, deixando o ruivo em seu colo, suas mãos acariciando as coxas fartas e musculosas do ômega, com ternura, apertando levemente e sentindo o músculo estremecer. 

Rex coloca uma mão no peito de Mark, segurando-o por um segundo. Seus dedos traçam os músculos definidos do Alfa, mas seu tom é de falsa preocupação:  

"Ei, herói… Só uma dúvida rápida."

Mark olha para cima, seus olhos sendo iluminados pela lua, fazendo-o parecer um cachorrinho curioso: “Hum?”

Rex sorri, deslizando a palma da mão lentamente para baixo, até o abdômen do outro, antes de soltar a bomba:  

"Você é Invencível e tudo mais, mas… minha cama não é. Você não vai quebrá-la, vai? Com toda essa força alienígena…”

Mark para. Pisca. E então cora de uma vez, o rosto pegando fogo.  

“Eu— O quê? Não! Eu— Eu controlo minha força, Rex!"

Rex dá uma risadinha, puxando o Alfa para cima pela cintura até que seus corpos se encostem.  

“Ah, é? Porque teoricamente, se você perdesse o controle e a madeira virasse pó…" Ele morde o lábio, olhando pro lado, fingindo pensar. "Seria muito sexy, mas, infelizmente, meus móveis foram comprados pela GDA, e o Cecil é um mão de vaca. Zero chances de um reembolso."

Mark apenas resmunga, passando seus braços ao redor da cintura do ruivo, escondendo seu rosto vermelho. O outro ri, mas não perde tempo, tirando a parte de cima do uniforme do moreno, seus olhos vidrados em Mark, ele lambe os lábios e desliza as mãos pelos músculos tensos do Alfa, até chegar aos bíceps.  

"Sempre quis fazer isso..." Ele sussurra, antes de afundar os dentes na carne firme do braço de Mark. Não o suficiente para machucar, mas para deixar uma marca rosada — uma pretensão de posse. Seus lábios seguem o caminho, beijando o local como um pedido de desculpas, mas os olhos brilham com desafio.  

Mark rosna, observando a cena com fascínio puro nos olhos, as mãos apertando a cintura de Rex com força. Os instintos de Alfa rugindo sob a pele. O cheiro de Rex — âmbar, sal e algo elétrico e apimentado — está intoxicante, mas ele ainda resiste, segurando o ômega a alguns centímetros de distância. Rex ri, arrastando os dedos pelas veias salientes dos antebraços de Mark. 

“Eu quero ver até quando esse autocontrole vai durar." 

Decidindo apreciar mais o banquete à sua frente, Rex desliza os dedos pelas laterais do torso de Mark, sentindo cada contração muscular sob a pele. Seu sorriso é de pura maldade. Rex enterra o rosto no peitoral do Alfa, lambendo um mamilo lentamente — circulando a língua como se estivesse saboreando algo raro.  

Mark suga o ar com força, as mãos contraindo nas coxas de Rex.  

"Rex— Porra—"

Mas Rex não para. Ele aperta os seios fartos de Mark com as mãos, os dedos afundando na carne musculosa, antes de morder suavemente o outro mamilo. Mark range os dentes, o rosto completamente vermelho. Seu quadril estremeceu involuntariamente, pressionando Rex.  

"Você— Você não joga justo."

Rex ri, arqueando as costas para se esfregar contra o corpo do Alfa, sua bunda roçando a ereção extremamente dura e visível do homem, sentindo o calor entre eles.  

“Justo? Olha ‘pra gente, Grayson." Ele lambe os lábios. "Você me carregou até aqui no colo, ‘tá pingando de tesão, e eu sou um ômega no cio, onde tudo o que eu quero é ter você na minha bunda há tipo…um ano? Nada disso é justo." Ele repete o movimento, agora chupando a pele saliente do peito de Mark com vontade, deixando uma marca roxa, subindo o olhar para Mark com um sorrisinho de canto, sendo recebido por um beijo. 

Mark desliza as mãos sobre a pele de Rex tão suavemente, admirando cada centímetro que elas roçam. Levantando o ruivo lentamente e tirando a calça, uma mão roçando sua coxa, fazendo círculos nela, enquanto a outra acariciava suas costas, descendo suavemente até sua cintura e sua bunda coberta pela cueca. Isso faz Rex se sentir de alguma forma mais nu do que realmente estar nu. 

O moreno suspira, quase em reverência.  

"Caralho, Rex…"

Rex, levantando os braços para os ombros do outro, movendo seu quadril, esfregando sua ereção com o outro mais rápido, range os dentes.  

"Mark. Por favor. Eu tô — literalmente — no cio aqui. Você pode adorar meu corpo depois. Tira essa calça e me fode logo.”

Mas Mark não acelera. Em vez disso, ele se inclina e beija a clavícula de Rex, os lábios suaves contra a pele sensível.  

"Desculpa," ele murmura, olhando para cima, através dos cílios. “É que você é tão… lindo.”  

Sua voz é doce, quase inocente— um contraste absurdo com a situação.  

Rex engasga, o rosto queimando. Ele esperava provocação, luxúria, urgência —não isso. O outro estava tratando-o como vidro soprado. 

"Você—" Ele tenta um tom de deboche, mas a voz falha quando Mark abaixa a cabeça e lambe seu mamilo, fazendo a mesma coisa que ele fez há alguns minutos, as mãos em sua bunda apertando suavemente, como se fosse uma bola anti-estresse.  

Mark continua, distraído, como se estivesse falando sozinho:  

“Sua pele… Parece que brilha. E essas marcas aqui—" passou um dedo sobre uma cicatriz que existia um pouco embaixo de seu peito, provavelmente uma facada que ele levou em alguma luta "—são perfeitas. São suas. Você é perfeito. Meu ômega. Só meu…”

Rex aperta os olhos, uma ondulação de calor percorrendo seu corpo — não só do cio. Ninguém jamais o olhou assim. Ninguém achou suas cicatrizes dignas de admiração.  

Ele iria engravidar desse homem. Foda-se.

Claro, o pensamento é absurdo. Rex Sloane, o herói babaca Rex Splode, que odeia dependência, que não conseguia nem ter um relacionamento sério com alguém por muito tempo, que ria de Ômegas que sonhavam com ninhos, que jurou nunca repetir o sangue podre de sua família — a mesma que o vendeu por míseros dólares que não comprariam nem uma cesta básica — agora querer algo assim. Querer filhos com aquele Alfa tão forte e tão gentil. Porra, ele ia meter a cabeça na parede.

Mark, inocente do turbilhão mental de Rex, puxa-o para um abraço, roçando o nariz em seu pescoço.  

"Tudo bem? Você tá tremendo."

Rex enterra os dedos nos cabelos de Mark. “Foda-se, você é tão…”, diz, se levantando e tirando sua cueca rapidamente, suspirando pelo alívio de seu pênis — extremamente duro — se libertando, a voz rouca quando sussurra:  

“Cala a boca e me fode, Grayson. Antes que eu mude de ideia e peça algo idiota." Suas mãos indo direto para o cós da calça do uniforme do outro, o puxando para tirar. 

Em poucos minutos, estavam na mesma posição, só que agora completamente nus, Pele pressionada contra pele, o pênis de Mark pressionando contra seu buraco. Provocando, mas ainda sem penetrar. Mark levou a mão até sua entrada, pressionando um dedo pra dentro, cujo entrou facilmente. 

“Não precisa…”, Rex começou, mordendo o lábio com a leve intrusão. Mark o olhou confuso. “Eu já me preparei antes. Não temos tempo.” Não havia tempo para fazer tudo isso, não quando o corpo de Rex parecia estar em chamas. Queimando lentamente, com Mark sendo a única coisa que o acalmava.

“Você se dedilhou antes de aparecer lá para treinar?” Rex sentou-se ereto, a mão atrás dele envolvendo o pau de Mark. Ele podia sentir o tamanho, ainda maior do que imaginava, e definitivamente mais grosso também. Rindo, ele respondeu: 

“Você realmente achou que eu estava lá para treinar?” Riu da descrença estampada no rosto do outro. Em segundos, Rex afundou no pau de Mark. O Alfa, com seu comprimento desaparecendo diante do calor úmido e escorregadio dentro dele, soltou um gemido baixo, sua cabeça pendendo para trás. Ele sabia que era grande, mas nunca imaginou que fosse sentir aquela sensação dentro dele. O ruivo pressionou as pontas dos dedos nos ombros de Mark, tentando encontrar apoio enquanto continuava descendo. Mesmo que não quisesse admitir, era um aperto. Ele gemeu, fechando os olhos ao se acomodar completamente. Era demais e não o suficiente ao mesmo tempo.

O pau de Mark estava pressionado contra sua próstata, fazendo com que cada movimento lhe arrepiasse a espinha. Quando finalmente se recuperou da queimação inicial, não perdeu tempo. Com as mãos apoiadas nos ombros de Mark, começou a se mover, saltando para cima e para baixo em um ritmo descoordenado. A sala se encheu com o barulho de pele batendo, o suor cobria todo o seu corpo e a única coisa que Rex conseguia ouvir eram os gemidos de Mark, encorajando-o a continuar. 

A cada sentada ele sentia sua próstata sendo basicamente surrada. Seus olhos revirando para cima, suas costas arqueando, mais um pouquinho e ele poderia sentir aquele pau roçar além de sua próstata e ir para seu útero. 

O ruivo abaixou q cabeça, levando seu rosto até a curva do pescoço do outro. Ouvindo seus gemidos. Sua respiração densa. Encostando o nariz no pescoço, sua boca se abrindo e soltando gemidos levemente agudos e baixos enquanto movia seus quadris para cima e para baixo no comprimento. A glândula de Mark soltando feromônios fortes, o fazendo suspirar e deixando seu corpo mais necessitado. 

Abrindo a boca, começou a lamber o pescoço branco do outro — em direção a glândula, mordendo-a. Reivindicando o alfa como dele. Deixando sua marca.

O ruivo não percebeu os gemidos do outro embaixo dele ficarem mais roucos, mais parecidos com rosnados do que gemidos de verdade. Os músculos de seus bíceps tensionado, as veias em seu antebraço ficando cada vez mais visíveis enquanto ele subia os quadris para encontrar os de Rex. 

De repente, Rex sentiu o aperto de Mark em seus quadris aumentar, erguendo-o de seu pau e puxando-o para longe. "O que você está fazendo?", perguntou, perdido, confuso e levemente triste. Seu cérebro havia sido tomado por tesão puro. Queria puxar Mark de volta, trazê-lo de volta para dentro dele, fazê-lo gozar dentro dele e dar um nó, o enchendo ainda mais. 

Mark respondeu virando Rex de bruços com um rosnado, colocando-o de quatro. Mark o penetrou com toda a força, a ponto de Rex sentir que quase podia sentir o gosto do pau dentro dele. A estocada repentina atingiu seu útero, o fazendo gritar e revirar os olhos, sentindo-os quase saltar da órbita. "Que ômega gostoso, não é? Tão lindo me tomando por inteiro, ainda implorando por mais." Mark disse a ele. Sua voz não era mais tão inocente. “Um buraco tão apertado, feito para mim e somente pra mim." 

Rex estava se aproximando, seu pau abandonado implorando para ser tocado. Suas mãos se abaixaram para se masturbar, mas as duas foram rudemente afastadas, puxadas para trás ao lado de seu corpo. “Você é meu.” Apertando mais o pulso do ruivo — não para machucar — usando-os como alavanca para estocar cada vez mais forte. O corpo de Rex se movendo para frente a cada estocada brutal que recebia, gemendo cada vez mais alto. Ele não teria voz para utilizar amanhã. 

Mark ajusta o aperto nos pulsos de Rex, segurando os dois agora nas costas com apenas uma mão enquanto a outra subia para seus cabelos desgrenhados, puxando um punhado, fazendo a cabeça de Rex pender para trás com a boca aberta mas sem conseguir emitir nem um único som. Rex sente cada músculo esticando, cada nervo incendiando, enquanto a voz rouca de Mark sussurra em seu ouvido:  

"Isso. Assim. Tão lindo assim."

E então — ele empurra.  

Rex engasga, os olhos arregalados. Sua cabeça cai na fronha do travesseiro, e ele a abocanhou. Apenas ali, deitado. Ele está preso, exposto, dominado, e, Deus, ele nunca sentiu algo tão bom.  

A força de Mark não é violenta, mas é inegável — como a maré arrastando-o para o mar. Seus quadris colidem com os de Rex, como se ele sempre tivesse pertencido ao seu pau, e o Ômega sente-se partido ao meio, cada nervo eletrificado.  

"M-Mark—" Ele tenta falar, mas a voz falha.  

Mark ri, um som profundo e viciante reverberando em seu peito.

Seu corpo treme, não de medo, mas de puro êxtase. Ele sempre soube que Mark era forte— todo o mundo sabia—mas sentir essa força sendo usada contra ele, para prendê-lo, para enlouquecê-lo...  

Nada se compara.  

Rex aperta os olhos, um calor invadindo seu peito, sua mente. Ele quer mais. Quer ser esmagado, moldado, possuído — quer que Mark o quebre e remonte quantas vezes quiser.  

Quando o Alfa aumenta o ritmo, Rex entrega-se completamente, seu corpo cedendo como se tivesse sido feito para isso.  

Mark rosnou baixo, um som rouco e possessivo, os olhos totalmente dilatados agora. Levantou o ruivo, de uma forma que seu peito se pressionasse contra as costas molhadas dele, para que conseguisse ter total acesso ao pescoço do outro. A boca desceu no pescoço do ômega, os dentes arranhando a pele sem romper. O beijo ali foi desesperado e faminto, e Rex gemeu mais alto, empurrando sua bunda para trás. 

Rex arfou, sentindo o calor do alfa contra ele. O desejo agora era real, queimando forte.

"Mark… me marca..." Rex pediu, a voz falha, mas carregada de desejo e desespero. Seus punhos cerrados atrás das costas. Os olhos verdes tremiam, suplicando. "Por favor, alfa... me dá seu nó... me marca... eu preciso ser seu..."

Mark grunhiu contra sua pele, os dentes roçando perigosamente em cima de sua glândula, e quando finalmente mordeu, a dor doce se misturou ao prazer, e Rex arqueou inteiro contra ele, um grito sem som escapando da boca entreaberta. Foi tudo o que ele precisou para explodir. O esperma jorrando de seu pau em direção aos lençóis em baixo. Suas pernas fraquejando. Sua bunda se apertou no comprimento dentro dele. 

Sem peso, ele caiu no colchão novamente, respirando com um prazer impotente enquanto Mark manipulava seu corpo para seu prazer, mantendo-o em posição para que pudesse continuar batendo. E, quando as estocadas começaram a vacilar e Mark finalmente gozou, soou como se sua alma estivesse sendo arrancada do corpo com uma força que lhe roubava tudo. Seu esperma era quente, reivindicador.

A cama estava quente, os lençóis revirados, cobertos de suor e esperma que estavam secando, e o ar ainda pesado com o cheiro deles. O nó finalmente desinchou, deixando os dois grudados num suor doce e cansado. Mark, sempre cuidadoso, ajusta as posições com uma suavidade que contrasta com a força que usou minutos antes. Ele se deita de costas, puxando Rex contra seu lado, seu braço direito envolvendo os ombros do ômega enquanto o esquerdo se dobra atrás da própria cabeça. O movimento faz seus bíceps se flexionarem, a tensão muscular ainda visível sob a pele. Ele estava quieto, os olhos vidrados no teto acima deles, como se tentasse entender em que momento da vida tudo tinha descarrilado daquele jeito.

Rex se acomoda, a cabeça descansando perto do peito de Mark. Ele sente o calor do corpo do alfa, o cheiro dele — suor, feromônios e algo que só poderia ser descrito como Mark. Seus dedos traçam levemente o antebraço que está ao lado de seu rosto, a pele ainda quente do contato. Ele não consegue evitar. Move o rosto mais perto, encostando a boca no peitoral exposto, respirando fundo.  

"Esses músculos," ele murmura, a voz rouca e sonolenta, "me fazem sentir melhor do que qualquer droga."  

Mark ri, o som reverberando no peito, e Rex sente a vibração contra sua boca.

Rex, por outro lado, já começava a se mexer devagar, soltando um suspiro dramático enquanto passava a mão pelo pescoço recém-marcado, onde ainda pingava uma gotinha de sangue. Ele vira a cabeça, espetando o queixo no peito do alfa e encarando-o com um olhar de falsa indignação.  

“É…”, ele resmungou, fingindo uma careta de dor. “Você realmente demorou, hein, Grayson? Achei que ia morrer velho antes de conseguir isso.” Disse, levantando a perna direita e a colocando em cima de Mark. Sua bunda, ainda escorrendo esperma, se empinando. 

Mark virou o rosto devagar, claramente corando mais.

“Eu... achei que você só tava zoando, como sempre.”

“Zoando?! Eu flertei com você por um ano!” Rex levantou um dedo, como se fosse contar nos dedos. “Um. Ano. Um ano cheio de piadas, olhares, insinuações, elogios sobre seu tanquinho... E você só foi ligar os pontos quando eu quase pulei no seu colo gemendo ‘alfa’.”

Mark levou a mão ao rosto, um suspiro saindo abafado.

“Eu sou um idiota…”

“Sim, é.” Rex se esticou, dando um tapinha de leve no braço do outro. “Mas agora é meu idiota. Estamos namorando agora” Ele estufou o peito, orgulhoso, esticando os braços acima da cabeça — e então grita levemente quando os músculos doloridos reclamam. "Ah, porra... Tô todo quebrado. Olha só pra mim…”, ele apontou pra própria garganta marcada e depois bateu com a palma na própria bunda, fazendo uma careta exagerada. “Meu corpo inteiro doendo… minha bunda queimada… minha marca sangrando…”

Mark virou a cabeça na hora, arregalando os olhos. Se erguendo instantaneamente num cotovelo.

“Espera… doendo mesmo?”

“Ué, claro que sim. Você tem força pra levantar um iceberg. Agora imagina isso socando com força total”, Rex gesticulou com as mãos e depois riu quando viu o pânico aparecendo nos olhos do outro. Começou a sentir pena. “Calma, calma! Não foi ruim, não! Só estou dolorido, assim como qualquer pessoa depois de fazer sexo.”

Mark, ainda assim, se virou mais na cama e começou a passar as mãos com delicadeza nas costelas de Rex, depois descendo pela cintura, hesitante, e então tocando suavemente os quadris, as coxas, a cintura—como se procurasse por hematomas invisíveis. "Eu— Eu não quis machucar você, eu juro, eu pensei que—"  

As mãos eram grandes, mas se moviam com tanto cuidado que pareciam com medo. Mark estava quase prendendo a respiração. Rex observa, surpreso. A expressão de Mark é tão sincera, tão culpada, que algo dentro dele se derrete. Sentiu a própria garganta fechar um pouco.

Puta que pariu. Ele é legal demais pra mim.

O pensamento passou como um raio pela mente dele, e ele ficou tão paralisado por um segundo que acabou só encostando o rosto no peito de Mark, escondendo a cara ali. Murmurando contra a pele quente: 

“Eu vou te dar tantos filhos…”

Mark pisca, confuso. "O quê?"  

Rex se recusa a repetir. Em vez disso, ele se afasta abruptamente, como se tivesse dado demais de si, e balança a cabeça. "Nada. Só tô dizendo que a gente precisa de um banho. Você tá grudento, e eu tô meio destruído."  

Mark ainda parece preocupado, mas a vergonha volta quando Rex menciona o "destruído". Ele rosna, mas acaba cedendo, sentando-se na cama. "Tá bom, tá bom. Mas se você estiver mesmo machucado, me fala, okay?" Disse, começando a se levantar da cama.

Rex se espreguiçou na cama como um gato satisfeito, mas quando tentou levantar o tronco, soltou um gemido dramático e tombou de novo nos travesseiros.

“Aaah... não vou conseguir levantar nunca mais. Tô acabado. Acabado!” disse com a mão na testa, como uma dama do século passado desfalecendo de tédio.

Mark, que já estava de pé e se espreguiçando, olhou para ele com uma sobrancelha levantada. Rex entreabriu um olho, esperando ver o alfa rolando os olhos ou dando de ombros – mas, em vez disso, viu um sorriso lento se formar no rosto de Mark.  

“Ah é?”

“Estou frágil, Mark. Frágil e dolorido. Preciso de ajuda.” Ele fez biquinho, piscando exageradamente. “Me leva no colo. Usa esses seus braços de geladeira viltrumita e me carrega feito a princesa que eu sou. Tipo aquelas princesas de contos de fadas que precisam ser resgatadas do dragão pelo seu cavaleiro de armadura.” 

Mark bufou uma risada e se levantou da cama, ainda rindo.

“Você está mais pro dragão, na verdade”, resmungou, caminhando até o lado onde Rex estava deitado. O ruivo riu, nem se esforçando para responder, começando a se levantar também, esperando que Mark só riria também e seguisse para o banheiro. 

Mas Rex subestimou Mark.

Antes que o ômega pudesse reagir, fortes braços musculosos deslizaram sob suas costas e joelhos, e *whoops* – de repente ele estava sendo levantado no ar, em pleno estilo noiva, encaixado perfeitamente contra o peito de Mark. Rex deu um pequeno pulo no colo do outro, assustado.

“Ei! Cacete! Eu estava brincando—”

“Pediu, não pediu?” Mark sorriu, os olhos brilhando.

Rex ficou boquiaberto por meio segundo – e então riu, alto e genuíno, a cabeça jogada para trás. Ele passou os braços em volta do pescoço dele, rindo enquanto deixava um beijo rápido e estalado na bochecha de Mark.

“Tá bom. Tá bom. Eu retiro tudo o que eu já falei mal dos viltrumitas. Essa super força alienígena é uma bênção. Maravilhosa. Nota dez.”

Mark riu alto, sacudindo levemente os ombros enquanto carregava o namorado em direção ao banheiro.

“Vai manter a nota se eu te deixar tomar banho ou...?”

“Olha, se depender de mim, esse banho vai virar um segundo round.”

“Rex…”

“Brincadeira.” Pausa. “Quer dizer... mais ou menos.”

Mark só riu de novo, e Rex pensou: Ele sabe que o cio vai voltar. Sabe que em algumas horas, ou minutos, a necessidade vai arder de novo, e ele vai implorar, rosnar, morder — tudo para ter Mark dentro dele outra vez. Mas agora, nesse momento, ele só quer isso: o peso do braço do alfa em volta dele, o peito que sobe e desce sob sua face, a promessa não dita de que, quando o desejo voltar, Mark vai estar lá para satisfazê-lo.  

A porta da base dos Guardiões se abriu devagar naquela manhã.

E lá estava ele.

Rex Splode.

Andando como se desfilasse numa passarela, a marca de mordida no pescoço à mostra sem nenhuma vergonha, a gola da camiseta caída de propósito.

O sorriso?

Aquele sorriso de canto que gritava missão cumprida sem precisar de palavras.

Mas o que realmente fez todos na sala travarem foi o cheiro.

Antes, Rex exalava um feromônio quente e cítrico, algo como especiarias e laranja amarga — forte, provocante, sempre um convite para confusão.

Mas agora… agora vinha misturado.

A base foi invadida por uma nova camada: o cheiro do alfa que o tinha marcado.

Era amadeirado, fundo, com um toque metálico — algo entre madeira queimada e ozônio, como o cheiro do ar depois de uma tempestade elétrica.

Poderoso.

Inconfundível.

Todos ali sabiam muito bem de quem era.

“Ah, pelo amor…”, Amanda já resmungou antes mesmo de olhar na direção dele. “Rex, diminui esses feromônios, caramba.”

Rex só abriu mais o sorriso, como quem dizia: não mesmo.

Ele estufou o peito e soltou outro suspiro bem dramático, fazendo questão de exalar ainda mais.

“Ahhh… como é bom voltar depois de dois dias de…”, ele pausou, piscando pra Garota Monstro “recreação intensa.”

Blindado fez um barulho de vômito, com extremo desgosto.

Kate, do canto, abanou a mão no rosto como se pudesse afastar o cheiro.

“Pelo amor, Rex, já deu. Todo mundo aqui já sabe. Você venceu a aposta, parabéns, agora PARA com isso.”

Rex colocou as mãos na cintura, se alongando e reclamando de dor — dor que todos sabiam ser completamente fingida.

“Ah, vocês tão só com inveja porque agora eu sou um ômega MARCADO pelo alfa mais forte desse planeta, depois de todos jogarem na minha cara que eu não conseguiria.”

Kate soltou um som que parecia um grito abafado.

Blindado abriu uma janela da base sem dizer nada.

Rudy apenas o olhou cansado, arqueando uma sobrancelha.

Rex deu um giro dramático no meio da sala, os braços abertos, como se abraçasse a atenção de todos.

“Aceitem, meus queridos: eu venci. Eu sou um homem comprometido agora. E vou exibir cada segundo dessa vitória, com direito a cheiro e tudo mais.”

Ele passou a mão devagar pelo próprio pescoço, onde a marca ainda estava rosada, e soltou um gemido baixo só pra provocar.

“Ai… ainda dói… Mark pegou pesado…”

Kate atirou uma almofada nele.

“Cala a boca, Rex!”

Rex desviou com facilidade e caiu no sofá, rindo alto.

“Vocês me amam.”

Garota Monstro resmungou, tapando o nariz. Rudy, que nem estava exatamente prestando atenção — estava montando algo numa pequena bancada improvisada —, apenas levantou os olhos, como se processasse o comentário com dois segundos de atraso.

“Eu avisei que não deveriam apostar…”, suspirou e continuou, agora seus olhos olhando na direção de Rex. “Fico feliz que tenha dado certo”, disse, como quem comenta algo sobre a previsão do tempo. “Você e Mark formam um bom casal.”

Rex girou o corpo no sofá, apontando dramaticamente para Rudy.

“Viu só? Isso sim é um amigo de verdade, seus imundos! Tomem nota!”

Ele lançou um olhar debochado para os outros e depois se virou para Rudy, mais sincero:

“Valeu, meu xará.”

Rudy apenas assentiu e voltou pro que estava fazendo.

Rex então se recostou no sofá, os olhos se perdendo por um segundo nas janelas da base.

“Ah, vamos ter tantos filhos juntos”, soltou, com um sorriso ridiculamente bobo no rosto.

Blindado arqueou uma sobrancelha, virando a cabeça para ele.

“Achei que você não curtia esse lance de família. Sempre dizendo que era coisa de gente chata e conformada.”

Rex deu de ombros, ainda sorrindo.

“É. Eu dizia isso mesmo. Mas sei lá... talvez eu possa repensar.”

Por um segundo, ninguém respondeu. Só o barulho das máquinas de Rudy ao fundo. Depois, Garota Monstro bufou.

“Só falta ele aparecer de avental e gravar vlog de receitas agora.”

Rex só riu.

O dormitório de William estava absurdamente limpo. A cama arrumada, livros empilhados com perfeição sobre a escrivaninha, e uma caneca com a frase “Coffee First, Civilians Later” repousava no canto.

Era por isso que, quando ele ouviu três batidinhas apressadas na janela — do terceiro andar, aliás — ele já sabia quem era.

William bufou e abriu a cortina. Do outro lado do vidro, flutuando como se não tivesse peso nem culpa, estava Mark Grayson, o Invencível, com a máscara cobrindo metade do rosto e os olhos brilhando de ansiedade.

“Sério?” William abriu a janela. “Você sabe que portas existem, né?”

Mark já estava entrando antes mesmo de ouvir a resposta, aterrissando no chão do quarto com a familiar falta de cerimônia. Ele caminhou direto até a cama de William, se jogando sobre ela com os braços abertos como se fosse a própria vitória personificada.

“Cara. Você. Não. Sabe. O que. Aconteceu.”

Ele puxou a máscara com uma das mãos e a deixou jogada ao lado, revelando um sorriso bobo. Não qualquer sorriso. Um sorriso de quem fez merda boa.

William arregalou os olhos e depois soltou um grito indignado.

“MARKUS SEBASTIAN GRAYSON. Essa cama estava impecável, impecável!”

“Depois você arruma, mãe”, Mark murmurou, virando o rosto pro travesseiro e afundando nele, ainda com aquele maldito sorriso.

“Se fode! Você ignorou todas as minhas mensagens nos últimos dois dias!” William jogou as mãos pro alto. “Eu achei que você tinha sido sequestrado pro espaço, ou que tava, sei lá, reconstruindo Júpiter com as próprias mãos... e aí você aparece?”

Mark riu, levantando os braços atrás da cabeça e se apoiando, todo relaxado.

“Eu transei com o Rex.”

Silêncio.

Longo silêncio.

William piscou.

“Desculpa, o quê?”

“Eu. Finalmente. Transei. Com. O. Rex.” Mark repetiu, soletrando como se estivesse contando uma fofoca de primeira.

“Okay, eu esperava qualquer coisa. Qualquer coisa!” William começou a andar em círculos, rindo em choque. “Invasão alienígena. Supervírus. Mas você finalmente deixando de ser um cagão emocional e já partindo pra transa com um dos guardiões?! Não qualquer, Rex Splode? Isso eu não vi chegando.”

Mark revirou os olhos.

“Nossa, obrigado pelo apoio, amigo. 'Pra isso que tenho você.” Mark lançou um olhar atravessado e debochado, os olhos semicerrados, enquanto William ria alto do outro lado do quarto.

“Não sei como ele conseguiu, cara. Você demorou pra caralho”, disse William, ainda rindo, se jogando de volta na cadeira.

Mark rolou os olhos e bufou, entediado.

“Eu já percebi isso, tá? Não precisa continuar.”

Mas é claro que William continuou.

“Você é incrivelmente lerdo. Tipo... até os paparazzi perceberam antes de você! Teve até uma matéria uma vez, lembra? Aquela que falava sobre como o Rex — o herói mais cobiçado entre garotos e garotas desde a época da Tropa Jovem estava, tipo, encantado pelo famoso Invencível.” 

Tudo bem, a matéria não tinha sido exatamente assim, mas quase foi.

Mark virou a cabeça na direção dele, o rosto completamente corado.

“Herói mais cobiçado?”

William fez que sim com a cabeça, os olhos brilhando de travessura.

“É claro! Já olhou pra ele? Eu mesmo tinha um crush enorme nele. Antes do Rick, claro...e talvez na mesma época quando o Omni-Man ainda era um gostoso com aquele bigode—” 

Antes que ele terminasse, um travesseiro voou direto na sua cara.

“Cala a boca, William!” Mark resmungou, com a cara ainda mais vermelha.

William se dobrou de tanto rir, segurando o travesseiro contra o peito.

“Relaxa, já tenho o Rick agora, tá? Você pode ficar com o Rex. Ele é todo seu. Sem concorrência.”

Mark soltou um suspiro, mas o canto da boca se curvou, derrotado.

O silêncio caiu por alguns segundos. William se espreguiçou e jogou a cabeça pra trás, como se estivesse pensando em voz alta.

“Já contou pra Eve?”

Mark arqueou uma sobrancelha.

“Ainda não. Por quê?”

William riu de novo.

“Porque ela e a Amber vão surtar. Esses dias a gente tava falando disso, aliás. Elas até apostaram que, se dependesse só de você e seu “instinto de alfa”, o Rex nunca ia conseguir nada. Tava todo mundo desacreditado de você, irmão.”

Mark gemeu, cobrindo o rosto com as mãos.

“Caralho… mas todo mundo resolveu tirar uma com a minha cara?!”

 

 

 

 

Notes:

1 - Sim, eu botei todas as minhas taras nisso daqui.
2 - Por mais que eu tenha criado essa fanfic em um universo ABO, eu não curto historias de gravidez (principalmente MPreg) então vamos fingir que Rex tomou uma pílula do dia seguinte depois disso.
3 - Eu não sei se Rex tem uma casa canônica, mas eu criei uma porque não dava para fazer eles transarem na casa de Mark e traumatizarem Debbie.
4 - As duas últimas cenas foram criadas inusitadamente, pior originalmente era para acabar com Mark o levando para o banheiro.